sábado, 10 de agosto de 2024

Assassinato de Kadaffi: destruíram a Líbia para salvar "Franco Colonial" (texto traduzido do russo + comentários meus)

 

A Líbia se tornou nome comum na descrição do saque de pilhagem do Ocidente.

Na África foi aniquilado um dos estados mais ricos e, à sua maneira, justos no plano da política interior. Os líderes dele foram mortos, o território se encontra em situação de conflito permanente. A intervenção na Líbia de 2011 merece atenção particular no conjunto dos crimes do Ocidente coletivo. Ao mesmo tempo, no contexto da falência da assim chamada “Françáfrica”, é particularmente importante analisar precisamente o papel da Paris oficial nesta atrocidade.

Líbia florescente

A Líbia era e é extraordinariamente rica em recursos, em especial petróleo. Mas os colonizadores – em especial, britânicos, franceses e americanos – saquearam o patrimônio natural da Líbia, não se preocupando com qualquer compensação decente de sua parte.

Em 1969 sob a liderança do capitão Kadaffi foi derrubado o rei e estabelecido o regime socialista. Em 1977 a Líbia foi proclamada como Džamahirija – este termo adequado pode se traduzir como “Poder Popular”.

A revolução socialista na Líbia levou a mudanças surpreendentes. Antes da deposição do rei Idris i 73% da população era analfabeta, em 2009 87% da população sabia ler e escrever.

Grandes territórios de deserto com o auxílio do sistema de irrigação “Grande Rio Artificial” se tornaram úteis para a agricultura, foi resolvido o problema da escassez de água doce. Graças à parceria com a URSS foi construído um sistema de saúde gratuito e exemplar na Líbia, onde mesmo depois do colapso da URSS trabalhavam ativamente médicos do espaço pós-soviético, em especial da Ucrânia.

A seguridade social era sem precedentes. O nível do PIB per capita na Líbia era o mais elevado na África, a nação entrou no livro dos recordes do Guinness como o país com o nível mais baixo de inflação. Em rodovias de primeira classe, o preço da gasolina na Líbia era mais barato que o da água, e por algum tempo o combustível era geralmente gratuito.

A uma jovem família eram dados $ 64.000 do orçamento para a compra de uma casa própria. No nascimento de cada criança era dada uma soma adicional de $ 7.300. Para todos os restantes, créditos para a compra de um apartamento eram sem juros, assim como na aquisição de um automóvel – 50% do custo do carro o estado pagava.

A eletricidade, assim como o sustento da casa, eram gratuitas. Operava um sistema de descontos para famílias com muitos filhos que desejassem abrir seu negócio, a elas eram dados $ 20.000. A educação, inclusive no exterior, era gratuita.

Entretanto, décadas de abundância levaram ao fato de que alguns líbios já encaravam todos estes benefícios como algo garantido e quiseram “liberdade de expressão”. Em 2011 essas pessoas se tornaram base de protesto social – e, como consequência, carregam parcela significativa de responsabilidade pelo que houve em seguida.

Inimigo jurado do Ocidente – e da França

Uma das consequências da revolução socialista na Líbia foi a expulsão em 1970 de ingleses e americanos das bases militares no território da Líbia. A resposta não tardou a vir. Em 1979 os EUA incluíram a Líbia na lista dos países patrocinadores do terrorismo, e em 1986 aconteceu a primeira tentativa de invasão à Líbia (Operação “Canyon El Dorado”). Ao próprio Kadaffi foram organizados sete tentativas de assassinato, o líder da Líbia foi duas vezes ferido.

Em 13 de julho de 2008, em Paris, por iniciativa da então presidência da França na União Europeia realizou-se a cimeira fundadora da renovada Parceria Euro-Mediterrânea, na qual entraram 27 estados-membros da União Europeia e 10 países da parte meridional do Mar Mediterrâneo. Como foi declarado a União foi convocada para “fortalecer os laços entre os estados-membros mediterrânicos da União Europeia e os países do norte da África, Israel e os países do Oriente Próximo para o combate ao terrorismo, migração ilegal, decisões de questões na esfera de energia, comércio, fornecimento de recursos hídricos e desenvolvimento sustentável”.

