domingo, 28 de outubro de 2018

Golpe "legitimado" nas urnas - o triste fim de uma eleição fraudada (por Lucas Novaes).

Hoje, dia 28 de outubro de 2018, foi ratificada a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial. O ainda deputado federal neoconservador derrotou Fernando Haddad (PT) por cerca de 55% dos votos contra 45% do seu adversário. O que podemos dizer desta eleição?
Sem dúvidas, trata-se da eleição mais fraudulenta de todos os tempos no Brasil (e me refiro não só a corrida presidencial, mas também ás eleições gerais como um todo). É uma fraude porque o povo não teve a liberdade de escolher quem queria. A ditadura judicial, pressionada pelos altos escalões das forças armadas, tratou de excluir da jogada candidatos inconvenientes (o caso mais famoso é, obviamente, o da prisão de Luís Inácio Lula da Silva, mas também podemos falar da inelegibilidade de Anthony Garotinho). E se os brasileiros não podem escolher seus candidatos, então não há democracia neste país. Na verdade, o Brasil está longe de ser um país democrático (esta ilusão vem sendo alimentada pela grande mídia e por grande parte da esquerda).
Todo o processo eleitoral é rigidamente controlado pelo Estado: a começar pelo pífio tempo que os políticos tem para fazer campanha (52 dias). Como é que um candidato ao governo ou ao senado por um estado grande como São Paulo ou Minas Gerais pode se eleger, sendo que para isso tem que primeiro se tornar conhecido por milhões de pessoas em um período curto de campanha, sem dinheiro nem tempo de televisão? Isso sem falar nas leis que regulam aspectos absurdos da disputa como o tamanho dos cartazes de propaganda, quais informações devem estar presentes nos "santinhos", etc.
Desde 2015, quando as movimentações da burguesia para derrubar Dilma Rousseff começaram, os partidos de esquerda brasileiros como PT e PCdoB optaram por lutar contra essas ofensas  pela via institucional. Então vieram as palavras de ordem "Não vai ter golpe", "No senado não passa", "No STF não passa". Todos os gritos de ação falharam. Depois vieram os gritos "Fora Temer" e "Diretas Já". Nada disso aconteceu. Depois, Lula foi preso e não há sinais de que seja solto. E, por fim, um candidato golpista foi eleito ao cargo máximo da nação.
Depois de todos esses acontecimentos nos últimos três anos, nem os mais incautos têm motivos para acreditar nas instituições e no mito de que o Brasil é uma democracia. O Brasil está passando por um processo de colonização cultural e econômica vindo dos Estados Unidos e seus aliados. Esse processo não será parado com o pensamento liberal de crença nas instituições. É necessário rejeitar tanto o discurso americanófilo e sionista da direita como discurso pós-moderno e liberal da esquerda. A luta pela soberania do país é o único caminho para a nossa salvação.
Fontes:

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Aviõezinhos e chefões do tráfico.


Foto – Dario Messer, o elo Lava Jato-Banestado. Que segredos será que o mega-doleiro esconde?
Já faz alguns meses, o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran fez denúncias a respeito do submundo da Operação Lava Jato, que inclui, entre outras coisas, a indústria da delação premiada (da qual estrelas da operação policial fazem parte e ganham propina, entre eles Deltan Dallagnol, segundo as palavras de Tacla Duran) e a prática de prevaricação. Segundo o próprio Tacla Duran em artigo publicado no Conjur, a Lava Jato nada mais é que “uma espécie de poder paralelo que há quatro anos influi na condução da política e da economia do país sem ter mandato e competência para tal. Pressionam o Congresso, o Executivo e o Supremo Tribunal Federal, pisam nas prerrogativas constitucionais dos advogados e criminalizam os defensores como se fossem os únicos a ter legitimidade e o monopólio da ética e da moral”.
Os deputados petistas Wadih Damous e Paulo Pimenta se encontraram com Tacla Duran em pessoa na Espanha. Posteriormente, no final de 2017, o próprio Tacla Duran foi interrogado na CPI da JBS. Os dois deputados tiveram uma oportunidade de ouro para desferir um golpe fatal no esquema do Paraná caso tivessem ido atrás não apenas do elo Lava Jato-Banestado como também do mega-doleiro Dario Messer. Na época do caso Banestado (1996 – 2003), cujas investigações foram presididas pelos mesmos Sérgio Moro e Carlos Fernando dos Santos Lima que hoje comandam a Lava Jato, foram absolvidos no STF por suposta “falta de provas” nada menos que 560 políticos e empresários tucanos, os quais na época do caso enviaram para fora do Brasil por meio de contas CC5 mais de US$ 134 bilhões de propina das privatizações do período FHC. E, entre os poupados do caso Banestado se encontra ninguém menos que o já citado Dario Messer (que teria enviado ilegalmente ao exterior ao menos US$ 1 bilhão no período de 1998 a 2003).
Tivessem o deputado carioca e o deputado gaúcho ido atrás do elo Lava Jato-Banestado e de Dario Messer, o PT teria uma verdadeira bala de prata pronta para ser usada contra Moro e sua camarilha. No mínimo, a camarilha do Paraná estaria em maus lençóis caso tomasse esse tiro, com direito a criação de uma CPI da Lava Jato para investigar todas essas irregularidades. Mas infelizmente não foi isso que se viu e a camarilha do Paraná está ai preparando uma nova delação do Palocci para influenciar o resultado eleitoral. Lula está preso há mais de 200 dias e corre e o risco de a qualquer hora aparecer morto em sua cela.
Mais recentemente, em 21 de outubro de 2018, por meio de uma fala transmitida a manifestantes a favor de sua candidatura na Avenida Paulista, em São Paulo, Jair Bolsonaro soltou a seguinte pérola digna de vestibular: “aqui não terá mais lugar para a corrupção. E seu Lula da Silva, se você estava esperando o Haddad ser presidente para soltar o decreto de indulto, eu te dizer uma coisa: você vai apodrecer na cadeia. E brevemente você terá Lindbergh Farias para jogar dominó no xadrez. Aguarde, o Haddad também vai chegar aí também. Mas não será para visita-lo, será para ficar alguns anos ao teu lado”.
O que mais me estarreceu nessa fala em questão não foram as ameaças de Bolsonaro aos petistas em questão, e sim ele ter dito que “aqui não terá mais lugar para a corrupção” sendo que ele está associado com figuras como o empresário Luciano Hang, o dono das lojas Havan, que em 2015 foi condenado pela Justiça Federal a 13 anos, nove meses e 12 dias de reclusão e ao pagamento de uma multa de R$ 1,245 milhão por crimes contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro. Isso para não falar de outras pessoas com os quais ele está associado, entre eles seu Posto Ipiranga Paulo Guedes, Edir Macedo e tantos outros. Nisso o político carioca se iguala ao juiz Sérgio Moro: fala grosso com ladrões de galinha ao mesmo tempo em que confabula com os verdadeiros bandidos.
Ou seja, sob o governo Bolsonaro não haverá lugar para aquilo que Jessé Souza chama de a corrupção dos tolos, mas juízes e desembargadores fura-teto como Sérgio Moro e Marcelo Bretas continuarão ganhando seus super-salários turbinados por penduricalhos como auxílio-moradia, auxílio-paletó, auxílio-alimentação e outros afins, a indústria da delação premiada continua na Lava Jato e em outras instâncias do Judiciário e da PF, grandes empresários  como o próprio Luciano Hang continuarão sonegando milhões de reais ao fisco e enterrando esse dinheiro em paraísos fiscais, banqueiros e agiotas continuarão enchendo seus bolsos de dinheiro por meio das altas taxas de juro com que se paga o serviço da dívida pública, a Rede Globo continuará lavando dinheiro por meio da Globo Overseas Investments e da DTH (Direct to Home) em paraísos fiscais e subornando dirigentes da FIFA para continuar a ter os direitos de transmissão de eventos esportivos como a Copa do Mundo, as filhas de militares continuarão a desfrutar de polpudas aposentadorias e não se casando para continuar a desfrutar dessa mamata, entre outras falcatruas dos altos níveis da corrupção que continuarão incólumes.
E segundo que se trata de algo bem preocupante. Só digo uma coisa: se um dia o Brasil vier a ser flagelado pela mesma espiral de violência e anarquia que vem flagelando a Líbia desde 2011 e a Ucrânia desde 2014, uma coisa é certa: Bolsonaro terá grande culpa no cartório. E junto com aquele todos aqueles que ajudaram a pari-lo. Incluindo Rede Globo, Lava Jato, Joaquim Barbosa e tantos outros que andaram jogando lenha na fogueira nesses anos todos. Os quais eu espero não saírem mais uma vez impunes como aconteceu em relação ao golpe de 1964.

