sábado, 28 de maio de 2016

Indicação de leitura - Recordações do Escrivão Isaías Caminha.


Foto – Capa do livro “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, de Lima Barreto.
Como temos visto na crise política que tem flagelado o Brasil desde o início do segundo governo Dilma, a grande mídia corporativa, em conluio com a República de Curitiba, tem desempenhado papel importantíssimo e decisivo, agindo como se fosse um verdadeiro partido político não oficial e promovendo uma verdadeira guerra de informações contra o governo estabelecido em Brasília, chegando ao ponto de nas denúncias e delações da Operação Lava Jato ter feita muita fanfarra em cima das denúncias feitas em cima dos políticos petistas, mas ao mesmo blindou políticos de outros partidos como o PSDB (a exemplo de Aécio Neves) e o DEM.
Isso em grande parte se deve ao fato de que Lula e Dilma nada fizeram nesses anos todos no sentido de criar contrapontos a essa grande mídia. Muito pelo contrário, Lula e companhia limitada fizeram grandes investimentos na mídia de massa (segundo artigo do DCM, cerca de R$ 6 bilhões foram investidos na Rede Globo pelo próprio governo federal entre 2003 a 2013) ao mesmo tempo em que pouca ou nenhuma atenção deu à mídia alternativa, muito menos criaram uma versão tupiniquim da Ley de Medios (lei essa que agora o atual presidente Mauricio Macri de tudo está fazendo para reverter) ou do programa “Alô, Presidente” criado por Hugo Chávez na Venezuela (o mesmo Chávez que em 2007 caçou a concessão da RCTV, espécie de Globo venezuelana). Ou mesmo o que Vargas, em seu segundo mandato (1951 – 1954), fez quando criou o jornal Última Hora. Isso é algo que em um momento como o atual, em que o Partido dos Trabalhadores se encontra sob o escrutínio público levado a cabo pelo conluio judiciário-midiático, muita falta faz. Fazendo uma analogia, isso é como um organismo que não tem os anticorpos necessários para combater eficazmente uma moléstia. E disso a República de Curitiba, diga-se de passagem, muito bem se aproveitou. Se nada for feito para ao menos contrabalancear o poder da mídia de massa, essa continuará a manufaturar ad eternum a opinião das pessoas (em especial dos setores mais abastados) em favor de seus interesses e daqueles aos quais são favoráveis contra governos de cunho mais popular e o povão continuará agindo como uma manada raivosa, histérica e acéfala em manifestações como a do dia 13 de março de 2016 e nos periódicos panelaços que acontecem nos dias de programa eleitoral do partido de Lula, Dilma, José Dirceu, José Genoíno, Mercadante e companhia limitada.
E, diga-se de passagem, essa não foi a primeira vez que a mídia de massa assim descaradamente atuou: foi assim em 1954 contra Getúlio Vargas, em 1964 contra João Goulart, com Leonel Brizola (lembremo-nos do episódio ocorrido em 1994 do direito de resposta à Rede Globo que foi lido por Cid Moreira em rede nacional durante o Jornal Nacional) e com Enéas Carneiro ao longo de suas respectivas carreiras políticas, entre tantos outros exemplos que aqui podem ser listados. Internacionalmente, vemos a presença desse mesmo comportamento da parte da mídia de massa no Chile durante o governo Allende (1970 – 1973), onde a agitação golpista que levou Pinochet ao poder contou com o apoio de uma campanha midiática encabeçada pelo El Mercurio (espécie de equivalente chileno da Globo), como também no malogrado golpe contra Hugo Chávez em 2002, onde as quatro emissoras principais do país suspenderam sua programação habitual e em seu lugar o encheram de anúncios contra o governo, que incitavam à sabotagem da economia. Também era noticiado aos quatro ventos fatos mentirosos contra o presidente, entre eles a insinuação de uma suposta ligação com o Hezbollah e o de que teria renunciado a seu cargo (coisa que ele, mesmo preso por militares, não assinou), assim como a sabotagem a canais governistas. Hoje em dia, a agitação golpista contra a Venezuela bolivariana conta com o apoio de uma campanha midiática internacional que segundo o presidente Nicolás Maduro gira em torno daquilo que ele chama de eixo Madrid-Bogotá-Miami que conspira contra sua pátria. No caso específico russo, o sociólogo e historiador Andreï Fursov diz que há uma guerra midiática global contra a Rússia levada a cabo pela elite capitalista global (dai que vem a má imagem que o país euroasiático tem na cabeça de muitas pessoas). A situação é tal que o presidente boliviano Evo Morales, em entrevista concedida à tv cubana em março desse ano, disse que o atual recuo da esquerda na América Latina se deve em parte ao despreparo da parte dos governos progressistas em enfrentar a guerra midiática (que foi fundamental para que ele fosse vencido no plebiscito sobre a possibilidade de seu terceiro mandato).
