sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

As mazelas do mundo 4.0 e a questão da dublagem (parte II)

 

Foto – Logo do movimento dublagem Viva.

Mais uma vez, a respeito da polêmica envolvendo o uso da inteligência artificial na dublagem.

Nos últimos dias, vários dubladores, tanto de São Paulo quanto do Rio de Janeiro, ante a ameaça que o uso da Inteligência Artificial vem exercendo sobre os trabalhos deles, fizeram várias manifestações em redes sociais e até lançaram um movimento, o “Dublagem Viva”, com a intenção de regulamentar o uso da tecnologia na dublagem. Segundo o movimento Dublagem Viva, há coisas que a máquina, por mais aprimorada que seja, é incapaz de reproduzir. Até porque a máquina não é um ser vivo, e sim uma coisa.

Foto – Imagem que circula em redes sociais como o Facebook, que reflete o posicionamento de dubladores quanto à questão da Inteligência Artificial e à ameaça que ele representa aos empregos deles.

Em massa os dubladores fizeram manifestações em redes sociais, nas quais, como esta aqui da dubladora Sandra Mara Azevedo (a primeira dubladora da Chiquinha no Chaves, da Patty Pimentinha em Snoopy e da Kronika em Mortal Kombat 11), na qual exige uma dublagem viva:

https://fb.watch/pQhZ659AVL/

E esta de Miriam Fischer (voz da Lilica em Tiny Toons, Pumyra em Thundercats, Charlene em Família Dinossauro, Botan em Yu Yu Hakušo e Pandora em Cavaleiros do Zodíaco):

https://www.facebook.com/reel/718988436991067

Mais estes de Gabriela Milani (voz da Uniqua em Backyardigans, Star Borboleta em Star versus as Forças do mal e Sky em Patrulha Canina):

https://www.facebook.com/reel/1824468947967476

https://www.facebook.com/reel/913725910426957

Este de Angélica Santos (voz do Cebolinha em Turma da Mônica, Oolong na franquia Dragon Ball, Kimie Watanabe em Rugrats: os Anjinhos, Esmeralda em Cavaleiros do Zodíaco e Stinky em Hey Arnold!):

https://www.facebook.com/524984684/videos/4450233861869224/

Este de Carlos Falat (voz de Skeeter em Doug, Cell Júniors em Dragon Ball Z, Eugene em Hey Arnold!, Phil deVille em Rugrats: os Anjinhos e Arthur em As aventuras de Babar):

https://www.facebook.com/reel/1124706228695640

Este de Fábio Moura (voz do Šura de Capricórnia em Cavaleiros do Zodíaco, Avan em Fly: o pequeno guerreiro, Monge em Samurai Warriors, narrador de Pokémon):

https://www.facebook.com/reel/1098718157984465

E por fim este de Dado Monteiro (voz de Clifford em Clifford: o gigante cão vermelho, Vegeta em Dragon Ball Kai e do Broly na franquia Dragon Ball):

 https://www.facebook.com/reel/322694570112633

Trata-se de um movimento de escala global, encabeçado pela “United Voice Artists”, que luta pelos direitos da classe no mundo inteiro e reivindica que os profissionais da voz não sejam substituídos pela nova tecnologia, e que esta deveria ser usada apenas como uma ferramenta de auxílio. Outras organizações em outras partes do mundo também surgiram com essa mesma intenção.

Segundo o manifesto do próprio movimento em questão:

“A IA não deve ser usada para reproduzir vozes de atores em outros idiomas para Língua Portuguesa Brasileira a finalidade de substituir os dubladores. É essencial preservar a expressão vocal, emoção e interpretação artística que os profissionais trazem para o processo de dublagem. A tecnologia deve ser vista como uma ferramenta complementar, não como um substituto”.

Eu, como fã da arte de longa data, estou do lado dos dubladores nessa questão. Não apenas por uma questão de princípio e por ser fã da arte desde os anos 1990, além de se tratar de uma situação na qual o próprio ganha-pão deles está em jogo. Fico eu imaginando com os meus botões o balde de água que não será para aqueles que no presente momento tanto estudaram para conseguir um DRT e começar a exercer a profissão, e de repente vem uma nova tecnologia e coloca todo o esforço deles a perder. Ou mesmo daqueles que há muitos anos estão no meio, já consolidados.

No Brasil, a arte da dublagem tem uma história quase centenária. A primeira produção a receber dublagem no Brasil foi “Branca de Neve e os Sete Anões”, em 1938, por meio da Rádio Nacional do Rio de Janeiro e que contou com a participação de figuras como os cantores Dalva de Oliveira e Carlos Galhardo. Nos anos seguintes, a dublagem brasileira passou a ser considerada uma das melhores de todo o mundo por conta de fatores como bons atores, compreensão da fala, técnicas sonoras e lealdade ao texto original, por vezes adaptando os roteiros das produções com expressões nossas (vide o caso do “Eu sou Toguro” em Yu Yu Hakusho). Espero chegarmos a 2038, o ano em que a arte completar seu centenário no país, ainda sendo exercida por pessoas de carne e osso, e não por máquinas e aplicativos. Eu sei que é pedir muito dado o contexto de Quarta Revolução Industrial em que vivemos, mas não custa sonhar.

