Depois que a criadora do desenho “A casa da coruja” Dana Terras contou sobre a bissexualidade da heroína principal, ficou finalmente claro: o carro chefe de Hollywood, o estúdio “Disney”, seriamente se ocupa com o ensino da tolerância junto às crianças e adolescentes. O “Izvestja” fez seu top-filmes sobre personagens não tradicionais, ao mesmo tempo esclarecendo junto aos especialistas que os filmes de família da “Disney” é indesejável ver na infância, e é melhor incutir tolerância a outros telespectadores, que já tem experiência na esfera sexual.
«A Bela e a
Fera»
Antes do
lançamento do remake do desenho homônimo com Emma Watson e Dan Stevenson nos
principais papeis os criadores dele anunciaram que um dos personagens do conto
é gay. Em algum momento o herói de nome
Le Fou de fato começa a experimentar sentimentos carinhosos em relação a seu
camarada. Pelas palavras do diretor, o ativista LGBT Bill Condon, a aparição de
tal herói é um tributo à memória do compositor, autor de canções da “Bela e a
Fera” Howard Ashman, que era um gay assumido. Na América o filme passou bem,
apenas um proprietário de um cineteatro particular no Alabama recusou a alugá-lo.
Ele motivou sua decisão pelo fato de que levar seus netos a tal conto ele não
pode, o que significa que a outras crianças mostra-lo não vale a pena. Na Rússia
o filme saiu com a indicação 16+. O deputado Vitalij Milonov dirigiu-se ao
Ministério da Cultura com a solicitação de verificar os cinemas sobre o assunto
da propaganda do homossexualismo, mas se limitou a isso.
«Bob Esponja»
O estúdio
Nickelodeon tornou gay o favorito das crianças, o herói de desenho animado Bob
Esponja. Depois dos episódios nos quais Esponja vestiu-se em roupa feminina, os
criadores do filme começaram a receber cartas de pais indignados, porque
assimilaram o Bob Esponja como um rapaz. Os partidários da nova hipóstase
objetaram que as esponjas marinhas são hermafroditas, de modo que à Esponja são
estranhos preconceitos de gêneros. Mais uma parte dos espectadores a orientação
do herói não surpreendeu – eles reconheceram que exatamente sempre assim pensaram
sobre ele. Mas a maioria acusou o estúdio de que ele tenta reescrever a
história do personagem em nome dos interesses LGBT. “Na infância eu não pensei
sobre com quem dorme o Bob Esponja, eu simplesmente tinha empatia por ele”,
escreveram usuários do Twitter. Na Rússia o filme recebeu a indicação 12+ e
escapou de quais repreensões de imoralidade.
«Girl»
A estreia
cinematográfica do diretor de 27 anos da Bélgica Lukas Dhont conta a história
da jovem Lara, que sonha em se tornar bailarina. Ela nasceu como garoto, mas
quer mudar o gênero. Na espera da operação ela viu-se obrigada a se disfarçar
com a ajuda de uma fita adesiva, para que em uma academia de balé de prestígio
não suspeitassem de nada. Nas filmagens do diretor inspirou a história real da
dançarina-transexual Nora Monsecour, ela mesma ajudou no trabalho com o
roteiro.
Na Rússia as
mostras ocorreram de forma tranquila –disponibilizaram o filme para locação,
atribuindo a indicação 18+. E no Ocidente desencadeou um escândalo. Apesar de
que o filme recebeu um conjunto de prêmios de prestígio e foi indicado pela
Bélgica ao “Oscar”, na sociedade transgênera ele gerou crítica. Acusaram o
filme de que o executor do papel principal Viktor Polster, assim como o diretor
e coautor de roteiro Angelo Tijssens não são transexuais, em relação com que o
filme é cheio de falsos estereótipos. É um paradoxo, mas o conto sobre o
transgênero caiu no gosto de pessoas comuns, ao invés daqueles por cujos direitos
ele se posicionou.
«A garota dinamarquesa»
Na contagem
desse filme do diretor Tom Hooper – sucesso no concurso do Festival
Internacional de Cinema de Veneza, quatro nomeações da Academia Americana de
Cinema e cinco dos acadêmicos de cinema da Britânia. Na Rússia homens saíram
das seções de “A garota dinamarquesa” desafiadoramente.
