Foto – General Mourão e Bolsonaro.
Recentemente,
o General Hamilton Mourão (PRTB) foi escolhido como vice-presidente na chapa de
Jair Bolsonaro para a corrida presidencial desse ano. Na última segunda feira, seis
de agosto de 2018, o mesmo Mourão disse (e não pela primeira vez, diga-se de
passagem) uma série de impropérios racistas a respeito dos matizes culturais
que formam a nação brasileira. Ele declarou durante um evento na Câmara de
Indústria e Comércio de Caxias do Sul que o “caldinho cultural” do Brasil
inclui, nas palavras dele mesmo, a cultura do privilégio oriunda dos ibéricos, a
indolência dos povos indígenas e a “malandragem” dos negros para cá trazidos
durante os três séculos e meio de escravidão.
Aproveitamos
o momento para falar a respeito das mentiras que o General Mourão fala a
respeito da herança lusitana e dela ser a responsável pelo atraso do país em
relação às grandes potências, em especial os Estados Unidos e refutá-las. Mas
por qual motivo falar a esse respeito? Pelo fato de grande parte da esquerda,
no que tange à herança ibérica do Brasil e das demais nações ibero-americanas, infelizmente
comungar com o discurso do General Mourão (embora discorde no que tange às
heranças indígena e negra). E que na repercussão do caso não vi quase ninguém
se lembrar disso, apenas do que ele disse sobre negros e índios. Infelizmente,
esse é um dos pontos em que a esquerda brasileira peca.
Sem
que se faça a devida defesa do legado cultural lusitano do Brasil, nunca que o
Brasil irá se afirmar de fato no concerto geopolítico internacional. E nunca
que o vira-latismo de grande parte da sociedade será efetivamente combatido. Do
contrário, veremos dentro em breve parcela significativa do povo brasileiro (em
especial as castas mais abastadas) começar a se olhar como chineses perdidos nas
Américas caso a China, eventualmente, suplante os Estados Unidos de sua posição
de potência global hegemônica. Com isso, vai a passar a ter como sonho de
consumo não mais Miami, Los Angeles e Nova York, mas Pequim, Hong Kong, Šanghai
e os templos Šaolin e Wudang. E suponhamos que em um futuro mais distante,
talvez no próximo século ou no século XXIII, a Índia venha eventualmente a
suplantar a China desse posto. A elite brasileira vai inexoravelmente adotar
como sonhos de consumo Bombaim, Varanasi, Nova Délhi e Bollywood, a aparecer
nas ruas trajando trajes indianos e a se acharem indianos perdidos nas Américas.
E assim sucessivamente, conforme a ascensão e queda de potências hegemônicas no
cenário geopolítico internacional. Ficará como se fosse uma criatura sem coluna
vertebral que o sustente.
Segundo
postagem do dia 7 de agosto de 2018 feita pelo professor Ricardo Costa Oliveira
em seu perfil no Facebook, esse é o pedigree familiar do General Mourão:
Sim, é verdade que
Jair Bolsonaro afirmou no Plenário da Câmara dos Deputados que o bisavô dele
foi soldado alemão e lutou por Hitler no nazismo (Sessão em Homenagem aos 70
anos do embarque da FEB para a Itália) 12/11/2014, mas vamos investigar a
genealogia política do tal general Mourão, o que falou mal de índios e negros,
mesmo com antigas raízes brasileiras. O general Antonio Hamilton Martins Mourão
é filho de outro general Antonio Hamilton Mourão e neto do desembargador
Hamilton Mourão, presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas. A tia Maria
Arminda Mourão foi casada com o também desembargador João Pereira Machado. O
tio Otávio Hamilton Botelho Mourão foi reitor da Universidade do Amazonas. A
origem desta família Mourão é do Piauí, região do município de Pedro II. O
bisavô foi o comendador Domingos da Silva Mourão casado com Antônia Mendes
Mourão. Um tio-avô foi o Coronel Domingos Mourão Filho, atual nome de município
na mesma região piauiense. Trata-se de mais uma típica oligarquia familiar
política local, latifundiária em uma das regiões de maior exclusão social,
pobreza e desigualdade no Brasil, com típicos traços do coronelismo, mandonismo
local e o tradicional nepotismo passado entre as gerações. Na genealogia antiga
encontramos potentados locais como o coronel José Mendes da Rocha, o capitão
Tertuliano Pereira Brandão e outros que conviveram com a escravidão do Brasil
arcaico. Qualquer família com oficiais superiores e generais antes de 1950
possui muitos vínculos com a classe dominante tradicional, sempre dominando os
poderes executivo, legislativo e judiciário, como afirma a "teoria do
nepotismo" e geralmente também possuem raízes latifundiárias e
escravocratas no Brasil do Antigo Regime, que insiste em continuar no seu
autoritarismo, golpismo, exclusão e ignorância.
