Foto – Bertold Brecht (1898 – 1956).
Esse poema, de autoria atribuída ao
dramaturgo e poeta alemão Bertold Brecht[1],
é dedicado especialmente a aqueles que estão se regozijando da condenação de
Luís Ignácio da Silva pelo juiz Sérgio Moro por causa do caso do tríplex a nove
anos e meio de cadeia. Em especial a aqueles que não se dão conta do perigo que
correm de viverem em um país sob o tacão da ditadura do judiciário, onde uma
pessoa acusada de um crime qualquer pode muito bem ser condenada e presa sem
provas. É esse o país que vocês querem para seus filhos e netos? Como se não
bastasse o período de 1964 a 1985?
Primeiro
levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Em seguida
levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.
Depois
prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.
Logo a seguir
chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.
Agora me
levaram a mim
E quando percebi,
Já era tarde.
E quando percebi,
Já era tarde.
Foto – Luís Ignácio
Lula da Silva.
Muito bem colocado! Embora o poema esteja meio alterado (o certo é negros no lugar de comunistas, miseráveis no lugar de sindicalistas e desempregados no lugar de padres), mostra o quão as pessoas são hipócritas, ao ponto de pensar que o que acontece com outrem não lhes acontece. Num piscar de olhos, tudo pode mudar.
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