Figura
1 - Existem pessoas dispostas a pagar quase 200 reais
por esta lagosta
Por Lucas Novaes.
Os
últimos meses no Brasil foram marcados por intensas disputas políticas que
antecederam a recente primeira etapa do processo de impeachment da atual presidenta
Dilma Rousseff e que foi votado pelos mais de 500 deputados federais. Nesse
processo de confrontação, é comum a “ridicularização” do lado adversário por
ambas as partes. Faz parte do jogo político e, às vezes, tais atos não tem
muito a dizer aos que não fazem parte dessa luta. Porém, algumas dessas
demonstrações de escárnio revelam um certo teor elitista presente no pensamento
de muitos brasileiros. A recente taxação dos militantes pró-governo como
“mortadelas” por parte de grupos rivais, mais do que ridicularizar os
trabalhadores e manifestantes que não necessitam de grandes quantias de
dinheiro para defender seus ideais partidários, revela a mentalidade de que se
deve consumir e esse consumo deve custar a mais alta quantia possível, mesmo
quando relacionado a um assunto essencial para a vida humana: a alimentação.
O
mandamento de que se deve desprezar alimentos economicamente viáveis mesmo
quando eles fornecem a energia necessária para horas de atividades só tem a
favorecer os donos do poder financeiro. Os grupos de militância antipetista
instaurados no Brasil hoje contam, muitas vezes, com o dinheiro de organizações ricas com interesses que vão
contra o trabalhador. Alguns dos movimentos anti-PT incluem o Movimento Brasil
Livre, Instituto Misses Brasil e o Estudantes pela Liberdade. Todos eles contam
com o financiamento de multimilionários estrangeiros. Que moral tem esses grupos
para criticar as organizações sindicais como a Central Única dos Trabalhadores
(CUT) por não ter o poder financeiro necessário para oferecer pratos exóticos e
caros para seus seguidores? Nenhuma.
Figura
2 – Nas redes sociais, convencionou-se vincular o pão
com mortadela aos trabalhadores e a coxinha à classe média despolitizada.
As
preferências alimentícias dos trabalhadores não devem ser expostas com a
intenção de que sejam ironizadas. Considerando que a maioria do povo brasileiro
não faz parte das classes mais altas (ou das médias que se consideram altas),
as opções alimentares do mesmo são mais limitadas, mas certamente não menos
dignas. Muitos de nós não têm condições (nem vontade) de visitar os
restaurantes mais caros dos Shopping Centers durante o intervalo para almoço de
seus trabalhos. Pagar 40, 50, 60 ou mais reais por um prato de comida não é uma
realidade universal. Devido a isso, popularizaram-se as chamadas “quentinhas”
vendidas em restaurantes comuns do comércio popular. Muitas delas oferecem
comidas gostosas e de qualidade por um preço acessível (geralmente de 10 a 20
reais) e, por isso, são alternativas ao elitismo gastronômico dos
estabelecimentos alimentícios voltados para o público pertencente às classes
sociais mais abastadas. Rejeitar os estabelecimentos supercaros que não
oferecem qualquer custo benefício e sim “Status” é fazer parte da
resistência.
Figura
3 - Um “rolezinho” feito por funcionários dos Correios
REFERÊNCIAS:
http://www.e-konomista.com.br/d/pratos-brasileiros-mais-caros-do-brasil/
https://www.facebook.com/EsquerdaRevolucionaria/photos/pb.484149994993623.-2207520000.1459757613./1098013423607274/?type=3
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/08/com-pao-e-mortadela-grupo-ironiza-protesto-pro-dilma-na-capital-4829451.html
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizPJjsaA3kSWVj47PXBMdkTmnlTN2Ac9pKL01Z-peBUuIqKW898-vlCpDwS-O4Oc9DMMHV4e5Kzo55fYPz2qXj3nl7LqqwL0oXMuSXbIU8EEeOjBHTidXOJTYuXIMpW8irg0kyxDuzyS4/s1600/coxinhamortadela.png
http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?id=359380
E pior que o tacanha do presidente da FIESP, o sionista Benjamin Steinbruch, disse que o trabalhador não precisa tirar uma hora de almoço, pode comer seu pão com mortadela com a mão esquerda e manejar a máquina com a direita. Que filho da puta dos grandes!
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