Foto – Dom Odilo
Scherer.
No dia 24 de março de
2016, em missa realizada na Catedral da Sé em São Paulo, o cardeal Dom Odilo
Scherer foi atacado por uma mulher que acusou não só ele como também a CNBB
(Congregação Nacional dos Bispos do Brasil) de serem comunistas. A dita cuja gritou
“Você é a CNBB (organização essa que recentemente se posicionou contra a
agitação golpista contra Dilma e o Partido dos Trabalhadores) são comunistas
infiltrados; não podem fazer isso com a minha Igreja! ” e, em seguida, arrancou
a mitra de Dom Odilo e o jogou no chão. Com a ajuda das pessoas ao seu redor,
Dom Odilo se levantou, seguiu caminhando e abençoando as pessoas na catedral
lotada. O incidente em questão aconteceu durante a missa dos Santos Óleos, que
abre as celebrações do tríduo pascal.
No ano passado, o
cardeal gaúcho e 19º bispo de São Paulo (ao qual nós prestamos solidariedade) foi
alvo de uma polêmica da parte do astrólogo metido a filósofo Olavo de Carvalho
(vulgo Sidi Muhammad Ibrahim). Na ocasião em questão, Dom Odilo disse que o PT
não era um partido comunista, tal como muita gente apregoa. Olavo de Carvalho,
do alto de sua tacanhice costumeira, raivosamente respondeu em um vídeo no YouTube,
dizendo que por ter dito isso o cardeal gaúcho deveria ser excomungado da
Igreja, que sua batina é uma farsa, que ele é um católico de mentira e ainda o
desafiou para um debate (além de chama-lo de “mentiroso”). Dom Odilo respondeu
dizendo que a acusação em questão é uma “piada de mau gosto”.
Primeiro de tudo, que
moral o Olavo de Carvalho (o qual segundo o Nova Resistência não passa de um
pseudo-intelectual atlantista[1]) tem para dizer uma coisa
dessas? Ele, que durante muitos anos era membro da tariqa[2] de Frithjof[3] Schuon, mas que hoje vive
bancando o islamofóbico raivoso pró-Israel e pró-Estados Unidos nas questões
relativas ao Oriente Médio. Pelo visto, para ele, um bispo, clérigo, padre ou
prelado digno de respeito é alguém que compartilhe o ranço e a histeria anti-comunista
de fundo macarthista que ele advoga (como é o caso do padre Paulo Ricardo). Isso
a fala raivosa dele deixa bem evidente. Além do fato de que Olavo não se toca (e
talvez nunca se toque) que existe uma diferença abissal entre a pessoa se dizer
comunista e entre dizer que o Partido dos Trabalhadores não é comunista. Nesse
ponto, o cardeal gaúcho está certíssimo. Pois se tem algo que o Partido dos
Trabalhadores, desde que assumiu o Palácio do Planalto na virada de 2002 para
2003, mostrou na prática não ser é um partido comunista. Muito pelo contrário. E
motivos que corroboram com o raciocínio de Dom Odilo não faltam:
1 – Desde que assumiu o
poder, o PT nunca chamou o povo brasileiro para uma luta e fez um governo muito
mais voltado para as classes dominantes que para as classes subalternas. Em
outras palavras, governou muito mais para a Avenida Paulista que para a Cidade
de Deus ou o Vale do Jequitinhonha;
2 – No campo, não fez a
reforma agrária e ainda mancomunou-se com os barões do agronegócio, a ponto de
hoje ter Kátia Abreu, notória ruralista e conhecida popularmente como “Miss
Motosserra” e “Rainha do Desmatamento”, como a ministra da agricultura;
3 – Sua política social
em momento algum mexeu com os privilégios dessa mesma classe dominante, bem
diferente, por exemplo, das reformas de base do presidente João Goulart (isso