Foto – Bolsonaro ao lado de Luciano Hang, o dono das Lojas Havan.
Fontes:
Bolsonaro a milhares em euforia: “vamos varrer do mapa os bandidos vermelhos”. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/22/actualidad/1540162319_752998.html?fbclid=IwAR09JNdcQ4dWrU1esVMenBqBW9xvG2VI3fWIgSH755pjK9Kr1gsTOsa_9r8
Dono da Havan é condenado por crime financeiro e lavagem de dinheiro. Disponível em: http://www.mtagora.com.br/economia/dono-da-havan-e-condenado-por-crime-financeiro-e-lavagem-de-dinheiro/83869192
Exclusivo! Importante quadro aposentado envia texto após publicação do Duplo Expresso sobre “morte de Moro”. Disponível em: https://duploexpresso.com/?p=95850
Há quatro anos, poder paralelo da “Lava Jato” influi na política e na economia do país. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2018-jun-14/ricardo-tacla-duran-poder-paralelo-lava-jato
O jejum e a fome. Disponível em: https://duploexpresso.com/?p=91854
PT denuncia Bolsonaro à OEA e a embaixadores de todo o mundo; Lindbergh entra com notícia crime; Haddad vai sozinho a debate na Globo; veja vídeo. Disponível em: https://www.viomundo.com.br/denuncias/bolsonaro-a-oea-e-a-embaixadores-de-todo-o-mundo-lindbergh-entra-com-noticia-crime-haddad-vai-sozinha-a-debate-da-globo-veja-video.html

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Monstros e criadores.



