segunda-feira, 25 de maio de 2020

Land Lease ao contrário ou como o Ocidente ajudou a Hitler (texto traduzido do russo).



Foto – protesto nos EUA (provavelmente de 1938) contra Henri Ford por ter recebido uma medalha nazista.
Quando nós trabalhamos em uma série de artigos sobre o Land Lease, periodicamente surgiram fatos, nos quais simplesmente se recusa a acreditar. O país, que é um dos vencedores do fascismo, o país, que forneceu armamento e equipamentos aos aliados (e bons equipamentos!) na luta contra Hitler e o exército dele, o país, ao qual nós somos gratos pelos abastecimentos de um grande número de coisas necessárias para a guerra, ajudou a nossos inimigos a nos golpear.
Paradoxo, verdade? Mas, infelizmente, o fato é evidente. Falaremos sobre isto.
Aqui, saiba, involuntariamente se lembra dos 300% de lucro do “Capital”, pelos quais o capitalista cometerá qualquer crime, qualquer vileza. O dinheiro não cheira. E muito dinheiro, mesmo obtido através de um crime, para alguns exala os belos odores de Coco Chanel.
Talvez, inclusive por isso os EUA se saíram como os vitoriosos dessa guerra? Não como vencedores do fascismo, mas como aqueles que receberam os maiores dividendos da vitória comum. Enquanto a Europa e a URSS esmagavam a Alemanha, perderam recursos materiais e humanos, destruíram cidades e pontos povoados, os EUA “fizeram dinheiro”.
“Fizeram dinheiro” para que com este mesmo dinheiro escravizar a Europa logo. Tanto os vencidos, quanto os vencedores. Hoje nós podemos com certeza dizer que sim, aconteceu.
Bem frequentemente emerge a questão como estão relacionadas as companhias americanas com os fascistas? Como é possível ganhar dinheiro quando a “parte visível do iceberg”, o que o leigo inexperiente vê, de forma alguma não está interligada com a outra? Onde está aquele mecanismo, por meio do qual se operou a ligação das companhias americanas e a Alemanha nazista?
Como escreveu V. I. Lenin: “Há tal partido!”. E ninguém oculta tal papel, que este “partido” desempenhou durante a Segunda Guerra Mundial. Este instrumento se chama Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements [BIC]). Este banco foi criado em 1930, os fundadores – os bancos centrais de cinco nações europeias. Grã-Bretanha, França, Bélgica, Itália, Alemanha.
Os fins desse banco eram os mais pacíficos e progressistas. A facilitação de acordos internacionais e a cooperação entre os Bancos Centrais das principais potências mundiais. A propósito, é amplamente sabido hoje que o FMI conduz apenas parte das funções que o BIS cumpria à época.
Vejamos mais além. Por enquanto as ligações não são visíveis. Não tem Banco Central Americano nos co-fundadores. Mas já tem três bancos americanos privados. Três! Há também um banco privado japonês. Então apareceu a ligação. De lá, onde oficialmente atuavam Bancos Centrais estatais são introduzidos bancos privados. Os EUA parecem estar fora da jogada.
A história sobre a qual opera este mecanismo, - abaixo. Por enquanto um fato pequeno, mas interessante e aterrorizante. Fato sobre o qual não é habitual falar hoje. Como se isso não aconteceu.
Lembram-se das imagens aterradoras do cine-jornalismo dos campos de concentração, quando mostram depósitos de coisas douradas tiradas junto aos presos, coronas douradas arrancadas e outras coisas?
Lembram-se das imagens de remoção de ouro de apartamentos, museus, coleções para a Alemanha? E para aonde foi parar tudo isso depois da derrota da Alemanha? Onde está o ouro dos cadáveres? Onde está o ouro do Reich, obtido por tal meio desumano?
A resposta, embora parcialmente, pode-se encontrar nos arquivos da Alemanha.
Começando a partir de 1942 o Reichsbank começou a derreter ouro em barras com peso de 20 quilogramas cada. Desta maneira coroas dentárias se tornaram barras de ouro. E então estas mesmas barras o Reichsbank  depositou no BIC.
Mesmo a soma, na qual foram feitas tais investimentos, é conhecida. Sabendo a cotação do custo do ouro nesse período, é possível calcular o número de ouro. 378 milhões de dólares! Com dólares mesmo, não com os pedaços de papéis atuais. E este ouro através do Banco Internacional de Compensações para algum lugar “foi embora”.