Muitas
vezes, para se entender determinada pessoa e como ela pensa e age, é necessário
entender seu sobrenome e como sua família se insere na pirâmide social, ainda
mais em um país como o Brasil onde o nepotismo é muito forte nas instâncias de
poder. Levando em consideração o pedigree familiar do General Mourão (que
inclui pai militar e avô desembargador), pode-se que concluir que ele é um
típico representante da Casa Grande. Portanto, não é de se surpreender sua
propensão a olhar negros, ibéricos e indígenas dessa maneira e ao mesmo tempo
não ver como malandros, por exemplo, os grandes sonegadores de impostos do país
e os magistrados que ganham muito acima do teto permitido por lei.
Ou
seja, para pessoas como o General Mourão malandro é o sujeito que muitas vezes
rouba para ter o que comer, nunca o sonegador que deve dívidas milionárias ou
bilionárias ao fisco e que não raro enterra esse dinheiro em paraísos fiscais,
a filha de militar que não casa no papel para continuar desfrutando da
aposentadoria do pai ou o magistrado que mesmo tendo imóvel próprio na cidade
onde mora ganha auxílio moradia (além de outros penduricalhos que turbinam seu
salário) e que entra na magistratura querendo ter o mesmo padrão de vida de um
advogado do setor privado mesmo sendo funcionário público (e assim poder
desfrutar do melhor dos dois mundos). Para pessoas como o general Mourão, malandro
é o Rafael Braga, nunca o Breno Borges (o primeiro foi preso nas manifestações
de 2013 portando Pinho Sol sob a acusação de porte de material explosivo, enquanto
que o segundo, filho de desembargadora, escapou de ser preso da cadeia mesmo portando
129 quilos de maconha e munições pesadas). Resumindo a ópera, ele fala grosso
com o morador da favela e com o sertanejo nordestino e fininho com o Jorge
Paulo Lemann, os filhos do Roberto Marinho, o Aécio Neves e o Paulo Skaf.
Percebe-se
que o general Mourão, a julgar por sua retórica, é adepto daquilo que Jessé
Souza chama de a “sociologia do vira-lata” (logo o general Mourão, que no
pronunciamento em questão falou que aqui há um complexo de vira lata a ser
superado). Tal sociologia, segundo o sociólogo potiguar, deita raízes nas obras
de figuras ligadas ao pensamento liberal conservador tais como Sérgio Buarque
de Holanda, Raymundo Faoro, Fernando Henrique Cardoso, Francisco Weffort e
Roberto da Matta e em conceitos como patrimonialismo, homem cordial e
populismo.
Foto – Sérgio Buarque de Holanda (1902
– 1982).
Segundo
o pensamento dessas figuras (muitos deles de origem uspiana), o grande mal do
Brasil não está na abissal desigualdade social do país ou no legado deixado
pela escravidão que até hoje flagela o país. Está é naquilo que eles chamam de
patrimonialismo. Segundo a concepção criada pelo pai de Chico Buarque em
“Raízes do Brasil” (1936), o grande mal do país é a existência de uma elite
política incrustrada no Estado e que dele se apodera em benefício próprio (em
outras palavras, o privatizando). Tal Estado seria em realidade um alongamento
institucionalizado do chamado homem cordial. Entretanto, tal conceito é no
mínimo errôneo e impreciso na medida em que se oculta o fato de que essa elite
não se encontra apenas no Estado e de que o há em realidade é uma associação
entre agentes do setor privado (o chamado mercado) e do setor público que gera
os esquemas de corrupção onde quem fica com a parte do leão do assalto ao
Estado são os primeiros, além de não atribuir tendências patrimonialistas (no
sentido de se apropriar da máquina estatal em seu favor) aos agentes do
“impoluto” mercado. Ao não atribuir tendências patrimonialistas no “impoluto”
mercado e não fazer a devida crítica da escravidão e da abissal desigualdade,
tais conceitos mostraram-se extremamente convenientes aos donos do poder, no
que talvez ajude a explicar em grande parte o prestígio acadêmico que tais
ideias atingiram. Como também ajudam a criminalizar o Estado e a política
sempre que são ocupados por políticos ligados a partidos populares e a
legitimizar os interesses oligárquicos que dominam o país desde o século XVI.