Foto – Os criadores diante da cria.
Imaginemos a seguinte cena ocorrendo em Dragon Ball: milagrosamente, após ativar os androides 17 e 18 nos futuros de onde vieram Cell e Trunks, o Doutor Maki Gero sobrevive após ter sido atacado por suas criações. Passa um tempo, os androides tocam o terror pelo mundo e dizimam grande parte da população mundial. E o próprio Doutor Maki Gero aparece às pessoas pedindo para não entrarem em desespero e pânico e que haja mais amor e compreensão entre elas.
Pois algo similar aconteceu recentemente, mais precisamente na última sexta-feira: Deltan “Power Point da convicção” Dallagnol, uma das estrelas da Operação Lama Jato, lançou a seguinte pérola em sua conta do Twitter: destilando hipocrisia, cinismo e seu farisaísmo típico, postou um vídeo onde pede um “ambiente de menos ódio” para que a “luta no combate à corrupção” possa “edificar um governo mais ético e um país melhor” e que “essa luta não vai adiantar nada se não tivermos um ambiente de paz, tolerância e respeito em relação ao nosso próximo e as opiniões diferentes das nossas”, disse o procurador.
Quem Dallagnol pensa que é para pedir ambiente de menos ódio, de paz e de tolerância sendo que ele, Sérgio Moro, Carlos Fernando dos Santos Lima, Newton Ishii, Marcelo Bretas e companhia limitada, depois de tudo o que fizeram nos últimos quatro anos em conluio com a Rede Globo? Logo ele e sua camarilha, que incendiaram o país, causaram prejuízos bilionários na economia do país, destruíram com a indústria naval, construção civil e a indústria petroleira por meio da tábua rasa feita que fizeram em empresas como a OAS, a Odebrecht e a Petrobrás e em consequência disso geraram milhões de desempregados, ajudaram a derrubar Dilma Rousseff, colocaram Lula atrás das grades, entre outras mazelas.
Pois Dallagnol, Moro e companhia limitada (que estão legando ao país uma ferida da qual será preciso muitos anos, talvez décadas, para ser cicatrizada por completo) são tão culpados por incidentes recentes como o assassinato do mestre de capoeira Moa do Katendê quanto Jair Bolsonaro. Mas sabe como é Dallagnol. Você, assim como Moro, Bretas e companhia limitada, do alto de seus salários muito acima do teto permitido por lei, cargos vitalícios, auxílios-moradias e toda sorte de penduricalhos que turbinam seus salários, em realidade está nem ai para isso, já que o teu já está garantido. Você, que leva uma vida muito distante da maior parte da população do país e que volta e meia circula por altos círculos de poder, certamente lucrando está em meio à crescente miséria que flagela o povo brasileiro.
E o curioso é que Dallagnol (o mesmo Dallagnol que segundo Tacla Duran ganha propina em esquema de delação premiada sob a alcunha de “DD” e participa das chantagens de Zuccolotto, padrinho de casamento do casal Moro) é uma pessoa que se diz um cristão fervoroso temente a Deus. Só que o Deus de pessoas como ele, Marco Feliciano, Jair Bolsonaro, Magno Malta e Silas Malafaia não é o mesmo Deus benevolente e amoroso de Jesus Cristo que age como um pai que zela por sua família ou um pastor que zela por seu rebanho, e sim o Deus cruel, vingativo e impiedoso do Velho Testamento. O mesmo Deus que jogou as pragas sobre o Egito, matou os jovens filhos do faraó e jogou o dilúvio sobre a Terra, entre tantas outras barbaridades. Na verdade, o Deus do Velho Testamento é um verdadeiro demônio. Não é a toa que você nutre tamanho ódio de classe para alguém como o Lula. E não é a toa que essa gente tem tamanha sanha punitivista.

Foto – O criador e suas crias.
Gostaria de aproveitar essa notícia para falar de algo que as pessoas no presente pouco falam. Muito se fala em Jair Bolsonaro e o perigo que ele representa ao país, mas ao mesmo tempo não vejo quase ninguém falar de quem o pariu politicamente. E quem pariu o político carioca (que até a alguns anos era um político pouco expressivo a nível nacional) politicamente? O conluio entre Rede Globo (que também ajudou a parir Bolsonaro por meio da lacração em novelas tais como Malhação e Orgulho e Paixão, algo que vem fazendo desde os anos 1990) e Operação Lama Jato (que Haddad recentemente disse que pretende dar continuidade caso seja eleito) e toda a criminalização da política por eles feita desde 2014. Análogo ao que se viu na Itália por meio da Operação Mãos Limpas, que pariu Silvio Berlusconi ao enfraquecer as principais forças políticas da nação peninsular.
A meu ver, tão importante quanto colocar um freio em Bolsonaro é colocar um fim na Operação Lama Jato e todo o mal que vem causando ao país desde 2014. E meios para isso não faltam, já que Sérgio Moro (o mesmo Moro que recentemente foi elogiado por Fernando Haddad) e sua camarilha em seu armário muitos esqueletos escondem. Começa pelo caso Banestado (que não custa lembrar foi arquivado pelo próprio Moro quando ele, após prender os laranjas do esquema, deu de cara com seus bandidos de estimação do tucanato) e chega até as denúncias de Tacla Duran sobre a prática de prevaricação e indústria da delação premiada na própria Lama Jato, passando pelo envolvimento de sua esposa com a roubalheira nas APAEs do Paraná, as palestras de Dallagnol e suas relações com o mega-doleiro Dario Messer (que trabalhou junto com ele e Yousseff no Banestado e hoje mora no Paraguai). Infelizmente, os “deputados combativos” do PT Paulo Pimenta e Wadih Damous, após se encontrarem com Tacla Duran, não foram atrás dos elos Lama Jato-Banestado e Sérgio Moro-Dario Messer, algo primordial para o desmantelamento do esquema do Paraná.
Isso para não falar das várias vezes em que passaram por cima da lei ao largo da Lama Jato. Citemos dois episódios em específico para não nos alongarmos muito: o da divulgação na Rede Globo dos áudios da então presidente Dilma Rousseff e de Lula em 2016 e o desrespeito à ordem de soltura de Lula, determinada pelo desembargador Rogério Favreto. No primeiro incidente, Moro desrespeitou a lei 9296/96 com a divulgação dos áudios, e caso a lei fosse cumprida era para no mínimo ter sido exonerado de seu cargo. Caso nos EUA que ele tanto admira divulgasse uma conversa do Trump com o Obama ou qualquer outro figurão do Partido Republicano na Fox News ou na CNN, tomaria cadeira elétrica. E no segundo incidente, Moro (em conluio com Raquel “esquivar-se” Dodge e os desembagrinhos do TRF4) cometeu um triplo crime: não cumpriu ordem de soltura vinda de uma instância superior (e assim desrespeitando a hierarquia jurídica e a Constituição), abusou de sua autoridade ao dar um despacho ilegal e uma ordem a um delegado federal para não cumprir o ato de soltura e cometeu prevaricação ao deixar de realizar um ato de ofício para satisfazer um interesse pessoal (e assim colocando sua vontade acima das leis brasileiras).

