sábado, 4 de dezembro de 2021

Homenagem - 10 anos sem Sócrates, o eterno Doutor da bola

Foto - Sócrates, nos tempos em que jogava no Sport Club Corinthians Paulista, após marcar um gol.

Hoje, quatro de dezembro de 2021, completa-se um decênio sem um dos grandes jogadores do Brasil dos anos 1970 e 1980: Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, o Doutor Sócrates. Também conhecido por seu apelido Magrão.

Nascido em Belém do Pará em 19 de fevereiro de 1954, Sócrates se estabeleceu junto com sua família em Ribeirão Preto e lá iniciou sua carreira no Botafogo, em 1972. Após formar-se em Medicina na USP, ele sai do Botafogo e vai jogar no Corinthians em 1978. No Corinthians, ele se destacou não apenas por seu futebol, como também por seu ativismo político, liderando junto com jogadores como Casagrande o movimento Democracia Corinthiana (o qual pleiteou mais liberdade e mais participação dos jogadores nos destinos do clube paulistano) e por ter participado das Diretas Já em 1984. Chegou a ser fichado pela Ditadura Civil-Militar, em seus dias de agonia.

Após a passagem pelo Corinthians, foi jogar na Itália, mais precisamente na Fiorentina (1984-1985). À Fiorentina seguiram-se passagens por clubes como Flamengo (1985 – 1987) e Santos (1988 – 1989), até encerrar a carreira no clube que o revelou, o Botafogo da cidade de Ribeirão Preto.

Na seleção brasileira, jogou as Copas do Mundo de 1982 e 1986, sob o comando do técnico Telê Santana. Muitos consideram as seleções das Copas de 1982 e 1986, a despeito do fato de não ter sido campeão, como o melhor selecionado que o Brasil teve depois de 1970. Lá estava Sócrates, junto com outros eminentes jogadores de seu tempo como Toninho Cerezo, Falcão, Careca, Roberto Dinamite, Casagrande, Zico e outros.

Infelizmente Sócrates nos deixou, exatamente há 10 anos, depois de uma longa luta contra o alcoolismo, e curiosamente bem no mesmo dia em que o Corinthians ganhou seu quinto título brasileiro. Infelizmente, não teve a honra de ver seu time de coração vencer a Libertadores e o Mundial de Clubes no ano seguinte.

Mas, porque lembrarmos e celebrarmos o Doutor Sócrates, alguns me perguntarão? Hoje em dia, no futebol, proliferam tipos como Neymar, que politicamente são um zero à esquerda, uns verdadeiros asnos políticos que estão muito mais interessados em aparecer em redes sociais e outras futilidades de uma vida ostentatória. Fazem muita falta jogadores como o Doutor Sócrates, que tiveram todo um ativismo dentro e fora dos campos. Ainda mais em um momento muito difícil em que o nosso país vive.

Doutor Sócrates (1954 – 2011), presente!


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