sábado, 16 de setembro de 2023

A russofobia barata e as omissões históricas de Lorenzo Lazzarotto (parte I).

 

Foto – Lorenzo Lazzarotto.

PARTE I – GRANDE GUERRA PATRIÓTICA E COLABORACIONISMO UCRANIANO COM OS NAZISTAS.

No dia 28 de junho do presente ano, Lorenzo Lazzarotto, do canal do You Tube “História e fé Católica”, postou o vídeo “A história da Igreja Católica Ucraniana – perseguida por comunistas e ortodoxos!”, de 1467 segundos de duração ao todo.

É um vídeo de embrulhar o estômago, no qual Lazzarotto não apenas destila uma russofobia barata e cretina, como também omite fatos muito importantes a respeito da história da questão envolvendo Rússia e Ucrânia. E essa, diga-se de passagem, não foi a primeira vez que ele destilou tal russofobia nos vídeos por ele publicados no You Tube.

Até concordo com Lazzarotto em outras questões sobre as quais não entrarei em detalhe no presente momento, mas esse definitivamente não é o caso das falas dele a respeito da Rússia. Falas essas que serão respondidas em cinco partes.

Pelo que se pode ver nesse e em outros vídeos anteriores dele sobre o mesmo tema, ele justifica posicionamentos em favor da Ucrânia na presente guerra por conta, entre outras coisas, do histórico de perseguições da Rússia (tanto imperial quanto soviética) para com as denominações religiosas surgidas com a União de Brest (1596), em especial a Igreja Greco-Católica Ucraniana. E que por causa de todo esse histórico de perseguições da Rússia um católico não pode se posicionar a favor da Rússia, nem ser simpático à nação de Gogol, Puškin e Prokofiev.

Pelo que eu vejo, muitos desses ditos “influenciadores” cristãos do You Tube (entre eles o Lucas Lancaster e o próprio Lazzarotto) parecem reproduzir discursos neoconservadores, bem ao estilo da direita de matiz olavista, quando se trata de temas como a Rússia e o Mundo Muçulmano. E infelizmente, muitos incautos caem na ladainha deles.

Vamos começar pela Segunda Guerra Mundial. Ou como ela é chamada na historiografia russa, Grande Guerra Patriótica (em russo Velikaja Otečestvennaja vojna/Великая отечественная война).

Nesse e em um vídeo anterior Lazzarotto em momento algum fala, por exemplo, do colaboracionismo ucraniano (o qual foi mais forte na parte ocidental da nação eslava) para com os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Nada sobre Roman Šukhevič, Andrej Melnyk, Jaroslav Stetsko ou Stepan Bandera, nada sobre OUN-UPA, nada sobre a divisão galiciana da Waffen SS ou sobre o batalhão Nachtigall, nada sobre massacres perpetrados por essa gente durante a guerra. Nada, nada. Um verdadeiro cherry-picking. Se, talvez ele mencionasse, ainda que pelo alto, o colaboracionismo ucraniano com os nazistas no curso da Segunda Guerra Mundial, a narrativa que ele apresenta nesse e em outros vídeos no qual ele destila a russofobia dele iria por água abaixo.

As falas dele inclusive passam a impressão de que os nazistas agiram sozinhos nesse tempo todo e não tiveram vários colaboradores das mais diversas nacionalidades no curso da guerra. Colaboradores esses que não raro formavam batalhões e unidades especiais dentro da Waffen SS. Em outras palavras, de que não houve colaboracionismo com os nazistas nem na Ucrânia, nem em outras partes da Europa ocupada pelos nazistas no período de 1939 a 1945.

Diga-se de passagem, durante a Segunda Guerra Mundial a Alemanha nazista, em seu esforço de guerra, para além do Japão e da Itália também teve outros aliados menores, geralmente governados por regimes alinhados politica e ideologicamente a Roma e a Berlim (tanto é que quando o Brasil declarou guerra às potências do Eixo, em1942, não houve declaração de guerra contra as potências menores do bloco, apenas contra as três principais). E, da mesma forma que na Ásia o Japão estabeleceu regimes fantoches como o Mandžukuo na Manchúria e o Mengdžiang na atual Mongólia Interior, na Europa a Alemanha nazista fez o mesmo ao estabelecer regimes tais como a República de Vichy na França, o regime de Vidkun Quisling na Noruega e a República de Lokot no noroeste da Rússia.

