quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Genealogias políticas, parte III: Luiz Henrique Mandetta, Roberto da Cunha Castelo Branco e Ratinho Júnior.


Luiz Henrique Mandetta

Fonte: Postagem no perfil do Facebook do professor Ricardo Costa Oliveira no dia 20 de novembro de 2018.
O médico e deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), do Mato Grosso do Sul, pertence a uma das principais famílias políticas da região, primo da família Trad, do atual prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, do senador eleito, Nelson Trad Filho, do deputado federal reeleito Fábio Trad e do vereador Otávio Trad. Nelson Trad, já falecido, foi deputado federal, estadual, secretário de justiça, procurador-geral e se casou com Therezinha Mandetta, tia do "novo" ministro. Como afirmamos: o novo governo é a velha oligarquia política familiar em ação. Para quem pensava em ter votado contra o sistema e pela renovação, prossegue a "República do Nepotismo" !
Roberto da Cunha Castello Branco

Fonte: Postagem no perfil do Facebook do professor Ricardo Costa Oliveira no dia 19 de novembro de 2018.
Indicado para a Petrobras mais um membro da classe dominante tradicional e das oligarquias políticas familiares do Nordeste. Roberto da Cunha Castello Branco, natural de São Luís, Maranhão, filho de um juiz que era primo em segundo grau do Marechal Humberto Castello Branco, ex-presidente da República depois do golpe de 1964. Um dos primeiros doutores formados em Ciências Econômicas no Brasil considerava a desigualdade salarial como transitória, mas sabemos que a desigualdade é estrutural e depende das conexões das famílias e classes sociais dentro da reprodução social no Estado. Mais um membro da elite estatal com longa carreira em cargos privados e no Estado, sempre interessados nas privatizações, que sempre beneficiam a pequena minoria dos mais ricos.
Ratinho Júnior

Fonte: Postagem no perfil do Facebook do professor Ricardo Costa Oliveira em 23 de setembro de 2018.
Ratinho Júnior é um raso símbolo do atraso VIP - Vim do Interior do Paraná, um recente ser social formado pela dimensão familiar da hereditariedade do poder nas novas famílias da região. Ratinho é um tipo empresarial, midiático e de gestão no Estado representando bem o jogo da política paranaense no último meio século. Ratinho é uma estética política, uma mentalidade política, um padrão cultural, uma práxis política do VIP, a verdade do interior do Paraná, o vindo do interior do Paraná, no sentido positivo e negativo que o conceito apresenta. Ratinho se destacou nesta partida por WO contra Cida, João Arruda e Osmar. A falta de uma longa e profunda tradição política é compensada por novas formas de riqueza, de inserção nos interesses, no imaginário deste populoso, carente e novo interior do Paraná.
Ratinho é um ser oportunista, amorfo, superficial e destinado a reproduzir a velha política sob a pretensão de um novo Paraná, que permanecerá atrelado aos velhos esquemas familiares, partidários e institucionais do Paraná Tradicional, associado à uma ideologia de mudança, de modernização inexistente, que apenas repetirá o que já subsiste em termos de dominação, clientelismo e atraso político. Tudo isso sempre esteve presente o tempo todo na formação, carreira e trajetória dos Ratinhos dentro do legislativo, dos partidos e governos da ordem estabelecida. É preciso fingir mudar para que tudo permaneça como está. Ratinho é o produto disso tudo e representa tudo isso. Não será com Ratinhos que o interior do Paraná terá uma voz, uma política moderna, renovadora e representativa de suas forças sociais subalternas e excluídas. A representação social e política autêntica e moderna das maiorias excluídas do interior do Paraná ainda há de vir e acontecer.

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