Por meio do movimento Dublagem Viva o primeiro passo foi dado, agora veremos como a situação desenrolar-se-á. A organização dele em um movimento como esse é importante, do contrário o olho da rua os aguarda. Ou subempregos como os Ubers, iFoods e OnlyFans (para as garotas) da vida. Lembrando que foi por meio da organização e de protestos massivos que, por exemplo, o pessoal que trabalha com vaquejada (atividade muito comum no Nordeste brasileiro e que movimenta considerável montante de dinheiro por lá, e mais os empregos diretos e indiretos que a mesma gera) logrou impedir que seu meio de vida fosse destruído por canetadas de togados em 2016 (com direito a protestos massivos na Esplanada dos Ministérios por parte de vaqueiros nordestinos).

Foto – Manifestações contra a proibição da vaquejada, 2016.

Coloquemos as coisas em perspectiva. Como já dito na primeira parte, isso não é nada de novo na história da humanidade: se lermos algum livro de história, veremos que lá atrás, na Primeira Revolução Industrial, na Inglaterra do século XVIII, invenções como o tear mecânico geraram não apenas massivo desemprego, além de cidades como Londres, Bristol, Manchester, Liverpool, Birmingham e outras, por conta do êxodo rural causado pelas políticas de cercamentos nos campos, ficarem inchadas e superpovoadas, com muitas pessoas tendo que viver de mendicância e pequenos furtos para poder sobreviver. Em outras palavras, isso nada mais é que o desemprego tecnológico em sua versão 4.0. Nada de novo no front, diz o velho ditado.

E mais uma vez reitero: os dubladores precisam entender que o jogo é pesado e que estão lidando com pessoas e interesses poderosos. É um jogo que envolve Grande Reset, Agenda 2030, Klaus Schwab e todo o admirável novo mundo que essa gente, encastelada em locais como o Fórum de Davos e o Vale do Silício e que se aproveita de tragédias como pandemias e desastres naturais (incluindo a Covid-19) para levar adiante a agenda macabra deles, pretende criar.

Por fim, algumas reflexões a respeito deste assunto – soube que na Internet há alguns engraçadinhos que estão fazendo pouco caso dessa situação hoje vivida pelos dubladores, como no caso deste print:

O sujeito em questão até parece o Mussum naquele esquete dos Trapalhões em que o personagem interpretado pelo finado Antônio Carlos Bernardes Gomes, em discussão com o Dedé, fica falando que “o governo tá certis” em aumentar o preço de certos itens, até ficar sabendo do aumento do preço da cachaça (o mé tão amado por ele). Quero ver só que ele vai achar a hora em que ele perder o trabalho dele para alguma máquina ou aplicativo. Só espero que ele não chore e nem fique chateadinho quando esta hora chegar. Quando chegar a hora dele de ficar sem lugar para sentar na Dança das Cadeiras. É uma fala típica de sujeitos que não se colocam na pele do outro e não tentam entender o motivo pelo qual os dubladores estão se manifestando da forma como estão.

Pegando um gancho com este ponto, ai vem o pulo do gato: quem não me garante, por exemplo, de que a dublagem na verdade no presente momento nada mais é que um balão de ensaio para que lá na frente outras profissões também sofram ataque similar por meio da Inteligência Artificial? Ainda mais em um momento em que a Inteligência Artificial, a Robótica e outras tecnologias similares estiverem em um patamar ainda mais adiantado?

E mais uma coisa: com toda essa história de Inteligência Artificial e outras novas tecnologias, será que pessoas como Bill Gates, Elon Musk (um transhumanista convicto que afirma, entre outras coisas, que o futuro da humanidade está na fusão do homem com a máquina) e outros produtores de tecnologia não estão jogando a humanidade em um rumo bem perigoso? Será que bem diante de nossos olhos não está sendo gestado o mundo do Exterminador do Futuro, no presente momento? Pois como disse um dos arautos do Grande Reset e da Agenda 2030, Klaus Schwab, “você não terá nada e será feliz sobre isso”.

Foto – Klaus Schwab e sua “profecia” sobre o futuro da humanidade.