Foto – O Power Point da Lava Jato.
E não custa lembrar-nos do julgamento do mensalão em 2012, onde Joaquim Barbosa (vulgo Uncle Tom), o mesmo Joaquim Barbosa que recentemente foi sondado por Haddad para ser ministro da justiça casa o petista se torne presidente (e que esnobou a proposta de Haddad), condenou junto com Rosa Weber José Dirceu e José Genoíno sem provas (e o próprio PT nem os defendeu, diga-se de passagem). Para condená-los, foi utilizada a teoria do domínio do fato, de origem germânica, sob a alegação de que o petista teria conhecimento dos crimes devido a seu alto cargo que ocupava na época do escândalo, além de terem sido cometidos aparentemente por subordinados seus (o jurista alemão Claus Roxin, um dos desenvolvedores da teoria, na época repudiou o uso que foi feito da teoria do domínio do fato). Foi lá que o ovo da serpente chamada Lama Jato e todas as suas arbitrariedades jurídicas foi chocado. Em outras palavras, o que foi feito em 2012 com Dirceu e Genoíno nada mais foi que um balão de ensaio para que o foi feito com Lula seis anos mais tarde. Assim sendo, Joaquim Barbosa também pariu Jair Bolsonaro, ainda que indiretamente.
E sem esquecer obviamente da ala jurídica do PT. Ou seja, a ala da qual fazem parte pessoas como Aloísio Mercadante, Tarso Genro e José Eduardo Cardozo (vulgo Zé da Justiça), que nesses anos todos criaram todo o aparato legal (a começar pela lei da ficha limpa, que a época de sua criação apenas o PCO teve a coragem de criticar dentro da esquerda) que propiciou não apenas o surgimento como também toda a truculência jurídica e policial da Lama Jato. Diga-se de passagem, nunca vi a Lama Jato incomodar o Zé da Justiça (o qual igualmente sempre foi poupado de críticas da parte do PIG. Apenas vi Paulo Henrique Amorim e mais alguns gatos pingados o criticar) e outras figuras ligadas ao “PT jurídico” (apud Luiz Moreira). E talvez isso em parte ajude a explicar o real motivo pelo qual o PT não tem tantos procurados na Lama Jato em comparação a outros partidos. A meu ver, um destino similar ao que o PTB teve após cair nas mãos de Ivete Vargas aguarda ao PT: tornar-se um partido com verniz de esquerda e conteúdo de direita. E assim a pessoas como José Dirceu e José Genoíno apenas restará fazer o que Brizola fez quando criou o PDT.
Também faço aqui uma menção honrosa aos nossos queridos e ilustres manifestoches que não raro aparecem nas ruas trajando camisas verde-amarelas com os dizeres “Meu partido é o Brasil” (ou seja, o Brasil do 1% mais rico, da Casa Grande e Senzala). Eles, que vaiaram e xingaram a Dilma em pleno Itaquerão no jogo de abertura da Copa do Mundo 2014, bateram panelas, acharam muito bonito o lawfare da Lama Jato contra petistas e políticos de outros partidos de sua aversão, foram às ruas vestidos de verde e amarelo pedir intervenção militar, a queda de Dilma, dar apoio ao Judge Murrow e que comemoraram não apenas a condenação de Lula no TRF4 como também sua prisão. E que não percebem que Moro e sua Lama Jato nada mais fazem que prender ladrões de galinha para acobertar os verdadeiros bandidos (afinal, ela é parte da corrupção do sistema. Ou seja, a corrupção da intermediação financeira, o mais alto nível da corrupção). E mal sabem eles que aqueles que delataram Lula tiveram suas penas bem reduzidas e hoje vivem em hotéis de luxo (entre eles Alberto Yousseff, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró). Eu não vou admitir vê-los chateados e indignados a hora que Bolsonaro ou algum outro político de sua predileção sofrerem a mesma injustiça que Dirceu, Genoíno, Lula e outros da esquerda sofreram nas mãos desses meganhas de toga. É por causa de pessoas como vocês, que acham que tudo vale para se combater a corrupção (incluindo destruir a economia do país e passar por cima de direitos e garantias legais da Constituição) que o reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo da UFSC se matou.
Como Paulo Henrique Amorim disse em recente vídeo, Bolsonaro é Moro, e Moro é Bolsonaro. Afinal, muitos dos que votam em Bolsonaro demonstram simpatia pelo Judge Murrow e a Operação Lama Jato. Afinal, Bolsonaro, que nada mais é que um tucano de retórica truculenta e sem pose de bom moço, no essencial defende as mesmas coisas que os tucanos com os quais o Judge Murrow é ideologicamente ligado defendem em áreas como a economia e a política externa. Não se de estranhar que o antigo eleitorado tucano tenha migrado em massa para Bolsonaro. E, diante dos últimos incidentes de violência de extrema direita, o Brasil caminha a passos largos para ter o mesmo que a Ucrânia teve após o infame Euromaidan em 2014 e países como a Líbia, o Egito e a Síria tiveram após a igualmente infame Primavera Árabe a partir de 2011. Afinal, o Euromaidan começou com liberais na rua pedindo a queda de Janukovič e terminou com neonazistas tocando o terror contra os russos do leste do país e outros grupos étnicos minoritários do país. A Primavera Árabe também começou com liberais nas ruas e terminou ou em golpe militar (caso egípcio), invasão da OTAN seguida de fragmentação política do país e estado de anarquia (caso líbio) ou em escalada de violência salafista em vários pontos do país (caso sírio; essa última já devida contida e até mesmo revertida).
Por fim, gostaria de dizer o seguinte não apenas a Dallagnol e sua turma como também à Rede Globo, aos manifestoches e a ala jurídica do PT: Segura que o filho é vocês! Vocês criaram o monstro, agora arquem com as consequências. Quem tem que pagar o pato da FIESP são vocês.
E Haddad, por um acaso você enlouqueceu ao sondar Joaquim Barbosa para ministro da justiça, Rodrigo Janot para o STF junto com o Zé da Justiça, falar que sob seu governo Lama Jato continua e elogiar o Judge Murrow? Se você acha que assim vai conseguir atrair o voto verde e amarelo para si está redondamente enganado, pois não apenas a turma verde-amarelo não vota no PT de forma alguma como também perderá milhares, talvez milhões, de votos do eleitorado que vota em seu partido. E não só isso como também você recentemente sondou FHC. Pois isso que você está fazendo nada mais é que a mesma coisa que o He-Man procurar a ajuda do Mum-Ra para vencer o Esqueleto. O Ryu e o Ken procurarem a ajuda do Geese Howard para vencer o Bison (Vega no original). O Jaspion procurar a ajuda do Rei Bazoo ou do Monarca La Deus para vencer o Satan Goss. O Chapolin Colorado procurar a ajuda do Pistoleiro Veloz ou do Pirata Alma Negra para vencer o Tripa Seca e seu bando. O Batman procurar a ajuda do Coringa para vencer o Pinguim. Ou quem sabe o Lion-O procurar a ajuda do Vingador ou do Gargamel para vencer o Mum-Ra e os mutantes. Mais cedo ou mais tarde quem vai se dar muito mal nessa história é você. Ou será que, como diz o ditado, caroço há nesse angu? Será que a ala jurídica do PT, que nesse tempo todo tem agido como uma sexta coluna, na verdade está mancomunada com a camarilha de Curitiba nesse processo golpista? E será que Haddad na verdade entrou nessa para perder de fato?

