Situação
de Belarus (por Aleksandr Dugin)
Sobre Belarus: por muito tempo não podiam entender o que acontece. De um lado, a típica revolução colorida pelos padrões de Soros. De outro, estilo incompreensível de interpretação dos meios de comunicação russos – com crítica aberta a Lukašenko. A história com a ČVK[1] mostrou-se uma operação especial do GUR[2] da Ucrânia. Com isso se explica.
Agora se
tornou um pouco mais claro na totalidade. Moscou está insatisfeita com as
oscilações de Lukašenko em relação à Criméia, à Ucrânia e a muitos outros
pontos. Lukašenko está insatisfeito com Moscou em virtude da pressão direta e
do encargo de conduzir os negócios com Minsk aos intermediários desagradáveis a
Lukašenko – os oligarcas. As pretensões mútuas se remexem a partir dos dois
lados. As eleições e protestos, assim como a reação das autoridades – nisso
nada incomum. Nos EUA é levada uma guerra civil completa das mesmas forças –
BLM, feministas e outros batalhões de Soros contra a “ditadura” de Trump.
Sempre há insatisfeitos. Mas patrocinadores sérios junto aos insatisfeitos se
encontram apenas em determinados momentos agudos politica e geopoliticamente.
Em Belarus – Maidan, apoiada pelos globalistas – não exatamente pelos EUA, mas
precisamente pelos globalistas, aqueles que agora nos próprios EUA derrubam
Trump. E isso é perfeitamente independente de Lukašenko ser ruim ou bom. É uma
revolução colorida nos interesses do mundo unipolar agonizante do liberalismo
em colapso. Ou seja, por trás dos que se levantaram contra Lukašenko está de
forma cristalina o puro mal. Isso não é o povo, isso é uma sociedade
pós-moderna, que traz com os cascos o abismo.
Mas então de
onde vem a reação dos meios de comunicação russos? É um absurdo em tais
questões sérias agir pelo princípio: “acabou-se mal”, “bem feito para você”. A
seguinte cadeia de raciocínios pode ser exatamente a única explicação lógica
dessa reação russa sobre o que acontece em Belarus: Lukašenko torce a vara (em
algo já torceu), o Ocidente o estigmatizou e começa a derrubá-lo seriamente, e
a ele nada resta a fazer, a não ser recorrer à ajuda militar de Moscou. Além
disso, a Lituânia e a Polônia podem determinar os eventos e criar para
Lukašenko um perigo militar direto. Então nós traremos exércitos. Na Ucrânia não
introduziram claramente, então pelo menos introduziremos na Bielorrússia
fraterna. Eu entendo muito bem que essa não é uma estratégia muito sábia e
particularmente não sutil. Mas se não há tal explicação, então não há nada em
absoluto.
Fonte:
postagem de Aleksandr Dugin no perfil do Facebook dele, 17/08/2020.
Como
estão interconectadas as sociedades BLM e LGBT?
BLM e LGBT – as
duas porcarias mais estranhas, as mais entediantes, mas o principal, as mais
destrutivas no mundo. Eles inflamam pela luta contra o racismo, contra a
violência e discriminação em relação aos negros, esquecendo em absoluto sobre
que eles mesmos também discriminam pessoas brancas. Os segundos são grandes esquisitões
e psicopatas ainda maiores com desvios de orientação sexual, problemas com
auto-identificação e a parte restante do buquê individual de diagnóstico deles.
A propaganda de seus olhares de esquerda sob o molho da igualdade de todas as
pessoas que rasga as cabeças de pessoas direitas une todos eles. O
aborrecimento, ressentimento aos malvados brancos naturais, e nada mais.
Estas duas
comunidades apoiam uma a outra, propagandeando ideias e visões dos outros. Um
exemplo disso é a outrora grandiosa nação Alemanha, que chafurdou na política
de esquerda liberal, que permitiu a todos dilacerar legalmente a nação em
pedaços. A mesma exortação para votar na embaixada da Federação Russa em Berlim
contra a emenda na nova constituição, com protestos diários perto dela. As ruas
da Alemanha há muito tempo se dividem entre estas duas comunidades. Vergonha e
ignomínia, eu digo a vocês. E isso não apenas com a Alemanha, infelizmente.