Fontes:

Campanha Dublagem Viva quer regulamentação no uso de IA em dublagens. Disponível em: https://meups.com.br/noticias/dublagem-viva-regulamentacao-ia-em-dublagens/

Dublagem Viva. Disponível em: https://dublagemviva.com.br

Dublagem Viva – Profissionais se unem para pedir regulamentação do uso da Inteligência Artificial. Disponível em: https://cinebuzz.uol.com.br/noticias/entretenimento/dublagem-viva-movimento-inteligencia-artificial.phtml

domingo, 21 de janeiro de 2024

Freeza e Rei Vegeta, parte X

 

Foto – Freeza e Rei Vegeta

No mês passado houve uma polêmica no You Tube entre os canais “Sessão Quatro” e “Orgulho Saiyajin”, a respeito da nova versão do Bardock, o pai de Goku e Raditz, que pode ser vista tanto no filme “Dragon Ball Super: Broly”, de 2018, como também na saga do Granola (até agora exclusiva do mangá). O canal “Sessão Quatro” se posicionou a favor da nova versão do pai de Goku, ao passo que o “Orgulho Saiyajin” não compartilha do mesmo posicionamento e prefere a versão de Bardock vista no OVA de 1990 “Bardock – o pai de Goku” em pequenos flashbacks que podem ser vistos principalmente no primeiro anime no arco do Freeza. A polêmica entre as duas partes se arrastou por vários vídeos.




E, como não poderia deixar de ser, na trilha da polêmica entre os dois canais, outros canais especializados em Dragon Ball também entraram na polêmica e postaram vídeos, tanto se posicionando a favor de um quanto do outro lado.




Já faz algum tempo que temos postado artigos com o presente título, os quais geralmente tratam a respeito da hipocrisia de certas pessoas quanto ao passado de conquistadores dos povos que elas olham como “bons selvagens”, ao passo que satanizam os europeus e o passado de conquistadores e construtores de impérios destes, debaixo de alegações como a de que estes são “representantes de uma história falsa”. A estupidez desta gente chega a tal ponto que eles acham que apenas europeus é que podem ser racistas e imperialistas. E no afã de atacar os europeus, chegam ao ponto de exaltar e enaltecer os conquistadores “provincianos” por eles vencidos. E nisso até mesmo esquecem que tais povos um dia foram conquistadores.

E o pior de tudo: geralmente são essas pessoas que estão lá pichando e derrubando estátuas e monumentos dedicados a figuras históricas controversas e até mesmo queimando livros e revistas antigas sob o pretexto do combate ao racismo (que no fim das contas não passa de iconoclastia barata e combate a moinhos de vento bem ao estilo de Dom Quixote).

Por meio da décima parte de “Freeza e Rei Vegeta” vim daqui dar o meu parecer a respeito desta polêmica, visto que se trata de um assunto relacionado com a proposta desta série de artigos. Ainda mais tendo em vista que o próprio título faz alusão a dois personagens da obra criada e escrita por Akira Toriyama a partir dos anos 1980.

Em minha humilde opinião, eu também fico com a versão original do Bardock. Ou como alguns falam por aí, o Bardock do Z. A começar pelo visual. O Bardock do Z transmite mais imponência e altivez, é o tipo do cara que você bate o olho e vê que impõe respeito só pelo olhar. Algo que o Bardock do Super não transmite. Visualmente falando, o Bardock do Super nada mais é que um Goku com o uniforme do exército do Freeza (e mais a cicatriz em forma de cruz no rosto similar à do Yamča e à do Kenšin Himura de Samurai X), até parece um clone do Goku.

De tal modo que quando vejo o Bardock do Z, a voz que imagino saindo da boca dele é a voz do Wellington Lima, que não apenas dublou o pai de Goku na franquia Dragon Ball (tanto no OVA de 1990 quanto nos flashbacks do anime e em Dragon Ball Super: Broly), como também emprestou sua forte voz ao Raditz, ao Madžin Buu, ao Taopaipai (este último apenas na redublagem do primeiro Dragon Ball, feita na finada Álamo em 2002) e a outros personagens menores dentro da franquia Dragon Ball. Ao passo que quando olho para o Bardock do Super a voz que imagino saindo da boca dele é a do Wendell Bezerra, o dublador do Goku (lembrando que na versão original japonesa quem dubla o Bardock é a veterana seiyuu Masako Nodzawa, que por sua vez também emprestou sua voz fina ao Goku, ao Gohan e ao Goten).

Foto – Bardock do Z x Bardock do Super.

Algo digno a respeito do OVA de 1990 é que Bardock passa a usar uma faixa na testa, que após a morte de seus companheiros na tocaia armada por Freeza e seus capangas fica vermelha após drenar o sangue de um de seus companheiros mortos. Essa cena é uma clara referência a um trecho do segundo filme do Rambo (1985), no qual o personagem interpretado por Silvester Stallone vê a mulher vietnamita Co Bao (pela qual se apaixonou) ser morta por soldados. Para vingar a morte dela, Rambo corta uma faixa do vestido vermelho dela, o coloca em sua testa como uma bandana, e então ataca os soldados.