para ficarmos em um exemplo nacional e que nem comunista era). Muito pelo
contrário, esses anos todos, o PT apostou em um modelo de conciliação de
classes que agora está esgotado e já não tem a mesma utilidade de antes para
essa mesma oligarquia (que no nosso país é quem detêm o poder de fato);
4 – O PT manteve a mesma
política macroeconômica do governo FHC (1995 – 2003), baseada no tripé
superávit primário, meta de inflação e câmbio flutuante (assim como as
altíssimas taxas de juros e as privatizações);
5 – Jamais estatizou
banco algum, os quais por sua vez tem tido lucros cada vez maiores aqui no
Brasil através do pagamento religioso dos juros e amortizações do serviço das
dívidas interna e externa (os quais beneficiam apenas uma malta de indíviduos
obscuros ligados ao sistema financeiro internacional, os quais por sua vez
fazem da dívida um meio de assalto ao estado brasileiro). E ainda nomeou
pessoas ligadas a esse mesmo sistema para a presidência do Banco Central, como
foi o caso de Henrique Meirelles e do Chicago Boy Joaquim Levy;
6 – Jamais criou em
terras tupiniquins um grande sistema de saúde e educação públicas;
7 – Aplica aqui no
Brasil o mesmo receituário de austeridade que a Troika[4] impõe sobre os países periféricos
da União Europeia, tais como Grécia, Itália, Espanha, Portugal e Irlanda (comumente
chamados de PIIGS na grande mídia). Receituário esse que consiste em apertar o
cinto na barriga do povo para garantir os lucros exorbitantes de banqueiros e
outras obscuras figuras ligadas ao sistema financeiro internacional (e que aqui
no Brasil ganha o elegante nome de ajuste fiscal). E isso mesmo em tempos de
crise econômica e nem que para isso o povo tenha que ter seus direitos
retirados e passar fome e inanição;
8 – Nunca fez uma
auditoria das dívidas interna e externa (que é uma demanda constitucional), tal
como Rafael Correa fez no Equador em 2007. Pelo contrário, a própria Dilma
vetou a iniciativa de se fazer auditoria dessa mesma dívida no começo do ano;
9 – Nunca reverteu com a
privataria[5] feita durante os governos
Collor e FHC (e de quebra aqueles que entregaram o patrimônio público durante
esse período nunca foram submetidos a juízo público);
10 – Nenhuma medida foi
tomada contra o capital multinacional aqui estabelecido (tal como Brizola fez
no período em que foi governador do Rio Grande do Sul, quando estatizou as
filiais gaúchas da ITT[6] e da Bond and Share);
11 – Nunca fez uma
versão tupiniquim da Ley de Medios,
no que poderia tornar menos desigual a guerra de informação com os grandes
oligopólios midiáticos, e nem criaram de meios de comunicação mais direta com o
povo;
12 – Nunca puniu na
Comissão da Verdade os empresários que apoiaram o golpe de 1964 e o regime que
dele se originou, apenas alguns torturadores de baixo escalão;
13 – Sob o governo
petista, uma lei anti-terrorismo foi promulgada, que na prática torna
movimentos sociais como o MST, o MTST e outros como verdadeiros equivalentes
tupiniquins de grupos como o Estado Islâmico, a Al Qaeda e o Boko Haram. Lei
essa da qual um político como Jair Bolsonaro certamente se regozijaria;
14 – E o que é mais
importante: jamais coletivizaram com a propriedade privada e os meios de
produção existentes no Brasil. E que ainda tem a empáfia de falar em pátria
educadora, sendo que os slogans Pátria Rentista e Colônia de Banqueiros seriam
muito mais adequados à atual realidade brasileira.