E isso não se resumiu às alianças com outros países e ao estabelecimento de regimes de ocupação favoráveis a Berlim: no curso da guerra vários colaboradores, das mais diversas nacionalidades, aderiram aos nazistas.

E um bom exemplo disso se deu durante a invasão à União Soviética, iniciada em 1941. Para invadir a União Soviética (que antes do início da guerra na Europa teve enfrentamentos menores contra o Japão no Extremo Oriente, nos quais se saiu vencedora), Hitler não apenas contou com o auxílio da Itália e de seus aliados menores (entre eles a Romênia, a Hungria, a Finlândia, a Croácia e a Eslováquia), como também reuniu tropas de toda a Europa para tamanha empreitada, tal qual Napoleão Bonaparte antes dele na Guerra Patriótica de 1812. Divisões especiais da Waffen SS de tropas francesas (divisão Carlos Magno), norueguesas, suecas, dinamarquesas, finlandesas, belgas, holandesas (divisão Wiking), espanholas (divisão azul), romenas, húngaras e até mesmo bósnias (divisão Handžar) foram formadas no curso da guerra. Os próprios nazistas, diga-se de passagem, recorriam ao elemento colaboracionista para administrar os campos de concentração (não raro judeus), e muitas vezes eram estes elementos que sujavam a mão nos massacres e limpezas étnicas.

Tanto é que à época houve alguns pôsteres de propaganda nazista, destinados ao recrutamento de voluntários para a Operação Barba-Rossa, no qual esta é apresentada como se fosse um grande levantamento da Europa unida contra o “bolchevismo judaico”, e até mesmo como se fosse uma grande cruzada.

Foto – Pôsteres de propaganda nazista em holandês e em francês, destinados ao recrutamento de voluntários em várias partes da Europa para a Operação Barba-Rossa.

E não só isso: no curso da invasão nazista à União Soviética, em várias partes da própria União Soviética os nazistas encontraram vários colaboradores que se juntaram a eles e até os receberam como libertadores. Na Rússia, esse foi o caso do general Andrej Vlasov e do Exército de Libertação da Rússia, assim como de cossacos e outros elementos advindos do movimento branco que se exilaram na Europa após a vitória bolchevique na guerra civil russa. Em Belarus e nos países bálticos se juntaram aos nazistas figuras como Michas Vituška e Radoslav Ostrovskij. Batalhões e divisões tais como a Guarda Doméstica Bielorrussa e a 30ª divisão de granadeiros da Waffen SS foram formados, além do estabelecimento de entidades político-administrativas como a Rada Central Bielorrussa.

E na Ucrânia, o colaboracionismo foi muito forte na região ocidental do país (região essa que no passado, até a Primeira Guerra Mundial, teve considerável população russófila – assunto que será abordado e aprofundado em um dos próximos itens). Como em outros lugares da Europa, os nazistas como libertadores foram recebidos.  E um dos principais nomes do colaboracionismo ucraniano com os nazistas foi Stepan Bandera e a organização OUN-UPA (a qual por sua vez tinha duas alas: a OUN-M, sob o comando de Andrej Melnyk, e a OUN-B, sob o comando do próprio Bandera).

Foto – Nazistas sendo recebidos como libertadores na Ucrânia ocidental.

Antes mesmo de a guerra na Europa começar, Bandera foi preso pelas autoridades polonesas por conta de suas atividades e no período de 1936 a 1939 esteve preso em diversas prisões. Com a queda da Polônia em 1939 em decorrência da invasão alemã daquele ano, muitos prisioneiros sob custódia polonesa foram soltos. E um desses é precisamente Bandera, à época preso na fortaleza de Brest (atual Belarus). Uma vez liberto, Bandera retornou à Ucrânia ocidental, com a OUN atuando de forma clandestina sob o poder soviético.