Também se pode dizer que o fato de Bardock sofrer com os agouros sobre o futuro dele e de seu povo após a expedição ao Planeta Kanassa seja mais uma referência ao Rambo, vinda mais precisamente do livro escrito por David Morell em 1972 que 10 anos mais tarde deu origem ao primeiro filme, visto que tanto no livro quanto no filme Rambo sofre com os traumas da guerra no Vietnã. Em resumo, o Bardock do OVA de 1990 é um verdadeiro Rambo de Dragon Ball.

E por fim, chegamos ao arco do Granola. No arco de Granola, é mostrado que na invasão ao Planeta Cereal pelos saiyanos (quando estes já atuavam como mercenários a serviço de Freeza) lá Bardock estava, e este salvou não apenas a mãe de Granola, como também o próprio Granola e o velho Monaito de serem mortos pelos heeters. Para mim isso foi ridículo, o fim da picada. Se tivesse os salvo por vaidade ou se tudo não tivesse sido uma grande coincidência (que nem o Cavaleiro Ladrão Kiroz em relação à garota Erika no episódio 33 de Maskman) ainda dava para engolir. Mas tê-los salvo por piedade e bondade foi ridículo, o fim da picada. E a impressão que me passa é que quiseram fazer de Bardock como uma espécie de predecessor do Goku.

A meu ver, o ideal para o Bardock e a personalidade do pai de Goku teria sido mostrá-lo como uma personagem bem, digamos, duas caras. Ou seja, como se fosse o Vegeta da saga do Cell (o qual a despeito de amar e estimar seus familiares em algumas oportunidades colocou sua paixão por lutas, típica de seu povo, em detrimento da segurança de sua família), ou mesmo o Caçador Kaura, o personagem de meio de série do seriado tokusatsu do gênero Super Sentai Comando Estelar Flashman. O qual, por sua vez, não tinha o menor remorso em açoitar terceiros com seu chicote elétrico e até mesmo de participar de sequestros de crianças recém-nascidas por um lado, mas por outro era leal a seus companheiros de armas a tal ponto que no final da série se levantou contra o Cruzador Imperial Mess quando o Doutor Keflen resolveu utilizar-se de seus caçadores espaciais como cobaias para fortalecer os monstros mutantes de Mess.

A questão envolvendo não só o Bardock do Super, como também dos saiyanos como um todo, é que o Super vem por meio de retcons porcos (não tem palavra melhor para descrever isso) promovendo uma espécie de branqueamento da história antes estabelecida do povo ao qual pertencem importantes personagens de Dragon Ball, entre eles Goku, Vegeta, Broly, Nappa e Raditz.

Como a própria obra mostra, os saiyanos são um povo de guerreiros que antes mesmo de se aliar ao Rei Cold já eram conquistadores, visto que eles tomaram e conquistaram o Planeta Plant dos tsufurianos após uma longa guerra na qual foram liderados por ninguém menos que o Rei Vegeta III, o pai do Vegeta que nós conhecemos. E uma vez conquistado o Planeta Plant, este foi renomeado como Planeta Vegeta. Tanto que tanto no OVA “Plano para destruir os saiyanos” (1993), quanto na saga Baby de Dragon Ball GT (em minha humilde opinião o ponto alto do GT) vemos intentos vingadores dos tsufurianos para se vingarem dos saiyanos pelo seu extermínio.

Foto – Rei Vegeta sobre uma cidade tsufuriana arrasada (Dragon Ball GT).

Depois de firmada a aliança com o Rei Cold, os saiyanos passaram a fazer parte do exército dele, participando das expedições militares nas quais eles invadiam planetas, os conquistavam e exterminavam os habitantes dos mesmos, e uma vez limpos os planetas eram vendidos a clientes ricos. E não apenas isso: eles também enviavam bebês a planetas com a intenção de conquistá-los. E um desses bebês foi ninguém menos que Kakarotto (vulgo Son Goku), enviado ao Planeta Terra logo após nascer.

E isso continuou depois que o Rei Cold se aposentou e Freeza passou a ser o imperador do universo no lugar de seu pai. Podem ter certeza de uma coisa: não acho que o Rei Vegeta firmou a aliança com o Rei Cold como se fosse alguém que passivamente não teve outra escolha a não ser submeter-se ao pai de Freeza e Kooler. Pelo contrário. Ele tinha os interesses dele nisso. Como, por exemplo, usou-se das batalhas no espaço não apenas como uma forma de controle demográfico dos excedentes populacionais do Planeta Vegeta (algo que a obra, ao que tudo indica, corrobora quando fala sobre os bebês saiyanos de classe baixa enviados a outros planetas com fins de conquista), como também de se livrar de sujeitos potencialmente perigosos a sua autoridade ou que não sabiam fazer outra coisa a não ser lutar. Tudo isso, obviamente, inserido dentro dos jogos de poder dentro do próprio Planeta Vegeta (vide a questão envolvendo Paragas e seu filho Broly tanto no filme de 1993 “Broly – o lendário Super Saiyano” quanto no filme “Dragon Ball Super: Broly”, que terminou com o desterro de pai e filho). Além disso, é razoável supor que o Planeta Vegeta, após a guerra vitoriosa contra os tsufurianos, ficou arrasado e com a infraestrutura muito danificada. Dessa forma, os recursos angariados por meio da venda de planetas a clientes ricos seria uma forma de ajudar na reconstrução do Planeta.

A aliança do Rei Vegeta com Freeza ia bem, até que em determinado momento a aliança entre as duas partes começou a desandar até chegar à fatídica destruição do Planeta Vegeta por Freeza, quando este lançou a Supernova sobre o Planeta Vegeta.

E não só isso: a briga entre os saiyanos e Freeza, que levou à quase extinção dos primeiros por meio da destruição do Planeta Vegeta, nada mais foi que uma briga de poder. De poder e por poder, nada mais. Visto que eles não queriam simplesmente se livrar do jugo de Freeza e dali em diante levar a vidinha deles. Queriam se livrar do jugo de Freeza para eles mesmos se tornarem os senhores do universo no lugar dele, e fazer as mesmas coisas que Freeza até então fazia. E a fala do Rei Vegeta de quando ele se encontra com Freeza no Cruzador Imperial dele deixa bem claro a intenção ulterior dele.

Tendo em mente este fato, podem ter certeza que caso o Rei Vegeta tivesse tido sucesso em sua rebelião contra Freeza, o vencido em combate e se tornado o senhor do Universo no lugar da lagartixa, Bardock seria um dos mais ardorosos apoiadores da política expansionista do Rei Vegeta e seria um dos primeiros a se alistar para poder tomar parte em expedições militares a outros planetas (talvez ele até poderia entrar em atrito com o soberano do Planeta Vegeta por questões secundárias, mas no essencial os dois estariam de acordo). E caso ele fosse rei do planeta natal dos saiyanos, ele daria continuidade à política de conquistas interplanetárias do Rei Vegeta. E isso ajuda a tornar o branqueamento do Bardock e da história dos saiyanos ainda mais lamentável.

Olhando para trás, pode-se dizer que o branqueamento da história dos saiyanos começa com o fato, mencionado no filme “A Batalha dos Deuses”, de 2013, de que Yamoši, aquele que foi o primeiro lendário Super Saiyano e que deu origem à lenda do mesmo, junto com cinco companheiros, deu início a um levante contra os assim chamados saiyanos malvados, mas que no fim das contas foi vencido e morto por eles. Ou seja, pode-se dizer que a introdução de Yamoši e o Deus Super Saiyano na história foi o balão de ensaio do branqueamento da história dos saiyanos que hoje vemos em Dragon Ball. Só que para mim, um fã de Dragon Ball de longa data (mais precisamente, desde 1999, quando o Cartoon Network trouxe para cá a fase Z), e alguém de quase 40 anos e que se formou em história, esse tipo de narrativa não cola.

E ai vocês perguntar-me-ão: para que serve este branqueamento da história dos saiyanos nas novas histórias de Dragon Ball? Porque esse branqueamento da história dos saiyanos que vemos em Dragon Ball Super não veio do nada. Talvez é uma forma de deixar a história dos saiyanos mais, digamos, palatável ao mundo de politicamente correto e de cultura woke dos dias hodiernos. Para isso eles eliminam da história dos saiyanos os elementos mais indigestos e inconvenientes ao politicamente correto dos dias de hoje e a branqueiam e a reescrevem para adequá-la segundo os ditames e tendências atuais. Dão uma maquiada por meio de contos da carochinha como os saiyanos bons e os malvados. E assim sai o saiyano conquistador de planetas que na hora do combate não tinha o menor remorso em matar terceiros visto no Z e entra o novo saiyano mais limpinho e cheirosinho que vemos no Super (vide o Bardock apresentado no arco do Granola). No caso específico de Bardock, tiraram as referências que remetem ao Rambo, um dos grandes personagens dos filmes de ação dos anos 1970, 1980 e 1990. Filmes esses que tinham como principais estrelas atores como o próprio Sylvester Stallone, além de outros como Charles Bronson, Mister T, Jet Li, Jackie Chan, Bruce Lee, Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger, Robert De Niro, Mel Gibson, Dolph Lundgren, Chuck Norris, Jean Claude Van Damme e outros tantos. Resumindo a ópera, sai o brucutu de outrora, entra o frangote sensível, limpinho e cheirosinho dos dias hodiernos que o sistema promove.