O fato é que as classes
dominantes, de 2003 em diante, não organizaram nenhum movimento similar ao que a
velha oligarquia cafeeira fez em 1932 contra Getúlio Vargas para retomar o
poder do qual foi apeada dois anos antes. Nesses anos todos também nunca houve
um real clima para golpe civil-militar, tal como aconteceu em 1961 (nesse ano
frustrada pela enérgica atuação de Leonel Brizola e a Campanha da Legalidade) e
1964. Ou mesmo o fracassado golpe civil-militar contra Hugo Chávez na Venezuela
em 2002, protagonizado pela empresa Fedecameras e militares anti-chavistas. Muito
pelo contrário. A oposição a Hugo Chávez na Venezuela olhava com bons olhos o
modelo petista por seu entendimento com a classe dominante. E isso, aliado ao
bom momento econômico global do período anterior a 2008, explica (pelo menos em
parte) aquilo que Gilberto Felisberto Vasconcellos, em entrevista concedida a
Elaine Tavares em 13 de maio de 2014, chama de “as águas mansas dos governos
petistas”. Resumindo a ópera: comparar Lula, Dilma e o PT com líderes como
Lenin, Stalin, Choibalsan[7], Mao Tsé Tung, Kim il Sung[8], Enver Hoxha[9], Erich[10] Honecker e outros tantos
é, no mínimo, um grande absurdo. Ou mesmo com líderes latino-americanos mais
progressistas como Hugo Chávez, Rafael Correa e Evo Morales. E que fique bem
claro mais uma coisa: em momento algum, as classes dominantes do Brasil
nutriram em relação a Lula o mesmo medo que nutriam em relação ao falecido
Brizola.
Foto
– os paradoxos do governo petista.
Olavo de Carvalho também
já acusou várias vezes o atual presidente norte-americano, Barack Obama, de ser
comunista. Isso só por que ele é do Partido Democrata, a esquerda
norte-americana. Pelo visto, para ele e sua trupe, esquerda é um bloco
monolítico sem suas diferenças internas e sinônimo de comunismo. Sendo que
Obama, tal como Lula, Dilma e o PT, também está muito longe de ser comunista.
Ele em realidade é um homem do sistema norte-americano, tal como os
republicanos que o próprio Olavo de Carvalho tanto apoia. Nada mais que isso. Nunca
que na terra do Tio Sam um homem de fora do sistema irá assumir a Casa Branca por
meio da via eleitoral. O sistema de tudo fará para barra-lo, nem que para isso
tenha que recorrer a fraudes eleitorais e até assassinatos (onde um bode
expiatório será culpado por tal ato). Isso será possível somente através de um
processo revolucionário que derrube e desmonte o atual sistema de poder
norte-americano que manda no país por trás das cortinas, a trinca composta por
Wall Street, Pentágono e Federal Reserve (que de federal só tem o nome, diga-se
de passagem). Obama fez isso e outras coisas mais em seus dois mandatos de
presidência? A resposta é um sonoro não. E é o mesmo Obama que, em seu país
natal, é comumente chamado de Uncle Tom pela comunidade negra. Ou seja, um
negro subserviente aos brancos.
Gente como o Olavo de
Carvalho também costumam acusar o PT de ser bolivariano. Ora, como o PT pode
ser considerado bolivariano sendo que pouco ou nada fez no sentido de uma maior
integração com as nações latino-americanas e assim romper com a tradicional
política externa voltada para a Europa Ocidental e os EUA (sendo que o PT no
plano externo foi diversificar um pouco mais as relações exteriores do Brasil,
mas que em sua essência continua a mesma de sempre)? Muito pelo contrário,
durante a gestão petista o Brasil exerceu uma atuação sub-imperialista[11] na América Latina através
dos negócios de diversas empresas em países como Venezuela, Panamá, Peru,
Equador, Argentina e tantos outros. O próprio porto de Mariel, situado em Cuba,
do qual esses direitistas acéfalos tanto reclamam, não está inserido em um
esforço de integração latino-americana da parte do Brasil, e sim de
sub-imperialismo brasileiro. Há pessoas dessa mesma direita que falam que o
Brasil petista segue a ordens supranacionais advindas do Foro de São Paulo.
