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– A escala de poder na sociedade brasileira, de acordo com o que a direita
raivosa pensa do alto de sua tacanhice e alienação costumeiras.
No dia 6 de janeiro de
2016, Nando Moura postou um vídeo sobre o falecido Enéas Ferreira Carneiro em
seu canal no YouTube, intitulado “Enéas – o maior presidente que não tivemos”. No
vídeo em questão, o músico exalta as várias virtudes do político do PRONA
(Partido da Reedificação da Ordem Nacional Administrativa), falecido no dia 6
de maio de 2007, ao mesmo tempo em que execra raivosamente Lula, Dilma e o PT. Assim
como em outros vídeos em que o guitarrista e vocalista da banda Pandora 101
anteriormente postou, ele comete vários deslizes e proferiu um discurso cheio
de lacunas e imprecisões a respeito não só do partido em si como também da verdadeira
estrutura de poder vigente na sociedade brasileira (e por que não mundial?) hoje
em dia. Vamos falar delas.
Mas antes de tudo, por que
falar a respeito? Porque nos últimos tempos nós estamos vendo figuras como ele
e Maro Filósofo fazendo uma apropriação indevida da figura do falecido médico e
político do PRONA, o qual, caso estivesse hoje vivo, certamente não comungaria
com o ideário dessa direita republicanóide (ideário esse que combina
conservadorismo social com liberalismo econômico e que eu, parafraseando o
grande pensador francês Alain Soral, defino como “a direita dos valores sem a
esquerda do trabalho” [ou em francês “le droit[1] des valeurs sans le gauche[2] du travail”]. Em outras
palavras, uma direita que ataca o abortista e/ou o maconhista que trabalha na
Rede Globo ou em Hollywood, mas que ao mesmo tempo fecha os olhos para o
maconhista e/ou abortista engravatado que está encastelado em Wall Street ou na
Avenida Paulista), que tem como gurus figuras que incluem Olavo de Carvalho,
Marco Feliciano e Jair Bolsonaro e que, nos últimos anos, tem crescido cada vez
mais.
Nos primeiros minutos do
vídeo, Nando se indigna com o fato de que o povo brasileiro, ao invés de ter
elegido como presidente Enéas (a despeito de ser uma pessoa muito culta e com
várias formações), ter eleito em seu lugar Lula (político que terminou seus
estudos na quarta série) e Dilma Rousseff (que, como ela mesma se mostrou em
seus dois governos, não passou de uma burocrata do Partido dos Trabalhadores). Maro
Filósofo, ao longo de seu vídeo (intitulado “Lula x Dr. Enéas Carneiro – quem é
o verdadeiro herói nacional?” e postado quatro dias antes do vídeo de Nando Moura),
também fez questionamento similar. Ambos, em seus respectivos vídeos, tanto
falaram e não tocaram no ponto nevrálgico, na ferida do problema (como é de
praxe da parte dessa direita), ficando apenas na indignação pura e simples pelo
fato de o petista ter sido eleito presidente da República e o pronista não.
Pelo visto, ambos se
esquecem (ou talvez não saibam) que o mesmo povo brasileiro que elegeu Lula em 2002
e 2006 e Dilma em 2010 e 2014 também elegeu o Monsieur[3] Fernando Henrique Cardoso
em 1994 e 1998 e Fernando Collor de Mello em 1989. O antecessor de Lula na
presidência do Brasil se formou e pós-graduou na USP em sociologia, deu aula na
Universidade de Paris X – Nanterre, na Escola de Estudos Avançados em Ciências
Sociais e na Sorbonne na França, em Berkeley e Stanford nos EUA e em Cambridge
na Inglaterra, escreveu mais de 20 livros (entre eles “Dependência e
Desenvolvimento na América Latina: ensaio de interpretação sociológica”,
escrito em parceria com o falecido sociólogo chileno Enzo Faletto), recebeu 29
títulos de doutor honoris causa de
universidades brasileiras e estrangeiras, entre outras honrarias. E antes de
FHC, o povo brasileiro elegeu Fernando Collor de Mello, que foi, entre outras
coisas, presidente do clube de futebol alagoano CSA (Centro Esportivo Alagoano).
A questão ai envolta não é o fato de a pessoa ser ignorante ou não, e sim o
fato de que Lula e Dilma, assim como Fernando Henrique Cardoso e Collor, são serviçais
do sistema que ai está, ao passo que Enéas, assim como o também falecido Leonel
de Moura Brizola (o qual, em sua entrevista ao programa Roda Viva em 1994,
disse que Lula e FHC tinham suas mentes inseridas dentro do sistema e que se
acotovelavam entre si para executar o projeto neoliberal, com o petista vindo
por baixo e o tucano por cima), não era. E, como todos nós sabemos, os dois
morreram sem serem presidentes.