Nunca notaram
as semelhanças de ações desses loucos? Infratores negros destruindo lojas,
acusando os “rocizdas” brancos de violações de direitos e liberdades, que se
disfarçam de negros, enquanto que o orgulho gay acusa os naturais de infração
dos direitos e liberdades deles. Nisso tudo, ocasionalmente, enviam cartas a si
próprios com ameaças, armam cenas onde os ofendem com palavras, se experimentam
em um teatro dramático. Fazem um monte de paradas, ações de protestos,
demonstrações e outras ações públicas em apoio de seus movimentos. Nas nações
ocidentais eles se tornaram uma classe mais elevada em absoluto, tendo grandes
direitos e liberdades do que as pessoas comuns.
Lutemos
contra eles! Com quaisquer métodos e sem análise! Vitória por nós!
Fonte:
postagem feita no dia 16 de agosto de 2020 no grupo do VK Rossijskoe anti-LGBT
obŝestvo dviženije im. Jorgena/Росийское
анти-ЛГБТ общество движение им. Йоргена.
Meus comentários:
Dessa vez
quis fazer uma postagem um pouco diferenciada em relação às anteriores: quis
fazer uma postagem dois em um, com dois textos traduzidos do russo que falam
sobre o mesmo assunto – os motins coloridos que hoje estamos vendo tanto em
Belarus quanto nos Estados Unidos.
Primeiro de
tudo: os globalistas sobre os quais Dugin fala obviamente trata-se de grandes
multibilionários como George Soros (o mesmo Soros que nos anos 1990 foi
denunciado pelo Doutor Enéas como sendo um sujeito ligado ao narcotráfico
internacional), os irmãos Koch e Elon Musk. Em todas as revoluções coloridas
ocorridas no espaço pós-soviético desde os anos 1980 a mão do primeiro sempre
está presente. Haja vista que nos últimos anos governos de países como Polônia,
Hungria e Rússia trataram de expulsar as ONGs ligadas ao megaespeculador. O
segundo apoiou ostensivamente a ação golpista no Brasil por meio de seus think
thanks como a Atlas Network e a Students for Liberty. E o terceiro confessou
sua participação no golpe contra Evo Morales na Bolívia (visando apropriar-se
das reservas de lítio da nação andina, já que os carros elétricos da Tesla não
funcionam sem lítio) e disse na cara dura que se for preciso dará golpe em quem
ele quiser.
Recentemente,
dando uma zapeada na TV, descobri no canal a cabo Nickelodeon um programa que
claramente apoia o golpe colorido nos Estados Unidos sob a alegação do combate
ao racismo. Tal programa é um especial do “Nick News” e foi veiculado na última
segunda-feira, entre 23h30 a 0h30. Cheguei a dar uma olhada no programa em
questão (que é apresentado pela cantora Alicia Keys, outra que adora bancar a mulher
empoderada perante o público) por alguns minutos e eu simplesmente não tive
estômago para continuar vendo.
Isso só pode
ser uma piada de péssimo gosto. Como pode falar sobre combate ao racismo dando
apoio a um movimento comandado por um bando de racistas que apoiam tudo o que
não presta (incluindo a agenda da sodomia) e que vandalizam lojas e humilham
cidadãos brancos nas ruas a ponto de fazê-los se ajoelharem perante eles? Fora
o fato de que essa gente aborda o tema da forma mais rasteira e hipócrita
possível, além de politiqueira. Caso Joe
Biden se eleja Presidente dos EUA, o que irá acontecer com toda essa conversa
sobre o tema? Vai sumir do mapa como se nunca tivesse existido?
E a
propósito, onde será que a Alicia Keys, a Beyoncé e a Nickelodeon estavam
quando o Obama não apenas fez deportações massivas de mexicanos, como também
bombardeou a Líbia e outros países africanos? A truculência policial da qual a
Black Lives Matter tanto se queixa só existe agora, com o Trump no poder? Por
que só agora com o Trump que vem ao caso, a ponto de ser motivo para massivos
protestos? E quando será que veremos artistas que tanto falam em empoderamento
feminino como a Alicia Keys e a Beyoncé pedirem por Black Lives Matter na
Líbia, no Haiti ou na Libéria, onde negros são vendidos como escravos em
mercados a céu aberto, por exemplo?