A propósito, aqui há mais uma nuance, sobre a qual também vergonhosamente os banqueiros se calam. Para onde foi o ouro dos países conquistados por Hitler? É claro que parte da reserva de ouro foi guardada em depósitos próprios. Sobre o destino desse ouro pode-se adivinhar. E essas reservas, que tinham no território de outros Estados? Até eles Hitler não podia alcançar.
Os banqueiros dos países conquistados e representantes oficiais destes Estados transferiram os recursos em bancos ocidentais. E transferiram... Através do BCI. Os recursos foram transferidos e desapareceram. Apareceram já nas contas do Reichsbank. A propósito, isso foi um choque para os banqueiros europeus. Isso não é aceito no meio daqueles que trabalham com finanças.
E assim, a interconexão dos financistas germânicos e bancos americanos nós revelamos. Agora um pouco de fatura. Isso o dinheiro simplesmente não paga. Principalmente os alemães geneticamente pedantes. Os alemães pagam pelo produto. A «alma caridosa» dos russos, que perdoam dívidas, os germânicos não detêm. Pensaram, pensam e vão pensar.
Não é segredo que o Ocidente preparou Hitler para o papel de “assassino de Stalin”. A tarefa foi posta de forma extremamente simples – eliminar a Rússia Soviética. Eliminar a URSS e a ideia comunista. Daqui relações maravilhosas dos fascistas com políticos europeus, com financistas, com industriais. Precisamente houve essa mesma relação junto aos americanos.
Excelente exemplo de amor ao fascismo mostrou, por exemplo, Henri Ford. Este mesmo magnata automobilístico, do qual automóveis lutaram praticamente em todos os exércitos dos aliados, foi premiado pela mais alta ordem fascista para estrangeiros – A ordem do Mérito da Águia Germânica de 30 de julho de 1938! Ford não ficou em débito.  A propósito, um pouco sobre o próprio prêmio. A ordem do Mérito da Águia Germânico é um prêmio bem raro.
Além disso, essa ordem não era a premiação padrão do Reich. De modo geral, é uma premiação do partido fascista, concebida para a premiação de Mussolini. E premiaram com essa ordem não por ações concretas, mas pela relação ao regime fascista.
Provavelmente, é de surpreender que o herói popular da América, o piloto, o primeiro que voou através do Atlântico, Charles Lindbergh, foi o segundo (e último) americano premiado por esta ordem. Sobre a adoração fanática de Lindbergh diante de Hitler nós não vamos contar, visto que qualquer réptil é nojento.
E mais uma digressão, que diz respeito exatamente a Henri Ford. Aqueles que atenciosamente leram o «Minha Luta» de Hitler perfeitamente lembram que o único estrangeiro que é lá é citado de forma positiva foi exatamente Henri Ford. Uma fotografia deste industrial americano estava na residência de Munique de Hitler.
A elite financeira e industrial americana ativamente contribuiu para o renascimento do exército germânico depois da chega de Hitler ao poder. Precisamente grandes investimentos dos americanos, em especial, tornaram-se o catalizador do renascimento do militarismo germânico.
A verdade é que já em 1942 os alemães «espremeram a garganta» aos americanos na própria terra. As empresas transferiram sob a administração do Estado Alemão. E os próprios americanos começaram a entender que a Blitzkrieg falhou. Era necessário «limpar-se» do fascismo. Portanto demonstraram sua lealdade ao governo bem ativamente.
Aqui estão alguns exemplos da duplicidade americana.  «Nada pessoal, apenas negócios» em ação.
Comecemos com o já citado Ford. Em 1940, observem, antes da passagem sob a administração dos alemães, mas já no curso da Segunda Guerra Mundial, as fábricas de Ford na Europa (Alemanha, Bélgica, França) reuniram para a Wehrmacht 65.000 caminhões! Na filial da fábrica de Ford na Suíça consertaram caminhões alemães aos milhares. E que os suíços neutros, com o mesmo sucesso, provavelmente, poderiam consertar o GAZ... Vocês vêm.
A propósito, lá mesmo, na Suíça, consertou caminhões alemães outro gigante americano – «General Motors». A verdade é que os principais lucros esta companhia recebeu, entretanto, das ações da «Opel», da qual era a maior acionista.
Sobre as façanhas de combate e trabalho da «Opel» de modo geral pode-se escrever um artigo em separado.  Sem repreensões, simplesmente constatando fatos, que sob a «Opel» a partir de 1929 e até nossos dias o controle exerce a corporação americana «General Motors», que pertence à família Dupont.
