Allan C. Brownfeld é um colunista sindicalizado e
editor associado do Lincoln Review, um jornal publicado pelo Lincoln
Institute for Research and Education, e editor do Issues, o jornal trimestral
do Conselho Americano para o Judaísmo. Este artigo foi reimpresso da edição
de Julho-Agosto de 1998 do Washington Report on Middle East Affairs (P.O. Box
53062, Washington, DC 20009).
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Tem sido por muitos anos uma tática da
parte daqueles que almejam silenciar o debate aberto e discussão da política
dos EUA no Oriente Médio acusar os críticos de Israel de “antissemitismo”.
Em um artigo amplamente discutido
entitulado "J'Accuse" (Commentary, Setembro de 1983), Norman
Podhoretz acusou os principais jornalistas da América, jornais e redes de
televisão de “antissemitismo” por causa de sua reportagem sobre a guerra no
Líbano e seu criticismo da conduta de Israel. Entre aqueles que foram tão
acusados estão Anthony Lewis do The New
York Times, Nicholas von Hoffman,
Joseph Harsch do The Christian Science
Monitor, Rowland Evans, Robert Novak, Mary McGrory, Richard Cohen e Alfred
Friendly do The Washington Post e
muitos outros. Estes indivíduos e suas novas organizações não foram criticados
por reportagens ruins ou péssimos padrões jornalísticos; ao invés disso, eles
foram o assunto da acusação de antissemitismo.
Podhoretz declarou: "... O início
da sabedoria em pensar sobre essa questão é reconhecer que a vilificação de
Israel é o fenômeno para ser endereçado, não o comportamento israelense que o
provocou... aqui nós estamos lidando com uma erupção do antissemitismo”.
Para compreender Norman Podhoretz e
outros que se envolveram em tais acusações, nós devemos reconhecer que o termo
“antissemitismo” experimentou uma grande transformação. Até recentemente,
aqueles culpados dessa ofensa foram amplamente entendidas como sendo aqueles
que irracionalmente antipatizavam os judeus e o Judaísmo. Hoje, entretanto, o termo
é usado de uma maneira bem diferente – uma que trata não apenas a liberdade de
expressão como também ameaça banalizar o próprio antissemitismo.
O antissemitismo tem sido redefinido
para significar tudo que se opor às políticas e interesses de Israel. Pode-se
dizer que o início dessa redefinição data, em parte, da publicação de 1974 do
livro O Novo Antissemitismo por Arnold Forster e Benjamin R. Epstein, líderes
da Liga Anti-Difamação da B’nai B’rith.
A natureza do “novo” antissemitismo, de acordo com Forster e Epstein, não é
necessariamente aos judeus enquanto judeus, ou ao judaísmo, mas ao invés disso
uma atitude crítica a Israel e suas políticas.
Posteriormente, Nathan Perhnutter, quando
ele era diretor da Liga Anti-Difamação, disse que “Tem havido uma transformação
do Antissemitismo americano em tempos recentes. A bruta intolerância
anti-judaica outrora tão comum neste país, é hoje incômodo... Enquete após
enquete indicam que os judeus são um dos grupos mais bem considerados da
América”.
Posturas
‘semiticamente neutras'
Perlmutter, entretanto, recusou-se a
declarar vitória sobre tal bigotry. Ao invés disso, ele a redefiniu. Ele
declarou:
“A busca por paz no Oriente Médio está
cheia de campos minados para os interesses judaicos... Preocupações judaicas que
são confrontadas pelas posturas semiticamente neutras daqueles que acreditam
que se apenas Israel faria isso ou aquilo, o Oriente Médio poderia tornar-se tranquilo
e a avenida do Ocidente a seus interesses estratégicos e lucros no Golfo
Pérsico poderiam ser assegurados. Mas a qual custo para a segurança de Israel?
A segurança de Israel, disse claramente, significa mais aos judeus hoje que a
posição deles nas enquetes de opinião...”
O que Perlmutter fez foi substituir o
termo “interesses judaicos” pelo que é, em realidade, “interesses israelenses”.
Ao trocar os termos do debate, ele criou a situação no qual qualquer um é
crítico de Israel se torna, ipso facto, “antissemita”.
A tática de utilizar o termo
“antissemitismo” como uma arma contra dissidentes não é de agora. Dorothy
Thompson, a distinta jornalista que foi um dos primeiros inimigos do nazismo,
viu-se ela mesma criticando as políticas de Israel logo após sua criação.
