segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Genealogias políticas, parte IV: Ministério Bolsonaro, Geraldo Alckmin, Galvão Bueno, Carolina Lebbos e Luciano Pizzatto.


Ministério Bolsonaro

Fonte: mensagem postada no perfil do professor Ricardo Costa Oliveira no dia 28 de novembro de 2018
A escolha de mais dois deputados federais para o ministério do cujo atende ao critério de pertencimento à famílias políticas, sempre "a teoria do nepotismo" explicando as mesmas oligarquias da classe dominante. No Desenvolvimento Social - Osmar Gasparini Terra (MDB-RS), médico, neto do advogado e juiz de Vacaria, Augusto Diana Terra e bisneto do Coronel Avelino Paim de Sousa, poderoso chefe político regional, tio do senador Paim Filho, que ofereceu o cargo de assessor para seu sobrinho Walter Paim Terra, pai do "novo" ministro. Pelas genealogias das famílias Paim, Terra e outras, no Rio Grande do Sul, entendemos a reprodução social e políticas destas famílias oligárquicas dentro do Estado ao longo dos séculos, típico modelo brasileiro de concentração de rendas, patrimônios e poder político. No Turismo - Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), nome fantasia de Marcelo Henrique Teixeira Dias, filho do ex-deputado Álvaro Antônio Teixeira Dias, que foi da ARENA, PMDB, PDT, uma família empresarial e política com base no Barreiro, uma das mais antigas regiões de Belo Horizonte. Tudo em família, sempre.
Geraldo Alckmin

Fonte: Mensagem postada no perfil do professor Ricardo Costa Oliveira no dia 5 de agosto de 2018
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, médico e político profissional, é mais um produto da classe dominante tradicional brasileira com fortes raízes no século XVIII. Procedente de uma família entre o Sul de Minas e o Vale do Paraíba paulista. Alckmin era ferrenho adepto do nepotismo porque quando foi prefeito de Pindamonhangaba ofereceu cargos para o pai e seus três cunhados. A filha de Alckmin adorava a Daslu e seus luxos e excessos. O cunhado de Alckmin e filho já estiveram envolvidos em denúncias de operações de caixa 2 e concessões de aeroportos (sina dos candidatos presidenciais do PSDB) e outras irregularidades. Geraldo Alckmin foi sobrinho de José Geraldo Rodrigues de Alckmin, ministro do Supremo Tribunal Federal entre 1972-1978. O trisavô do ex-governador e candidato presidencial Geraldo Alckmin, em linha paterna, foi João Capistrano de Macedo Alckmin, latifundiário, escravocrata (mais de 30 escravos no censo de 1839 de Pouso Alto), advogado bacharelado em 1832 na primeira turma da faculdade de direito de São Paulo, juiz de órfãos de Campanha/MG, deputado provincial de Minas Gerais. De acordo com a "teoria do nepotismo", trata-se de mais um herdeiro do poder da classe dominante tradicional do Sudeste do Brasil, sempre atuando dentro do Estado e do nepotismo na reprodução de seus privilégios e vantagens sócio-econômicas. Boa parte das mentalidades do Antigo Regime continuam nesta gente, suas denúncias de corrupção sempre protegidas pelos seus correligionários no legislativo, no sistema judicial e em suas origens históricas e formas de exclusão. Candidato agora do bloco golpista do PSDB e do direitão/centrão, o que há de pior na política brasileira.
Galvão Bueno

