Foto – Imagem
promocional do desenho Ridley Jones.
E com vocês a
terceira parte da série de artigos “Animais Fantásticos e Sailor Moon: o ontem
e o hoje”. Depois de falar sobre as censuras feitas ao anime Sailor Moon nos
EUA e no Brasil nos anos 1990 na primeira parte e sobre as censuras feitas a
outro anime, Sakura Card Captors, na mesma época na segunda parte, agora o
assunto é uma produção, mais precisamente um desenho, que vem sendo veiculado
no Neftlix já faz algum tempo.
Recentemente,
vi o vídeo intitulado “Netflix tem desenho não-binárie em seu catálogo
infantil!”, de 10 minutos e 47 segundos de duração, que foi postado no canal Tragicômico,
de Wagner Thomazoni.
Thomazoni
traz a seguinte notícia, por si só estarrecedora: no catálogo infantil do
Netflix está disponível o desenho Ridley Jones – a guardião do museu, criado
pela roteirista e produtora norte-americana Chris Nee (cujo currículo inclui
participação em desenhos como American Dragon: Jake Long, Backyardigans, Super
Fofos, Ni Hao Kai Lan, Cyberchase e outros) diretamente para o Netflix. Ao
todo, possui cinco temporadas e 35 episódios, todos eles produzidos entre 2021
e 2023.
Foto – Chris Nee, a criadora de Ridley Jones.
A criadora de
Ridley Jones, segundo consta no artigo sobre ela na Wikipédia em inglês, se diz
lésbica. E não apenas ela é lésbica, como também é uma ativista LGBT.
Em Ridley
Jones, a personagem principal que dá nome ao desenho não possui uma figura
paterna, sendo formada apenas pela mãe e pela avó. Além disso, há uma
personagem múmia chamada Ismat, uma múmia de museu que tem como pais duas
outras múmias do sexo masculino (ou seja, sem a presença de uma mãe ou qualquer
outra figura materna).
E de cereja
do bolo em um dos episódios da quinta temporada é a bisão fêmea Fred revela à
avó que não se identifica nem com ela, e nem com ele, e que seus pronomes de
tratamento são os famigerados “ili” e “dile” (na dublagem brasileira do desenho,
feita no estúdio TV Group Digital). É isso mesmo que vocês
estão lendo: no catálogo infantil do Netflix tem esse desenho que faz apologia
de linguagem neutra.
Além da
famigerada cena, também podem ser vistos termos “neutros” inexistentes na
língua portuguesa tais como “fofine” (ao invés de “fofinho” ou “fofinha”),
“amigues” (ao invés de “amigos” ou amigas”) e “todes” (ao invés de “todos” ou
“todas”), todos eles recorrentes no desenho animado.
E, para
piorar ainda mais as coisas, a classificação do desenho é livre para todos os
públicos, sem restrição alguma. Um desenho cujo conteúdo uma vez visto pode
levar as crianças a várias confusões e mal-entendidos sobre elas mesmas.
É mais um desenho
que caso fosse exibido na TV americana há uns 20 ou 30 anos pegaria pesadas
censuras e cortes pelo tipo de conteúdo nele veiculado, a exemplo do que
aconteceu com animes como Sailor Moon e Sakura Card Captors.
Como não
poderia deixar de ser, o desenho gerou polêmica, várias foram as críticas ao
mesmo e em 12 de setembro do ano passado uma reclamação do conteúdo do desenho
foi feita no site do próprio Netflix por parte de um pai de um filho de seis
anos, o qual, entre outras coisas, classificou o controle parental do Netflix
como uma piada.
O que podemos
dizer a esse respeito?
Se isso não é
uma apologia da mais descarada e aberta à ideologia de gênero e cultura woke e
incitação à confusão psicoemocional das nossas crianças cuja psique ainda está
em formação e a ataques ao idioma sob o pretexto da inclusão do pessoal que se
diz não-binário e da diversidade e que coloca a fantasia subjetiva da pessoa
acima de tudo (ou seja, aquilo que o professor José Paulo Netto chama de
“semiologização da realidade”), engenharia social da mais descarada, não sei
mais o que é.