Isso ao mesmo tempo que dá a impressão de que se está fazendo crítica social.
Tal
sociologia encontra eco em amplos setores tanto da direita quanto da esquerda
tupiniquim. No que ajuda a explicar, por exemplo, o motivo pelo qual o PT,
antes de subir ao poder, tinha certo ranço à figura de Getúlio Vargas e a
tibieza dos projetos esquerdistas no país sempre que assumem o poder, na medida
em que há uma colonização ideológica da esquerda por parte das narrativas
produzidas pela direita. E também o motivo pelo qual os liberais tupiniquins, a
exemplo do famigerado MBL e Jair Bolsonaro, tendem a defender a ideia de que o
país precisa de mais mercado e menos Estado. Sendo que em realidade o mercado
que eles tanto divinizam é tão ou mais corrupto quanto o Estado que eles
atacam. Quer seja por meios legais (como a compra do Legislativo para passar
leis de sua conveniência e a imposição de juros altos a toda a população)
quanto ilegais (como o envio de somas milionárias de dinheiro para contas em
paraísos fiscais). Concepção essa que encontra eco na obra de Raymundo Faoro,
“Os donos do poder”.
Nessa
sociologia vira-lata, os norte-americanos e os europeus (especialmente os do
noroeste) são idealizados e tidos como uma espécie de seres divinos, livres de
vícios e todo tipo de personalismo, a ponto de colocar a impessoalidade acima
de suas preferências pessoais. Sendo que em realidade tanto lá quanto cá para
alguém alcançar altos postos de poder suas relações pessoais com pessoas
importantes muito pesam (e dai vemos que tanto lá quanto cá a meritocracia, da
maneira como é apresentada a nós, não passa de um conto da carochinha). Fatos
como escândalos como o Irã-Contras e o Watergate e as falcatruas do sistema
financeiro americano que vieram à tona em 2008 mostram o contrário. E o fato de
que nos EUA a prática da corrupção é legalizada por meio da prática do lobby.
Eu,
particularmente, vou mais além: é uma retórica que deita raízes no discurso anti-lusitano
do movimento republicano jacobino ativo durante o final do Segundo Reinado
(1840 – 1889), onde a colonização por parte dos portugueses era tida por eles
como o responsável pelo atraso do Brasil em relação às grandes potências da
época, em especial a Inglaterra. E que, portanto, o ideal para o Brasil teria
sido uma colonização inglesa ou um triunfo do projeto holandês do século XVII
(que chegou ao fim com a expulsão final dos holandeses do Nordeste Brasileiro
em 1654). Ao que tudo indica, a retórica de pessoas como o General Mourão não
leva em consideração, por exemplo, que países como a Holanda, a Bélgica, a
França e a Inglaterra muitos países miseráveis deixaram para trás, tais como
Haiti, Serra Leoa, Bangladeš, Šri Lanka, Somália, Zaire, Suriname, Somália,
Djibouti, Gabão, Madagascar e tantos outros. Ou mesmo o que os EUA que ele e os
juízes e procuradores da Lava Jato tanto admiram fizeram em países como a
Líbia, o Iraque e o Afeganistão.
Foto – Império Colonial Português, 1415
a 1999.
Mal
sabem também, por exemplo, que durante a maior parte da história europeia o
centro político e cultural do Velho Continente estava não no norte, mas no sul.
