Ministério Bolsonaro
Fonte: mensagem postada no perfil do
professor Ricardo Costa Oliveira no dia 28 de novembro de 2018
A escolha de
mais dois deputados federais para o ministério do cujo atende ao critério de
pertencimento à famílias políticas, sempre "a teoria do nepotismo"
explicando as mesmas oligarquias da classe dominante. No Desenvolvimento Social
- Osmar Gasparini Terra (MDB-RS), médico, neto do advogado e juiz de Vacaria,
Augusto Diana Terra e bisneto do Coronel Avelino Paim de Sousa, poderoso chefe
político regional, tio do senador Paim Filho, que ofereceu o cargo de assessor
para seu sobrinho Walter Paim Terra, pai do "novo" ministro. Pelas
genealogias das famílias Paim, Terra e outras, no Rio Grande do Sul, entendemos
a reprodução social e políticas destas famílias oligárquicas dentro do Estado
ao longo dos séculos, típico modelo brasileiro de concentração de rendas,
patrimônios e poder político. No Turismo - Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG),
nome fantasia de Marcelo Henrique Teixeira Dias, filho do ex-deputado Álvaro
Antônio Teixeira Dias, que foi da ARENA, PMDB, PDT, uma família empresarial e
política com base no Barreiro, uma das mais antigas regiões de Belo Horizonte.
Tudo em família, sempre.
Geraldo Alckmin
Fonte: Mensagem postada no perfil do
professor Ricardo Costa Oliveira no dia 5 de agosto de 2018
Geraldo José
Rodrigues Alckmin Filho, médico e político profissional, é mais um produto da
classe dominante tradicional brasileira com fortes raízes no século XVIII.
Procedente de uma família entre o Sul de Minas e o Vale do Paraíba paulista.
Alckmin era ferrenho adepto do nepotismo porque quando foi prefeito de Pindamonhangaba
ofereceu cargos para o pai e seus três cunhados. A filha de Alckmin adorava a
Daslu e seus luxos e excessos. O cunhado de Alckmin e filho já
estiveram envolvidos em denúncias de operações de caixa 2 e concessões de
aeroportos (sina dos candidatos presidenciais do PSDB) e outras
irregularidades. Geraldo Alckmin foi sobrinho de José Geraldo Rodrigues de
Alckmin, ministro do Supremo Tribunal Federal entre 1972-1978. O trisavô do
ex-governador e candidato presidencial Geraldo Alckmin, em linha paterna, foi
João Capistrano de Macedo Alckmin, latifundiário, escravocrata (mais de 30
escravos no censo de 1839 de Pouso Alto), advogado bacharelado em 1832 na
primeira turma da faculdade de direito de São Paulo, juiz de órfãos de
Campanha/MG, deputado provincial de Minas Gerais. De acordo com a "teoria
do nepotismo", trata-se de mais um herdeiro do poder da classe dominante
tradicional do Sudeste do Brasil, sempre atuando dentro do Estado e do
nepotismo na reprodução de seus privilégios e vantagens sócio-econômicas. Boa
parte das mentalidades do Antigo Regime continuam nesta gente, suas denúncias
de corrupção sempre protegidas pelos seus correligionários no legislativo, no
sistema judicial e em suas origens históricas e formas de exclusão. Candidato
agora do bloco golpista do PSDB e do direitão/centrão, o que há de pior na
política brasileira.
Galvão Bueno
Fonte: Mensagem postada no perfil do
professor Ricardo Costa Oliveira no dia 16 de julho de 2018
Perguntaram
sobre o parentesco e genealogia do rico e culturalmente limitado apresentador
da TV Globo (redundância) Galvão Bueno, com a Rua Galvão Bueno de São Paulo.
Mais uma vez a hereditariedade e os capitais sociais familiares explicam muito
de como conseguir um emprego milionário de destaque na mídia, na midiotia.
Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno, o apresentador e locutor falando
besteiras por aí. Filho de Benedicta Mildredes dos Santos, atriz de sucesso no
rádio, teatro e TV nas décadas de 40 e 50 - e do redator e executivo da
mídia, Aldo Viana Galvão Bueno. Amélia Simone era tia de Mildred dos Santos,
também radioatriz. Aldo era filho de Álvaro Galvão Bueno e de Dulce Viana,
família com muitos altos comerciantes, burocratas e militares no Rio de
Janeiro. O pai de Álvaro foi o médico e diplomata Américo Galvão Bueno casado
com Amélia Chaves, filho de outro Américo Galvão Bueno casado com Francisca
Fagundes. Este Américo era irmão de Carlos Mariano Galvão Bueno, bacharel em
direito e professor da Faculdade de Direito de São Paulo, o homenageado na Rua
Galvão Bueno de São Paulo. Genealogia Paulistana – Título Furtados. Antonio
Galvão de França, Galvão vem do Capitão-mor em Pindamonhangaba e Guaratinguetá,
natural do Algarve – Título Prados. Gente que sempre se deu bem no Brasil e bem
relacionados com longas e conhecidas genealogias nos principais poderes
estabelecidos. A prefeitura de Londrina teve problemas com uma área da
Associação Galvão Bueno..
Carolina Lebbos, a carcereira de Lula
Fonte: Mensagem postada no perfil do
professor Ricardo Costa Oliveira no dia 20 de abril de 2018
Perguntaram
sobre os capitais sociais e políticos familiares da juíza Carolina Moura
Lebbos, a "carcerária" de Lula. O pai era o médico cardiologista Elie
Lebbos, nascido no Líbano e naturalizado brasileiro, também era administrador e
empresário. Possuía muitas conexões políticas. Era o médico particular do
falecido deputado José Janene. Casado com a também médica Marina Vieira Moura
Lebbos. Pelo lado materno a família Moura é uma das mais ativas famílias de
médicos cardiologistas em Curitiba. O avô materno era o professor da UFPR
Arnaldo Moura, primeiro presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia. Pelo
lado Vieira é de Itajaí, com alguns empresários. Passar de uma família com
fortes capitais sociais na medicina para o direito e a magistratura, dentro do
mesmo ethos de classe conservador e elitista, é uma passagem direta.
Luciano Pizzatto
Fonte: Mensagem postada no perfil do
professor Ricardo Costa Oliveira no dia 21 de março de 2018
Lamento o
falecimento do Luciano Pizzatto em Brasília. Mal súbito. Em famílias como a
Pizzatto encontramos os dilemas e fracassos da modernização da burguesia
imigrante do final do século XIX. Luciano era secretário de representação do
Paraná em Brasília. Ex-deputado estadual e federal por várias legislaturas. Foi
presidente da Companhia Paranaense de Gás na gestão Beto Richa. Sua última
disputa eleitoral foi como candidato a vice-prefeito de Curitiba na chapa da
jovem oligarca Maria Victoria Borghetti Barros, com uma imensa diferença de
idade, experiência e trajetória. Luciano estava próximo da vice-governadora
Cida Borghetti, esposa do ministro da Saúde, Ricardo Barros e cotado para
alguma secretaria, após a presumida saída de Beto Richa para disputar as
eleições de outubro. Passou por vários partidos. O bisavô Pedro Nolasco
Pizzatto, filho de imigrantes italianos de Araucária, próximo de Curitiba,
começou a acumular poder político e riquezas, ao adquirir um imenso latifúndio
na região de Palmas/General Carneiro. O avô Dorcel Antonio Pizzato foi empresário
e presidente do Sindicato dos Madeireiros no período do Estado Novo. O pai,
Douglas Pedro Pizzato, também foi homem rico e ativo no meio empresarial.
Família atuante no futebol do Coxa, nas associações empresariais e clubísticas.
A venda de terras da fazenda da família Pizzatto para o Parque das Araucárias
teve muitas polêmicas, no final do governo Lerner, sobre os imensos valores
pagos. Luciano Pizzatto vivia de cargos comissionados no Governo do Paraná nos
últimos anos e sua esposa, Dora Maria Ficinski Dunin Pizzatto, também é
presidenta do Instituto Curitiba de Saúde, nomeação do prefeito Greca de
Macedo. Mais uma trajetória de uma família da imigração italiana do final do
século XIX, da burguesia madeireira para o atual estamento burocrático-estatal,
diria Raymundo Faoro. Não apresentam as raízes do antigo senhoriato, mas
aprenderam logo o papel do Estado e da política no Brasil.