Como no caso
de “Girl”, na base do roteiro do filme – uma história real da primeira
mulher-transgênera do mundo Lili Elbe. Segundo a trama, a artista Gerda pede a
seu marido Ejnar posar para ela de vestido e meias, quando o modelo dela não
vem para a sessão. Com o tempo Ejnar se acostuma ao papel e entende: ele veio
ao mundo como homem por engano. Esta película, tal como “Girl”, melhor
entenderam os naturais. Na opinião de críticos LGBT, depois da apresentação do
filme têm-se a impressão de que o problema não está na natureza do herói
principal, mas em um caso elementar. O que contradiz a tendência da comunidade
LGBT de que inclinações particulares são dadas às pessoas no nascimento.
«Bohemian Rapsody»
Mais um
filme-biografia sobre o vocalista do grupo Queen Freddy Mercury. O enredo do
filme ganhador do Oscar do diretor Brian Singer foi completamente deslocado
para a bissexualidade do ídolo pop. Sobre que Freddy Mercury de início amou
Mary Austin e a considerava sua esposa, e então começou a experimentar atração
por homens, era sabido. Revoltou os fãs do grupo que praticamente todo o filme
foi dedicado a esse lado da vida dele, em especial a cena chave beijando o
ídolo pop com um homem os revoltou. A Internet russófona deslumbra pelas
referências sobre que nessas imagens das salas de cinema com revolta
retiraram-se os espectadores do sexo masculino. As damas reagiram às
inclinações do ídolo pop de forma bem mais pacífica.
Apenas para adultos
No caso de
filmes adultos do tipo “Bohemian Rapsody” e “A garota dinamarquesa”, a questão
da admissão ao aluguel é resolvida de forma simples. Conforme explicou ao
“Izvestja” no Ministério da Cultura, existem regras claras: se o filme contem
informação sobre relações sexuais não tradicionais, a ele será atribuído a
marcação etária 18+. Já no caso de “Bob Esponja”, “A Bela e a Fera” e o
vindouro “Casa da Coruja” o caso é mais complicado. Na Rússia pode-se ensinar a
tolerância apenas junto a cidadãos maiores de idade, e em relação a crianças e
adolescentes vigora a lei sobre a proibição da propaganda do homossexualismo
entre menores de idade. Visto que o cinema é um instrumento eficaz de
propaganda, não devem estar lá cenas de tipo similar.
“Que o
príncipe continue a beijar a Bela Adormecida, mas que faça isso de forma casta.
Nós não queremos que a princesa se encontre outra princesa como par”, discutem
os usuários da Internet. Do ponto de vista da psicologia infantil tal abordagem
é justificada, consideram os especialistas.
- Se alguma
novidade surge da qual a criança ainda não observa na vida real, ela
dificilmente irá contribuir ao desenvolvimento dela. E aqui pode criar
problemas. Tudo deve ser no contexto da idade e dos objetivos do
desenvolvimento, - esclareceu a diretora da cadeira de psicologia da idade da
Universidade Estatal de Moscou Olga Karabanova.
Cinema para todos
Os filmes da
Disney com personagens não tradicionais nesse contexto não se encaixam. Mas
atribuir a eles a categoria 18+ significa privar os filmes do status familiar.
Então você é obrigado a manobrar, bem lá as cenas relevantes são apresentadas
de forma tão delicada que é complicado à criança ignorante entender, sobre o
que fala, e na disposição dos distribuidores há os status intermediários 12+ e
16+. Nessa idade, na opinião da psicóloga, o ensino da tolerância acontece de
forma mais bem sucedida, visto que junto aos adolescentes já há determinados
conhecimentos na esfera sexual. Entretanto, considera Olga Karabanova, para
fazer a escolha é necessária uma idade mais madura.
Julgando
pelos anúncios o projeto “Casa da Coruja” é cinema para adultos, mas no
escritório de representação russo da companhia “Disney” não começou a falar
sobre o aluguel vindouro. Nota-se que não vendo o filme é complicado julgar
sobre o grau de periculosidade dele. Uma fonte no estúdio explicou que, bem provavelmente,
o filme não vai ser lançado em ampla distribuição, o exibirão no canal
televisivo.
Com o pedido
de avaliar a tendência americana à tolerância sexual o “Izvestja” procurou a
“Sojuzmultfilm”. Os representantes da companhia recusaram-se a conversar.