Haja vista, por exemplo, que foi nas cálidas margens do Mediterrâneo e não nas
frias e escuras florestas da Germânia, da Escandinávia e das ilhas Britânicas que
as civilizações da Grécia e Roma Antigas surgiram e floresceram. O período de
florescimento das cidades gregas e depois do Império de Alexandre o Grande, a
expansão de Roma (tanto sob a República quanto sob o Império), os anos da Pax Romana, o estabelecimento da Igreja
Católica Apostólica Romana, o Império Bizantino e sua influência cultural nas
nações eslavas, o auge do poder omíada na Península Ibérica (onde Córdoba, e
não Londres e/ou Paris, era a maior cidade da Europa), o período glorioso de
Portugal, o siglo de oro da Espanha,
os anos de glória do Império Otomano. E sem esquecer também que o Renascimento
começou na Itália e o pioneirismo ibérico no processo das Grandes Navegações.
Parece que para pessoas como o General Mourão a história começa de fato no
século XVIII. E isso mostra que, ao contrário do que muitos pensam, os americanos e
europeus do noroeste não são seres inerentemente superiores aos demais.
Junto
com a Rússia e sua expansão no norte da Ásia na sequência da eliminação do
poder tártaro-mongólico na bacia do Rio Volga, Portugal e Espanha iniciaram e
lideraram o processo de Expansão intercontinental europeia. Foram eles os
primeiros a contornarem a costa africana ainda no final do século XV, a
estabelecer feitorias na Índia, no Sudeste Asiático, na China e no Japão (foram
os portugueses que introduziram o cristianismo no Japão[1]. Sem contar com a
existência de palavras de origem portuguesa no idioma japonês, entre elas botan [botão], pan [pão], pandoro [pão
de ló] e baterem [padre]) e a
conquistar as Américas. E ainda dividiram o mundo entre si por meio do tratado
de Tordesilhas (1494).
Foto – Império Colonial Espanhol no
período de Felipe II (1556 – 1598).
Apenas
a partir do século XVII, com a progressiva decadência da Espanha e o
fortalecimento de países como a França, a Holanda, a Suécia e a Inglaterra é
que a balança de poder na Europa começa a pender do sul para o norte, do Mediterrâneo
para o Mar do Norte. Pode-se dizer que tal processo atinge seu clímax no curso
do século XVIII com o desfecho da Guerra da Sucessão Espanhola (1701 – 1714) e
o estabelecimento do ramo espanhol do Bourbon no trono espanhol e com o
processo da Revolução Industrial iniciada pela Inglaterra (que foi em grande
medida financiada pelo ouro brasileiro que Portugal usou para cobrir os rombos
comerciais advindos do tratado de Methuen), no qual portugueses e espanhóis
ficaram para trás. Isso a tal ponto que portugueses e espanhóis se tornaram
atores secundários nos principais conflitos europeus a partir do século XVIII e
na corrida colonial do século XIX na África e na Ásia (que foi protagonizada
por ingleses e franceses).
Tal
situação geopolítica advinda da Revolução Industrial a partir do século XVIII,
somado ao sucesso dos EUA (país visto por intelectuais como Raul Pompéia como
modelo a ser seguido pelo Brasil), ex-colônia britânica, a partir do século XIX
e o fato de que Portugal a partir de 1640 se reduziu a um satélite da
Inglaterra e a decadência espanhola mais ou menos na mesma época, criou o clima
propício para o surgimento de tal retórica, que jamais teria clima para surgir
nos séculos XV, XVI e XVII. A partir do século XIX, a nível internacional
marcado pela Pax Britanica e a
hegemonia cultural francesa no globo e a nível nacional pelo processo
modernizador da sociedade brasileira iniciado com a chegada da família real
portuguesa em 1808 e a independência em 1822, tudo que era associado ao passado
colonial e à influência cultural lusitana passou a ser tido como algo de mau
gosto e atrasado, enquanto que tudo o que era de origem francesa ou inglesa era
exaltado e visto como sinônimo de modernidade. Tal processo foi obviamente mais
forte nas cidades mais sujeitas à influência cultural europeia e à medida que o
século XIX chegava ao seu ocaso se intensificou, a tal ponto que durante o
período da Bélle Époque (c. 1871 –
1914) a elite brasileira, deslumbrada com as luzes e os bulevares de Paris,
passa a querer ser francesa (a tal ponto que passou a mandar seus filhos
estudarem na França ou na Inglaterra). Ai se encontram as raízes históricas do
complexo de vira-lata de parte do povo brasileiro e do discurso do general
Mourão. Posteriormente, principalmente após o término da Segunda Guerra
Mundial, o novo sonho de consumo dessa mesma elite passa a ser os Estados
Unidos, em especial Miami (e que decadência, diga-se de passagem).