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– O que Brizola disse sobre Lula e FHC em sua entrevista ao programa Roda Viva
em 1994.
Diversas foram as
manobras feitas pelo poder por trás do trono para que ambos não se tornassem
presidentes e assim manter seu status quo.
Em seu texto “’Eleições’ no modelo dependente”, publicado em 2014, o
ex-participante do PRONA Adriano Benayon fala a respeito disso. No caso de
Brizola, uma delas foi o incentivo e apadrinhamento do próprio PT da parte do
general Golbery do Couto e Silva. Manobra essa inserida dentro do contexto de
redemocratização e abertura política do Brasil, feita com o intuito de criar um
contraponto ao político gaúcho (que era o verdadeiro pesadelo das classes
dominantes brasileiras e do capital multinacional a elas associados, e não Lula)
dentro da esquerda brasileira. Contraponto esse nascido dos sindicatos das
multinacionais estabelecidas no ABC Paulista e da sociologia de faculdades como
USP e Unicamp. O mesmo Golbery também manobrou para dar a sigla do velho PTB
(Partido Trabalhista Brasileiro) para Ivete Vargas, a oportunista sobrinha de
Getúlio Vargas. Assim, Brizola teve que fundar uma sigla nova, o PDT (Partido
Democrático Trabalhista). Em 1982, quando se candidatou pela primeira vez ao
governo do estado do Rio de Janeiro, houve o escândalo Proconsult, que
consistia em um esquema informatizado de apuração dos votos feito pela empresa
Pronconsult (associada ao Regime Militar) para transferir votos brancos e nulos
para seu adversário e candidato do sistema, Moreira Franco. Mas no fim o
esquema foi descoberto e denunciado pelo Jornal do Brasil e Brizola foi eleito
governador.
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– Golbery do Couto e Silva (1911 – 1987), o padrinho político de Lula e do PT.
Na eleição presidencial
de 1989, para impedir que Brizola se elegesse presidente, recorreu-se a
expedientes como impedir transportes em regiões onde ele teria maioria, fraude
de urnas, ao ponto de em lugares como em Minas Gerais ele ter tido nenhum voto
em seções eleitorais onde compareceram vários partidários e militantes do PDT,
assim como o apoio da Rede Globo à candidatura de Fernando Collor de Mello. E,
mesmo após mais de uma década de seu falecimento, no estado de São Paulo, o
coração burguês e sede das multinacionais estabelecidas na América Latina,
paira sobre sua figura paira aquilo que Gilberto Felisberto Vasconcellos chama
de “amnésia criminosa” que a classe dominante local injeta sobre o povo através
de seu poder econômico e midiático. Sem contar com o fato de que muitos de seus
adversários político-ideológicos (com o povão muitas vezes engolindo essas
mentiras difundidas tanto por eles quanto pela Rede Globo) o culpam pelo
problema da violência urbana no Rio de Janeiro por supostamente não deixar a
polícia subir os morros, sendo que esse problema já havia na antiga capital
federal bem antes dele ser eleito governador pela primeira vez (esse problema,
diga-se de passagem, finca raízes na Reforma Urbanística de 1904 feita pelo
prefeito Pereira Passos e na maneira como a cidade desde então passou a ser
concebida por suas elites governantes) e o que ele queria em realidade é que a
polícia não se juntasse com a criminalidade estabelecida nos morros.
Em se tratando de Enéas
(que disputou as eleições presidenciais em 1989, 1994 e 1998, além de concorrer
a vaga de prefeito de São Paulo em 2000 e de Deputado Federal em 2002 e 2006),
o político acreano dispunha de pouco tempo para transmitir suas ideias no
horário eleitoral. Muitas vezes, não tinha nem um minuto para tal. Mas, mesmo com essa situação adversa e sendo
tido pela grande mídia como “fascista”, “autoritário”, “louco”, “ditador” e insultos
similares para desacreditá-lo perante o povo, conseguiu votações expressivas,
como o terceiro lugar em 1994 (onde obteve 7,38% dos votos válidos) e os dois
milhões de votos para Deputado Federal em 2002, a maior votação que um Deputado
Federal conquistou até hoje no Brasil. Em novembro de 2002, logo após sua
eleição como Deputado Federal, a Revista Super Interessante publicou uma
matéria falando sobre um suposto perigo que ele trazia, por causa de algumas de
suas propostas como romper com o Sistema Financeiro Internacional, triplicar o
efetivo do Exército e a construção da bomba atômica, assim como dizendo que
quem votou em Enéas deu aval a um projeto similar ao dos fascistas do século
XX. Uma vez Deputado Federal, Enéas se opôs a emendas constitucionais
entreguistas e lesivas aos trabalhadores e aposentados impostas por Lula. E,
mesmo sendo eleito Deputado Federal, teve sua atuação dificultada por uma série
de obstáculos e armadilhas para lhe consumir recursos e energias, além da
armação do fim de seu partido através da Cláusula da Barreira sob o pretexto de
eliminar com partidos tidos como nanicos e de pouca expressão. Como resultado,
o PRONA se uniu ao Partido Liberal, formando o Partido da República (PR).