De todos os países dessa região apenas a Líbia manifestamente se recusou a participar desta organização. Muammar al-Kadaffi afirmou que via na iniciativa a ambição de “novamente colocar as nações árabe sob o tacão dos europeus”, o próprio projeto “colonial é “destinado ao fracasso”, e a realização dele levará ao fortalecimento da atividade terrorista de radicais. As palavras mostraram-se proféticas.

É difícil entender a especificidade do colonialismo francês na África, se não levar em consideração a existência de uma unidade monetária como o Franco CFA (CFA, “Domínios coloniais franceses”). O “Franco colonial” foi introduzido na África francesa e se mantem até hoje, embora depois da proclamação da independência dos estados da África nos anos 1960 a abreviação CFA passou a se decifrar como “Comunidade Financeira Africana”.

Como pretexto oficial da manutenção do CFA foi apresentado uma taxa de câmbio fixa e sua livre troca pelo euro, o que alegadamente garante a estabilidade de sua taxa de cambio. Por outro lado, em troca da garantia de conversão do Franco CFA é transferido ao fisco francês de 50 a 65% das reservas financeiras dos países que usam o Franco CFA. Mais 20% dos recursos financeiros são reservados ao cumprimento de obrigações externas. Dessa forma, os membros da união monetária têm acesso permanente a apenas a 15-30% (!) do próprio dinheiro.

É simplesmente impossível retirar da conta cambial do tesouro os próprios meios e utilizar-se deles, visto que Paris tem direito a veto em relação à política monetária das nações africanas que estão na zona monetária do “franco colonial”.

Depois do início da crise financeira mundial em 2008 Muammar al-Kadaffi exortou à criação de  uma moeda pan-africana, lastreada no ouro. A Líbia até então acumulava cerca de 150 toneladas de ouro e, ao contrário de muitos países da região, mantinha-o consigo, e não em bancos de Londres, Paris e Nova York. Parecia, um pouco mais, e a moeda pan-africana receberia seu centro financeiro independente em Tripoli, baseada na reserva de ouro soberana. Tripoli, se tornando ao mesmo tempo centro de gás da OPEP e novo centro financeiro independente dos países do Ocidente, que emite a própria moeda forte, se tornaria para muitas nações africanas uma alternativa ao sistema financeiro ocidental.

Em 2011 surgiu entre os inimigos da Líbia a oportunidade se vingar do coronel Kadaffi. Que os eventos na Líbia foram inteira e totalmente inspirados pelo Ocidente segundo os padrões da assim chamada “revolução colorida”, é um fato indiscutível. Entretanto, o Ocidente foi mais longe, usando manipulações de política exterior e diplomáticas com o fim de isolar a Líbia. A Assembleia Geral da ONU adotou a Resolução 1973, que, fixando a possibilidade de formas de proteção da população pacífica, não implicou, entretanto, na entrada de forças de ocupação. No fim, entretanto, aconteceu precisamente isso.

O primeiro ataque aéreo à Líbia infligiu o francês “Mirage”, atirando em um automóvel civil que pareceu suspeito ao piloto. Em alguns relatórios é afirmado que os ataques aéreos franceses se iniciaram antes mesmo do fim das reuniões de emergência entre os líderes das nações ocidentais e, portanto, não foram coordenados com ataques aéreos das outras nações, o que causou alguns atritos entre os aliados.

A França, se escondendo por meio da Resolução 1973, que exigiu cessar a violência e garantir segurança à população pacífica, não especificando os métodos de realização. E mais: no primeiro dia de intervenção Paris manifestou que via na resolução da ONU a necessidade da luta contra “as tropas de Kadaffi”. Ou seja, a França entrou de fato em apoio a um dos lados do conflito.