E
o General Mourão, assim como tantos outros que comungam dessa retórica, não se
dão conta de que o houve no Brasil durante os três séculos de colonização
portuguesa não foi um transplante, uma reprodução de Portugal nas Américas, e
sim o surgimento de uma sociedade completamente nova, moldada pelos quase
quatro séculos de escravidão formal (que obviamente deixou marcas na
mentalidade do povo brasileiro, em especial nas elites. Sintomático disso é o
fato de Benjamin Steinbruch uma vez ter dito que o trabalhador brasileiro não
precisa de uma hora de intervalo e que ele pode operar uma máquina e comer um
sanduíche ao mesmo tempo. Ou mesmo os cortes de direitos trabalhistas que têm
sido feitos pelo governo Temer). Será que a tal da cultura do privilégio de que
o general Mourão falou em realidade não seja um sintoma do legado da escravidão
que até hoje flagela o país (cultura essa da qual ele faz parte, diga-se de
passagem, levando em consideração o já citado pedigree familiar dele e o fato
de militares no Brasil ganharem polpudas aposentadorias, que não raro são
transmitidas hereditariamente)?
E
a nosso ver, uma pessoa que pensa como o General Mourão no que tange às matizes
culturais que formam o Brasil não pode torcer por times como o Vasco da Gama
(cujo nome é uma clara homenagem ao grande navegador português dos séculos XV e
XVI e que em cujo hino há o seguinte trecho: “no futebol és o traço de união
Brasil-Portugal”), a Portuguesa Santista, a Tuna Luso e a Portuguesa Paulistana
(cuja fundação em 1962 foi resultante de cinco agremiações de origem lusitana),
times de ascendência lusitana e que possuem todo um simbolismo atrelado à
história de Portugal (Quinto Império, Sebastianismo, Grandes Navegações,
etc...). Se você tem esse discurso e torce por times como o Vasco da Gama (o
mesmo Vasco da Gama que junto com o Corinthians foi um dos primeiros times do
Brasil a aceitar jogadores negros em seus quadros e que por isso é lembrado até
hoje por sua luta contra o racismo), o Corinthians (time de origem
ítalo-espanhola), a Portuguesa Santista, a Tuna Luso e a Portuguesa Paulistana (que
espero ver um dia voltar a seus dias de glória), sinto muito, mas muda de time.
Vá torcer por times como o Flamengo, o Fluminense, o Botafogo, o São Paulo, o
Santos, o Cruzeiro, o Grêmio, a Juventus, o Bayern de Munique, o Chelsea, o
Manchester United ou qualquer outro time que não tenha ascendência ibérica. Ou
melhor, mude o disco do seu discurso.
Fontes:
Souza,
Jessé. A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: LeYa,
2017.
Souza,
Jessé. Subcidadania brasileira: para entender o país além do jeitinho
brasileiro. Rio de Janeiro: LeYa, 2018.
Triches,
Robertha Pedroso. A labareda da
discórdia: o antilusitanismo na imprensa carioca. Disponível em: http://www.achegas.net/numero/36/triches_36.pdf. Acesso em 21 de maio de 2012.
Mourão
diz que país herdou “indolência” do índio e “malandragem” do negro. Disponível
em: https://congressoemfoco.uol.com.br/eleicoes/mourao-diz-que-pais-herdou-indolencia-do-indio-e-malandragem-do-negro/
Mourão
e Bolsonaro não são patriotas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DJOe_cJBxGM&ab_channel=VozCom
O
Vasco impediu o racismo no futebol. Disponível em: http://www.vasco.com.br/site/noticia/detalhe/5951/o-vasco-impediu-o-racismo-no-futebol
Palavras
japonesas de origem portuguesa. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavras_japonesas_de_origem_portuguesa
Zeitgeist:
Al Andalus e a presença muçulmana na Europa. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2017/08/24/zeitgeist-al-andalus-e-a-presenca-muculmana-na-europa.htm
NOTA:
[1] No episódio 67 de Rurouni Kenšin, o
primeiro da saga dos cristãos (exclusiva da animação), pode ser vista uma carta
escrita em português, cujo conteúdo é uma citação bíblica presente em Mateus
24:29-31 e intitulada “A história e o fim dos tempos”.
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