quarta-feira, 6 de maio de 2020

É por esses pecados que mataram Kaddafi... (texto traduzido do russo)



Foto – Muammar Kaddafi: meio ano antes da eliminação PELOS INTERVENCIONISTAS OCIDENTAIS sob a liderança dos EUA, a avaliação dele entre o povo era maior que 90%...
1 – A gasolina custa mais barato que a água. 1 litro de gasolina: 0,14 $.
2 – É dado aos recém-casados 64 000 $ para a compra de um apartamento.
3 – Educação e saúde completamente grátis.
4 – Para cada família o Estado paga ao ano 1 000 $ de subsídios.
5 – Auxílio desemprego: 730 $.
6 – Fechou bases militares da OTAN
7 – Salário de enfermeira: 1 000 $.
8 – Para cada recém-nascido é pago 7 000 $.
9 – Ajuda material de vez única para abertura de um negócio pessoal: 20 000 $.
10 – Grandes impostos e requisições proibidos.
11 – PIB per capita: 14 192 $
12 – Educação e estágio no exterior: por conta do Estado.
13 – Rede de lojas para famílias de muitos filhos com preços simbólicos para produtos básicos de alimentação.
14 – Pela venda de produtos com prazo de validade: grandes multas e detenção por subdivisões da polícia especial.
15 – Parte das farmácias: com venda livre de medicamentos.
16 – Pena de morte para falsificação de remédios.
17 – Aluguel de apartamento: ausente.
18 – Conta de luz para a população não há.
19 – Venda e consumo de álcool proibida: “lei seca”.
20 – Créditos na compra de um automóvel e apartamento: sem juros.
21 – Proibidos serviços de corretagem imobiliária.
22 – O Estado paga a compra de um automóvel em até 50%, a guerreiros da milícia popular: 65%.
23 –  Chegando ao poder, ele expulsou do país as corporações internacionais.
Apenas sob Muammar os negros do sul da Líbia adquiriram direitos humanos.
Em quarenta anos de governo dele a população da Líbia cresceu em três vezes.
A mortalidade infantil reduziu-se em nove vezes.
A duração de vida no país elevou-se de 51,5 a 74,5 anos.
Kadaffi tomou a decisão de retirar a Líbia do sistema bancário mundial e quiseram seguir a seu exemplo outros 12 países árabes.
E também quis criar o dinar dourado... Então sair do dólar. Mas os donos ocidentais “civilizados” de grandes bancos não permitiram a ele fazer isso. Simplesmente mataram. Como eles adoram dizer – nada pessoal, apenas negócios.
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Fonte: https://vk.com/@russ_great-vot-za-eti-grehi-ubili-kadaffi  (texto postado em 20 de setembro de 2018 no grupo do VK Velikaja Rus’/Великая Русь)
Meus comentários:
Nos 42 anos em que foi governada por Muammar al-Kaddafi, a Líbia saltou de um país paupérrimo do norte da África para o país com o maior IDH de todo o continente africano. Era a joia da África até ser destruído pela coalização internacional encabeçada pela OTAN em 2011, que reduziu o país a uma verdadeira terra de ninguém e que desde 2014 vivencia uma sangrenta guerra civil sem perspectiva de fim em curto prazo. E não apenas isso: a Líbia, desde que foi arrasada, tem sido um ninho que exporta terrorismo para o resto do mundo, onde grupos como o Estado Islâmico e a Al Qaeda (algo que não existia nos tempos de Kaddafi) proliferam como ervas daninhas. Haja vista, por exemplo, que o terrorista que perpetrou o atentado ao show da Ariana Grande em Manchester há três anos, Salman Abedi, veio de uma família de opositores a Kaddafi que queriam instaurar na Líbia um estado teocrático ao estilo saudita e que após a queda de Kaddafi voltaram a seu país natal. Além do fato de que nos últimos anos leilões de venda de escravos foram notados em território líbio.
Mas não foram os feitos na área social citados do regime líbio que vigorou entre 1969 a 2011 que mais me chamam a atenção a respeito do texto acima traduzido, e sim o seguinte trecho: “Kaddafi tomou a decisão de retirar a Líbia do sistema bancário mundial e quiseram seguir a seu exemplo outros 12 países árabes”. É evidente que no fim de sua vida, Kaddafi, mexeu em um alto vespeiro, ao resolver sair do sistema dólar e criar o dinar dourado. Mexeu com interesses de pessoas poderosíssimas, pessoas essas que mandam na política mundial e que determinam os rumos da política das principais nações do globo. Assim como nos interesses das grandes potências hegemônicas como a França, a Inglaterra e os EUA, já que o que sustenta o poder norte-americano enquanto potência hegemônica global é o dólar enquanto moeda de troca internacional. Não apenas ele, como também Saddam Hussein 11 anos antes de Kaddafi ao parar de negociar o petróleo iraquiano em dólar. Ou seja, tanto o Iraque em 2003 quanto a Líbia em 2011 foram usados como exemplos do que acontece a um país caso resolva sair do sistema dólar, de forma a que tal exemplo não contagie outros países futuramente.
E levando em conta que no mesmo ano em que a Líbia foi invadida pela OTAN estourou a primavera árabe em várias partes do norte da África e do Oriente Médio (incluindo Síria, Egito, Argélia, Jordânia, Mauritânia e Tunísia), será que não armaram a primavera árabe (vulgo pesadelo árabe) através do mesmo esquema usado para promover revoluções coloridas mundo afora em ocasiões anteriores (o tipo da revolução que partidos como o PSOL e o PSTU adoram, diga-se de passagem) a partir de 2011 com o intuito justamente de, ao mesmo tempo em que faziam a Líbia de exemplo para o resto do mundo sobre o que acontece a todo e qualquer país que sai do sistema dólar, dar uma advertência aos outros países árabes que quiseram seguir ao exemplo de Kaddafi de sair dos grilhões do sistema bancário mundial (exemplo esse que poderia muito bem contagiar outras partes do globo em futuro não muito distante, diga-se de passagem)? E que o tal jovem tunisiano que em dezembro de 2010 ateou em seu próprio corpo, Mohamed Bouazizi, na verdade foi um mero peão nessa história toda, uma cobertura conveniente ao sistema para ocultar a verdade dos fatos: de que a primavera árabe e suas várias ramificações na verdade foi uma medida tomada por aqueles que mandam nos destinos da política mundial de forma a impedir que a Líbia e os países árabes transmitissem um exemplo perigoso ao resto do mundo em uma situação em que seus interesses estavam em jogo?
Kaddafi literalmente cruzou o Rubicão ao querer criar o dinar dourado, uma moeda pan-africana com lastro no ouro que serviria de alternativa não apenas ao dólar como também ao franco CFA, essencial na manutenção da situação colonial dos países africanos que outrora eram colônias da França. Entretanto, cometeu o erro de cruzar o Rubicão nos últimos anos de vida sem ter o poder bélico para conter as investidas internacionais que fatalmente viriam contra ele, quer seja na forma de ações militares de larga escala contra ele, quer seja através de sabotagens de menor escala, confisco de dinheiro e bens líbios no exterior e/ou de sanções e bloqueios econômicos, de forma a destruir sua iniciativa ainda no nascedouro. Sem ter armas atômicas que possam servir de barganha na hora de negociar com as grandes potências, e nem outras armas de destruição em massa (a Líbia abandonou tal programa em novembro de 2003, depois da queda de Saddam Hussein e a subsequente abertura do país ao Ocidente), e ainda diante de agitações internas em várias partes do país contra ele, não é de surpreender que Kaddafi tenha tido o destino que teve nas mãos do Ocidente “livre e democrático”.

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