O fato é que com o branqueamento da história dos saiyanos o Super destruiu com o grande plot twist, a grande ironia do destino, da história de Dragon Ball. Goku foi enviado do Planeta Vegeta prestes a ser destruído por Freeza, e de lá enviado ao Planeta Terra com a intenção de destruir e conquistá-lo. Mas ele bateu a cabeça em um rochedo, foi criado pelo velho artista marcial Son Gohan e no fim das contas se tornou o grande protetor da Terra. Tudo isso foi eliminado nos retcons do Super, no qual uma nova história foi escrita na qual Goku foi enviado ao Planeta Terra pelos pais para que ele lá chegasse em segurança e fosse salvo da iminente destruição do Planeta Vegeta por Freeza.

E isso não é tudo. O meu desgosto com os rumos que Dragon Ball vem tomando desde o início do Super não se limita apenas a essa questão do branqueamento da história de Bardock e dos saiyanos de modo geral. Começa pelo fato que as transformações do Super mais parecem o Felipe Neto (vulgo Blaze Boy) pintando o cabelo dele a cada hora de uma cor diferente. Até mesmo as transformações do Freeza e do Piccolo estão nessa vibe de recolor.

O último filme, “Dragon Ball Super – Super Hero”, lançado no ano retrasado, também não me agradou nem um pouco. E o que é pior: ficou com uma vibe bem de segunda divisão. Ao deixarem o Goku, o Vegeta e o Broly de lado para focar no Gohan, Piccolo e outros, literalmente fez um nivelamento por baixo. E para piorar ainda mais as coisas, transformaram o Cell, o meu vilão favorito da obra, em um monstro burro e irracional saído de seriados tokusatsu (até teve luta do Piccolo gigante contra o Cell Max que claramente faz referência aos seriados tokusatsu mais antigos).

E pelo que eu vi dos scans do vindouro capítulo 101 do mangá de Dragon Ball Super, parece que Dragon Ball foi relegado à terceira divisão, visto que no novo capítulo Goten e Trunks parece que vão brincar de Grande Saiyaman. Toyotaro, Akira Toriyama, não sei o que vocês têm na cabeça, mas é melhor endireitarem e pensarem melhor na história de Dragon Ball, ou deem por concluído a história da obra para não passar por mais papelão.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

O fim de uma era no futebol - Zagallo e Beckenbauer eternos

 

Foto – Mário Jorge Lobo Zagallo (1931 – 2024).

Infelizmente, comecemos o presente ano com duas notícias tristes. No dia cinco do presente mês, nos deixou Mário Jorge Lobo Zagallo, um dos últimos remanescentes da geração vencedora do Mundial de 1958, aos 92 anos de idade, no Rio de Janeiro. E dois dias depois também nos deixou Franz Beckenbauer, aos 78 anos de idade, em sua cidade natal, Munique.

Comecemos por Zagallo. Apelidado de “Velho Lobo” e “Formiguinha”, Zagallo é, sem sombra de dúvidas, um dos grandes ícones da era de ouro do futebol brasileiro.

Pode-se dizer que a importância de Zagallo para o futebol brasileiro seja tão grande quanto a de Pelé. Visto que ele não apenas venceu duas Copas do Mundo como jogador (1958 e 1962), como também uma como técnico (1970) e mais uma como auxiliar técnico (1994). Em outras palavras, esteve de alguma forma presente nas quatro primeiras conquistas da seleção brasileira de futebol em Copas do Mundo, e pode-se dizer que ele é o maior vencedor de Copas do Mundo de toda a história da competição máxima do futebol mundial. Também foi semifinalista em 1974, vice-campeão em 1998 e quartas-de-final em 2006, para não ficarmos presos apenas aos títulos por ele conquistados.

E algo digno de nota a respeito do Velho Lobo é que ele estava no Maracanã na final de 1950, aos 18 anos de idade, como integrante da Polícia do Exército, na derrota da seleção brasileira para o Uruguai, o jogo que entrou para a história como o Maracanazo. Quem diria que o mesmo Zagallo, 20 anos mais tarde, no México, estava lá conduzindo a mesma seleção canarinho ao tricampeonato mundial. Ah, o mundo e as voltas que ele dá...

E, para não ficarmos presos apenas às Copas do Mundo, as conquistas do Velho Lobo não se limitam à competição máxima do futebol mundial. Conquistou vários títulos tanto como jogador quanto como técnico pelos clubes por onde passou, incluindo a Copa da Ásia pela seleção saudita em 1984, a Copa América de 1997 pela seleção brasileira, a Taça Brasil pelo Botafogo em 1968, o campeonato saudita de 1978/1979 pelo Al-Hilal, o Campeonato Carioca pelo Flamengo em 1972 e 2001, entre tantas outras conquistas que podemos ficar listando.

Segundo o livro “Seleção Brasileira – 90 anos”, de autoria de Roberto Assaf e Antônio Carlos Napoleão, os números de Zagallo à frente da seleção principal do Brasil são os seguintes: 136 jogos, sendo 99 vitórias, 26 empates e 10 derrotas. Ao passo que com a Seleção Olímpica foram 19 partidas (14 vitórias, três empates e duas derrotas). Como coordenador técnico, o Velho Lobo esteve presente em 72 partidas, contabilizando 39 vitórias, 25 empates e oito derrotas.