No curso da guerra, os colaboradores ucranianos estiveram envolvidos em terríveis pogroms, massacres e limpezas étnicas, tais como o terrível pogrom de Lvov, ocorrido em 1941, no qual os judeus locais foram capturados, espancados e assediados nas ruas da cidade, e em seguida fuzilados. Calcula-se em 4 mil os mortos de tal chacina.

Outro massacre famoso no qual os colaboradores ucranianos dos nazistas estiveram envolvidos foi o incêndio da Igreja da aldeia de Khatyn’, em Belarus, na qual a Igreja local foi incendiada por uma turba de ucranianos colaboracionistas com os fiéis dentro. 152 habitantes da aldeia foram trancafiados em uma Igreja, entre eles crianças entre sete semanas de vida e 15 anos, sendo lá queimados vivos. Poucos que lograram sair da Igreja em chamas e sobreviver, a maioria foi al alvejada por tiros de metralhadora.  O ancião Josif Kominskij encontrou o cadáver queimado do filho dele e o ergueu nos braços. Cena essa que é retratada no monumento erguido em Belarus dedicado às vítimas desse massacre.

Foto – Memorial de Khatyn em Belarus.

Também cabe aqui citar o massacre de Volyn, ocorrido entre 1942 e 1943, no qual os colaboracionistas ucranianos, atuando como unidades de Polícia do Exército Alemão, teriam ceifado a vida de até 200 mil poloneses na Volínia e na Galícia oriental (segundo variadas estimativas de historiadores poloneses). Também eram submetidos a tais chacinas tchecos e ucranianos que não queriam tomar parte em tais ações.

Foto – Outro pôster de propaganda nazista referente à Operação Barba-Rossa e a apresentando como uma frente unida da Europa contra o “bolchevismo judaico”.

Com o tempo, a sorte da guerra foi mudando e os aliados viraram o jogo sobre as potências do Eixo. Uma a uma elas foram se rendendo, até chegar à rendição da Alemanha na Europa em oito de maio de 1945 e do Japão na Ásia em 14 de agosto do mesmo ano.

Após a guerra, parte desses colaboradores lograram fugir da União Soviética (incluindo Bandera) e se estabeleceram em países como a Alemanha Ocidental e o Canadá, formando diáspora nesses países. Nos Cárpatos, a luta do poder soviético contra os últimos remanescentes dos colaboradores ucranianos dos nazistas, sob a denominação “Conselho Supremo de Libertação da Ucrânia” e se organizando em forma de células guerrilheiras que vai se arrastar até o começo dos anos 1950. Coube a NKVD o combate e a repressão à guerrilha banderista. No exílio, Bandera foi morto pela inteligência soviética em Munique em 1959.

Foto – Pôster da divisão galiciana da Waffen SS que insta os ucranianos a lutarem por Hitler.

Com o fim da União Soviética e a independência da Ucrânia, não apenas alguns desses ucranianos voltaram ao país natal, como também a figura de Bandera passou por um processo de reabilitação que começa após a Revolução Laranja de 2004 e o governo de Vyktor Juŝenko. Não apenas Bandera é reabilitado e transformado em herói (decisão essa que polarizou a Ucrânia por dentro entre aqueles a favor e contra tal decisão), como também outras figuras como o líder cossaco Ivan Mazepa (o qual durante a Grande Guerra do Norte, no começo do século XVIII, aliou-se à Suécia em detrimento da Rússia) também foram reabilitadas.

Também data dessa mesma época a promoção da narrativa de que os russos teriam feito uma fome com intenções genocidas contra o povo ucraniano em 1932/1933 (ou seja, a indústria do Holodomor), e tal qual nos países bálticos foi passada uma lei de criminalização simultânea do nazismo e do comunismo, em 2015. Lei essa que o Eduardo Bolsonaro (vulgo 03) tentou trazer para o Brasil por meio do PL 4425/2020 e que na prática usa os nazistas como bois de piranha para proteger e ocultar os colaboradores locais dos mesmos nazistas.