Apesar de sua valente cruzada contra Hitler, ela, também, foi sujeita a
acusação de “antissemitismo.” Em uma carta ao The Jewish Newsletter (6 de abril
de 1951) ela escreveu:
Realmente, eu acho que ênfase contínua
deve ser colocada sobre o prejuízo extremo à comunidade judaica de rotular
pessoas como eu mesma como antissemítica... O Estado de Israel tem que aprender
a viver na mesma atmosfera do livre criticismo que cada outro Estado no mundo
deve tolerar... Existem muitos assuntos nos quais escritores neste país estão,
por causa destas pressões, se tornando covardes e mesquinhos. Mas as pessoas
não gostam de serem covardes e mesquinhas, toda vez que alguém cede a tal
pressão alguém está cheio de desprezo e seu autodesprezo se manifesta em um
ressentimento daqueles que o causaram.
Um quarto de século depois, o
colunista Carl Rowan (Washington Star, 5 de fevereiro de 1975) relatou:
“Quando eu escrevi minha coluna
recente sobre o que eu percebo como sendo uma erosão sutil de apoio a Israel
nessa cidade, eu não tinha a menor ilusão de qual seria a reação. Eu estava
preparado para um bombardeio de cartas a mim e jornais trazendo minha coluna me
acusando de ser ‘antissemítico’... O correio encontrou minhas piores
expectativas... Este choramingo de xingamentos sem base é certamente um caminho
para tornar amigos em inimigos”.
O que poucos americanos compreendem é
que tem sido uma longa aliança história – do fim do século XIX até os dias de
hoje – entre o sionismo e os verdadeiros antissemitas – daqueles que planejaram
os pogroms na Rússia tzarista à própria Alemanha Nazista. A razão pela afinidade
de que muitos líderes sionistas sentiram por antissemitas se torna clara
conforme esta história emerge.
Theodor
Herzl
Quando Theodor Herzl, o fundador do
sionismo político moderno, serviu em Paris como correspondente para um jornal
de Viena, ele esteve em um contato próximo com os principais antissemitas da
época. Em sua biografia de Herzl, Labirinto do Exílio, Ernst Pawel informa que
aqueles que financiaram e editaram o La Libre Parole, um periódico dedicado “à
defesa da França Católica contra ateus, republicanos, franco-maçons e judeus”,
regularmente convidava Herzl para suas casas.
Aludindo a tais conservadores e suas
publicações, Pawel escreveu que Herzl “viu-se ele próprio cativado” por tais
homens e suas idéias:
“La France Juive [de Edouard
Drumont] atingiu-o como uma performance brilhante e – bem similar [o notável Questão
Judaica de Eugenl Dühring dez anos depois – ele aflorou emoções poderosas e
contraditórias... Em 12 de junho de 1895, enquanto estava trabalhando no Der
Judenstaat, [Herzl] notou em seu diário, ‘muito da minha atual liberdade
conceitual eu devo à Drumont, porque ele é um artista’. O elogio parece
extravagante, mas Drumont retribuiu no ano seguinte com uma resenha brilhante
do livro de Herzl em La Parole Libre”.
No fim, Pawel argumenta, "Paris mudou
Herzl, e os antissemitas franceses debilitaram a irônica complacência irônica
dos judeus não judeus”. Contudo Herzl não foi completamente contrariado com o
antissemitismo. Em uma carta particular a Moritz Benedikt, escrita nos dias
finais de 1892, ele escreve: “eu não considero o movimento antissemita
totalmente danoso. Ele irá inibir a exibição ostensiva da riqueza conspícua,
refreará o comportamento inescrupuloso de financistas judeus, e contribuirá de
muitas formas para a educação dos judeus... a esse respeito nós parecemos estar
de acordo.”
O livro de Herzl Der Judenstaat (“O
Estado Judeu”) foi amplamente depreciado pelas lideranças judaicas da época,
que viam a si mesmas como cidadãos franceses, alemães, ingleses ou austríacos e
judeus por religião – sem interesse em um Estado Judaico separado. Os
antissemitas, por outro lado, avidamente saudaram o trabalho de Herzl. Os
argumentos de Herzl, Pawel assinala, eram “todos indistinguíveis daqueles
usados pelos antissemitas”. Uma das primeiras revisões apareceu no Westungarischer
Grenzbote[1],
um jornal antissemita publicado em Bratislava por Ivan von Simonyi, um membro
da Dieta[2]
húngara. Ele elogiou tanto o livro quanto Herzl, e foi tão levado com seu
entusiasmo que ele pagou a Herzl uma visita pessoa. Herzl escreveu em seu
diário:
“Eu estranho seguidor, o antissemita
de Bratislava Ivan von Simonyi veio me ver. Um sexagenário hipervivo,
hiperfalante com uma estranha simpatia pelos judeus. Balança para frente e para
trás entre fala perfeita racional e total absurdo, acredita no libelo de sangue[3]
e ao mesmo tempo vem com as mais sensíveis ideias modernas. Me ama”.