Em 10 de março de 2011 a França se tornou o primeiro país no mundo que reconheceu o rebelde Conselho Nacional de Transição como o governo legítimo da Líbia. Depois disso Paris se viu na liderança de toda a atividade anti-líbia. Isto é facilmente verificado por publicações nos meios de comunicação europeus da época.

Em 2015 um ataque de hacker à correspondência eletrônica da ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton enriqueceu a Internet com uma massa de informações, que tem relação com o reconhecido sobre a motivação da França. Segundo dados dos EUA, os motivos de Paris na intervenção sobre a Líbia resumiram-se à “ambição de obter maior parcela na obtenção do petróleo líbio, aumentar a influência francesa no norte da África”.

E o mais importante – bloquear os planos de Kadaffi para a criação de uma moeda pan-africana, que substituiria o Franco CFA impresso na França. Como resultado do ataque da França, Estados Unidos e Grã-Bretanha o coronel Kadaffi foi brutalmente morto, e a outrora florescente Líbia foi descartada do desenvolvimento em no mínimo em 100 anos.

A destruição de uma das sociedades mais desenvolvidas e progressivas da África aconteceu em menos de meio ano. O Estado criado por Kadaffi foi exemplarmente eliminado pela ameaça ao “franco colonial” e potencial de se tornar um centro de poder alternativo na África.

Fonte: https://russtrat.ru/analytics/10-avgust-2023-2023-12186?ysclid=lzk0kmrxfz42944713

Meus comentários

Mais um texto que encontrei na Internet em russo que trago a vocês, falando sobre o destino da Líbia após a morte do coronel Muammar al-Kadaffi e o que levou à situação que a nação norte-africana vive desde 2011.

Já repararam em algo? Saddam Hussein foi deposto do poder e morto depois de tomar em 2000 a decisão de parar de negociar o petróleo iraquiano com base no dólar, dando preferência a outras moedas como o euro (e há quem diga que Saddam também foi deposto e morto para beneficiar Israel – lembrando que o Iraque baathista era o principal inimigo de Israel no mundo árabe após a morte de Nasser. Mas isso é assunto para outra oportunidade). Kadaffi foi deposto e morto anos depois por tentar criar uma moeda pan-africana lastreada no ouro que bateria de frente não só com o franco CFA, como também com o dólar (e segundo outro texto por mim traduzido, só que em 2020, outros 12 países árabes também quiseram aderir ao dinar dourado). Moedas essas que não passam de papel pintado.

Ou seja, ambos tocaram nos vespeiros do poder mundial e no fim das contas pagaram o preço máximo pelas escolhas deles. E para que ambos fossem depostos do poder, brutais invasões militares foram feitas (as quais, obviamente, contaram com seus colaboradores locais). E eu, particularmente, penso que tanto Saddam Hussein quanto Muammar al-Kadaffi, ao tomarem tais iniciativas, cometeram o erro de atravessar o oceano em barco de rio. Em outras palavras, tomaram tais iniciativas sem disporem do poder bélico e militar para se proteger das investidas do Ocidente tão “livre e democrático” que inexoravelmente viriam.

E tão logo ambos foram depostos e mortos, tanto no Iraque quanto na Líbia abriu-se uma caixa de Pandora. Criaram-se vácuos de poder que com o tempo foram preenchidos por grupos terroristas salafistas como o Estado Islâmico e outros, além de se tornarem estados falidos em situação de conflito intestino constante. A situação na Líbia chegou a tal ponto que anos após a morte de Kadaffi lá surgiram mercados nos quais negros são vendidos como escravos, além de ser uma das principais rotas pelas quais refugiados vindos do norte da África e do Oriente Médio entram na Europa.

Além disso, eu penso que no caso específico da Líbia e o envolvimento francês nesse processo também houve a questão do dinheiro que Sarkozy recebeu do próprio Kadaffi, em 2007, para se eleger Presidente da França naquele ano. Calcula-se que Sarkozy teria recebido da Líbia cerca de 50 milhões de euros. Segundo a Wikipédia francesa, tal caso ainda está em andamento (https://fr.wikipedia.org/wiki/Affaire_Sarkozy-Kadhafi).

E, diga-se de passagem, Kadaffi não teria sido o único a financiar Sarkozy em 2007: fazendo uma pesquisa em sites franceses, Omar Bongo, presidente do Gabão (ex-colônia francesa, independente desde 1960) entre 1967 a 2009 e finado em 2009, também teria financiado Sarkozy em sua primeira campanha eleitoral para a Presidência da República Francesa. Até saiu matéria no Le Monde em francês sobre isso (https://www.lemonde.fr/politique/article/2011/11/22/financements-occultes-un-proche-de-bongo-met-en-cause-sarkozy_1607637_823448.html).

Um fato digno de menção a respeito desta e que não pode ficar de fora é que foi bem debaixo do nariz da então presidente Dilma Rousseff que Barack Obama declarou guerra à nação norte-africana. Talvez, não por acaso que cinco anos que Dilma tomou o golpe que tomou e sem chamar o povo para lutar contra a articulação golpista. E não será nenhuma surpresa se mais adiante o PT tomar outro golpe, com 2016 se repetindo como farsa.

Aliás, falando em Obama, vimos que setores significativos da esquerda brasileira se animaram com o anúncio da candidatura de Kamala Harris à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, no lugar do atual presidente Joe Biden. Eles se animaram de tal modo que acham que para os Estados Unidos ter uma presidente negra é um grande avanço. E nisso se esquecendo de tudo o que Obama fez na Presidência dos EUA entre 2009 a 2017. Incluindo todas as guerras que ele moveu no Mundo Islâmico, o apoio ao golpe do Euromaidan na Ucrânia em 2014 e a golpes de Estado na América Latina.

O próprio Obama até despejou mais bombas que Bush II sobre países islâmicos e deportou mais mexicanos que o republicano (https://www.terra.com.br/noticias/mundo/estados-unidos/obama-ordenou-mais-ataques-do-que-bush-diz-cnn,25d09812497a8410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html). Mas sabem como é. Obama, assim como o Bill Clinton antes dele, bombardeia e apoia golpes de Estado com representatividade colorida, ao contrário de Bush II ou Trump, e por isso que ele não vem ao caso para eles.

Anotem ai o que digo: essa mesma esquerda, representada por políticos de partidos como o PSOL e o PT, irá repetir a dose nas eleições francesas de 2027, caso Marine Le Pen, pelo partido Rassemblement National (Reagrupamento Nacional), venha a concorrer contra um candidato de origem gabonesa ou argelina, por exemplo. E se o candidato em questão for não apenas negro como também mulher essa gente então terá orgasmos múltiplos. Tudo em nome da democracia e do combate ao fascismo, à extrema direita e ao bolsonarismo, obviamente, dirão eles.

Se esse (ou essa) candidato hipotético tornar-se-á Presidente da França após mais uma derrota da Marine Le Pen, algumas coisas são certas: o imperialismo francês não irá acabar de uma hora para a outra, e a França continuará exercendo seu senhorio sobre suas antigas colônias africanas por meio do franco CFA. E se algum outro líder africano resolver fazer o mesmo que Kadaffi tentou fazer em seus últimos anos de vida, lá estará o presidente francês de plantão para colocar o próximo aspirante a Kadaffi em seu devido lugar e mostrar ao mundo quem é que manda na África.