Ao mesmo tempo, essa mesma grande mídia apoiou o golpe de 1964 (segundo o artigo de Gilberto Felisberto Vasconcellos na Revista Caros Amigos nº230, um dos motivos do golpe contra Jango foi instituir o monopólio midiático de forma a impedir a educação política do povo) e em seguida o regime dele originário, em 1989 apoiou a candidatura de Fernando Collor de Mello contra Brizola e Lula (e depois que o político alagoano se tornou presidente se desfez dele durante seu processo de impeachment), aplaudiu Fernando Henrique Cardoso e a vergonhosa privataria[1] tucana, entre tantas outras coisas que aqui podem ser listadas. E é essa mesma grande mídia que em nível de política internacional demoniza líderes como Hugo Chávez, Fidel Castro, Evo Morales, Mamhoud Ahmadinejad[2], Bashar al-Assad, Muammar al-Kadaffi, Vladimir Putin, Aleksandr Lukashenko e outros, não raro os chamando de ditadores e adjetivações similares (isso ao mesmo tempo em que fecha os olhos, por exemplo, para os 11 anos de Merkel na Alemanha até agora e os 10 anos de Tony Blair na Inglaterra).
Ante isso, resolvi ler o livro “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, de Lima Barreto, o qual satiriza com a imprensa da época, mostrando seus bastidores e suas panelas internas. O próprio Lima Barreto, diga-se de passagem, trabalhou na imprensa durante alguns anos de sua vida, no jornal o Correio da Manhã, mas devido à publicação de seu primeiro romance e as contundentes críticas nele feitas a Edmundo Bittencourt, o então proprietário do jornal (que no romance recebe o nome de O Globo), ele se tornou persona non grata nos meios jornalísticos cariocas.
Natural do Rio de Janeiro e nascido no dia 13 de maio de 1881, Afonso Henriques de Lima Barreto, mestiço e filho de pai tipógrafo e mãe professora, é considerado como um dos mais importantes escritores brasileiros do século XX. Quando completou seis anos de idade, perdeu sua mãe, e seu pai (que era monarquista) teve que trabalhar muito para sustentar seus quatro filhos. Lima Barreto estudou no Colégio Pedro II durante o curso secundário e fez o curso de Engenharia da Escola Politécnica, o qual abandonou para trabalhar e sustentar a família, já que seu pai foi internado, vitimado pela loucura. Passou a trabalhar como escrevente copista na Secretaria de Guerra (cargo esse do qual se aposentou em 1918), e para aumentar seu orçamento escrevia periodicamente textos para os jornais e revistas cariocas (entre elas Brás Cubas, Fon-Fon e Careta).