Na crise de 2013/2014 que levou ao Euromaidan (apoiado pelo megaespeculador George Soros) e ao golpe de Estado que depôs o então Presidente da Ucrânia Vyktor Janukovič, imagens com retratos de Bandera apareceram aos montes nas ruas ucranianas. Grupos neonazistas, tais como o Setor de Direita e o Batalhão Azov, saem de suas tocas. E um detalhe curioso sobre esses grupos é que oligarcas judeus, entre eles Igor Kolomojskij, os apoiam. Claro, aproveitando-se do ódio rábico que eles sentem em relação à Rússia para usá-los como peões em um grande jogo de xadrez. E descartá-los como se fossem lixo lá na frente, no momento em que estes cães raivosos deixarem de ser úteis a eles.

Um desses grupos, o Setor de Direita, usa como estandarte a mesma bandeira rubro-negra outrora usada pela OUN-UPA, só que com o tridente ucraniano no meio (bandeira essa que inclusive apareceu em manifestações no Brasil, onde alguns manifestantes queriam que o Brasil seguisse o exemplo ucraniano).

Foto – Monumento erguido a Stepan Bandera em Lvov, Ucrânia ocidental.

E ainda a respeito da Grande Guerra Patriótica, por volta de 7:30 ele diz que a vitória soviética na guerra se deu por conta da ajuda que os russos receberam dos Estados Unidos por meio do programa Land Lease. Sim, é verdade que a União Soviética recebeu uma substancial ajuda vinda dos Estados Unidos por meio do Land Lease.

Só que há outro lado da história. A Alemanha hitlerista também recebeu maciça ajuda vinda dos EUA, tanto antes quanto durante a guerra. Grandes magnatas e empresas norte-americanas fizeram altos negócios com os nazistas, entre eles a Ford, a Standard Oil da família Rockefeller, a General Motors e a ITT. Assim como magnatas tais como Friedrich Koch (pai dos irmãos Koch), Prescott Bush (pai do Bush I e avô paterno do Bush II – os mesmos Bush que após a guerra se envolvem com o regime saudita, incluindo com a família Bin Laden) e outros.

Foto – Prescott Bush (1895 – 1972), o Bush vô.

Na invasão à União Soviética a Wehrmacht foi equipada com diversos caminhões Ford. A ITT, a mesma ITT que anos depois teve sua filial gaúcha encampada por Leonel de Moura Brizola no tempo em que o velho caudilho foi governador do Estado do Rio Grande do Sul e apoiou o golpe contra Salvador Allende no Chile, em 1973, participou dos projetos secretos de criação de mísseis do Terceiro Reich. Estamos falando dos mísseis que aterrorizaram Londres e outras cidades britânicas. Empresas como a Ford e a Standard Oil tinham fábricas nas áreas da Europa ocupadas pelos nazistas. Entre tantos outros exemplos que podem ser citados. Ao que tudo indica, o velho Brizola deixou este mundo sem saber a respeito do envolvimento pregresso da ITT com os nazistas e o projeto de criação de mísseis balísticos deles.

Este é um jogo duplo que os Estados Unidos repetem anos mais tarde na Guerra Irã-Iraque, entre 1980 a 1988, na qual apoiaram o Iraque de Saddam Hussein oficialmente e o Irã do aiatolá Khomeini por baixo dos panos por meio do esquema Irã-Contras (no qual o dinheiro das armas vendidas ao Irã foi usado para financiar a guerrilha dos contras na Nicarágua).

Além disso, os Estados Unidos não foram os únicos países a prestar ajuda à União Soviética no curso da Grande Guerra Patriótica. Também ajudou muito a União Soviética na área logística, por meio do envio de itens como cavalos, casacos, alimentos e até mesmo soldados que se destacaram e receberam medalhas (cerca de 300 ao todo) a República Popular da Mongólia. A própria Mongólia também financiou a formação de unidades tais como a brigada de tanques “Mongólia revolucionária” e a esquadrilha aérea “Arat”. A Mongólia, à época governada por Khorloogijn Čojbalsan, alcunhado de “o Stalin da Mongólia”, inclusive foi o primeiro país a se posicionar a favor da União Soviética após o início da Operação Barba-Rossa, ainda em 1941.

