Israel tem ligações diretas com nazistas europeus, em especial os ucranianos, o que expõe a farsa de acusar de antissemita todos aqueles que criticam o genocida Estado de Israel
A cada dia a política identitária, vinda do imperialismo,
vem sendo desmascarada. Os identitários que dizem defender as mulheres, fecham
os olhos às mulheres e crianças palestinas assassinadas sistematicamente pelo
Estado Fascista de Israel; os que dizem defender negros, fingem ignorar que a
criação de Israel ocorreu com a expulsão de um povo de pele escura por brancos
europeus.
Mas o que o identitarismo tem a ver com a atual política
genocida travada pelos sionistas contra os palestinos? Ora, uma das principais
formas de identitarismo é propagada por Israel e pelo imperialismo.
De forma extremamente oportunista, utilizam-se do genocídio
que judeus sofreram nas mãos da Alemanha Nazista para blindar o Estado Fascista
de Israel e os sionistas de absolutamente qualquer crítica. É proibido criticar
o Sionismo pelo genocídio que comete contra o povo palestino. Os críticos são
taxados de antissemitas.
Contudo, da mesma forma que a política identitária em
relação às mulheres, negros etc. vem sendo desmascarada, já se começa a
desmascarar também o identitarismo sionista.
Israel e seus apoiadores acusam os críticos de
antissemitismo. Contudo, esse Estado fascista vive estabelecendo alianças com a
extrema-direita nazista da Europa.
Segundo denúncia veiculada no sítio de notícias Mint Press News, “em Agosto, o embaixador
de Israel na Romênia, Reuven Azar, reuniu-se com o líder do partido de
extrema-direita Aliança para a União dos Romenos (AUR), George Simion,
provocando indignação em Israel e entre a diáspora judaica”.
Além disto, “ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli
Cohen, instruiu Azar e o líder colono Yossi Dagan a se reunirem com o chefe do partido AUR“, partido este conhecido por negar o
Holocausto e exprimir posições antissemitas.
Acontece que esse partido romeno não é o único agrupamento
fascista com o qual os sionistas formam alianças.
Em 2019, uma delegação da Alternativa para a Alemanha (AfD),
partido alemão de extrema-direita que tem em si o germe do nazismo, visitou
colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada e reuniu-se com a ativista
pró-colonos Daniella Weiss. Lembrando que tais colonos são israelenses que
expulsam a força os palestinos de suas terras, demolindo suas casas e
destruindo suas plantações.
Em abril de 2018, o AfD lançou de forma entusiástica uma
campanha para que Jerusalem fosse reconhecida como capital de Israel.
Contudo, a principal ligação do sionismo com a
extrema-direita europeia repousa nas relações estabelecidas entre o Estado de
Israel e o regime nazista da Ucrânia, surgido da revolução colorida
do Euromaidan, em 2014.
Desde o golpe de Estado, comandado pelos EUA, Israel não viu
problema algum em fornecer armas paras a milícias nazistas que passaram a fazer
parte do braço armado da Ucrânia, como por exemplo os batalhões Azov e Aidar,
mas outros também.
“O Batalhão Azov ainda usa o símbolo Wollfsangel como parte
de seu uniforme, um logotipo amplamente utilizado na Alemanha nazista e que
continua popular entre os neonazistas até hoje. De acordo com vários relatórios , o Batalhão Azov utilizou armas
fabricadas por grandes empresas de armas israelitas, como a Rafael e a Israel Weapon Industries“.
O fornecimento de armamento aos nazistas ucranianos não é um
raio em céu azul. Em primeiro lugar, tais milícias estiveram e estão a serviço
do imperialismo, em especial do ianque. Foram fundamentais para o sucesso do
golpe do Euromaidan. Israel, como é notório, é aliado dos EUA. Aliás, é
uma base militar dos norte-americanos para controlar o Oriente Médio.