Os Dupont de modo geral são legais, nada menos que sua companhia lutou ao lado da Alemanha. Partidário e admirador das ideias de Hitler, Alfred Dupont criou nos EUA células do partido nacional-socialista (considere, fascista). Por assim dizer, ajudou ideologicamente a Alemanha. Bem, não ideologicamente, mas com negócios, ajudaram fábricas da corporação dos Dupont na Alemanha, onde quer que tenham produzido. Bem, de modo geral, produtos pacíficos não eram de fato produzidos. Embora Lammot Dupont normalmente assim trabalhava no conjunto do Comitê Consultivo do Comitê de Tropas Químicas do Ministério da Guerra dos EUA e se ocupou com questões de abastecimento do Exército Americano.
Na África setentrional o general alemão Rommel tinha produção «própria» de caminhões e carros blindados. Esta técnica chegou a Rommel não da Europa, mas era montada diretamente na filial da fábrica «Ford» na Argélia.
Mesmo aqueles caminhões, que foram usados pela Wehrmacht na USSR, eram «Fords». É verdade que nós, por algum motivo, falamos frequentemente sobre a produção francesa. Sim, caminhões de cinco toneladas e carros de passageiros eram produzidos na França, mas as fábricas pertenciam ao americano.
Nós dedicamos muita atenção exatamente à «Ford». Entretanto esta companhia está longe de ser a mais ativa e a mais inescrupulosa. Simplesmente comparem as cifras de investimentos na economia alemã.
«Ford» - US$ 17,5 milhões.
«Standart Oil of New Jersey» (hoje «Exon Mobil Corporation») – US$ 120 milhões.
«General Motors» - US$ 35 milhões.
«ITT» - US$ 30 milhões.
Mesmo um projeto alemão fechado, como a criação de mísseis «Fau», não foi feito sem participação americana. Aqui se distinguem os homens de negócios da ITT. Especialistas em telefonia e telégrafos  não apenas forneceram aos fascistas máquinas de calcular, telefones e outros meios de ligação (entre eles comunicações especiais), mas também agregados e componentes para o foguete «Fau».
A propósito, para aqueles que se interessam pelo preço da consciência americana, informamos que a consciência da ITT custou bem caro e expressou-se no aumento de capital da companhia durante o tempo da guerra em três (!) vezes.
Como vê, a tese de Marx sobre os 300% é verdadeira.
Lembram-se do famoso filme «Dezessete instantes de uma primavera»? Lembram a quem se submetia diretamente o Stantardartenführer da SS Max Otto von Stierliz? Ao Brigadenführer da SS, o chefe da Inteligência Estrangeira do Serviço de Segurança (SD-Ausland-VI divisão da RSHA) Walter Friedrich Schellenberg.
Assim, a todos os cargos ocupados por esse general alemão deve-se adicionar mais um. Ele foi membro do conselho de diretores da companhia americana ITT! Mais precisamente, um dos membros. Junto com ele lá estava presente mais um Brigadenführer da SS – Kurt von Schreder. Banqueiro, que financiou os fascistas a partir do momento da fundação do movimento. Presidente da Câmara Industrial da Renânia.
Não pensem que nos EUA alguém esconde sua parceria com os fascistas. Por qual motivo? Dinheiro não cheira. E o critério do sucesso do americano foi, é e será a conta dele no banco. Em 1988 o escritor americano Charles Hayem publicou o livro documentário  «Comércio com o inimigo». Na URSS ele foi lançado em 1985. Na Rússia foi republicado em 2017 sob o título «Irmandade do negócio».
Lá de forma documentada são trazidos fatos confirmados da parceria com os inimigos dos EUA de muitos clãs da elite de negócios da América – Rockefellers, Morgans e outros.
«Na Alemanha a nós incomodaram não os alemães, mas homens de negócios americanos. Aqueles que atrapalharam a nós agiram dos Estados Unidos, mas não agiram abertamente. Não incomodou a nós alguma lei, aprovada pelo Congresso, nem ordem do Presidente dos EUA, nem decisão do Presidente ou de qualquer um dos membros do Gabinete sobre mudança do rumo político. Resumidamente, formalmente a nós o „governo“ não incomodou. Mas incomodou a nós a força, como é perfeitamente claro, apoiou em suas mãos aquelas alavancas, por meio das quais comumente os governos agem. Diante da face do crescente poder econômico os governos são relativamente impotentes, e isso, certamente, não é novidade».