Foto – “Do povo mongol ao front!”: vagão de trem com cavalos destinado a ajudar a União Soviética na Grande Guerra Patriótica.

E Lazzarotto, se você faz tanta questão de falar da ligação da Igreja Ortodoxa Russa com o Estado Russo tanto no período imperial quanto no período soviético, então eu vou lhe mostrar uma foto, digamos, inusitada. É uma foto datada de 18 de julho de 1943, na qual sacerdotes da Igreja Greco-Católica ucraniana agraciam membros da já formada divisão galiciana da Waffen SS. E detalhe: com estandartes da Waffen SS e do Partido Nacional-Socialista ao lado (suástica inclusa).

Foto – Sacerdotes greco-católicos ucranianos abençoando membros da divisão galiciana da Waffen SS. Lvov, 18 de julho de 1943.

E então, eu fico por aqui, ou você quer que eu mostre mais coisas? Fica por tua conta. Você é quem decide.

É bom que saiba de uma coisa: da mesma forma que a União Soviética, após a guerra, uma guerra que para ela foi uma questão de vida ou morte, puniu severamente outros elementos colaboracionistas (quer seja com a morte por fuzilamento ou enforcamento, quer seja com o envio ao gulag), entre eles os cossacos de Lienz (julgados e executados na prisão de Lefortovo em 1947. Anos mais tarde, essa história é citada no filme 007 vs Goldeneye, o primeiro da era Pierce Brosnan e o primeiro produzido após o fim da União Soviética, e usada como pano de fundo para a vingança do antagonista Alec Trevelyan contra a Inglaterra e que tinham entre suas fileiras o pai e o avô paterno de um dos torturadores do Pinochet) e o general Andrej Vlassov (julgado e enforcado por crime de traição ao final da guerra), com o clero uniata que esteve de mãos dadas com o banderismo no mesmo período não seria diferente.

E, diga-se de passagem, executar e punir severamente elementos colaboracionistas com as potências do Eixo na guerra não foi exclusividade da União Soviética: a França condenou o general Pétain, herói da Primeira Guerra Mundial que esteve à frente da França de Vichy, foi preso após o fim da guerra e lá ficou até vir a óbito em 1951. Joseph Darnand, soldado francês que também se destacou na Primeira Guerra Mundial e que jurou lealdade à Hitler na Segunda Guerra Mundial, foi executado pelos franceses por um pelotão de fuzilamento. Vidkun Quisling, por seu turno, não apenas foi julgado como traidor e executado na fortaleza de Akershurs pelos próprios noruegueses, como também o nome dele se tornou sinônimo de traidor colaboracionista em vários idiomas. Entre tantos outros exemplos.

Uma das poucas exceções, talvez uma exceção à regra, foi o caso de Pu Yi na China. Pu Yi quando criança foi o último imperador da China e anos após a queda da monarquia chinesa, em 1912, foi entronado pelos japoneses como o chefe do estado fantoche Mandžukuo. Por sorte, ele, depois de ter sido capturado pelo Exército Vermelho em 1945, não foi executado após o fim da guerra e após ter sido entregue aos chineses em 1949 viveu os últimos anos de vida dele como um jardineiro e como bibliotecário em Pequim, até morrer em 1967.

Um comentário:

  1. Entre algumas empresas que apoiaram ou financiaram o Reich germânico, estão também a IBM, pioneira da computação, bem como as renomadas grifes de roupas e perfumes Hugo Boss e Coco Chanel. Aliás, a própria Coco Chanel foi amante de um dos oficiais do primeiro escalão nazista. Só escapou de ser presa porque o Churchill, que era seu amigo à época, interviu a seu favor. E no tocante a colaboradores dos nazistas, tiveram também os sérvios, através do grupo nacionalista extremista Chetniks, que muitos crimes bárbaros cometeram, tal qual os Ustashe croatas. Até um dos mais proeminentes sacerdotes ortodoxos sérvios, Momcilo Djujic, foi um grande colaborador de Hitler. O mesmo Djujic que foi tatuado no braço do jogador bósnio de ascendência sérvia Ognjen Vranjes, que, se não me engano, foi banido do esporte por esta razão.

    ResponderExcluir