Após o bárbaro pogrom de Kišinev de
abril de 1901, quando centenas de judeus foram mortos ou feridos, Herzl veio à
Rússia para negociar V. K. Plehve, o ministro do interior russo que incitou o
pogrom. Herzl disse ao líder cultural judaico Chaim Žitlovskij: "Eu tenho
uma promessa vinculativa de Plehve de que ele irá adquirir uma carta pela
Palestina por nós em 15 anos no exterior. Há uma condição, entretanto, os revolucionários
devem parar sua luta contra o governo russo."
Žitlovskij se irritou com Herzl por
negociar com um assassino de judeus, e ciente de que Herzl foi enganado,
persuadiu-o a abandonar a ideia. Ainda assim, as lideranças sionistas na Rússia
concordaram com o governo de que a real responsabilidade pelos pogroms residia
no Bund judaico, um grupo socialista que advogava reformas democráticas no
regime tzarista. Os sionistas queriam que os judeus se mantivessem alheios à
política russa até que fosse a hora de partir para a Palestina.
O chefe da polícia secreta em Moscou,
S. V. Zubatov, era simpático ao sionismo como uma forma de calar os opositores
judaicos do regime repressivo tzarista. Em seu livro O destino dos judeus,
Roberta Strauss Feuerlicht relata que o Sionismo encantou muito ao chefe de
polícia Zubatov, assim como a todos os antissemitas, porque ele leva o problema
judaico para outro lugar. Tanto Zubatov quanto os sionistas almejavam destruir
o Bund, Zubatov para proteger seu país, e os sionistas para proteger o deles. O
sucesso do sionismo é baseado em um índice de miséria judaica; quanto maior a
miséria, maior é o desejo de emigrar. A última coisa que os sionistas queriam
era melhorar as condições na Rússia. Os sionistas serviram a Zubatov como
espiões policiais e subversores do Bund...
Em seu livro História Judaica, Israel
Šahak salienta que:
“Relações estreitas sempre existiram
entre sionistas e antissemitas; exatamente como alguns dos conservadores
europeus, os sionistas pensavam que eles poderiam ignorer o caráter ‘demoníaco’
do antissemitismo e usar os antissemitas para seus próprios propósitos... O
próprio Herzl aliou-se com o notório Conde von Plehve, o ministro antissemita
do tsar Nicolau II; Žabotinskij fez um pacto com Petljura, o líder reacionário
ucraniano cujas forças massacraram cerca de 100.000 judeus em 1918-1921...
Talvez o exemplo mais chocante desse tipo é o prazer com o qual lideranças
sionistas na Alemanha deram boas vindas à ascensão de Hitler ao poder, por que
eles compartilhavam sua crença na primazia da ‘raça’ e sua hostilidade à
assimilação dos judeus entre os ‘arianos’. Eles parabenizar Hitler em seu
triunfo sobre o inimigo em comum – as forças do liberalismo”.
`Nós
Judeus'
O Doutor Joachim Prinz, um rabino
sionista alemão que subsequentemente emigrou aos Estados Unidos, onde ele se
tornou vice-presidente do Congresso Mundial Judaico e um líder na Organização
Sionista Mundial, publicou em 1934 o livro Wir Juden (“Nós Judeus”) para celebrar
a assim chamada Revolução Alemã e a derrota do liberalismo. Ele escreveu:
“O significado da Revolução Alemã para
a nação alemã irá eventualmente ser claro para aqueles que a criaram e formaram
sua imagem. Seu significado para nós deve ser estabelecido lá: a sorte do
liberalismo está perdida. A única forma de vida política que auxiliou a
assimilação judaica está afundada”.