Foto – Charge: Lama Jato.
Fontes:
Acabou a brincadeira: Lava Jato não tem “meninos” e Curitiba não é República. Disponível em: https://www.ocafezinho.com/2017/05/06/acabou-brincadeira-lava-jato-nao-tem-meninos-e-curitiba-nao-e-republica/
Campanha de Bolsonaro usa imagem de Moro e ataca ministros do STF. Disponível em: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/371987/Campanha-de-Bolsonaro-usa-a-imagem-de-Moro-e-ataca-ministros-do-STF.htm
Conheça os crimes de Moro e inscreva-se neste e em nosso canal Lula livre. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iR8YNJoG6oU&ab_channel=PauloAndradeCastro
Estranha relação: Deltan Dallagnol é um milionário palestrante para a iniciativa privada. Disponível em: https://luizmuller.com/2018/08/21/estranha-relacao-deltan-dallagnol-e-um-milionario-palestrante-para-a-iniciativa-privada/
Haddad: Sérgio Moro ajudou o Brasil, mas “errou” na sentença de Lula. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/10/17/haddad-moro-lava-jato-lula-entrevista-sbt.htm
O jejum e a fome. Disponível em: https://duploexpresso.com/?p=91854
Por que Haddad não defende Lula? Disponível em: https://duploexpresso.com/?p=99910
Rosangela Moro – a mulher por trás do “mico”. Disponível em: https://duploexpresso.com/?p=96500
Sérgio Moro & Dario Messer, o doleiro: o elo “perdido” – e explosivo – ligando Lava Jato e Banestado. Disponível em: https://duploexpresso.com/?p=93103


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O verdadeiro kit gay do qual Bolsonaro não fala.



Foto – Uma bela de uma torta na cara daqueles que enxergam comunismo em tudo quanto é canto e que olham o Ocidente “livre e democrático” como o exemplo no qual o Brasil deve se espelhar: em azul, os países mais tolerantes ao homossexualismo e a ideologia de gênero que eles dizem abominar. Em amarelo os neutros, e mais próximo dos vermelhos os intolerantes.
Nos últimos anos, o hoje presidenciável Jair Bolsonaro muito alarde vem fazendo em torno de um famigerado kit gay (incluindo a entrevista à Rede Globo) que seria entregue pelo MEC em diversas escolas brasileiras. Mas não é sobre isso que vou falar neste presente artigo, já que muitos já se pronunciaram sobre o tema (entre eles Leonardo Stoppa).
Como o ilustre Cristiano Alves fala em um de seus vídeos no canal Vozcom, Bolsonaro fala muito do kit gay da MEC (que na verdade é um projeto de combate à homofobia dentro das escolas que inclusive não é criação original brasileira, e sim uma importação vinda da Europa e dos Estados Unidos tanto admirados por Bolsonaro. Diga-se de passagem, o livro que ele mostrou na entrevista à Rede Globo é um livro francês sobre sexualidade), mas não abre a boca para falar do kit gay de grandes conglomerados midiáticos como a Disney, a HBO, a Globo e o Netflix. E é sobre esse kit gay do qual o político do PSL nunca vi falar de que vou falar no presente artigo. Em outras palavras, do verdadeiro kit gay. Em comparação ao kit gay dos grandes conglomerados midiáticos, o kit gay do MEC é café pequeno. Começa pelo simples fato de que a criança tem um contato muito maior e mais direto com o kit gay dos grandes conglomerados midiáticos que com o kit gay do MEC. E que uma Rede Globo, uma Disney, uma Nickelodeon ou uma HBO tem um poder de promover mais-valia ideológica (parafraseando Ludovico Silva) muito maior que qualquer professorzinho de uma escola perdida no meio do país.
Enquanto o Brasil se diverte com as eleições, a novela Malhação, da Rede Globo, mostrou no episódio do dia três de outubro de 2018 um beijo entre os personagens Michael (interpretado por Pedro Vinícius) e Santiago (Giovanni Dopico). Essa foi a primeira vez que a Vênus Platinada exibiu um beijo gay na novela Malhação, no ar já há 23 anos. Dias antes, mais precisamente em 12 de setembro, tivemos o beijo entre Luccino (Juliano Laham) e Capitão Otávio (Pedro Henrique Müller) na novela Orgulho e Paixão. E em dois de janeiro do presente ano houve um beijo lésbico na mesma Malhação protagonizado por Lica (Manoela Aliperti) e Samantha (Giovanna Grigio).
E isso é apenas a ponta do iceberg. A Rede Globo tem todo um histórico de lacração em suas novelas que remonta aos anos 1990, quando o governo Clinton nos Estados Unidos decidiu levar a frente a agenda dos chamados “direitos GLBT”. Começou com a novela “A Próxima Vítima” em 1995, que trouxe uma dupla de homossexuais, um negro (o qual era o único que era positivamente tratado em uma família negra) e um indígena. Posteriormente, passou a incluir travestis (geralmente interpretados por galãs de novelas) e até mesmo lésbicas (inicialmente secundárias, posteriormente personagens principais nas tramas a ponto de encerrar episódios com “casamento lésbico” e até mesmo beijo na boca). Depois que as lésbicas se tornaram clichê, galãs de TV foram chamados para fazer papéis de gays.
Em grande medida, a explosão da cultura GLBT no Brasil (principalmente em grandes cidades) se deve ao avassalador bombardeio à que a população tem sido submetida nos últimos dois decênios e que segue até os dois de hoje. Eu até hoje nunca vi Bolsonaro soltar um único piu a esse respeito. E o que é mais trágico: no site onde li a notícia vi pessoas que se dizem de esquerda (incluindo pessoas que vão votar no Haddad) aplaudindo a Rede Globo (a mesma Rede Globo que na Copa do Mundo na Rússia em 2018 tomou partido de grupos locais a favor da ideologia da sodomia e que recentemente apoiou não apenas o impeachment de Dilma como também fez feroz campanha para Lula ser preso) por suas lacrações nessa e em outras novelas. Assim apenas alimentam o fenômeno Bolsonaro.