Como mostra em suas obras, Lima Barreto (que devido ao fato de ser mestiço sofreu com o problema do racismo e da discriminação) foi o crítico mais ácido do período da Primeira República Brasileira (1889 – 1930), e sua obra é dotada de uma temática social onde se privilegia os pobres, os boêmios e os arruinados. Denuncia as mazelas da época, entre elas a desigualdade social e o racismo sofrido pelos negros e mestiços. Devido a seu estilo despojado e coloquial (o qual influenciou o modernismo anos mais tarde), foi duramente criticado por escritores contemporâneos. E isso certamente pouco ou nada agradou ao establishment literário da época, elitista por excelência e imerso naquilo que Nildo Ouriques chama de “figurino francês”. Ao fim de sua vida, teve problemas relacionados à depressão e foi internado duas vezes na Colônia de Alienados na Praia Vermelha (1914 e 1918), por causa das alucinações decorrentes da embriaguez. Faleceu em 1º de novembro de 1922, aos 41 anos, vítima de colapso cardíaco. Seu corpo foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Apenas postumamente o escritor carioca recebeu o devido reconhecimento que deveria ter tido em vida.

Foto – Busto de Lima Barreto no Rio de Janeiro.
Escrito originalmente por volta de 1905 e publicado pela primeira vez em 1909, “Recordações do Escrivão Isaías Caminha” foi o primeiro romance do escritor carioca, o qual posteriormente publicou também “Triste fim de Policarpo Quaresma” (1911) e “Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá” (1919), além de outros trabalhos como “O homem que sabia javanês” (1911) e “Os Bruzundangas” (1922; publicação póstuma). Para quem for ler o livro, há a presença (dependendo da edição; a que eu tenho foi impressa pela Gráfica Editora Limitada em 1949) de algumas expressões mais usadas no português de Portugal, entre elas “chapéu de chuva” (guarda-chuva), “chusma” (multidão) e “cousa” (coisa). Isso se deve ao fato de o livro ter sido originalmente publicado em Lisboa no ano de 1909. Esse era um expediente muito utilizado pelos escritores da época, o que Lima Barreto acabou fazendo após a falência da revista Floreal (que só teve quatro edições). As mais renomadas editoras, entre elas a Garnier, só publicava obras de autores consagrados ou escritores novatos apresentados por um intelectual ilustre. O que significava ter que bajular algum medalhão da literatura. Além disso, vemos palavras como ele, esse, aquele e outras acentuadas com acento circunflexo, e palavras como rapidamente com acento grave (muito utilizado até hoje no francês e no italiano, assim como para representar o quarto tom na escrita pinyin do mandarim). Devido às várias reformas ortográficas pela qual o idioma português passou (1907, 1911, 1943, 1945 e 1990), esses usos foram abolidos com o passar do tempo.
O romance mostra a história de Isaías Caminha, um garoto interiorano, que após se formar no curso secundário (o colegial de hoje), resolve tentar a vida no Rio de Janeiro para fazer-se doutor. Entretanto, chegando a então capital federal, ele se encontra ante os vários percalços da vida (muitos deles impostos por terceiros) e acaba encontrando emprego em um jornal carioca. Esse romance e os outros de Lima Barreto foram escritos no período chamado de Belle Époque[3] tupiniquim, onde as classes dominantes brasileiras adotavam os modismos vindos da Europa (em especial da França) e ao mesmo tempo olhavam com desprezo o Brasil negro e mestiço ao qual Lima Barreto pertencia (parafraseando Aleksandr Dugin[4], essas elites tinham e até hoje tem uma orientação atlantista, de frente para o mar e de costas para o Brasil profundo e a América Latina). E o próprio Lima Barreto, diga-se de passagem, foi uma das poucas vozes na literatura brasileira da época que destoou desse modo de pensar cosmopolita do mundo Belle Époque, onde os literatos geralmente escreviam para o agrado da elite carioca e com seus olhos voltados para a Europa, em especial Paris. Na época de seu lançamento, o romance foi bem aceito pelo público, mas o mesmo não se verificou com a imprensa da época. Talvez percebendo o que Lima Barreto queria (causar grande polêmica e escândalo), não deu atenção ao livro e a crítica especializou lhe fez poucas menções. Nada muito diferente, por exemplo, da indiferença total e tumular da mídia de massa brasileira atual quanto ao lançamento do livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Júnior.