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– Enéas Ferreira Carneiro (1938 – 2007).
Algo também digno de
nota da fala de Nando Moura a respeito de Lula e do PT não só nesse vídeo em
questão como em outros é que se dá a impressão de que o PT governa o país de
forma absoluta, como se fosse tal qual o rei francês Luís XIV, como se os
verdadeiros donos do poder (clara alusão ao livro de mesmo nome escrito e
originalmente publicado por Raymundo Faoro em 1958) na hierarquia de poder
brasileira não existissem. E quem é esse poder por trás do trono ao qual os nossos
reis se prostram como se fossem cães amestrados e dóceis? Trata-se da classe
dominante brasileira e suas distintas frações (burguesia industrial, burguesia
agrária, bancos, rentistas e outros). Classe essa que historicamente é e sempre
foi associada (para não dizer testa de ferro) do capital multinacional aqui
estabelecido. É a mesma classe dominante que nos tempos da República Velha (1889
– 1930) tratava o Brasil como sua propriedade particular tal como o rei
Leopoldo II da Bélgica fazia na África com o Congo Belga na mesma época, em
1930 foi apeada do poder pela revolução liderada por Getúlio Vargas, tentou
dois anos mais tarde retomar o poder com o malogrado Levante Constitucionalista
em São Paulo, após a derrota em 1932 criou a USP (Universidade de São Paulo)
visando criar uma intelectualidade liberal (e para isso trazendo da França
figuras como Claude Lévi[4]-Strauss, Fernand Braudel,
Jean Maugüé e Roger Bastide) que batesse de frente com o pensamento
nacionalista varguista e que foi o braço civil interno das agitações golpistas
de 1954 (que levou Getúlio Vargas ao suicídio), de 1961 (que Brizola venceu com
a Campanha da Legalidade) e de 1964. E que no passar desse tempo todo foi se
modernizando e assumindo novas roupagens, mas sem perder sua essência
reacionária e cosmopolita e sem deixar de olhar o estado brasileiro como seu
balcão de negócios particular.
E é a essa mesma classe
dominante e suas distintas frações a qual os militares serviram nos 21 anos em
que no poder estiveram e que todos os governos que ocuparam o palácio do
Planalto de 1985 em diante, incluindo o petucanato[5], a despeito de toda a
propaganda oficial em contrário que diz que mais de 30 milhões foram tirados da
pobreza através de programas sociais como o Bolsa Família e de toda a
verborragia de Lula, os petistas e seus apologéticos contra as “zelites”. Em
outras palavras, o resultado sócio-econômico do golpe de 1964 continua ai até
hoje e nunca foi revertido. E isso mesmo com um partido que a direita raivosa
acha que é a comunista (mas que na prática está muito longe de ser) ocupando o
palácio do Planalto. Grande ironia do destino: na época do regime militar,
Dilma foi torturada pelos agentes da repressão, os quais exerciam através da
tortura e da repressão um controle social em nome das elites brasileiras e do
capital multinacional. E hoje Dilma e o PT governam para o mesmo poder por trás
do trono que seus torturadores serviram enquanto estiveram no poder. Ou seja,
Lula, Dilma e o PT não possuem o poder de fato na sociedade brasileira. Na
virada de 2002 para 2003 eles assumiram o governo do Brasil, mas não o poder de
fato, que por sua vez continuou nas mãos dessa oligarquia.
Como Adriano Benayon diz
em um trecho de seu texto “’Eleições’ no modelo dependente”, “O real sistema de
poder manobra sempre para que todos os candidatos com chance de chegar ao 2º
turno estejam comprometidos com a realização destes objetivos; ampliar e
aprofundar a desnacionalização da economia, desindustrializá-la, servir a
dívida – inflada pela composição de juros absurdos – e propiciar ganhos
desmedidos às grandes empresas transnacionais”. E esse poder por trás do trono,
diga-se de passagem, no momento em que se sentir ameaçado se valerá de todas as
artimanhas possíveis e imagináveis para manter seu status quo. Nem que para isso tenha que recorrer a um golpe
civil-militar como o de 1964, criar um falso partido que aos olhos da população
pareça ser de oposição e que na prática não é, guerra econômica como a que foi
promovida contra Allende no Chile e hoje contra a Venezuela bolivariana, fraudes
eleitorais, golpe palaciano através do judiciário e/ou do parlamento como os que
foram perpetrados contra Manuel Zelaya em Honduras (2009) e contra Fernando
Lugo no Paraguai (2012), pesada difamação de seu adversário através do poder
midiático, acusar falsamente o adversário de ter feito algum massacre (ou seja,
a tática da operação de bandeira falsa), entre tantas outras.
Foto
– A comparação que certas pessoas, do alto de seu anti-petismo tacanho, raivoso
e irracional, vivem fazendo entre Lula e Enéas com o único intuito de rebaixar
o petista.
E essa realidade não se
resume apenas ao Brasil: no mundo capitalista globalizado em que vivemos hoje
em dia, quem detêm o real poder não são os governantes de uma nação como os
grandes veículos de comunicação muitas vezes fazem crer. O poder de um CEO[6] de uma empresa
multinacional que opera em vários países ao mesmo tempo, de um especulador ou
de um banqueiro internacional muitas vezes é maior que um presidente ou um
primeiro ministro de uma nação, ao ponto deste ser uma marionete nas mãos do
poder econômico. Ou vocês acham que Barack Obama é quem realmente manda nos EUA,
ou mesmo François Hollande na França, David Cameron na Inglaterra e Angela[7] Merkel na Alemanha, entre
outros exemplos? Muitas vezes vemos o poder econômico dos tubarões das finanças
internacionais estando acima e tendo mais poder de decisão que o dos estados
nacionais, com direito ao faturamento anual de empresas multinacionais
superando até mesmo o PIB combinado de muitos países da periferia capitalista e
até mesmo o PIB de algum país rico situado no centro capitalista. E o real
sistema de poder utiliza os políticos como se fosse um biombo, uma cortina de
fumaça, de forma que quando as crises que eles mesmos criam atingem a população
de um país quem tem a imagem queimada perante o povo são os fantoches que eles
manipulam por trás das cortinas e não eles. E esse sistema possui em suas mãos
o poder midiático, e assim as pessoas são informadas conforme os seus
interesses e comem as suas mentiras e meias-verdades. Como José Saramago disse
em 2004, o sistema democrático vigente na maioria do mundo ocidental é
sequestrado, amputado e condicionado pelo poder econômico e assim a atender a
seus interesses.
Essa é a tal da mídia
comprada que elementos da direita raivosa falam, que de comunista nada tem como
eles pensam (no máximo usa alguns elementos de esquerda como idiotas úteis). De
fato, ela omite assuntos importantes para a população, mas o que ela omite em
realidade não são falcatruas e trambiques do PT (haja vista que os escândalos
de corrupção envolvendo o PT recebem muito mais atenção da grande mídia que os
escândalos de corrupção em que partidos como o PSDB, o PMDB e o DEM estão
envoltos) e seus associados, e sim coisas como o fato de que o Brasil perde
muito mais recursos com os gastos com juros e amortizações do serviço das
dívidas interna e externa (gastos esses que consomem todo ano entre 40 a 50% do
orçamento da União) que com corrupção ou Bolsa Família (que por sua vez consome
apenas 0,47% do orçamento da União). Gastos esses que apenas servem pra
engordar o bolso de banqueiros, agiotas e outros elementos que se beneficiam
desse sistema que gera fortuna para uma elite bem restrita e miséria para a
maioria do povo brasileiro (diga-se de passagem, nunca vi Nando Moura dizer uma
única palavra sobre os lucros absurdos dos bancos aqui no Brasil). Para desviar
a atenção desse sistema de corrupção em larga escala onde estão envolvidos os
negócios dos donos do poder e que tem como grande beneficiário o sistema
financeiro, não raro a grande mídia se vale de escândalos de corrupção de magnitude
muito menor como o mensalão e o petrolão.