A vitória do nazismo descartou a
assimilação e o casamento inter-religioso como uma opção para os judeus. “Nós
não estamos tristes com isso,” disse o Doutor Prinz. Quanto ao fato de que os
judeus estavam sendo forçados a se identificarem como judeus, ele disse “o
cumprimento de nossos desejos.” Depois, ele afirma:
“Nós queremos que a assimilação seja
substituída por uma nova lei: a declaração de pertencimento à Nação Judaica e à
Raça Judaica. Um Estado construído sobre o princípio da pureza da nação e raça
pode apenas ser honrado e respeitado por um judeu que declara seu pertencimento
à sua própria raça. Tendo então assim declarado, ele nunca será capaz de
lealdade falha a um Estado. O Estado não pode querer outros judeus, mas como
declarar a si mesmos como pertencentes à nação deles...”
O Doutor Šahak compara a simpatia
inicial de Prinz pelos nazistas com a de muitos que abraçaram a visão sionista,
não entendendo por completo as possíveis implicações: “Certamente, o Doutor
Prinz, como muitos outros simpatizantes iniciais e aliados do Nazismo, não
percebeu onde que esse movimento estava levando...”
A proposta de aliança nazi-sionista
Contudo, ainda em janeiro de 1941, o
grupo sionista LEHI, um de seus líderes, Yitzhak Šamir, que posteriormente
tornou-se primeiro ministro de Israel, aproximou-se dos nazistas, usando o nome
de sua organização aparentada, o Irgun (NMO). O adido naval na embaixada alemã
na Turquia transmitiu a proposta do LEHI a seus superiores na Alemanha. Lemos
em parte:
“É por vezes dito nos discursos e elocuções
dos principais políticos da Alemanha Nacional Socialista que uma Nova Ordem na
Europa requer como pré-requisito a radical solução da questão judaica através
da evacuação. A evacuação das massas judaicas da Europa é uma precondição para
resolver a Questão Judaica. Isso pode ser feito possível e completo através do
assentamento dessas massas no lar do povo judeu, a Palestina, e através do
estabelecimento de um estado judaico em suas fronteiras históricas”.
A
proposta do LEHI continua:
"O NMO… é bem familiarizado com a
boa vontade do governo do Reich Alemão e as autoridades dele em relação à
atividade sionista dentro da Alemanha e em relação aos planos de emigração
sionista.” Continua afirmando:
“O estabelecimento do Estado Judaico
histórico em uma base nacional e totalitária e ligado por um tratado com o
Reich Alemão estaria nos interesses do fortalecimento da futura posição de
poder germânica no Oriente Próximo... O NMO na Palestina se oferece para tomar
parte ativa na guerra ao lado da Alemanha… A cooperação do movimento da
liberdade israelita pode também estar na linha com um dos recentes discursos do
chanceler do Reich Alemão, no qual Herr[4]
Hitler enfatizou que qualquer combinação e qualquer aliança poderia ser firmada
a fim de isolar a Inglaterra e derrota-la”.
Os nazistas rejeitaram esta proposta
para uma aliança porque, é relatado, eles consideraram o poder militar do Lehi “insignificante”
[Para mais sobre isso, veja: M. Weber; “Sionismo e o Terceiro Reich” na edição
de Julho-Agosto de 1993 do Journal, pp. 29-37.]
Rabbi David J. Goldberg, em seu livro Para
a Terra Prometida: uma história do pensamento sionista, discute a vida e o
pensamento do líder do sionismo revisionista, Vladimir Žabotinskij, que era a
grande influência sobre a vida de Menachem Begin. “os princípios básicos da
filosofia política de Žabotinskij”, escrete Goldberg:
“são subserviência ao conceito
primordial de terra pátria: lealdade a um líder carismática, e a subordinação
do conflito de classe aos objetivos nacionais. Isso irritou Žabotinskij quando
ele, mais de 20 anos depois, foi acusado de imitar Mussolini e Hitler. Sua
irritação era justificada: ele os anteviu... Dado que para Žabotinskij ecoando
Garibaldi ‘não há valor no mundo mais alto que a nação e a terra pátria’, não é
de todo surpreendente que ele possa ter recomendado uma aliança com um
antissemita ucraniano nacionalista... Em 1911, em um ensaio intitulado ‘O
jubileu de Ševčenko’, ‘ele elogiou o poeta xenófobo ucraniano por seu espírito
nacionalista, apesar de ‘explosões de fúria selvagem contra os poloneses, os
judeus e outros vizinhos’, e por provar que a alma ucraniana tem um ‘talento
para independência cultural criativa, alcançando a esfera mais alta e sublime’”.