Lembrando, a propósito, que o próprio Sarkozy que arruinou a Líbia em 2011 junto com Obama e Cameron é descendentes de húngaros (lembrando que a Hungria, sob os auspícios da França e da Inglaterra, perdeu grande parte de seu antigo e histórico território – incluindo Transilvânia, Eslováquia e Croácia – ao fim da Primeira Guerra Mundial por meio do Tratado de Trianon) e isso também não significou o fim do imperialismo francês sob sua presidência. O establishment francês jamais deixaria alguém que quer o fim do franco CFA, por exemplo, ocupar a cadeia presidencial no Palácio do Eliseu.

Em vida, Brizola falava sobre as perdas internacionais que economia brasileira sofria em seu tempo pelos ais diversos meios, incluindo comércio desigual com as nações metropolitanas e pagamentos do serviço de dívidas internas e externas, não raro só pagando juros e amortizações. Pois bem, o Franco CFA promove um esquema de perdas internacionais ao fazer com que grande parte da riqueza produzida em países como Gabão, Burkina Faso, Camarões, Togo, Costa do Marfim e Senegal engorde as contas do tesouro francês em Paris.

Isso não se resume apenas ao dreno de recursos das ex-colônias à metrópole. A situação na África acaba ficando tão depauperada que não raro os africanos tentam buscar melhores condições de vida na própria França.

Nas últimas Copas do Mundo, vimos que a seleção francesa contou com vários jogadores de origem africana, ou mesmo africanos natos. Como é o caso do grande craque do futebol francês hodierno, o meia Kylian M’Bappé, atualmente no Real Madrid. M’Bappé é filho de pai camaronês com mãe argelina. De tal forma que podemos dizer que a seleção francesa das últimas Copas do Mundo é, de certa forma, a seleção da Françafrique.

Obviamente que isso não é exclusividade da seleção francesa, visto que tal fenômeno também ocorre em seleções como a da Alemanha, a da Inglaterra e da Itália (https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/futebol/como-o-fluxo-migratorio-ajuda-a-explicar-sucesso-de-franca-e-inglaterra-na-copa/).

Todos esses jogadores, no fim das contas, por uma série de motivos, deixam de defender as cores das seleções africanas e vão defender a camisa azul e vermelha da França. E mesmo quando defendem as cores das seleções africanas, não raro jogam nos grandes times da Europa Ocidental, nas ligas de países como a Espanha, a Inglaterra e a França. E não em times africanos como o congolês Mazembe (o mesmo Mazembe que venceu o Internacional nas semifinais do Mundial de 2010, por 2 a 0), os marroquinos Raja Casablanca (venceu o Atlético Mineiro nas semifinais do Mundial de 2013, por 3 a 1) e Wydad Casablanca (campeão da Liga dos Campeões da CAF em 1992, 2017 e 2020/2021), o egípcio Al-Ahly  (maior campeão da Liga dos Campeões da CAF, com 12 títulos e mais cinco vice-campeonatos. Venceu o Palmeiras por 3 a 2 nos pênaltis na disputa de terceiro lugar em 2021) e outros tantos.

E mais um detalhe: em 2011 França e Inglaterra invadiram a Líbia junto com os Estados Unidos. E nem por isso tiveram, por exemplo, seus selecionados excluídos das eliminatórias da Eurocopa 2012 (ocorrida na Polônia e na Ucrânia), nem seus clubes excluídos de Liga dos Campeões da Europa e Liga Europa (antiga copa da UEFA), e nem o Grande Prêmio da Inglaterra da Fórmula 1 foi cancelado (lembrando que a França ficou sem receber Grande Premio de Fórmula 1 entre 2009 a 2017, por conta de dificuldades financeiras do autódromo de Magny Cours). Nem foram impedidas de participar dos jogos olímpicos de 2012, ocorridos em Londres. Ao contrário da Rússia, suspensa de inúmeras competições esportivas por conta da invasão à Ucrânia do ano retrasado.

Um comentário:

  1. No tocante a Kadafi, ele também deu dinheiro ao Lula, em sua primeira vitoriosa campanha eleitoral, em 2002.

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