E com isso
tudo queria aproveitar o momento para lhes chamar a atenção para o seguinte: há
algo que venho observando já faz um tempo. Aqueles que se posicionam a favor de
Escola sem Partido e outras tendências e movimentos afins vivem falando que a escola
e a universidade são espaços de doutrinação ideológica por parte de professores
esquerdistas que de tempos em tempos fazem seu proselitismo ideológico
(recentemente vi um vídeo da Janaína Paschoal publicado no canal Brasil
Paralelo no qual ela fala sobre isso).
Mas ao mesmo tempo em que eles muito falam do professor esquerdista que faz seu proselitismo ideológico em sala de aula, pelo que eu vejo boa parte deles se omite quando se trata, por exemplo, de gente muito mais poderosa e com um poder de alienação, doutrinação e mais-valia ideológica (apud Ludovico Silva) muito maior. Estou falando de grandes corporações do mundo do entretenimento tais como a Disney (sobre a qual já falamos em artigo anterior) e o já citado Neftlix, assim como de personalidades que atuam como influenciadores digitais como o Felipe Neto (vulgo garoto colorido).
Estes possuem
um poder de doutrinação e alienação ideológica muito maior que qualquer
professor de universidade jamais sonhou e jamais terá. Perto da Disney e do
Netflix e suas produções milionárias, ou mesmo do Felipe Neto e seus milhões de
seguidores no You Tube, o professor de esquerda em sala de aula não passa de um
zé ninguém. É como comparar uma formiga com um elefante.
E mais do que
isso: o contato que as crianças têm com a Disney, o Netflix e o garoto colorido
(entre outros que produzem esse mesmo tipo de conteúdo) é muito mais direto do que
com o professor que faz proselitismo ideológico em sala de aula. É um contato que
é feito diretamente de casa e debaixo do nariz dos pais da criança, por meio da
televisão, do celular ou do computador, enquanto que o mesmo não se verifica
com o referido professor em sala de aula.
Assim sendo,
resumindo a ópera, percebe-se que eles atacam o kit gay do MEC, mas não fazem o
mesmo com a Disney que mostra beijos entre pessoas do mesmo sexo em desenhos
destinados ao público infanto-juvenil (entre eles Star versus as forças do mal
e Casa Coruja), com o Netflix que mostra lacrações em seriados históricos como
Vikings e colocando em seu catálogo desenho de apologia a pronome neutro e
ideologia de gênero ou com o livrão com brincadeiras para lá de indecentes do
Felipe Neto (o mesmo Felipe Neto que, não custa lembrar, disse em 2010 que o
Vida de Garoto era um pornô para crianças).
Aliás, falando no professor de esquerda em sala de aula que faz proselitismo em favor de certas pautas de cultura woke, não repararam que a agenda que este defende e promove é a mesma que a Disney, o Neftlix e o garoto colorido defendem e promovem? E não apenas eles: grandes tubarões do mundo das finanças como George Soros (o mesmo Soros que teve sua atuação denunciada pelo Doutor Enéas nos anos 1990 no processo da privataria tucana) também promovem esse tipo de agenda, a chamada “sociedade aberta”. Ah as coincidências e o estranho mundo delas...
Fontes:
Chris Nee.
Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Chris_Nee
Desenho da
Netflix utiliza linguagem neutra e promove ideologia de gênero. Disponível em: Desenho
da Netflix utiliza linguagem neutra e promove ideologia de gênero
(gazetadopovo.com.br)
Netflix tem
desenho não-binárie em seu catálogo infantil! Disponível em: NETFLIX TEM DESENHO
NÃO-BINÁRIE EM SEU CATÁLOGO INFANTIL! - YouTube
Pais
denunciam desenho da Netflix com ideologia de gênero. Disponível em: Pais
denunciam desenho da Netflix com ideologia de gênero | Entretenimento |
Pleno.News
Infelizmente, muitos desses críticos da esquerda passam panos para outras aberrações. Se a extrema direita existe, e está tão forte assim, é graças a essa esquerda colorida progressista.
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