Foto – 02 e 03
andando pelas ruas de Israel com camisas do Mossad e da IDF.
Nos últimos dias, vi diversas publicações de figuras da
direita brasileira de matiz neocon, ao comentar a atual questão entre Israel e
o grupo Hamas na sequência do atentado do dia sete do presente mês. Entre eles
pessoas como o pastor Rodrigo Mocellin, Leandro Ruschel, Thiago Braga e os
filhos mafiosos do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de publicações de canais
como o Brasil Paralelo.
Uma das teclas que eles mais batem é que o pessoal da
esquerda, em especial os petistas, não reconhecem o Hamas enquanto grupo
terrorista. Com a clara intenção de querer associar a esquerda (em especial o
Partido dos Trabalhadores) ao terrorismo.
Algo que me salta aos olhos depois de ler tantas publicações
e comentários do pessoal dessa direita de matiz neocon é que em momento algum
eles falam sobre a seguinte questão: quem chocou o ovo da serpente chamada
Hamas? Apenas ficam batendo na tecla de que o Hamas é um grupo terrorista, que
a esquerda não reconhece o Hamas enquanto grupo terrorista e tal. O tipo da
narrativa que no fim das contas serve de cortina de fumaça.
Foto – Publicação de Carlos Bolsonaro no You Tube, em que ele claramente tenta associar Lula e os petistas com o Hamas.
Nos últimos dias, na esteira dos recentes ocorridos na Faixa
de Gaza, também vi um show de islamofobia barata e cretina. Um dos que postaram
vídeos nessa linha é Thiago Braga. Ao ver o vídeo dele percebe-se que ele está
procurando polêmicas não só com pessoal de esquerda, como também com pessoal
islâmico.
Que fique bem claro uma coisa a respeito de Thiago Braga:
isso que ele está fazendo não é nada de novo. É basicamente o mesmo expediente
que lá atrás tanto os irmãos Neto quanto o Nando Moura se utilizaram para se
promoverem no You Tube. Entrar em polêmicas com determinadas pessoas de forma a
gerar engajamento e repercussão.
Quando deu seus primeiros passos no You Tube, em 2010, Felipe
Neto, por meio do quadro “Não faz sentido”, produziu vídeos nos quais criticou
figuras como Fiuk, Justin Bieber, colírios da revista Capricho, bandas
coloridas e outros (até chegou ao ponto de ofender pessoas de esquerda que
apoiavam o Partido dos Trabalhadores em 2014). Depois de um tempo e após fazer
seu pé de meia, Felipe Neto fez uma espécie de branqueamento dele mesmo, jogou
o personagem de óculos e camisas escuras que ele encarnava no “Não faz sentido”
para debaixo do tapete e passou não apenas a produzir conteúdo “para crianças”,
como também a fazer tudo o que criticava antes, incluindo pintar o cabelo de
diversas cores diferentes, dizer que ama os fãs em premiações e encher os
vídeos dele de indecências. Resumindo a ópera, virou a encarnação terrena da
hipocrisia, do cinismo e da falsidade.
O irmão mais novo dele, Luccas Neto, era o “Hater Sincero”
quando deu seus primeiros passos no You Tube, nos idos de 2014, e nessa época criticava
um tipo de humor que ele classificava como “humor babaquismo”. Travou polêmicas
com a Viih Tube (à época menor de idade), o Castanhari e outros. O caso com
Viih Tube terminou em processo judicial (Luccas Neto teve que pagar R$ 40 mil
em indenizações por danos morais à família dela). E então Luccas Neto fez o
mesmo branqueamento que o irmão dele fez antes. Depois de fazer seu pé de meia,
Luccas Neto aposentou o Hater Sincero e o enterrou para debaixo do tapete,
branqueou a si mesmo e assumiu para si o personagem infantilóide que hoje ele
encarna (a ponto de fazer vídeos ridículos como aquele no qual se chafurda em
uma banheira cheia de Nutella). Em outras palavras, tornou-se o rei do “humor
babaquismo”. E o que mais me espanta é o fato de que ambos os irmãos Neto hoje
se comportam como se os personagens que eles encarnaram outrora nunca tivessem
existido.
Por fim, Nando Moura. Quando Nando Moura começou a postar
vídeos no You Tube, por volta de 2015, ele travou polêmicas com figuras já bem
estabelecidas na plataforma tais como Pirulla, Kéfera, Maestro Bogs, Cauê Moura
e o próprio Felipe Neto. Algumas dessas polêmicas inclusive terminaram em
processos judiciais.