Sendo que em realidade Lula e sua turma deram nesses anos todos muito mais peso
a ordens internas vindas da Avenida Paulista que do Foro de São Paulo.
Foto
– Jango x Dilma Thatcher.
Ante isso, queremos aqui
chamar a atenção para a crescente histeria anti-comunista que está tomando
conta da sociedade brasileira. A histeria é tamanha que recentemente muitas
pessoas trajando roupa vermelha foram atacadas nas ruas por turbas desses
fanáticos anti-petistas. Também tivemos no dia 29 de março um ataque perpetrado
por quatro elementos a casa do jornalista Juca Kfouri (o qual foi chamado por
esses sujeitos de “petista maldito fdp”) depois que ele tomou posição contrária ao impeachment da
presidente Dilma. Uma pediatra de Porto Alegre recusou-se atender uma criança
de um ano e meio só por que a mãe da criança era militante petista (conduta essa
que o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul aprovou). E houve
também uma petição lançada no site “Citizens Go” intitulada “Carta Aberta aos
Bispos do Brasil”, falando de uma suposta influência marxista revolucionária do
PT que contamina a sociedade e a Igreja Católica no Brasil. Essa histeria nada
mais é que um entulho reciclado do macarthismo e da Marcha da Família com Deus
pela Liberdade. Essa direita comumente usa não só o comunismo como também o
bolivarianismo como espantalhos, porretes linguísticos, de forma a desacreditar
seus opositores ante a população, geralmente desinformada e alienada dessas
questões. Como espantalho retórico, o comunismo assim foi usado no Brasil ainda
no século XIX, mais precisamente nos idos de 1856, quando imigrante suíço
Thomaz Davatz, que trabalhava na fazenda de Ibicaba, liderou uma revolta de
imigrantes (que ficou conhecida na história como Revolta dos Parceiros e/ou
Revolta dos Imigrantes) exigindo melhores condições de trabalho da parte dos
senhores de terra. A fazenda era de propriedade do senador Nicolau Pereira de
Campos Vergueiro, que no período entre 1847 a 1857 trouxe cerca de 180 famílias
europeias para sua propriedade por meio do sistema de parceria.
O próprio Olavo de
Carvalho, em seu vídeo-resposta ao Doutor Pirula sobre a questão das células de
fetos abortados que a Pepsi supostamente usa como adoçante (e como ele volta e
meia alega), chamou esse mesmo expediente que ele tanto utiliza de “espantalho”
e/ou “homem de palha”, que, segundo as palavras do próprio astrólogo, consiste
em “você inventa um argumento idiota, interpreta a frase do jeito mais idiota
possível e em seguida você refuta nesse sentido e sai todo vitorioso. Você
constrói um espantalho que você mesmo criou. Bate nele e diz que bateu em mim”.
Em outras, ele hipocritamente acusou o Pirula de fazer a mesma coisa que ele
vive fazendo com os referidos termos. E o pior de tudo é ver gente nas
manifestações de rua com camisas e bandeiras dizendo que o oráculo da Virgínia
tem razão.
Isso também é
sintomático do nível de alienação a qual o povo brasileiro está submetido.
Segundo o professor catarinense Nildo Ouriques, três instituições comandam esse
processo em terras tupiniquins: a universidade, a evangelização e a televisão.