Entretanto, a tolerância aos diferentes começa a formar a produção russa em
seus trabalhos. Os novos projetos do estúdio “A zebra no cubículo” e “A vaca
laranja” são criados em vistas à exportação no exterior. Segundo as palavras do
diretor geral do estúdio Boris Maškovcev, estes filmes são imediatamente elaborados
como cinema universal no bom senso, compreensível em qualquer país.
Fonte: https://iz.ru/1052518/natalia-vasileva-adelina-pavlov..
Meus comentários:
Foto – A diferença
entre tolerância e aceitação, por Herbert Garrison.
Lembram que o
Bolsonaro em 2018 muito falava em kit gay e mamadeira de piroca nas propagandas
e discursos dele? Pois bem, desse kit gay que envolve grandes conglomerados
internacionais do ramo do entretenimento como Disney, Netflix e Nickelodeon ele
não fala. Por que será que o nosso Presidente miliciano assim age?
E, diga-se de
passagem, que fique bem claro o seguinte: o que esses conglomerados de
entretenimento promovem não é tolerância a determinados grupos, mas aceitação. Querem que aprovemos a conduta de tais grupos e as incentivemos, e quem disser
um piu contrário a isso será cancelado pelo gabinete do ódio da esquerda
identitária sem dó nem piedade sob rótulos do tipo homofóbico, transfóbico,
preconceituoso, racista, machista, misógino, nazista, fascista, stalinista,
maoísta, chavista, castrista, baathista, fundamentalista religioso, fanático,
adepto da KKK e tantos outros afins. E esse tipo de atitude é o que
inexoravelmente ajuda a alimentar gente como Malafaia, Feliciano, Crivella,
Bolsonaro e outros dessa estirpe.
Interessante
notar que nesse filme da Bela e a Fera de 2017 a protagonista do filme foi
interpretada pela Emma Watson, que é apoiadora do movimento Black Lives Matter (basta
visitar as contas dela em redes sociais e você verá isso) e que no episódio do
cancelamento da J. K. Rowling resolveu fazer média com as militâncias
politicamente corretas que a cancelaram nas redes sociais, quando não só ela,
como também atores que participaram das adaptações cinematográficas de Harry
Potter como Daniel Radcliffe (que depois do incidente passou a ser visto por
tais militâncias como aquele que realmente escreveu Harry Potter – quero ver se
eles vão continuar a assim pensar depois que o próprio Radcliffe resolver sair
da linha deles, a propósito), deveriam ter feito é sair em defesa dela. Pois
foi graças às obras da escritora britânica que ela alcançou a projeção que tem
hoje, além do fato dela não se dar conta de que a bomba que ontem explodiu no
colo da mãe do Harry Potter cedo ou tarde irá explodir no colo dela. Inexoravelmente,
chegará a hora de ela passar maus bocados nas mãos do gabinete do ódio da
esquerda identitária, e isso é questão de tempo.
E sobre o Bob
Esponja, eu não entendo o que a Nickelodeon ganha com isso. Será que ela quer
fazer um agrado a tais militâncias, ou será que há outros caroços mais nesse
angu? Nas três primeiras temporadas e mesmo nas primeiras após o primeiro
filme, Bob Esponja era um desenho de humor sofisticado e textos inteligentes
para cada episódio (tanto que há alguns meses escrevemos um artigo sobre o
episódio “Reinado de idiotas”, da 4ª temporada do desenho criado pelo finado
Stephen Hillenburg), enquanto que nas últimas temporadas o declínio do texto
das histórias é bem visível, praticamente só palhaçadas e bobeiras. O fato é
que nesses episódios mais recentes não sinto o mesmo brilho dos episódios das
primeiras temporadas. Teria alguma relação umbilical a lacração da Nickelodeon
com a idiotização e imbecilização do roteiro dos episódios das últimas
temporadas do Bob Esponja?
O fato é que
hoje estúdios como a Disney, o Netflix e a Nickelodeon embarcam com tudo na
onda da lacração, enquanto que há duas décadas e meia a TV americana pensava
duas vezes antes de veicular esse tipo de conteúdo (vide as pesadas censuras
que Sailor Moon recebeu nos EUA, na América Latina [Brasil incluso] e na Europa
por causa da presença de personagens de orientação sexual não tradicional, como
o caso das lésbicas Haruka e Mičiru, respectivamente a Sailor Urano e a Sailor
Netuno, e o do personagem Zyosite, que foi transformado em mulher em países
como os EUA e o Brasil). E ainda tivemos o caso do Netflix que dentro em breve
irá veicular uma série que claramente faz apologia da pedofilia, “Cuties”.