Contar sobre traição e ignomínia é sempre inconveniente. É como escavar em um monte de estrume. Por mais correto que fosse revolver este monte, incenso, pedaços de estrume, sempre vão ter lugar para ter. Pode-se continuar falando, por exemplo, sobre a  «Standart Oil», que abertamente abasteceu submarinos alemães em bases neutras e enviou combustível para a mesma África setentrional.
E na própria Alemanha a «Standard Oil» não ficou parada vendo, mas assinando através de intermediários britânicos contrato com o famoso truste químico germânico «I.G. Farben» para a produção de gasolina de aviação na Alemanha.
Mas poucos sabem que a «I. G. Farbendustrie» a partir de 1929 era controlada pela mesma «Standard Oil», que vantajosamente comprou as ações da companhia alemã durante a crise dos anos 1920 na Alemanha.
De modo que a «I.G. Farbenindustrie» de um lado financiou o partido de Hitler (e além do oceano não podiam não saber disso, lá não havia uma gota de dinheiro, mas um rio completamente cheio por si mesmo), mas por outra honestamente pagou pelas ações dos donos, dizem, pelo «Ziklon-B», com o qual nos campos envenenaram as pessoas.
A propósito, um fato, mas durante o tempo da Segunda Guerra Mundial nenhum navio petroleiro “Standart Oil” foi afundado por barcos submarinos alemães.
Surpreende? Indigna? Choca?
Legal... Em 11 de dezembro de 1941 os EUA oficialmente entraram na Segunda Mundial, e deixam corporações americanas trabalhar com representantes estrangeiros?
Bem, certamente. Este Stalin sanguinário na noite de 22 de julho expulsou trens especiais com grãos para a Alemanha, ele mesmo jogou o carvão. Já os americanos não são assim.
Assim, guerra com guerra, mas NENHUMA filial de NENHUMA firma americana na Alemanha, Itália e (!) Japão foi fechada!
E ninguém esperneou sobre a traição, a propósito. De nenhuma traição. Era preciso apenas converter-se para o recebimento de uma permissão especial de realizar atividade de negócios com as companhias, que se encontravam sob o controle dos nazistas ou dos aliados deles. E isso é tudo! Imaginam?
O decreto do presidente dos EUA Roosevelt de 13 de dezembro de 1941 permitiu transações similares, realização de negócio com companhias inimigas, se... o ministério das finanças da América não impôs proibição especial.
E ele não impôs como sempre. O negócio é sagrado. O negócio livre é a base da América. Então, guerra a quem, e a quem pátria mãe.
Queremos terminar o material com as palavras do antigo presidente do banco imperial do Reich Hjalmar Schacht, que foram ditas em conserva com o advogado americano: «Se vocês querem apresentar a acusação aos industriais, que ajudaram a rearmar a Alemanha, então a acusação deve ser apresentada por vocês mesmos».
A propósito, Schacht foi absolvido. O que não é surpreendente?
O posfácio necessário.
A memória é uma brincadeira bem infame e seletiva. Mas nós simplesmente não devemos, nós somos obrigados a lembrar de tudo.
E a maneira que os rapazes de Cornwall do Texas cuspiram na cara de pilotos alemães de «Oerlikons» abraçaram-se com as ondas glaciais dos mares setentrionais junto com os barcos que transportaram a nós os tanques e aviões necessários ao Exército Vermelho.
Temos certeza – reunidos pelos rapazes não menos trabalhadores de Detroit, Indianapolis, Hartford e Buffalo.
Mas junto com eles nós devemos saber e lembrar-se daqueles que estavam nem aí em como cheira o dinheiro adquirido.
Para comparação. Por que o destino de qualquer povo será a presença tanto de patifes sem princípios quanto de pessoas com mente aberta. E é uma pena que nós vivemos em tal tempo, quando os primeiros claramente dominam sobre os segundos.
Fonte: postagem da comunidade do VK Volk Gomofob/Волк Гомофоб, postada no dia 11 de maio de 2020.
COMENTÁRIOS
Os detratores do regime soviético, tanto do campo liberal quanto do campo fascista, costumam citar muito a ajuda que a União Soviética recebeu dos aliados ocidentais por meio do programa Land Lease para desmerecer a vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Mas eles pelo visto parecem ignorar a existência desse Land Lease paralelo, no qual a nata da elite dos homens de negócio dos EUA esteve envolvida até o pescoço.