Foto – O beijo gay recente em Malhação.
E quem pensa que o bombardeio da cultura GLBT por meio dos grandes meios de comunicação é uma jabuticaba exclusiva do Brasil está muito enganado. Como também muito enganado está quem pensa que isso é coisa de país comunista (ou que eles acham que é comunista) como a finada União Soviética, China, Coreia do Norte, Cuba (o qual apenas recentemente aderiu à cultura GLBT no contexto da abertura das relações com os Estados Unidos), Venezuela e outros. Isso é coisa do Ocidente “livre e democrático” que eles tanto admiram e que acham que esse é o exemplo no qual o Brasil tem que se espalhar.
A temática GLBT aparece em seriados como Vikings, do The History Channel, onde vemos a esposa do protagonista, Ragnar, se envolver em um relacionamento lésbico após se desiludir com os homens de sua tribo. Em Glee vemos o personagem hooligan se assumir como homossexual no final do seriado e se descobrir apaixonado pelo mesmo garoto que ele tanto importunava. Também aparece em outros seriados como Game of Thrones (que até agora teve cinco cenas de sexo GLBT), Sherlock e tantos outros. Geralmente, tais personagens aparecem a partir da terceira temporada de um sitcom, pois é a partir desse ponto que começam a perder audiência.
Outra empresa que também embarcou na onda GLBT é a Disney (a mesma Disney que no presente ano lançou em seus parques de diversão orelhas arco-íris de um de seus mais icônicos personagens, o Mickey Mouse, as chamadas “Mickey Mouse Rainbow Love”). No ano passado, no sitcom Andi Mack o personagem Cyrus Goodman, de apenas 13 anos, assume que não apenas era homossexual como também apaixonado por um amigo, além de uma cena de um beijo entre dois homens (junto com outros beijos) aparece em um episódio do desenho Star vs as forças do mal. Esse foi o primeiro beijo gay na história dos desenhos do conglomerado midiático norte-americano.

Foto – Beijo entre dois homens em um episódio do desenho “Star vs as forças do mal”.
Também nunca vi Bolsonaro soltar um piu a esse respeito. Mas já vi manifestação de Silas Malafaia a esse respeito. Segundo o pastor carioca, a Disney almeja com isso sexualizar as crianças, como também disse que ensinar sexualidade às crianças é “a coisa covarde que tem”, que “se a Disney tem o direito dessa aberração e nós temos o direito de combater isso” e até chegou a sugerir um boicote à Disney. Isso gerou uma polêmica com Felipe “malakoi do hebraico” Neto. Ironicamente, o mesmo Felipe Neto que há oito anos falou que chegaria o dia em que ser heterossexual se tornaria algo errado veio em defesa da Disney nesse episódio. O garoto colorido chegou ao ponto de dizer que irá fazer campanha publicitária gratuita para qualquer empresa que Silas Malafaia resolvesse promover boicote por meio de seus fiéis.
O bombardeio da ideologia sodomita não se limita apenas à divulgação nas redes televisivas. Começou nos anos 1970, por meio de artistas como Freddy Mercury, David Bowie, Mick Jagger, Madonna e outros. Na época, o artista ter uma sexualidade não tradicional era geralmente mostrado como algo “chique” e glamourizado. Mas sofreu um baque nos anos 1980 por causa da AIDS e aos poucos só voltou a recuperar força a partir dos anos 1990. No cenário musical brasileiro atual, o grande ícone sodomita é o travesti Pablo Vittar. Entretanto, o que poucos sabem é que Pablo Vittar não é um produto genuinamente nacional. Em realidade, Pablo Vittar é um genérico tupiniquim pré-fabricado pela grande mídia da drag queen austríaca de origem turca “Conchita Wurst” (nome artístico de Thomas Neuwirth), que se notabilizou por vencer o concurso Eurovision em 2014, onde atuou como uma mulher barbada.