Curiosamente,
é a mesma Nickelodeon que também embarcou na onda da lacração em desenhos
animados PARA CRIANÇAS. A Nickelodeon encheu o desenho Avatar: a lenda de Korra
de personagens com tais orientações e declarou que o Bob Esponja era gay (e
detalhe: Bob Esponja é de uma espécie que se reproduz por um método assexuado –
brotamento, além do fato de que isso foi feito só depois que o criador do
desenho, Stephen Hillenburg, faleceu). Vejam como as coisas estão interligadas.
Uma vez,
Brizola disse que se a Rede Globo apoia algo, então devemos ser contra. E se
for contra algo, devemos apoiar. Se um grande conglomerado do showbusiness como
a Nickelodeon está apoiando a revolução colorida nos EUA, então devemos ser
contra isso. Não vai surpreender nem um pouco se programas similares aparecerem
em canais da Disney e outros canais afins.
E falando em
revoluções coloridas (vulgo Revoluções Felipe Neto), bandeiras coloridas também
apareceram em Belarus nos protestos que pedem a queda de Lukašenko, no poder
desde 1994. Vejam essa imagem que achei no grupo Medved Gomofob/Медведь Гомофоб:
São duas feministas lésbicas que se dizem psicólogas e que claramente apoiam a queda de Lukašenko (levando em consideração a bandeira branca-vermelha-branca, que foi a bandeira de Belarus entre o fim da URSS e a ascensão de Lukašenko, é agora usada pelos manifestantes que querem a queda de Lukašenko). O cartaz da esquerda diz: “Eu sou psicóloga. Nós organizamos ajuda psicológica grátis às pessoas que vivenciaram os eventos em Belarus. Compartilhem essa informação! #VivaBelarus #Psicologiapelosdireitosdohomem”, e a da direita “Eu sou psicóloga e apoio Belarus. Se é necessária ajuda psicológica a vocês – vocês podem recebe-la gratuitamente. Conosco mais de 120 especialistas. #vivaBelarus #psicólogospelosdireitosdohomem”.
E mais essa:
Enquanto que
o motim colorido nos EUA tem a intenção de influenciar os resultados da eleição
de novembro em favor de Joe Biden, a revolução colorida em Belarus, assim como
a na Ucrânia há seis anos, tem a clara intenção de aumentar o cerco sobre a
Rússia na fronteira ocidental. A mesma fronteira ocidental pela qual a Rússia
foi invadida pela Polônia entre 1610 a 1612, pela Suécia na Guerra do Norte,
pela França na Guerra Patriótica de 1812 e pela Alemanha nazista e seus aliados
na Segunda Guerra Mundial. Em uma eventual queda de Lukašenko, será mais uma faca
apontada para o pescoço russo (lembrando que em 1812 Napoleão adentrou no
território russo por meio da Lituânia e de Belarus, e na Segunda Guerra Mundial
Belarus também foi usada pelos nazistas e seus aliados centro-europeus para
invadir a União Soviética).
Lembremo-nos
do aviso do finado Slobodan Milošević na última entrevista dele, pouco antes de
vir a falecer na prisão em Haia, em 2006:
“Russos! Eu agora me dirijo a todos os russos; nos Bálcãs também consideram como russos os habitantes da Ucrânia e de Belarus. Olhem para nós e lembrem-se – convosco farão o mesmo, quando vocês se dividirem e derem brecha. O Ocidente é um cão raivoso, ele vos agarrará na garganta. Irmãos lembrem-se do destino da Iugoslávia! Não permitam assim agir convosco!”
Milošević ai
disse que disse que depois da queda da Iugoslávia o próximo alvo do Ocidente e
de globalistas como Soros e Musk seria justamente a Rússia. Algo que fica
evidente quando vemos o que se passa na Ucrânia desde 2004 e em Belarus agora. E
depois da Rússia, fatalmente farão o mesmo com a China (com o ocorrido recente
em Hong Kong sendo um ensaio, uma prévia, disso).
[1] Sigla em russo para Častnaja voennaja kompanija/Частная военная компания (empresa militar
privada).
[2] Em russo Glavnoe
Upravlenije razvedki Ministerstvo Ukrainy/Главное управление разведки Министерство обороны Украины (Diretoria Central de intelgência do ministério
da defesa da Ucrânia). Serviço de inteligência do Ministério da Defesa da
Ucrânia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário