sábado, 30 de abril de 2022

O apoio ao fim da Rússia (texto de Rubem Gonzalez + mais comentários meus)

Hoje eu entendi finalmente o que significa a palavra ódio para a narrativa mundial, a conversa do Big Brother sobre o ódio é muito interessante neste momento, aqui neste espaço por exemplo você pode transbordar ódio à vontade contanto que seja contra o vilão que eles escolheram, você não pode usar ódio ou que eles determinam o que seja ódio contra qualquer um apenas contra o espantalho que eles criaram.

Antes de continuar a conversa é melhor eu chamar o Putin de bandido que é para driblar o algoritmo, vou chamar ele também de opressor misógino homofóbico genocida e assassino cruel, só assim posso ganhar uma medalhinha do grande Zuckerberg. famoso testa de ferro das organizações criminosas que tanto falamos.

Ódio é uma palavra ferramenta, é aquela palavra que pertence ao conjunto de palavras que servem para domar 90% da boiada do mundo, mas ela não trabalha sozinha existem outras palavras e expressões que tem o mesmo peso, democracia, direitos humanos, combate à corrupção, defesa do meio ambiente e outras xaropadas usadas para manter a boiada na linha.

Hoje posso falar que a Rússia é um inferno na terra e que seu líder é um marginal, que seu povo é violento e vive mergulhado não universo de ódio descer minando violência guerras e invasões pelo planeta, com essa narrativa estamos todos a salvo podemos pedir a morte de todo o povo Russo e depois ir à missa porque as redes sociais Americanas abençoaram a gente.

Nós hoje vivemos numa sociedade totalmente falida ética e moralmente, aceitamos como boiada a narrativa imposta acima, a democracia que vivemos é uma piada de mau gosto, a defesa da democracia não difere da defesa de qualquer regime sórdido em última análise um país é tão bom quanto o governo que ele tem e os aliados que ele possui.

Há mais de cem anos com poucos intervalos podemos ver todo mal que a Rússia fez ao Brasil, é só olhar pelas ruas e ver 90% das nossas lojas e condomínios com os nomes escritos em cirílico, só ver as expressões e as músicas russas que invadiram nossas rádios e tomaram conta da nossa Cultura a ponto de aniquila la.

A Rússia nos proíbe de uma série de coisas, invadiu o nosso país com suas montadoras com as suas empresas, já foram obrigados a admitir publicamente que deram um golpe no Brasil e mantém até hoje várias fundações por todo o país arregimentando o que podemos chamar de autoridades brasileiras.

Essas autoridades já é nossa elite, são os suseranos, os capitães do mato dos nossos quizares do Norte, dos nossos bolcheviques que são donos da moeda Mundial e que formam 10 entre cada 10 economistas desse país e assim impõe a sua moeda e seu regime a todos aqui dentro comprando pouco dos nossos e dando a eles a gerência do rebanho.

Esses russos mantêm mais de 800 bases pelo mundo, muitas delas ligadas ao narcotráfico e ao roubo de riquezas dos países, é famosa a sua agência nacional de espionagem roubos e assassinatos, eles também tem mais de 500 mil homens em outros países e ainda mantém uma Frota de 13 porta-aviões pelo mundo para espantar países pobres e colocar a todos no seu lugar.

Eu segurei até onde pude, tentei manter o máximo os ensinamentos humanistas recebidos dentro da minha casa, só que hoje não dá mais, hoje sim hoje eu tenho um discurso de ódio contra os russos, hoje eu posso dizer que queria que todos eles morressem, que todos os seus 500 mil soldados em 800 bases fosse para o inferno, que a sua elite econômica bolchevique morra queimada viva, que suas cidades sejam de Pragas e que as drogas que eles já consomem as toneladas faça um logo efeito e destruam essa sociedade maligna, virada para o mal há séculos.

Rubem Gonzalez

MEUS COMENTÁRIOS

Um ótimo texto do camarada Rubem González, postado no dia 12 de março e disponível no perfil do Facebook dele e que hoje estrou trazendo ao blog.

O que o atual conflito em questão deixa bem evidente e claro a todos nós é que em matéria de soft power a Rússia deixa e muito a desejar. Pelo que vejo, a Rússia, em matéria de soft power, perde até para países como o México, a Turquia e a Coréia do Sul. Quiçá até para a Argentina.

Certa vez, em palestra, Ariano Suassuna diz que os Estados Unidos, para conquistar um país, já não se valiam mais tanto de exércitos e porta-aviões. Bastava enviar cantores como a Madonna e o Michael Jackson.


Muito embora a Rússia tenha uma tradição de produção de desenhos animados (ou como eles mesmos chamam, mul’tfil’m/мультфильм) que remonta aos tempos soviéticos (vide filmes animados como A rainha da neve, de 1957) e de filmes em live-action (tanto que o famoso cineasta japonês Akira Kurosawa trabalhou um tempo na União Soviética e lá produziu o famoso filme Dersu Uzala), esta é pouco conhecida no Ocidente.

A tal ponto que o único desenho russo em exibição na TV brasileira atualmente é Maša e o Urso. Já o caminho inverso foi mais comum: não foram poucas as novelas mexicanas e brasileiras que foram exportadas para a Rússia (entre elas Escrava Isaura, Tropicália e Terra Nostra).

Durante muito tempo, incluindo nos séculos XVIII, XIX e mesmo na atualidade, a França utilizou-se muito da moda, da literatura e mesmo da ciência como forma de expandir-se culturalmente pelo mundo.

Nos anos 1960, 1970 e 1980, Hong Kong, então possessão britânica no Mar Amarelo, exportava para o mundo filmes de artes marciais, estrelados por figuras como Bruce Lee, Jet Li e Jackie Chan e produzidos por produtoras como a Golden Harvest. Tanto que se vocês assistirem ao primeiro Dragon Ball, notarão que este é muito influenciado por esses filmes, em especial nas coreografias de lutas e na questão dos torneios de artes marciais (ao passo que do Z em diante predominam influências de filmes como Superman II, Star Wars, O Exterminador do Futuro e Teito Monogatari). Basta lembrarmos que o nome de guerra do Mestre Kame nos torneios de artes marciais era Jackie Chun. Em Pokémon existem dois pokémons, Hitmonlee e Hitmonchan, cujos nomes claramente aludem ao Bruce Lee e ao Jackie Chan. E que referências ao cativeiro de cinco andares do filme “O Jogo da Morte”, o último trabalho de Bruce Lee em vida, podem ser vistas em Dragon Ball (vide Muscle Tower na saga Red Ribbon), Mortal Kombat, Kill Bill, Bob Esponja (episódio da quarta temporada no qual o ator Pat Morita, o Senhor Miyagi de Karatê Kid, foi homenageado) e tantos outros.

O México, por seu turno, tem toda uma tradição de exportação de novelas para o resto do mundo, as quais geralmente eram exibidas no Brasil pelo SBT. Até houve adaptações de novelas mexicanas para o Brasil feitas pelo SBT, entre elas Carrossel e Carinha de Anjo (cujos textos são de origem argentina, tendo sido escritos pelo dramaturgo argentino Abel Santa Cruz). Também fizeram muito sucesso pelo mundo os seriados produzidos pelo comediante Roberto Gomez Bolaños, o Chespirito, em especial Chaves (originalmente el Chavo del Ocho) e Chapolin (originalmente el Chapulin Colorido), nos quais ele não apenas era o protagonista, como também o escritor dos roteiros. Como também os filmes da era de ouro do cinema de ouro mexicano, estrelados por figuras como Cantinflas (para o qual alguns dos atores que depois trabalharam no Chaves e no Chapolin, como o Ramón Valdez e a Angelines Fernández, trabalharam) e outros.

Também não foram poucas as novelas argentinas exibidas no Brasil como A Estranha Dama, Amor Cigano e Lalola, ou mesmo que ganharam versões brasileiras.  Como foi o caso de Papá Corazón (adaptada pela TV Tupi em 1976 como Papai Coração, a primeira Carinha de Anjo brasileira), La Pícara Sonãdora (adaptada pela Televisa em 1991 com o mesmo título e pelo SBT em 2001 como Picara Sonhadora), Pequena Travessa (originalmente Me llama Gorrión, de 1972, depois adaptada pela Televisa em como Mi Pequeña traviesa entre 1997 a 1998 e pelo SBT entre 2002 e 2003), Chiquititas (que do SBT ganhou duas versões brasileiras) e mesmo novelas infanto-juvenis de grande sucesso como Violetta.

A Turquia nos últimos anos exportou novelas para o mundo, algumas das quais foram exibidas pela TV Bandeirantes, entre elas Fatmagul, A Escolha e Um Milagre.

A Coreia do Sul tem se valido muito do k-pop, no qual são muito comuns conjuntos compostos por garotos e garotas jovens (as chamadas girlbands e boybands), em matéria de soft power. No Brasil, nos últimos anos, não foram poucas as publicação de quadrinhos sul-coreanos, os chamados manhwa. Que diferente do mangá japonês tem leitura da esquerda para a direita. Também tivemos um desenho sul-coreano exibido na TV brasileira, Pucca.

E olha que eu não estou falando nem dos Estados Unidos e nem do Japão.

E a Rússia, pelo que vejo, não teve nada de parecido no quesito soft power. Tanto que em episódios como o da atual guerra contra a Ucrânia ela fica em uma posição muito difícil ante a guerra informativa que é movida contra ela. Vide o caso do massacre em Buča, que foi imputado à Rússia da mesma forma que imputaram o massacre de Srebrenica à Sérvia durante a Guerra da Bósnia (1992 – 1995). A Rússia pode estar vencendo a guerra no campo de batalha, mas no campo da informação (em outras palavras, a InfoWar) a história é outra.

Um comentário:

  1. Falando em soft power russo, anos atrás, pela internet, conheci a banda de folk rock russa Arkona, cujas canções remetem ao espírito patriota e folclórico russo. E também o pianista ucraniano-russo Igor Krutov, do segmento jazz. Diga-se de passagem, excelentes. Do Japão, de uns seis anos pra cá, passei a ouvir muito City Pop, um subgênero musical surgido nos anos 70, cujo auge se deu nos anos 80, cujas músicas lembram muito Michael Jackson, Madonna e Billy Ocean, pelo seu ritmo dançante. Até curtia muito assistir às transmissões por streaming do DJ Van Paugam, que as fazia no Youtube, até ser bloqueado por suposta violação a copyright, e no Twitch, onde ele foi obrigado a encerrar suas transmissões, após sofrer cancelamento por culpa da lacração do lobby LGBT+. Seria interessante se aqui no Brasil, o povo pudesse conhecer mais os artistas russos, vietnamitas, africanos, da Europa oriental, e parar com esse lobby dos EUA e Europa ocidental.

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