Foto – Conchita Wurst, a mulher barbada austríaca e pai artístico de Pablo Vittar.
E quem está por trás de todo esse bombardeio massivo de ideologia da sodomia? Tudo isso é parte dos planos de engenharia social da parte de figuras como a fundação Ford e o megaespeculador George Soros e sua ONG Open Society. Ou seja, dos chamados Senhores do Mundo, que pertencem ao 1% mais rico do globo e que concentram em suas mãos mais da metade da riqueza global, dentro de um esforço de manutenção de seu status quo senhorial ad eternum. Políticos de esquerda como o uruguaio José Mujica, assim como os ativistas e artistas que advogam esse tipo de ideologia nada mais são como se fossem os bonecos que aparecem na peça de um teatro de marionetes.
Geralmente, quando políticos demagogos como Jair Bolsonaro falam dessa gente nunca falam quem é o manipulador dos fantoches que está por trás das cortinas. É a mesma coisa que, por exemplo, em Dragon Ball você falar do Zarbon, do Dodoria, do Kiwi e das Forças Ginju sem fazer do Freeza. Em Inujaša você falar da Kagura, da Kanna, do Bjakuja e do Hakudoši sem falar do Naraku. Em Street Fighter você falar do Sagat, do Vega (originalmente Balrog), do Balrog (originalmente M. Bison) e das dolls sem falar do M. Bison (originalmente Vega). Ou em Changeman você falar do pirata espacial Buba, da Šima, do Giluke e da Ahames sem falar do rei Bazoo. Ou seja, eles falam dos empregadinhos sem falar do chefão, do boss.
No que tange à emissora da família Marinho (que é a verdadeira e grande responsável pela destruição dos valores morais da sociedade brasileira), Bolsonaro em seu programa de governo diz que não vai fazer a regulação os meios de comunicação sob a alegação de censura. Mal ele sabe que essa mesma mídia que ele quer deixar intocada pode cedo ou tarde promover a mesma guerra informativa em conluio com STF e Lama Jato tal qual feito com Lula e Dilma. E sem reduzir o poder do monopólio midiático a Globo e outros veículos midiáticos continuarão pintando, borbando, tripudiando e lacrando em suas novelas, sitcons e desenhos e fazendo pouco caso dos valores familiares da sociedade brasileira.
Ou seja, de nada vai adiantar colocar um fim ao kit gay do MEC sem reduzir drasticamente junto o poder do monopólio dos meios de comunicação. Bolsonaro também nada fala sobre desmantelar as ONGs pagas pelo capital multinacional que operam em solo nacional e que financiam causas como ideologia da sodomia e liberação do aborto e da maconha, tal como feito por países como Rússia, Hungria e Polônia (os quais chegaram a fechar e proibir o funcionamento de departamentos de estudos de gênero em universidades). Querer combater o kit gay do MEC sem combater o kit gay de grandes conglomerados midiáticos como a Disney, a Globo, a HBO e o Netflix e as ONGs pagas pelo dinheiro de multimilionários como George Soros que difundem tais pautas como Bolsonaro e seus partidários propõem é o mesmo que querer combater o narcotráfico só prendendo os aviõezinhos que vão às ruas distribuir a droga e depois ganham uma gorjeta pelo serviço sujo feito, sem ir até a boca de fumo onde está o traficante. Ou mesmo querer arrancar fora de um solo uma erva daninha sem arrancar sua raiz fora junto.

Foto – Mujica[1] e George Soros: o fantoche e o manipulador, o empregado e o boss.
Fontes:
A ideologia da sodomia [livro eletrônico]. Disponível em: https://apaginavermelha.blogspot.com/2018/08/a-ideologia-da-sodomia.html
Cinco cenas de sexo gay que provam que Game of Thrones é a série mais inclusiva da TV. Disponível em: https://hornet.com/stories/pt-pt/game-of-thrones-sexo-gay/
Como a esquerda criou Bolsonaro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RO7uwiarE6I&ab_channel=VozCom
Como os homossexuais enterraram o comunismo no Brasil. Disponível em: https://apaginavermelha.blogspot.com/2017/09/como-os-homossexuais-enterraram-o.html
DISNEY E SILAS MALAFAIA [+13]. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0vkVGUi-NM4&t=14s&ab_channel=FelipeNeto
Disney exibe primeiro beijo gay de desenhos animados. Disponível em: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/disney-exibe-beijo-gay-pela-primeira-vez-em-desenho-animado.ghtml
Disney lança orelhas do Mickey com bandeira do orgulho LGBT. Disponível em: https://igay.ig.com.br/2018-04-26/lgbt-disney-orelhas-mickey.html
Pr. Silas Malafaia: Protesto! A Disney quer erotizar crianças com homossexualismo! Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kcMd91V5gEk&ab_channel=SilasMalafaiaOficial
O mito e o homem no político Bolsonaro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AW2CATarpFk&ab_channel=MarcusValerioXR
Sociedade – o frenesi dos avatares coloridos e a doutrina dos manipulados. Disponível em: https://apaginavermelha.blogspot.com/2015/11/sociedade-o-frenesi-dos-avatares.html

NOTA:


[1] Leia-se “Murrica”. No espanhol, a partícula j, assim como o g quando sucedido por e ou i tem som de r aspirado.

sábado, 13 de outubro de 2018

A sexta coluna interna do PT, parte IV: a transformação verde-amarela.



Foto – O novo logo do PT.
Recentemente, o PT, em meio à campanha presidencial para o segundo turno das eleições presidenciais 2018, lançou um novo logo. Nesse novo logo vemos a troca da tradicional cor vermelha petista por um novo logo verde e amarelo. Junto com o novo logo também veio uma nova foto de campanha onde não se vê a figura do ex-presidente Lula e sem os dizeres “Haddad é Lula 13”. Agora é só Haddad e Manuela d'Ávila e nada mais. O que falar a esse respeito?
No mínimo, preocupante. Será isso uma manobra da parte do próprio PT querendo fazer agrado ao eleitorado reacionário ao adotar o verde-amarelo dos patos amarelos (verde amarelo esse que nada mais é que a defesa do Brasil do 1% mais rico. Ou seja, do Brasil da Casa Grande e Senzala)? Só falta daqui a pouco anexar um “meu partido é o Brasil” nesse mesmo logo em futuras propagandas. Pois se for isso, uma coisa é certa: o PT está muito iludido se acha que vestindo a camisa dos patos amarelos e fazendo acordos com os Bolsonaros chiques (ou seja, PSDB, PMDB, DEM e partidos afins) vai vencer o Bolsonaro bruto e assim conquistar o voto de ao menos parte do eleitorado do político carioca.
Ou será que isso em realidade vem confirmando o que o Duplo Expresso e o camarada Rui Costa Pimenta vêm falando há tempos a respeito da existência de uma sexta coluna (parafraseando Dugin) dentro do seio do próprio Partido dos Trabalhadores (e não duvido que essa ideia “genial” tenha saído da “brilhante” mente do José Eduardo Cardozo, o nosso querido e ilustre Zé da Justiça)? Assim sendo, a sexta coluna interna do PT, pelo visto, está começando a mostrar suas próprias garras e a que realmente veio. Ou seja, que podemos estar vendo o prenúncio de um golpe interno dentro do próprio PT.
Em meu entendimento, já está bem claro o que o PT jurídico almeja: rifar Lula, deixá-lo apodrecer na cadeia (e se eventualmente ele vir a morrer nas masmorras do Paraná cinicamente no máximo vão soltar uma nota de lamento pelo ocorrido), tomar conta do próprio PT e assim transformar o PT em um partido elitista, similar a PMDB, PSDB, PTB, DEM, PSL e outros tantos. Ou seja, expurgar o PT de seu histórico conteúdo popular-trabalhista. Dessa forma, o PT está fazendo uma grande guinada à direita e se tornando mais um partido dentro da política brasileira. Destino um tanto similar ao que teve o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) depois do fim da ditadura civil-militar (cuja sigla foi entregue à oportunista Ivete Vargas pelo general Golbery do Couto e Silva em detrimento do grupo de Brizola) aguarda o PT com isso.