Em segundo lugar, antes de ser incorporado (e financiado)
pelo regime golpista, o principal financiador do Azov era Ihor Kolomoyskyi, um
bilionário banqueiro de nacionalidade israelense, nascido na Ucrânia.
Cumpre informar também que Natan Khazin, que afirma ter sido
cofundadro do Azov, é israelense-ucraniano. Assim como os demais, fazem de tudo
para jogar para debaixo do tapete a natureza nazista dessas milícias
ucranianas.
Ademais disto, há vários israelenses trabalhando em conjunto
com ou mesmo compondo os quadros dos batalhões nazistas ucranianos, tais como o
Azov.
Em outra matéria publicada no sítio Mint Press News, um desses
israelenses era “Konstantyn Batozsky […] que afirmou ter trabalhado como
consultor político em Donetsk para o Batalhão Azov entre 2014-15, chegou a
defender membros de Azov que tinham tatuagens de símbolos nazis”.
A matéria continua citando fala do próprio israelense
apoiador de nazistas ucranianos:
“’Eles eram hooligans do futebol e queriam atenção, então
sim, fiquei chocado quando vi caras com tatuagens de suástica’, disse Batozsky sobre os membros do Batalhão Azov que
ele conheceu pessoalmente. Ele então seguiu essa declaração
dizendo. ‘Mas eu conversava com eles o tempo todo sobre ser judeu e eles
não tinham nada de negativo a dizer. Eles não tinham ideologia
antijudaica.’ Outro judeu israelita, Daniel Kovzhun, afirma que ‘havia
judeus ortodoxos em Azov”, o que, segundo ele, se resumia ao facto de todos os
membros serem nacionalistas ucranianos e, portanto, o judaísmo não era um
problema’.”
Em suma, Israel tem ligações diretas com nazistas europeus,
em especial os ucranianos, o que faz cair por terra o identitarismo sionista,
de acusar de antissemita todos aqueles que criticam a ditadura genocida de
Israel. Afinal, aqueles que se aliam com partidos e milícias nazistas não são
verdadeiros opositores do antissemitismo, apenas demagogos.
Tal aliança tem um caráter imperialista. Mesmo com a guerra,
a Ucrânia continua sendo um celeiro para o treinamento de grupos de
extrema-direita, que eventualmente podem ser utilizados pelos Estados Unidos
para realizar revoluções coloridas em países oprimidos. Paralelamente, e de
forma conectada, Israel é uma engrenagem fundamental da ditadura mundial do
imperialismo. Inúmeras forças de segurança de países oprimidos sob o controle
do imperialismo fazem treinamento em Israel ou com agentes israelenses.
Enquanto o nazismo de outrora era uma expressão
primariamente do imperialismo alemão, o atual é uma expressão do imperialismo
norte-americano. Assim como o sionismo. São duas engrenagens que servem à
manutenção da ditadura mundial do imperialismo.
Assim, a política identitária segundo a qual criticar Israel
e o Sionismo é antissemitismo é uma farsa. E deve ser desmascarada.
MEUS COMENTÁRIOS
É um ótimo artigo que encontrei no Diário da Causa Operária,
publicado no dia 12 de outubro do presente ano. Um artigo que ajuda a derrubar
a tese muito propalada por partidários de Israel de que anti-sionismo é
sinônimo de anti-semitismo. Algo que faz tanto sentido quanto dizer, por
exemplo, que jogador de futebol é sinônimo de salários milionários (algo que só
uma minoria deles recebe, diga-se de passagem).
AUR, AfD, Azov, Setor de Direita... Talvez isso seja apenas
a ponta do iceberg. E saber que Israel de alguma forma está ligado (ou pelo
menos veio tendo conchavos com eles) a tais grupos e partidos de extrema
direita na Europa (alguns dos quais até hostis aos judeus enquanto povo) é
grave e à primeira vista pode parecer algo absurdo e ilógico, mas para mim não
é nenhuma surpresa, dado todo o histórico de conchavos e colaboracionismo dos
sionistas desde os tempos de Theodor Herzl com a fina flor do anti-semitismo
europeu, desde o Caso Dreyfuss na França e os pogroms na Rússia Imperial
tardia. Fora a cereja do bolo que ficou de fora: a colaboração dos sionistas
com os nazistas NO TEMPO DE HITLER (vide o acordo Ha’avara entre os sionistas
alemães e a Alemanha nazista, antes de a guerra na Europa começar). Em 2018
trouxe para cá alguns textos traduzidos do espanhol e do inglês sobre este assunto.
A história mostra que desde os tempos de Theodor Herzl
sionismo e anti-semitismo sempre estiveram juntos, e pode-se dizer inclusive
que os dois na verdade são duas faces de uma mesma moeda e que um alimenta o
outro e vice-versa. E isso é o bastante para mostrar que dizer que
anti-sionismo e anti-semitismo são sinônimos é uma lorota que não faz sentido
algum.
E para não ficar presos somente à Europa, vale lembrar que
Israel também apoia o separatismo curdo em países como o Iraque e a Síria, como
forma de balcanizar a região e criar estados-tampão à sua imagem e semelhança.
E quem diz isso não sou eu, e sim o professor e historiador Ramez Maalouf.
Por fim, algumas palavras sobre a questão ucraniana. A
respeito do apoio de oligarcas judeus com cidadania israelense tais como o
citado Igor Kolomojskij (ex-governador biônico da província de Dnipropetrovsk)
a grupos como o Setor de Direita, o Batalhão Aidar e o Batalhão Azov, isso é
algo que é de conhecimento público desde no mínimo 2014, na época do golpe do
Euromaidan.
Entretanto, nesse caso específico do apoio de oligarcas
judeus ucranianos a batalhões de extermínio neonazistas, lanço uma ressalva,
uma indagação sobre a natureza desse apoio: será que esses oligarcas na verdade
utilizam esses neonazistas ucranianos como bucha de canhão nas mãos deles se
aproveitando do ódio que eles nutrem em relação à Rússia (e assim matando dois
coelhos de uma tacada só)?
Isso me faz lembrar uma cena do episódio 94 de Cavaleiros do
Zodíaco (o qual na versão brasileira recebeu o título de “Laços entre irmãos”),
da saga de Asgard (exclusiva da versão animada), na qual Shun de Andrômeda diz
ao guerreiro deus Bado de Alkor que ele só estava sendo usado pela Hilda e que
a representante terrena de Odin (na ocasião sob o efeito do feitiço do anel de
Nibelungos) se aproveitava do ódio que ele sentia em relação ao irmão gêmeo
dele, Shido de Mizar por conta do fato de ele ter sido abandonado pelos pais logo
após nascer enquanto que Šido foi o escolhido da família por conta das leis e
superstições existentes em Asgard sobre gêmeos (e mesmo depois de ambos os
irmãos teriam sido escolhidos como Guerreiros Deuses, Bado continuou sendo a sombra
de Shido), e nisso fazia dele uma arma que ela usava a seu bel prazer em seus desígnios.
Além de engambelá-lo com promessas de que Bado tornar-se-ia o legítimo
Guerreiro Deus de Zeta caso Shido fosse vencido e morto em combate.
Outro exemplo vindo do mundo dos quadrinhos e animações japonesas: em Samurai X, na saga dos cristãos (exclusiva da animação), o corrupto cardeal Kaioh se aproveitava do ódio que o espadachim cristão Šogo Amakusa nutria em relação ao Japão por conta da secular perseguição aos cristãos nipônicos durante o período Tokugawa (1603 – 1868) para usá-lo a seu bel prazer como uma máquina de guerra em seus desígnios. Como um peão em um grande jogo de xadrez, que cedo ou tarde haveria de ser sacrificado em nome de seu projeto político.
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