Diga-se de passagem, não vi a esquerda identitária (ou como os chineses
carinhosamente a chamam, báizuŏ [白左, esquerda branca]) que tanto se
indignou com o recente caso da garota de 10 anos que teve que abortar por uma
questão de vida ou morte soltar um único piu sobre isso.
Eu cresci
assistindo a desenhos como He-Man, Caverna do Dragão e Thundercats, os quais ao
mesmo tempo em que passavam mensagens positivas ao público também tinham toda
uma parte de ação que o cativava e apresentavam personagens marcantes e
singulares, assim como seriados de humor pastelão como Chaves e Chapolin (originalmente
El Chavo del Ocho e El Chapulín Colorado, respectivamente) e seriados
live-action como Jaspion, Changeman e Kamen Rider Black. Posteriormente, já no
boom dos animes dos anos 1990 e 2000 na TV brasileira, assisti a animações
nipônicas como Cavaleiros do Zodíaco (originalmente Saint Seiya), Samurai
Warriors (originalmente Samurai Troopers), Street Fighter II Victory, Fly: o
pequeno guerreiro (originalmente Dragon Quest: Dai no Daibouken), Dragon Ball
(todas as fases), Samurai X (originalmente Rurouni Kenšin), Inuyaša, Yu Yu
Hakušo, Nightwalker e outros tantos, assim como desenhos de crítica social
direcionados a uma audiência mais madura como Família Dinossauro, Simpsons e
South Park e humorísticos como o programa chileno 31 Minutos (que segue a uma
linha humorística similar a do Chaves e do Chapolin, só que usando fantoches no
lugar de atores de carne e osso). Como também joguei jogos como Street Fighter,
Mortal Kombat, Fatal Fury, os vários Super Mario, Turok, 007 versus Goldeneye,
Banjo-Kazooie, Banjo-Tooie e outros tantos. E mais recentemente, tive contato via
Internet com desenhos dos tempos soviéticos, todos eles inéditos no Brasil,
tais como “Umka”, “Mamãe para o mamutinho” (originalmente “Mama dlja
mamontënka/Мама для мамонтёнка”), a versão soviética do conto “A rainha da
neve” e “O tigrinho no girassol” (originalmente Tigrënok na
podsolnukhe/Тигрёнок на подсолнухе). Que igualmente passavam tais valores.
Eu tive
acesso a essas e outras produções em minha juventude. Mas e meus futuros filhos
que ainda estão por vir, assim como meus sobrinhos e filhos de amigos e amigas,
o que será que eles terão que engolir? Serão esses os desenhos e seriados que
nossos filhos, netos e bisnetos terão que assistir (e isso sem contar com youtubers
e influenciadores digitais como Felipe Neto e outros dessa estirpe, igualmente
venais)?
O meu maior
receio quanto a toda essa história de lacração em desenhos animados, videojogos,
séries e filmes não é nem tanto a veiculação de propaganda de sexualidade não
tradicional em si mesma, mas o que pode vir a acontecer depois (algo que de
certa forma “Cuties” confirma). Ou seja, de daqui um tempo estúdios como a
Disney, a Nickelodeon e o Netflix resolverem dobrar, quiçá triplicar a aposta,
ficarem cada vez atrevidos e ousados e começarem a veicular nas produções deles
coisas ainda mais pesadas, incluindo pedofilia, zoofilia, necrofilia e transhumanismo.
E ainda fazendo apologia disso tudo, quer seja aberta, quer seja velada. E
nessa brincadeira toda transformando personagens como o Patrick Estrela e o
Aang de Avatar em adeptos de alguma dessas parafilias. E a hora em que isso
ocorrer, uma coisa é certa: a esquerda báizuŏ e movimentos a ela ligados terão
uma culpa imensa no cartório, em sua ânsia por lacrar e por justiça social sem
ligar para as consequências da brincadeira. Quem irá limpar toda a sujeira
depois que os portões do inferno forem abertos? Ou será que vão gostar da coisa
sob o pretexto da inclusão, da representatividade de minorias sexuais e da
justiça social?
Muito interessante o texto! Realmente, essa esquerda lacradora repulsiva, dia após dia, não para de chocar o ovo da cobra. E quando este ovo finalmente eclodir, e a serpente maligna começar a dar seus botes, esse pessoal que tenha peito de aço e brio para aguentar. Afinal, não foram eles que assim quiseram?
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