Foto – O antes: Haddad é Lula 13.
Fala-se também que o PT está mudando. Discordo disso. Como o PT pretende retomar o espaço que vem perdendo desde 2012 abandonando suas raízes trabalhistas, sua militância e se tornando mais um partido dentro do sistema? E como Haddad pretende se eleger presidente sem, para começo de conversa, colocar a prisão ilegal do ex-presidente Lula no centro do debate político (a ponto de dizer que o problema de Lula era de natureza jurídica e não política e que não há conspiração contra Lula, mas tão somente erro jurídico. E assim dando legitimidade à condenação do ex-presidente e silenciando sobre a meganhagem de toga que ajudou a parir Bolsonaro)?
E o que é pior, Haddad, recentemente visitou Joaquim Barbosa (o mesmo Joaquim Barbosa que foi o algoz do PT no julgamento do mensalão há seis anos) sob a alegação de procurar os melhores quadros para combater a corrupção e em recente pronunciamento enalteceu o Estado Policial e prometeu fortalecer ainda mais o Estado Policial aqui estabelecido. A ponto de falar que continuam a Lava Jato (a mesma Lava Jato que além de arruinar economicamente o Brasil por meio da tábua rasa feita à empresas como a Odebrecht e a Petrobrás colocou a pecha de organização criminosa na testa do PT e que jogou nas masmorras de Curitiba a maior liderança popular brasileira), o apoio à Polícia Federal, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário continua no combate à corrupção (a corrupção dos tolos, obviamente). Desse jeito, só vai alimentar o monstro que cedo ou tarde irá lhe devorar (além de em muitas pessoas, a mim incluso, causar desânimo em querer nele votar), além de assinar um atestado de burrice. Mas o que esperar de alguém que olha a questão de forma similar a que olham pessoas como Deltan Dallagnol e Jair Bolsonaro (o que pode ser conferido no artigo publicado por ele na edição nº 129 da revista Piauí)?.
A meu ver, Haddad precisa para o ano passado ler o livro “A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato”, de Jessé Souza (entre outras obras do sociólogo potiguar). Ele, que tem como referenciais teóricos autores como Sérgio Buarque de Holanda e Raymundo Faoro e que engole toda a mistificação da realidade (vide conceitos como patrimonialismo e homem cordial, onde apenas o Estado é visto como corrupto e o “mercado” como o espaço das virtudes por excelência) feita pelos expoentes do liberalismo conservador tupiniquim e que ao sistema vigente é bem conveniente.

Foto – E o depois: só Manuela D’Ávila e Fernando Haddad juntos.
Jessé Souza fala que um dos grandes problemas da esquerda brasileira é o fato de que ela não possui suas próprias narrativas e reproduz as narrativas da direita (sobre o qual já falamos anteriormente). E isso é o que a meu ver deu margem para em vida Brizola e Darcy Ribeiro classificarem o PT como “esquerda que a direita gosta” e “UDN de macacão”. Exemplo ilustrativo do problema da carência de narrativas próprias de expressivos setores da esquerda brasileira pode ser visto no tweet abaixo que eu achei navegando pela Internet:

Foto – Mensagem de Twitter comparando Hugo Chávez com Bolsonaro.
É por causa de uma esquerda como essa, que reproduz o discurso e as mentiras do sistema como se fosse um papagaio amestrado, que o imperialismo pode fazer as barbaridades que fez com países como o Iraque, a Líbia, a Síria, a Venezuela, o Irã, o Afeganistão, a Palestina, a ex-Iugoslávia, a Ucrânia e tantos outros. E é por causa de uma esquerda como essa que nunca que os militares do país deixarão de seguir e serem cooptados pela cartilha ideológica vinda da Nova Cartago e todo o pacote nela contido. E esse é um dos vários pontos onde pode ser visto o abismo qualitativo entre a esquerda no Brasil e na Venezuela.
Ao renunciar a seus símbolos em plena campanha eleitoral e vestir a camisa verde-amarela do adversário, a chapa Haddad-Manuela dá um atestado de frouxidão e mostrando que é o melhor cabo eleitoral que o político carioca jamais poderia sonhar em ter.
Fontes:
Fernando Haddad – “Vivi na pele o que aprendi nos livros: um encontro com o patrimonialismo brasileiro”. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/vivi-na-pele-o-que-aprendi-nos-livros/
Haddad diz esperar apoio de tucanos: “há social-democracia ainda no PSDB”. Disponível em: https://www.facebook.com/groups/1660530967346561/?multi_permalinks=1983802965019358&notif_id=1539403764482028&notif_t=group_highlights
O “verde amarelismo” não derrota o fascismo – colunistas da COTV, por Natália Pimenta. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WdBYAcnomr0&t=106s&ab_channel=CausaOperariaTV
Por que Haddad não defende Lula? Disponível em: https://duploexpresso.com/?p=99910
PT diminui Lula e a cor vermelha nos materiais de campanha de Haddad. Disponível em: https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/eleicoes/2018/10/10/haddad-lula-manuela-campanha-cores-logotipo-pt-vermelho.htm