Três passagens do livro me chamaram muito a atenção, dada sua atualidade:
“...A imprensa, que quadrilha! Fiquem vocês sabendo que, se o Barbarroxa ressuscitasse, agora com os nossos velozes cruzadores e formidáveis couraçados, só poderia dar plena expansão à sua atividade se se fizesse jornalista. Nada há tão parecido como o pirata antigo e o jornalista moderno; a mesma fraqueza de meios, servida por uma coragem de salteador; conhecimentos elementares do instrumento de que lançam mão e um olhar seguro, uma adivinhação, um faro para achar a prêsa e uma insensibilidade, uma ausência de senso moral a toda a prova...E assim dominam tudo, aterram, fazem que tôdas as manifestações de nossa vida coletiva dependam do assentimento e da sua aprovação... Todos nós temos que nos submeter a eles, adulá-los, chama-los gênios, embora intimamente os sintamos ignorantes, parvos, imorais e bêstas... Só se é geômetra com o seu placet, só se é calista com a sua confirmação e se o sol nasce é porque êles afirmam tal cousa... E como eles aproveitam esse poder que lhes dá a fatal estupidez das multidões! Fazem de imbecis gênios, de gênios imbecis; trabalham para a seleção das mediocridades, de modo que...” (páginas 131-132).
E por um acaso a imprensa (que o Doutor Enéas comumente chamava de podre e outros adjetivos similares e que Bautista Vidal descreveu como uma máquina terrível que condiciona o pensamento das pessoas e que mente, distorce e vende ideias falsas e destrói a autoestima do povo brasileiro) mudou, passados já 11 décadas de quando Lima Barreto escreveu seu primeiro romance? Pode ter tido algumas mudanças superficiais em relação à virada do século XIX para o XX, mas em sua essência continua a mesma da época de Lima Barreto. Quanto ao fato de a imprensa ajudar a promover imbecis a gênios e gênios a imbecis, vale ressaltar que em entrevista concedida ao Jornal O Diário do Povo em cinco de agosto de 1996, César Lattes disse que o físico inglês Stephen Hawking apenas era famoso na imprensa, não tendo conceituação no meio científico.
“Era a Imprensa, a Onipotente Imprensa, o quarto poder fora da Constituição!” (página 162).
E o que é pior, um quarto poder que, diferente do Poder Moderador dos tempos do Império (1822 – 1889), não se assume enquanto tal e que na prática também é um partido político (o que lhe confere o apelido de PIG [Partido da Imprensa Golpista]). Aliás, vale ressaltar que recentemente Paulo Henrique Amorim lançou um livro intitulado “O Quarto Poder: uma outra história”, falando justamente a respeito da mídia de massa brasileira e sua influência nefasta perante a população. É um poder que, diferente do que muitos ingenuamente pensam, não é nem um pouco neutro e acima dos conflitos de classes sociais. Acima de tudo, a mídia e seus oligopólios representam os interesses das classes dominantes, sendo junto com outros órgãos como o judiciário e os tribunais parte de sua estrutura de poder. Dentro da luta de classes, ela está do lado do andar de cima e não do povo como um todo.
“As vociferações da minha gazeta tinham produzido o necessário resultado. Aquêle repetir diário em longos artigos solenes de que o govêrno era desonesto e desejava oprimir o povo, que aquêle projeto visava enriquecer um sindicato de fabricantes de calçado, que atentava contra a liberdade individual, que se devia correr a chicote tais administradores, tudo isso tinha-se encrostado nos espíritos e a irritação alastrava com a violência de uma epidemia” (página 240).