Ao falar de Zagallo, não tem como não esquecer de que ele tinha o número 13 como número de sorte, como também de frases memoráveis como “vocês vão ter que me engolir!”, dita após a conquista da Copa América de 1997, visto que ele era muito criticado pela imprensa esportiva à época. Outra frase memorável é uma que ele disse na Copa de 1974 a respeito da seleção holandesa: “A Holanda é muito tico-tico no fubá, que nem o América dos anos 50”. Uma frase, diga-se de passagem, da qual Zagallo depois veio a se arrepender por conta da derrota do Brasil para a Holanda de Cruyff e Neeskens na semifinal da Copa de 1974, mas que tem uma boa dose de verdade dado o desempenho da Laranja Mecânica ao longo da história das Copas do Mundo (incluindo as eliminações para o Brasil em 1994 e 1998 e as derrotas em finais para a Alemanha Ocidental em 1974, para a Argentina em 1978 e a Espanha em 2010).

O fato é que Zagallo literalmente deu o sangue enquanto vestiu o manto verde e amarelo da seleção brasileira. Algo que infelizmente não vemos na presente geração de jogadores (os quais não raro são convocados para a canarinho por lobby de empresários do ramo e patrocinadores), mais preocupada com dancinhas toscas, pintar o cabelo de tudo quanto é cor, aparecer e viralizar nas redes sociais, ir a baladas para fazer porcaria, encher o corpo de tatuagens, entre outras coisas que a nada levam, e não em jogar futebol. Em outras palavras, mais preocupados em serem influenciadores digitais e celebridades que em serem jogadores de verdade. Triste inversão de valores, quando vemos a postura das gerações mais antigas de jogadores e comparamos com a das gerações atuais.

Navegando pelo Facebook, vi o veterano dublador Luiz Nunes, voz de personagens como Spectreman no seriado homônimo e Lord Zedd em Power Rangers Dino Fury, postar o seguinte comentário a respeito da partida de Zagallo, um comentário que sintetiza bem a situação que vivemos no futebol hoje em dia:

“Com a partida de Zagallo encerrou-se o ciclo de ouro do futebol brasileiro. Mas temos o futebol das dancinhas, cabelos exóticos, vexames...”.

Não há como discordar dele, ainda mais quando vemos a diferença de postura que vemos entre aqueles que vestiram o manto da seleção brasileira outrora e os que vestem o mesmo manto hoje em dia. Concordo com ele, sem tirar nem por.

E, como dito anteriormente na homenagem a Pelé, quando olhamos para o currículo de tantos grandes nomes da era de ouro do futebol brasileiro (tanto anteriores quanto posteriores a Pelé e Zagallo), algo bem curioso e até mesmo triste salta aos olhos, quando vemos a atual situação do futebol brasileiro: ele nunca jogou em nenhum grande time europeu.

No caso específico do Velho Lobo, ele apenas jogou no América, no Flamengo e no Botafogo ao longo de quase 20 anos de carreira como jogador. Mesmo como técnico, tirando passagens por times árabes como o Al-Hilal e selecionados como o Kuwait, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, praticamente só treinou times brasileiros.

Em sua época, era comum os jogadores brasileiros só irem jogar no exterior (como foi o caso de Pelé, de Sócrates, de Zico e de tantos outros) em fim de carreira, por volta dos 30 anos de idade, só depois de se consagrarem dentro do futebol brasileiro. E quando iam jogar no exterior, não raro jogavam em times de segundo escalão para baixo (vide Sócrates e Edmundo na Fiorentina, Zico na Udinese e no Kašima Antlers, Raí no Paris Saint Germain, Careca no Napoli, Falcão no Roma, Toninho Cerezo na Sampdoria, Bebeto no La Coruña, Casagrande no Torino e no Ascoli e tantos outros).

Naquele tempo, o sonho de todo jovem aspirante a jogador de futebol no Brasil era jogar em um time como o Santos, o Corinthians, o Vasco, o Flamengo ou o Cruzeiro, e daí para a seleção brasileira. E não em algum grande time europeu. Hoje, qualquer sub-17 mal sai das fraldas e já vai jogar em algum time europeu de primeiro escalão.

Beckenbauer, por seu turno, se tornou o maior símbolo do esporte bretão na Alemanha por dois decênios. O impacto dele na história do futebol foi tal que ele. E por conta de suas atuações em campo ele recebeu o apelido de “Der Kaiser” (O imperador, em alemão). Com sua elegância e eficiência, foi um revolucionário no futebol, visto que ele podia jogar plenamente como zagueiro, como meia e até mesmo lateral. E ainda por cima, marcar gols.