Todas elas servindo aos interesses das mesmas classes dominantes ao qual Lula e
o PT se mostraram uns cães amestrados e dóceis nesses anos todos. Completando o
raciocínio do professor catarinense, eu adicionaria nessa lista um ator de
menor expressão, mais “underground”, por assim dizer: Olavo de Carvalho e sua
trupe do Mídia Sem Máscara, assim como outros de sua laia que divulgam suas ideais
na Internet (e que o povão come sem saber do que se trata realmente). A
alienação é tamanha que amplos setores da sociedade tratam a política como se
fosse apenas uma questão moral, e assim fazendo a mesma fanfarra com temas como
a corrupção que a UDN e Carlos Lacerda faziam nos anos 1950 e 1960 e mais
recentemente o PT em seu tempo de oposição, sem tratar das causas profundas dos
mesmos. Falam do corrupto petista que volta e meia aparece no noticiário e se
indignam com o mesmo, mas fecham os olhos para aquilo que Brizola em vida
chamava de “perdas internacionais”. Metaforicamente falando, é como arrancar
uma erva daninha de um solo sem arrancar junto a raiz da mesma. E o resultado
direto disso é o que vemos nas recentes manifestações da classe média, a qual
muitas vezes é erroneamente taxada de fascista (sendo que os termos lacerdista
e udenista nela cairiam muito melhor). O ovo da serpente foi chocado. E deste
ovo consequências terríveis podem advir. Se futuramente um banho de sangue vir
a ocorrer no Brasil, pode ter certeza que Olavo de Carvalho (o qual acha que o
povo brasileiro deve repetir aqui o que foi feito na Ucrânia no ano retrasado
com o infame Euromaidan) e sua trupe terão uma culpa ao menos considerável
nisso e haverão de responder por isso.
Foto – Diga não a Olavo
de Carvalho. Crédito: Nova Resistência.
Fontes:
A terra prometida.
Disponível em: http://www.sescsp.org.br/online/artigo/compartilhar/1361_A+TERRA+PROMETIDA
Amarilis Demartini &
Caimmy de Sá – O ensaio do golpe da direita globalista no Brasil. Disponível
em:
Barack Obama, o Islã e o
Comunismo – pt 1/3. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NZnEww1hzlA
Bispo: a CNBB não aceita
golpe para tomada do poder. Disponível em: http://www.tijolaco.com.br/blog/bispo-cnbb-nao-aceita-golpe-para-tomada-do-poder/
Brasil: crise financeira
ou fiscal? Disponível em:
Cardel Dom Odilo rebate
professor que o chamou de comunista: “piada de mau gosto”. Disponível em:
Carta Aberta aos Bispos
do Brasil. Disponível em: http://www.citizengo.org/pt-pt/pc/node:nid]-carta-aberta-aos-bispos-do-brasil
Casos de agressão por
uso de vermelho se multiplicam; por que autoridades se calam? Disponível em: http://outraspalavras.net/alceucastilho/2016/03/19/casos-de-agressao-por-uso-de-vermelho-se-multiplicam-por-que-autoridades-se-calam/
Congresso aprova projeto
de lei anti-terrorismo. Disponível em:
Dom Odílio Scherer é
agredido em missa aos gritos de comunista. Disponível em: http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/222599/Dom-Od%C3%ADlio-%C3%A9-agredido-em-missa-aos-gritos-de-comunista.htm
Gastos com a dívida
pública em 2014 superam 45% do Orçamento Executado. Disponível em:
Jornalista Juca Kfouri é
atacado por mascarados após criticar golpe. Disponível em: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/03/jornalista-juca-kfouri-e-atacado-por-mascarados-apos-criticar-o-golpe.html
Lula convocará as
massas? Disponível em: http://nildouriques.blogspot.com.br/2016/03/lula-convocara-as-massas.html
O enguiço das ciências
sociais - Gilberto Felisberto Vasconcellos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cnqFo-gU3aE
Olavo de Carvalho chama
Dom Odilo de “mentiroso” e “excomungado”. Disponível em:
Pediatra se recusa a atender filho de militante do PT; sindicato apoia atitude da médica. Disponível em: https://br.noticias.yahoo.com/pediatra-se-recusa-a-atender-filho-de-militante-do-203122857.html
Privatización y Privatería (em espanhol). Disponível em:
Profesor Lupa – Brasil (em espanhol). Disponível em:
PT criado e apoiado pelo General Golbery – A esquerda que a direita gosta. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=BFepmQpbtkgQuem se esconde por trás do peão? Disponível em: http://libertoprometheo.blogspot.com.br/2016/03/quem-se-esconde-por-detras-do-peao.html
Ruy Mauro Marini. Disponível em:
Sobre a
incompatibilidade entre universidade e cultura. Disponível em: http://nildouriques.blogspot.com.br/2013/12/sobre-aincompatibilidade-entre.html
Uncle Tom. Disponível
em:
NOTAS:
[1] Conceito geopolítico formulado no
começo da Guerra Fria, que propõe uma aliança militar entre a Europa e a
América do Norte (em especial EUA e Canadá), a qual é acompanhada de uma
cooperação nos domínios políticos, econômicos e culturais, com a OTAN sendo uma
de suas expressões. Olavo de Carvalho pode ser considerado um atlantista por
advogar um alinhamento do Brasil com o bloco geopolítico atlantista.