Nos dias hodiernos, as pessoas ficam chocadas (e com razão) com
os atos de grupos terroristas como o Hamas, da mesma forma como tiveram a mesma
reação quando a bola da vez eram grupos como o Estado Islâmico, o Boko Haram e
a Al Qaeda. Mas será que em algum momento elas fizeram a seguinte pergunta:
quem chocou o ovo dessas serpentes todas?
Recentemente, navegando pelo Facebook, encontrei este texto,
datado de 2015 e publicado na sequência dos ataques ao Charlie Hebdo e à boate
Le Bataclan em Paris. Um texto atualíssimo, que nem parece que foi escrito há
oito anos:
“Até onde minha vista
alcança, Ser ou não Ser Charlie não é a questão, ou ao menos não é a mais
importante. Ao se falar de ações violentas de grupos extremistas, é sempre bom
tentar saber quem criou, fomentou, armou, treinou e financia esses grupos. E
três dos principais grupos extremistas hoje tem uma curiosa semelhança em sua
história...
A Al-Qaeda nasceu como
um subproduto da guerra entre União Soviética e Afeganistão, confronto em que
muitos muçulmanos de outros países foram para o Afeganistão lutar contra os
comunistas russos e receberam entusiasmado apoio, psicológico, financeiro e
logístico da CIA. Segundo uma reportagem da BBC, é possível acreditar que Bin
Laden recebeu pessoalmente treinamento da CIA.
O Hamas tem no seu DNA e na sua certidão de nascimento o Mossad,
serviço secreto de Israel, para lutar contra e enfraquecer a OLP de Arafat e a
esquerda palestina.
O famigerado Estado
Islâmico, que surgiu num Iraque completamente destruído e sem instituições
(talvez um excelente estudo de caso do que é o “anarco capitalismo” defendido
por alguns liberais), é um filho de alguns pais. Para combater o regime sírio,
principal aliado regional do Irã, EUA, França, Inglaterra, com financiamento de
Arábia Saudita, Emirados Árabes e Qatar e apoio tácito de Israel forneceram
armas, apoio logístico e treinamento aos extremistas do Califado. E quem está
na linha de frente dos combates contra o Estado Islâmico? Os curdos ligados ao
PKK, grupo nacionalista do Curdistão, historicamente ligado à causa socialista.
Desestabiliza-se a Síria e luta-se contra os curdos, um “problema” bem grande
para a Turquia. Dois coelhos com uma cajadada só!
Criar, fomentar,
financiar, treinar grupos extremos não é novidade na política internacional dos
países mais poderosos. Desde Klaus Barbie, o “açougueiro de Lyon”, um dos mais
bárbaros carrascos nazistas que vivia publicamente e abertamente na Bolívia
após a guerra, dando consultoria para a CIA sobre combate a grupos de esquerda
na região (e tendo participado da preparação da operação que matou Che
Guevara); até os Contra na Nicarágua e o apoio a todas as ditaduras da América
do Sul. E tampouco é novidade na política interna, que o diga o COINTELPRO
(Counter-Intelligence Program) do FBI que nos anos 70 foi criado com o objetivo
de destruir movimentos sociais, especialmente o Panteras Negras e movimentos
indígenas, mas também algumas organizações estudantis e sindicais. O Cointelpro
criou células extremistas para desacreditar a esquerda, financiou organizações
criminosas que introduziram tráfico de drogas em comunidades em que os Panteras
Negras eram fortes, e por aí vai.
Esse monstro
extremista que hoje ataca “o Ocidente” foi criado justamente por este, para
diminuir, combater ou acabar grupos ou movimentos nacionalistas, de esquerda ou
que sequer eram de esquerdas, mas tinham posições independentes em relação aos
EUA e seus aliados.
O ataque ao Charlie
Hebdo é uma tragédia imensa, independente de suas publicações serem de gosto
questionável ou não. Agora, EUA, França, Inglaterra, Israel e seus aliados no
Oriente Médio (Arábia Saudita, Emirados Àrabes e Qatar, notadamente) lançam as
cortinas de fumaça dos jargões belos, valiosos e vagos: ‘liberdade, liberdade
de expressão, democracia’.
Lançam essa cortina de
fumaça para esconder que, no fim do dia, o sangue das vítimas dessa semana está
na mão deles assim como está nas mãos dos dois irmãos Kouachi”.
Diga-se de passagem, a estratégia que Israel usou para
conter grupos mais moderados da oposição palestina como o Fatah e a OLP de
Yasser Arafat por meio da criação e da promoção do Hamas é uma estratégia
similar àquela que, segundo algumas línguas, a ditadura civil-militar
brasileira, na figura do general Golbery do Couto e Silva, teria se utilizado
ao criar e promover a figura de Lula e do Partido dos Trabalhadores como forma
de conter Brizola dentro do contexto da redemocratização e abertura política do
Brasil.
“Crie corvos e eles comerão teus olhos”, assim diz um velho
ditado espanhol. Assim o foi com a Al Qaeda, com o Boko Haram, com o Hamas, o
Estado Islâmico e tantos outros grupos afins criados pelo “mundo livre e democrático”
que depois de picar e destilar veneno nos inimigos destes, se voltaram contra
seus criadores e passaram a causar problemas a estes.
Na introdução do 18 Brumário de Luís Bonaparte, Karl Marx
diz que a história se repete primeiro como tragédia e depois como farsa. Os
nomes dos personagens e dos grupos envolvidos podem variar ao longo do tempo,
mas uma coisa é certa: as pessoas nunca aprendem e continuam se comportando
como se fosse gado bestializado diante de tais eventos. Lá atrás, os
espectadores da tragédia diziam “eu sou Charlie” e lemas similares. E até
chegaram ao ponto de colorir seus avatares no Facebook e outras redes sociais
com as cores da bandeira da França após o incidente da boate Le Bataclan. E
hoje, os espectadores da farsa repetem o mesmo padrão de comportamento, com alguns
dizendo “Hamas é terrorista”, “eu sou Israel” e lemas similares, e ainda por
cima com alguns deles colorindo seus avatares em redes sociais com as cores da
bandeira de Israel. E algumas pessoas até destilando islamofobia barata e
cretina visando se promover e gerar engajamento, vendo o público que tem.
Há outro ditado que diz que a vida imita a arte. Tudo isso
me faz lembrar alguns personagens do mundo dos animes, mangás e seriados
tokusatsu, que também são cobras criadas que em determinado momento de suas
trajetórias se voltaram contra seus antigos mestres e passaram a causar dores
de cabeça aos mesmos.
Um deles é Šinobu Sensui, o vilão principal do segundo arco
do anime e mangá Yu Yu Hakušo, de Yošihiro Togaši, anime que fez considerável
sucesso no Brasil nos anos 1990 e 2000, quando foi veiculado primeiro pela Rede
Manchete em 1997 e depois pelo Cartoon Network, em 2004. Posteriormente, teve
seu mangá publicado pela editora JBC.
Foto – Šinobu Sensui (vulgo Anjo Negro).
Segundo a trama de Yu Yu Hakušo, Sensui foi ninguém menos
que o antecessor do protagonista, Yusuke Urameši no posto de detetive
espiritual.
Em seus dias de detetive espiritual, Sensui tinha a alcunha
de “O Anjo Negro”, dado que ele era considerado um ser puro e sem pecados. Além
disso, ele tinha um senso de justiça inflexível e um ódio absurdo em relação ao
mal. Em especial, Sensui abominava os youkais que durante a juventude dele lhe
causaram grandes problemas. Ele os eliminava em suas missões a serviço do Mundo
Espiritual. Todos eles, exceto um chamado Itsuki, que por ele foi poupado e
passou a ser seu companheiro de missões.
Até que certa vez, ele foi incumbido de investigar a
organização Black Black Club (a mesma organização que no primeiro arco
organizou o sequestro da garota Yukina e o torneio das trevas), que pretendia
abrir um túnel de ligação entre o Plano Terreno (mundo dos humanos) e o
Submundo (mundo dos youkais), com a intenção de contrabandear youkais e depois
prendê-los e vendê-los a preços muito altos por humanos abastados.
Após encurralar e vencer todos os inimigos da missão, Sensui
deu de cara com uma cena dantesca na qual transcorria um banquete no qual seres
humanos faziam toda sorte de maldades com os youkais, mostrando toda a podridão
que um ser humano poderia possuir e manifestar. No fim das contas Sensui matou
todos os humanos lá presentes.
Ver tal cena dantesca, uma cena que era o oposto de todos os
valores que ele cultivou desde tenra idade, foi um choque para Sensui, um
verdadeiro divisor de águas na vida dele. Tudo o que ele acreditava e protegia,
no fim das contas, era uma farsa.
A partir de então ele, de possa da fita Capítulo Negro,
passou a sentir que a existência dos seres humanos era um mal a ser extirpado.
Após desaparecer, Sensui, ironicamente, passou a planejar a extinção da
humanidade por meio da abertura de um grande buraco negro que permitiria que
milhares de youkais entrassem no plano terreno e promovessem uma grande carnificina
de seres humanos.
Para poder deter Sensui, o mesmo Sensui que um dia esteve a
serviço do Mundo Espiritual, Koenma chama ninguém menos que o sucessor de
Sensui no posto de detetive espiritual, Yusuke Urameši e seus amigos. E o resto
é história.
Outra dessas cobras criadas do mundo dos animes e mangás é o
antagonista-mor do segundo arco de Samurai X (originalmente Rurouni Kenšin),
Makoto Šišio.
Foto - Makoto Šišio.
No tempo do Bakumatsu (guerra civil japonesa que teve lugar
entre 1853 a 1869 entre os partidários do Xogunato Tokugawa e os monarquistas),
Makoto Šišio foi um retalhador a serviço dos monarquistas. Sucedeu ao
protagonista da obra, Kenšin Himura, na condição de assassino das sombras a
serviço de seus superiores.
Enquanto exerceu sua função de assassino das sombras, Šišio tornou-se
um homem que sabia de muitos segredos dos monarquistas, segredos
comprometedores que uma vez tornados públicos deixariam seus superiores em uma
posição bem delicada. Além disso, os monarquistas também notaram que Šišio era
um homem sedento por poder, e para poder se livrar de um elemento incômodo
montaram uma operação de queima de arquivo. Os monarquistas armaram uma tocaia
para cima de Šišio, e este não apenas foi baleado, como também gasolina foi
despejada sobre seu corpo.
Šišio foi queimado vivo, mas por um milagre do destino
sobreviveu à tocaia. Entretanto, a um alto custo físico: por conta das sequelas
advindas da tocaia a qual foi submetido, teve suas glândulas sudoríparas
destruídas, o que o impossibilita de lutar por mais de 15 minutos. Além disso,
passou a ter que andar enrolado por faixas que lhe dão um aspecto similar a uma
múmia.
Não apenas Šišio sobreviveu como também sua sede por poder
continuou intacta. O espadachim mumificado, agindo sob o lema da lei do mais
forte (os fortes sobrevivem e prosperam, os fracos morrem e perecem), passou a
almejar a derrubada do governo Meidži, o mesmo governo Meidži que foi
constituído por aqueles que um dia o empregaram como assassino das sombras.
Para isso constituiu um grupo, o Džuppongatana, que em seu apogeu chegou a
dominar alguns vilarejos e povoados do interior do Japão onde a autoridade do
governo não se mostrava presente.
Para poder deter Šišio, o governo Meidži, na figura do
ministro do interior Tošimiči Ookubo (que anos antes foi um dos principais artificies
da Restauração Meidži), resolve recorrer ao antecessor de Šišio como retalhador
das sombras, Kenšin Himura, para poder detê-lo. E este vai a Kyoto para poder
detê-lo, antes que o Japão venha a ser engolido por mais uma guerra civil.
E a grande ironia do destino é que o espadachim mumificado
foi vencido por Kenšin e seus amigos em vida, mas virou o jogo postumamente
quando o Japão, ao final do século XIX, adotou como política de Estado
precisamente sua filosofia, por meio do lema “Fukoku Kyohei” (País rico,
exército forte). Ou seja, o que Šišio em vida queria no fim das contas acabou
conseguindo postumamente, sem precisar derrubar o governo encabeçado por
aqueles que um dia o empregaram e o queimaram vivo.
Outra dessas cobras criadas é Naraku (cujo nome em japonês
significa abismo, inferno), o primeiro e único vilão-mor de Inuyaša, uma das
principais obras da renomada mangaká japonesa Rumiko Takahaši.
Foto – Naraku.
Naraku (Narak na dublagem brasileira do anime) se originou
de um bandido chamado Onigumo. Certa vez, Onigumo foi submetido a uma tocaia,
queimado vivo e jogado em uma caverna para agonizar até a morte. Até que certa
vez a sacerdotisa Kikyou, a protetora do artefato mágica Jóia de Quatro Almas,
passou a cuidar dele, e com o tempo o imóvel e inerte Onigumo passou a nutrir
sentimentos de amor em relação à sua cuidadora. Ele, após tomar conhecimento a
respeito da relação de Kikyou com o meio-youkai Inuyaša, se deixou ser devorado
por centenas de youkais e dessa fusão nasceu Naraku, que tal como Inuyaša
também é um meio-youkai.
Desejoso de ver a Jóia de Quatro Almas corrompida pelo mal,
uma das primeiras coisas que Naraku faz após a transformação é armar uma tocaia
para cima de Kikyou passando-se por ninguém menos que Inuyaša. Como resultado
Kikyou ficou gravemente ferida no ombro direito. Em seguida ele, se passando
pela sacerdotisa, devolve a jóia ao vilarejo e ataca Inuyaša. Uma saraivada de
flechas é jogada contra o meio-youkai de cabelos prateados. Kikyou se depara
com Inuyaša fugindo com a Jóia de quatro almas, pensando que ele sempre a
enganou e o lacra em uma árvore com uma flecha de selamento. Logo em seguida
Kikyou morre e é cremada junto com a Jóia mágica. Ao passo que Inuyaša fica nessa
situação por meio século, até que uma garota vinda do futuro, Kagome Higuraši,
ninguém menos que a reencarnação futura de Kikyou, liberta Inuyaša de seu
lacre. E o resto é história.
Por fim, falemos sobre um personagem dos seriados tokusatsu
que fizeram muito sucesso no Brasil no final dos anos 1980 e primeira metade
dos anos 1990, quando tais seriados foram veiculados por emissoras como a
finada Manchete e em menor medida por outras emissoras como a Bandeirantes, a
Globo e a Record.
Talvez o personagem desses seriados que melhor se encaixa no
quesito cobra criada que se levanta contra seus criadores é Ley Barak, que
aparece nos episódios 17 a 19 de Flashman, o seriado Super Sentai do ano de
1986.
Foto – Ley Barak.
Barak foi criado pelo Doutor Keflen por meio do sintetizador
biomolecular do geneticista do Cruzador Imperial Mess. Certa vez, por volta de
1886, Barak enfrentou Deus Titan (Hero Titan no original), o herói do Planeta
Flash, e este não apenas o venceu em combate, como também o poupou. Mess então
arma uma tocaia para matar os dois, e Deus Titan, debilitado por conta do
efeito Flash Negativo e à beira da morte, o encarregou de entregar o Titan
Flash aos heróis terrenos vindouros que, segundo a profecia de Deus Titan,
haveriam de enfrentar o Cruzador Imperial Mess. Esses guerreiros são os
Flashman. Quinteto de heróis coloridos de origem terrena que foram raptados por
Kaura e seu bando ainda pequenos, mas que por milagre do destino foram salvos
pelo povo do Planeta Flash.
Um século após a morte de Deus Titan, os Flashman tiveram
seu primeiro robô, o Flash King, destruído em combate contra a dupla de
monstros Za Skonder. Graças à intervenção de Barak, os heróis ganharam um
segundo robô, o Titan Júnior. Barak também tinha outro segredo a contar aos heróis
coloridos, o que não foi possível devido à sua morte decorrente dos graves
ferimentos que o caçador Kaura lhe infligiu por meio de seu chicote elétrico.
Resumindo a ópera: cobras são criadas, e em determinado
momento começam a causar problemas até mesmo àqueles que as criaram no passado.
As pessoas ficam horrorizadas quando estas mesmas cobras começam a destilar o
veneno e a picar terceiros e até mesmo aqueles que a criaram, sem se dar conta
e nem ao menos se perguntar de que ovo elas vieram e quem chocou o ovo de onde
elas vieram. Assim o foi com a Al Qaeda, com o Taliban, o Hamas, o Boko Haram,
o Estado Islâmico, e talvez assim também o seja com as próximas bolas da vez. É
um grande círculo vicioso que vem se repetindo ao longo do tempo, e que certas
narrativas que não apenas os grandes meios de comunicação, como também muitos
dos comunicadores da direita neocon brasileira em plataformas de vídeo e redes
sociais ajudam a perpetuar.
Já pensou na possibilidade do verdadeiro Lula nem mais vivo estar, e sim, o que aí está ser um impostor? Melhor dizendo, vários? A aparência dele, pelo que eu pude notar, vive mudando o tempo todo. Aliás, muitos governantes mundo afora também podem estar mortos, ou até mesmo fingindo suas mortes, o que é muito comum, quando se trata de alguém que é constantemente ameaçado de morte.
ResponderExcluirLeve em conta que o Lula já tem quase 80 anos, e fora o fato de que ele passou um tempo preso. O meu psicólogo uma vez me contou que há casos de pessoas que ficam por um tempo da prisão e de lá saem perturbadas. A propósito, ouvi falar que o dublador que vive processando todo mundo passou um tempo preso e saiu de lá perturbado.
ExcluirE bem que disseram que o Lula voltaria pensando em vingança. Dito e feito!
Excluir