Sobre as conquistas de Beckenbauer, basta lembrarmos que ele conquistou três Ligas dos Campeões da Europa seguidas com o Bayern de Munique (1973/1974, 1974/1975 e 1975/1976), além de uma Copa Intercontinental (1976), 4 campeonatos alemães (1968/1969, 1971/1972, 1972/1973 e 1973/1974), 4 copas da Alemanha (1965/1966, 1966/1967, 1968/1969 e 1970/1971), também pelo Bayern de Munique (basta dizermos que sob Beckenbauer o Bayern de Munique deixou de ser um clube mediano do sul da Alemanha para se tornar uma potência continental). E de cereja do bolo, os títulos pela seleção alemã: Eurocopa de 1972, Copa do Mundo de 1974 e Copa do Mundo de 1990. A de 1974 como jogador e a de 1990 como técnico, o que o coloca no seleto de clube de pessoas que venceram copas do mundo tanto como jogador quanto como técnico junto de Zagallo e do francês Didier Deschamps (campeão como jogador em 1998 e como técnico em 2018, ambas pela seleção francesa).

Tal como Zagallo, Beckenbauer era um sujeito que dava o sangue pela seleção alemã. E prova disso é o jogo da semifinal na Copa de 1970, Itália 4 x 3 Alemanha, que ele, mesmo tendo sido fraturado na clavícula após o escrete germânico ter feito todas as substituições e perdendo o jogo, continuou jogando mesmo tendo que jogar com uma bandagem apoiando o braço. Algo totalmente impensável nos dias hodiernos.

Foto – Cruyff e Beckenbauer na final da Copa de 1974.

Mas enfim. Com os falecimentos não só de Zagallo e Beckenbauer (e outros que ainda estão por vir nos próximos dias e anos, infelizmente), como também de dirigentes icônicos e polêmicos do mundo do futebol tais como Eurico Miranda e Silvio Berlusconi, a sensação que eu e tantos outros temos é que estamos diante do fim de uma era, a era de ouro do futebol mundial. Uma era que vai dando seus últimos suspiros na medida em que seus grandes nomes vão deixando este mundo, um atrás do outro. Diga-se de passagem, o que vai embora não é apenas a vida deles, mas também tudo o que eles representaram em vida. Uma era na qual havia comprometimento real da parte dos jogadores que vestiam, e estes davam o sangue pela camisa que eles vestiam. Sentiam o peso da camisa e tudo o que ela representa. Hoje, infelizmente, vemos muitos jogadores mais preocupados em serem celebridades de redes sociais que jogadores na verdadeira acepção da palavra (e um bom exemplo disso é o Neymar que o PCO tanto bajula), além de não terem a mesma identificação com a torcida que outrora tinha.

E, para piorar ainda mais as coisas, tem também o fato de que os mantos das seleções que ambos vestiram não atravessam bons dias, tendo em vista os desempenhos tanto de Brasil quanto de Alemanha nas últimas Copas do Mundo (além de outras competições menores). A Alemanha, depois de ter sido campeã em 2014, não passou da primeira fase em 2018 e 2022. E o Brasil, que nas últimas Copas do Mundo sempre vem chegando pelo menos as quartas-de-final, corre o risco de começar a repetir os fiascos de Itália e Alemanha nas últimas copas do mundo caso as coisas continuem do jeito que estão e nada seja feito no sentido contrário, visto que não apenas não vence times europeus na fase eliminatória de Copa do Mundo desde a final da Copa de 2002, como também foi eliminado nas duas últimas Copas do Mundo por times europeus de segundo escalão.

Foto – Zagallo e Beckenbauer. Brasil x Alemanha, 1986.

Zagallo e Beckenbauer nos deixaram. Mas todo o legado que ambos deixaram na história do futebol, esse é eterno e ficará para sempre registrado nos livros da história do esporte bretão. Os homens se vão, mas as lendas haverão de serem lembradas para sempre.

Zagallo e Beckenbauer, presentes! Vão, ao encontro do Nosso Senhor e obrigado por tudo. O futebol só tem a agradecer a vocês e tantos outros nomes imortais do esporte bretão, tais como Pelé, Garrincha, Bellini, Djalma Santos, Fontaine, Paolo Rossi, Di Stefano, Didi, Jašin, Puskas, Cruyff, Eusébio, Maradona, Carlos Alberto Torres, Sócrates e tantos outros que também já não estão mais entre nós.

Para fechar, gostaria de falar sobre o seguinte. Nas redes sociais como Facebook, tem circulado a seguinte imagem a respeito do time campeão de 1958:

Foto – Os campeões de 1958.

Ao verem a imagem, as pessoas podem pensar que todos que fizeram parte do time vencedor da Copa de 1958 já não estão mais entre nós. Entretanto, fiz uma pesquisa pela Wikipédia e descobri há ainda alguns deles ainda vivos. São eles os meias Sandro Mazzola e Moacyr, o ponta-esquerda Pepe e o volante Dino Sani.