Fonte: Mensagem postada no perfil do professor Ricardo Costa Oliveira no dia 16 de julho de 2018
Perguntaram sobre o parentesco e genealogia do rico e culturalmente limitado apresentador da TV Globo (redundância) Galvão Bueno, com a Rua Galvão Bueno de São Paulo. Mais uma vez a hereditariedade e os capitais sociais familiares explicam muito de como conseguir um emprego milionário de destaque na mídia, na midiotia. Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno, o apresentador e locutor falando besteiras por aí. Filho de Benedicta Mildredes dos Santos, atriz de sucesso no rádio, teatro e TV nas décadas de 40 e 50 - e do redator e executivo da mídia, Aldo Viana Galvão Bueno. Amélia Simone era tia de Mildred dos Santos, também radioatriz. Aldo era filho de Álvaro Galvão Bueno e de Dulce Viana, família com muitos altos comerciantes, burocratas e militares no Rio de Janeiro. O pai de Álvaro foi o médico e diplomata Américo Galvão Bueno casado com Amélia Chaves, filho de outro Américo Galvão Bueno casado com Francisca Fagundes. Este Américo era irmão de Carlos Mariano Galvão Bueno, bacharel em direito e professor da Faculdade de Direito de São Paulo, o homenageado na Rua Galvão Bueno de São Paulo. Genealogia Paulistana – Título Furtados. Antonio Galvão de França, Galvão vem do Capitão-mor em Pindamonhangaba e Guaratinguetá, natural do Algarve – Título Prados. Gente que sempre se deu bem no Brasil e bem relacionados com longas e conhecidas genealogias nos principais poderes estabelecidos. A prefeitura de Londrina teve problemas com uma área da Associação Galvão Bueno..
Carolina Lebbos, a carcereira de Lula

Fonte: Mensagem postada no perfil do professor Ricardo Costa Oliveira no dia 20 de abril de 2018
Perguntaram sobre os capitais sociais e políticos familiares da juíza Carolina Moura Lebbos, a "carcerária" de Lula. O pai era o médico cardiologista Elie Lebbos, nascido no Líbano e naturalizado brasileiro, também era administrador e empresário. Possuía muitas conexões políticas. Era o médico particular do falecido deputado José Janene. Casado com a também médica Marina Vieira Moura Lebbos. Pelo lado materno a família Moura é uma das mais ativas famílias de médicos cardiologistas em Curitiba. O avô materno era o professor da UFPR Arnaldo Moura, primeiro presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia. Pelo lado Vieira é de Itajaí, com alguns empresários. Passar de uma família com fortes capitais sociais na medicina para o direito e a magistratura, dentro do mesmo ethos de classe conservador e elitista, é uma passagem direta.
Luciano Pizzatto

Fonte: Mensagem postada no perfil do professor Ricardo Costa Oliveira no dia 21 de março de 2018
Lamento o falecimento do Luciano Pizzatto em Brasília. Mal súbito. Em famílias como a Pizzatto encontramos os dilemas e fracassos da modernização da burguesia imigrante do final do século XIX. Luciano era secretário de representação do Paraná em Brasília. Ex-deputado estadual e federal por várias legislaturas. Foi presidente da Companhia Paranaense de Gás na gestão Beto Richa. Sua última disputa eleitoral foi como candidato a vice-prefeito de Curitiba na chapa da jovem oligarca Maria Victoria Borghetti Barros, com uma imensa diferença de idade, experiência e trajetória. Luciano estava próximo da vice-governadora Cida Borghetti, esposa do ministro da Saúde, Ricardo Barros e cotado para alguma secretaria, após a presumida saída de Beto Richa para disputar as eleições de outubro. Passou por vários partidos. O bisavô Pedro Nolasco Pizzatto, filho de imigrantes italianos de Araucária, próximo de Curitiba, começou a acumular poder político e riquezas, ao adquirir um imenso latifúndio na região de Palmas/General Carneiro. O avô Dorcel Antonio Pizzato foi empresário e presidente do Sindicato dos Madeireiros no período do Estado Novo. O pai, Douglas Pedro Pizzato, também foi homem rico e ativo no meio empresarial. Família atuante no futebol do Coxa, nas associações empresariais e clubísticas. A venda de terras da fazenda da família Pizzatto para o Parque das Araucárias teve muitas polêmicas, no final do governo Lerner, sobre os imensos valores pagos. Luciano Pizzatto vivia de cargos comissionados no Governo do Paraná nos últimos anos e sua esposa, Dora Maria Ficinski Dunin Pizzatto, também é presidenta do Instituto Curitiba de Saúde, nomeação do prefeito Greca de Macedo. Mais uma trajetória de uma família da imigração italiana do final do século XIX, da burguesia madeireira para o atual estamento burocrático-estatal, diria Raymundo Faoro. Não apresentam as raízes do antigo senhoriato, mas aprenderam logo o papel do Estado e da política no Brasil.

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