[2] Confrarias esotéricas do Islã sufista.
Seus praticantes são chamados de dervixes. A tariqa da qual Olavo de Carvalho
participou fez parte foi a Maryamiyya, da qual ele mesmo foi um de seus membros
fundadores.
[3] Leia-se “Fritrriof”, pois no alemão,
assim como em idiomas como o polonês, o húngaro, o servo-croata, o holandês, as
línguas escandinavas e bálticas, o tcheco, o eslovaco, o esloveno e outros da
Europa centro-oriental, a partícula j tem valor de i.
[4] Comissão composta por Banco Central
Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Européia.
[5] O termo privataria é um neologismo que
une as palavras privatização e pirataria. Foi criado pelo jornalista brasileiro
Hélio Gaspari e popularizado pelo também jornalista Amaury Ribeiro (autor do
livro “A Privataria Tucana”, sobre as falcatruas do processo de privatização no
Brasil durante o governo Fernando Henrique Cardoso [1995 – 2002]).
[6] International Telephone and Telegraph
(em inglês “Telefone e Telégrafo Internacional”).
[7] Leia-se “Tchoibalsan”. No mongol,
assim como em idiomas como o russo, o mandarim, o espanhol, o inglês e outros,
a partícula ch (cirílico Ч) tem valor de tch.
[8] Leia-se “Sun”. No coreano, assim como
no chinês, quando uma palavra termina em consoante esta é muda.
[9] Leia-se “Rrodja”. No albanês a
partícula xh tem valor de dj.
[10] Leia-se “Erirr”. No alemão, assim
como em idiomas como o holandês, o polonês e o tcheco, a partícula ch tem o
mesmo valor do h no inglês, do kh no russo e do j no espanhol: r aspirado.
[11]
Sub-imperialismo é um conceito
criado pelo finado intelectual marxista brasileiro Ruy Mauro Marini (cuja obra
é muito conhecida na América Latina, mas pouco em seu país de origem) para
designar a política externa do Brasil (amparada pela burguesia do estado de São
Paulo) durante os anos do Regime Civil-Militar (1964 – 1985), onde almejava
buscar uma posição hegemônica na América do Sul e em partes da África, atuando
como uma espécie de intermediário dos países centrais da engrenagem capitalista
mundial e sendo um fator de desestabilização na região (haja vista o apoio
brasileiro a golpes como o no Chile em 1973). Da mesma forma as monarquias do
Golfo Pérsico exercem uma política similar no Mundo Islâmico (haja vista casos
como o apoio dado ao separatismo checheno contra a Rússia e mais recentemente o
apoio que esses estados deram a grupos terroristas na Síria e na Líbia contra
Assad e Kadaffi). Com a diferença que enquanto a política sub-imperialista do Brasil
na América Latina se dá por meio do poder econômico (incluindo negócios de
empresas brasileiras em países como Bolívia, Equador, Panamá, Cuba, Argentina,
Venezuela e outros), a das petro-monarquias no Mundo Islâmico se dá através da
força bélica e ideológica.
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