E, em uma perspectiva
mais global, por que vocês acham, por exemplo, que a Grécia foi tratada
como a bandida da história na recente crise com a Troika[8] (e esta, por sua vez, era
tratada como a lesada da história, sem levar em consideração os vários abusos
ao qual a Grécia foi submetida pela mesma Troika desde no mínimo 2010 que a
auditoria da dívida grega revelou), omite ao mundo o fato de a Islândia ter se
recuperado da crise de 2008 depois de prender os banqueiros responsáveis pela
crise, fez pouco caso da auditoria da dívida equatoriana feita por Rafael
Correa em 2007 e outras tantas coisas? Por que os grandes veículos de
comunicação estão justamente nas mãos dessa gente, ou então esses veículos tem
essa gente como patrocinador e anunciante.
A essa realidade onde o
poder rentista da grande finança internacional se sobrepõe ao poder dos estados
nacionais o líder chileno Salvador Allende alertou em um discurso proferido na
ONU em 1972, onde disse, entre outras coisas, que o poder econômico das
empresas multinacionais era prejudicial não só aos países em desenvolvimento
como também aos países onde se sediam essas empresas. Allende sabia muito bem
do que se tratava, pois, após nacionalizar a produção de cobre até então
explorada por empresas multinacionais como a Anaconda Copper Company e a
Kennecott Corporation, enfrentou uma agitação golpista que teve entre seus financiadores
a ITT[9] (a mesma ITT que teve sua
filial gaúcha nacionalizada por Brizola junto com a Bond & Share quando foi
governador do estado do Rio Grande do Sul). Agitação essa que, como todos nós
sabemos, levou à sua morte e ao golpe civil-militar de 1973 e que implantou uma
sangrenta ditadura que castigou o Chile por 17 anos.
Foto
– A real pirâmide de poder no mundo em que vivemos que a direita raivosa ignora:
de um lado o feudalismo medieval e de outro o atual capitalismo rentista corporativo.
Fontes:
A corrupção e a dívida.
Disponível em:
“A dívida pública é um
mega-esquema de corrupção institucionalizada”. Disponível em:
Brasil: crise financeira
ou fiscal? Disponível em:
Brizola: São Paulo,
amnésia criminosa. Disponível em:
Coluna do Professor Tim
sobre o petucanismo – Timtim por TimTim. Disponível em:
Discorso di Salvador
Allende all’ONU (1972) (em italiano). Disponível em:
“Eleições” no modelo
dependente. Disponível em:
Enéas – O maior
presidente que não tivemos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ir967od4mAM
José Saramago – falsa
democracia. Disponível em:
Lula x Enéas Carneiro –
quem é o verdadeiro herói nacional? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=em-2lkvVpkY
Modelo petucano.
Disponível em:
Multinacionais: um poder
absoluto. Disponível em:
O perigo real de Enéas.
Disponível em:
PT incentivado e apoiado
pelo General Golbery: a esquerda que a direita gosta. Disponível em:
The CIA’s campaign
against Salvador Allende (em inglês). Disponível em:
NOTAS:
[1] Leia-se “Droá”, pois no francês a
partícula oit tem valor de oá.
[2] Leia-se “Gôche”, pois no francês a
partícula au tem valor de ô.
[3] Leia-se “Monsiô”, pois no francês a
partícula ieur tem valor de ô.
[4] Leia-se “Levi”, pois no francês,
assim como no espanhol, a partícula é tem valor de e.
[5]
Petucanato/Petucanismo é um
termo cunhado pelo colunista da Revista Caros Amigos Gilberto Felisberto
Vasconcellos (e depois utilizado por outros como Nildo Ouriques e Adriano
Benayon) para se referir a situação política que o Brasil vive desde 1995 com a
alternância de poder entre o PT e o PSDB, dois partidos de programa de governo
praticamente igual baseados no modelo neoliberal (incluindo privatizações,
terceirização e precarização do Estado), com a diferença que o PT têm um
política um pouco mais direcionada para o lado social que o PSDB.
[6] Chieff Executive Officer (Diretor
Chefe Executivo em português), na sigla em inglês.
[7] Leia-se “Anguela”, pois no alemão,
assim como em idiomas como o russo, o mongol e o japonês, o som da partícula g não muda
em função da vogal seguinte que nem nas línguas latinas e no inglês.
[8] Comissão formada por Fundo Monetário
Internacional, Comissão Européia e Banco Central Europeu.
[9] International Telephone and Telegraph
(Telefone e Telégrafo Internacional em português).
Nota: esse artigo eu originalmente publiquei em janeiro na minha conta no Academia (a qual foi no mês seguinte marcada como suspeita. Inclusive suspeito que recebi censura lá), e aqui o estou repostando, só que com algumas alterações e adições no texto.
ResponderExcluirExcelente camarada, adicionei nos favoritos, parabéns.
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