E isso é o que vimos nos últimos acontecimentos no Brasil: um golpe de estado (e dessa vez não tendo mais militares fardados como seus executores, e sim agentes da policial federal, juízes e promotores reacionários) que antes de tudo foi antecedido por uma guerra de informações promovida pela grande mídia, onde o PT e seus aliados foram transformados em verdadeiros bodes expiatórios da corrupção brasileira (onde eram ocultados ao público a corrupção de outros partidos, assim a eterna ocultação da hemorragia de dinheiro que o país perde todo ano com os pagamentos dos juros e amortizações do serviço das dívidas interna e externa. Ou seja, aquilo que Brizola em vida chamava de perdas internacionais), culpados pela má situação econômica do país (que em parte foi causada pelas ações da República de Curitiba) e que fez sua costumeira lobotomia na cabeça das pessoas. O resultado está aí para todos nós vermos: o povão se comportamento como uma manada histérica, acéfala e irracional nessas manifestações verde-amarelo onde coisas como intervenção militar constitucional para tirar os petistas do Palácio do Planalto eram pedidas e bordões como “minha bandeira jamais será vermelha” repetidos como se fossem mantras. E agora que o Partido dos Trabalhadores foi alijado do poder (ainda que não em definitivo), esses elementos, que ficaram raivosos com a nomeação de Lula como ministro-chefe da Casa Civil, não falam nada sobre o ministério de Michel Temer, repleto de pessoas envolvidas em casos de corrupção.
Por fim, fica aqui minha indicação da leitura desse livro (de prosa envolvente, arrebatadora e de leitura agradável, que mesmo tendo sido escrito há 11 décadas continua atualíssimo) aos leitores do blog Resistência Terceiromundista, assim como meu tributo ao grande Lima Barreto e sua obra imortal.

Foto – Afonso Henriques de Lima Barreto (1881 – 1922).
Fontes:
Afonso Henriques de Lima Barreto. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/biografias/afonso-henriques-de-lima-barreto.htm
Andreï Fursov – As Guerras Informativas (Partes 1 e 2, Legendado) (em russo com legendas em português). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Nw_8JAYqsTs
Caros Amigos. Nº 230. São Paulo: Casa Amarela, 2016. Página 9.
Doutor Enéas – “A imprensa podre me chamou de nazista e fascista”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VE8IGalI_04
Emiliano José analisa o quarto (1º) poder. Disponível em: http://www.conversaafiada.com.br/brasil/emiliano-jose-analisa-o-quarto-1deg-poder
Entrevista com César Lattes em 05/08/1996 no Jornal Diário do Povo. Disponível em: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/entrevista-cesar-lattes-fala
Especial PRONA – Doutor Enéas – Parte 7/8. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rDTQEaD-hNg
Macri disuelve a la AFSCA y amenaza con anular Ley de Medios (em espanhol). Disponível em:
Maduro dice hay un eje Madrid-Bogotá-Miami de conspiración contra Venezuela (em español). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o6_-KbGXK74
Por que o governo coloca tanto dinheiro na Rede Globo? Disponível em: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/sobre-os-gastos-de-publicidade-do-governo/
Privatización y Privatería (em espanhol). Disponível em:
http://www.bppcolor.info/?p=6487


[1] O termo privataria é um neologismo que une as palavras privatização e pirataria. Foi criado pelo jornalista brasileiro Hélio Gaspari e popularizado pelo também jornalista Amaury Ribeiro (autor do livro “A Privataria Tucana”, sobre as falcatruas do processo de privatização no Brasil durante o governo Fernando Henrique Cardoso [1995 – 2002]).
[2] Leia-se “Arrmadinedjad”, pois no persa, assim como no árabe, no inglês, no japonês e outros idiomas, a partícula j tem valor de dj.
[3] Leia-se “Êpoque”, pois no francês, assim como no espanhol, a partícula é tem o mesmo valor do ê no português.
[4] Leia-se “Duguin”, pois no russo, tal qual em idiomas como o alemão, o polonês, o húngaro, o mongol e o japonês, o som da partícula g não muda em função da vogal seguinte como nas línguas latinas e no inglês.

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