Em uma resenha do livro em Memory’s
Kitchen: A Legacy from The Women of Terezin, Lore Dickstein, escrevendo no The
New York Times Book Review, nota que “Anny Stern era uma das sortudas. Em 1939,
após meses de confusão com a burocracia nazista, o exército de ocupação alemão
nos calcanhares dela, ela fugiu para a Tchecoslováquia com seu jovem filho e
emigrou para a Palestina. Na época da partida de Anny, a política nazista
estimulava a emigração. ‘Você é um sionista?’ Adolf Eichmann, especialista de
Hitler em assuntos judaicos, a perguntou. ‘Ja wohl’, ela respondeu. ‘Bom’, ele
disse. ‘Eu também sou um sionista. Eu quero que todos os judeus partam para a
Palestina’”.
Um
'Relacionamento próximo'
A questão que tem sido feita por
muitos comentaristas que o sionismo tem uma relação próxima com o nazismo.
Ambas as ideologias pensam sobre os judeus em uma maneira étnica e
nacionalista. De fato, o teórico nazista Alfred Rosenberg frequentemente citava
escritores sionistas para provar a tese dele de que os judeus não podem ser
alemães.
Em seu estudo, O Significado da
História Judaica, o rabino Jacob Agus faz esta avaliação:
“Nessa formulação extrema, os sionistas
políticas concordam com o antissemitismo ressurgente nas seguintes proposições:
1. Que a emancipação dos judeus na Europa foi um erro. 2. Que os judeus podem
operar nas terras da Europa apenas como uma influência disruptiva. 3. Que todos
os judeus no mundo eram uma única “gente” a despeito dos diversos alinhamentos
políticos deles. 4. Que todos os judeus, ao contrário de outros povos da
Europa, eram únicos e não-integráveis; 5. Que o antissemitismo era a expressão
natural do sentimento popular das nações europeias, consequentemente,
inextirpável”.
O teórico nazista Rosenberg, que foi
executado como resultado de sua condenação por crimes de guerra nos julgamentos
de Nuremberg, declarou sob exame direito que estudou os escritos de
historiadores judaicos [IMT, vol. 11, pp. 451-452]. Ele continuou:
“Parece-me que após uma época de
generosa emancipação na direção dos movimentos nacionais do século XIX, uma
parte importante da nação judaica encontrou seu caminho de volta à sua própria
tradição e natureza, e segregou-se conscientemente cada vez mais de outras
nações. Foi um problema que foi discutido em muitos congressos internacionais,
e [Martin] Buber, em particular, um dos líderes espirituais da comunidade
judaica europeia, declarou que os judeus deveriam retornar ao solo da Ásia,
para que apenas lá as raízes do sangue judaico e o caráter nacional judaico
possam ser encontrados”.
Reimpresso
do
The Journal of Historical Review,
(Janeiro/Fevereiro de 1999)
The Journal of Historical Review:
P.O. Box 2739 , Newport Beach, CA 92659, USA. Assinatura: $40 por ano (doméstico).
The Journal of Historical Review,
(Janeiro/Fevereiro de 1999)
The Journal of Historical Review:
P.O. Box 2739 , Newport Beach, CA 92659, USA. Assinatura: $40 por ano (doméstico).
Theodor Herzl
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Menachem Begin discursando em
um comício politico em Israel, 1948. Na frente está o emblema do partido Herut ("Liberdade"),
que ele liderou (Este foi o antecessor do atual partido Likud). O emblema
mostra um mapa do Eretz Israel, ou "Grande Israel," que inclui não
apenas a Margem Ocidental, mas toda a Jordânia a suas fronteiras com o
Iraque. Detrás, na parede, há um retrato do líder sionista Vladimir
Žabotinskij. Nos anos que antecederam à fundação do Estado israelense em
1948, Begin liderou o Irgun Zvai Leumi, uma organização sionista terrorista.
Posteriormente, ele serviu como primeiro-ministro de Israel, 1977-1983.
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Fonte do material original: http://islam-radio.net//historia/ihr/janfeb99/brownfe.htm
NOTAS:
[1] Em alemão
“Fronteiras da Hungria Ocidental”.
[2] Denominação dada ao
Parlamento nos tempos do Sacro Império Romano-Germânico e posteriormente usada
em países como a Hungria, a Suécia, a Suíça, a Finlândia e o Japão.
[3] Alegações,
geralmente sensacionalistas, de que uma pessoa ou um grupo delas participa de
sacrifícios de outras pessoas, onde geralmente é dito que o sangue das vítimas
(geralmente crianças) sacrificadas é utilizado em rituais e/ou atos de
canibalismo.
[4] Pronome de
tratamento honorífico alemão que significa senhor, lorde.
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