E essa não foi a única vez em que os ianques assim agiram. O jogo duplo ianque na Segunda Guerra Mundial estabeleceu um precedente que anos mais tarde, mais precisamente entre 1980 a 1988, veio a se repetir na guerra Irã-Iraque, na qual os EUA abertamente apoiaram o Iraque de Saddam Hussein, e ao mesmo tempo, por baixo dos panos, também apoiaram o Irã do aiatolá Khomeini (que rompeu com os EUA em 1979, logo após a revolução que derrubou o xá Reza Pahlevi). Isso gerou o escândalo Irã-Contras, no qual o dinheiro das armas vendidas para o Irã era usado para financiar a guerrilha dos contras na Nicarágua. Diga-se de passagem, o próprio Saddam Hussein, quando o Irã-Contras estourou, percebeu que os ianques não estavam verdadeiramente do lado da nação mesopotâmica e os acusou de repassarem informações falsas para ambos os lados da contenda (o que desmente a acusação repetida mesmo por setores de esquerda de que Saddam Hussein foi um fantoche de Washington que esteve à frente de uma guerra de procuração no período de 1980 a 1988).
E não é apenas isso: em 2017, foi publicado nos EUA o livro “Hitler’s American Model”, do historiador James Whitman, que fala, entre outras coisas, que os nazistas foram buscar inspiração nas leis segregacionistas de Jim Crow do sul dos EUA (que separavam os espaços públicos entre negros e brancos, com os espaços destinados aos brancos sendo geralmente de melhor qualidade que os dos negros) para criar as leis de Nuremberg de 1935 (que privaram os judeus germânicos de uma série de direitos e proibiu casamentos entre judeus e alemães). Tendo em vista tais fatos, não é de surpreender que do lado ocidental do Oceano Atlântico muitos simpatizantes do nazi-fascismo tenham existido nos 12 anos de existência do Terceiro Reich esteve de pé (e mesmo depois) e que a elite econômica dos EUA tenha literalmente se entusiasmado com o Terceiro Reich. Podemos dizer que a Alemanha nazista era como se fosse uma espécie de retrato do próprio EUA no espelho, que nem o Cazaquistão retratado no filme do Borat.
Aliás, não podemos nos esquecer de que o próprio Hitler era um admirador do Império Colonial Britânico e almejou criar uma aliança com Londres para atacarem em conjunto a União Soviética. E para isso enviou Rudolf Hess para costurar uma aliança entre os dois países que acabou com a prisão do alemão nascido em Alexandria. Aliás, os próprios nazistas queriam fazer da Rússia uma espécie de equivalente germânico da Índia britânica e do oeste americano, como é dito no livro russo “Vojna na uničtoženije – čto gotovil Trjetij Reich dlja Rossii/Война на уничтожение – что готовил Третий Рейх для России (Guerra de eliminação – o que preparou o Terceiro Reich para a Rússia)”, de Egor Jakovlev. O mesmo Império Britânico que foi o primeiro a usar campos de concentração na guerra dos bôeres, entre 1899 a 1902. Mas ninguém se lembra disso ou do fato de que nos EUA houve campos de concentração para japoneses no período da guerra. Só lembram-se dos campos de concentração nazista, do gulag soviético e do laogai chinês.
Fazendo uma analogia, essa relação de países como a França, a Inglaterra e os EUA com a Alemanha hitlerista é como se no Dragon Ball o Babidi, depois de ter aprontando muito ao lado do Madžin Buu, aprisionasse o rosado depois que este resolvesse se voltar contra o feiticeiro das sombras de volta ao ovo onde estava com uma técnica do tipo Mafuuba (aquela mesma que foi usada por Mutaito, o mestre do Mestre Kame e do mestre Tsuru, para aprisionar o Piccolo Daimaoh no século V do calendário da cronologia de Dragon Ball) e depois, da forma mais cínica possível, começasse a posar perante as pessoas que ele nada teve haver com o monstro, como aquele que salvou a Terra do Madžin Buu e ao mesmo tempo não assumindo perante todos que ele mesmo chocou o ovo da serpente que depois se virou contra ele mesmo. Ou mesmo se daqui um tempo, caso Bolsonaro venha a cair, Sérgio Moro começar a alardear para o mundo que ele nada teve haver com seu ex-chefe e que a ascensão dele nada teve haver com as ações dele enquanto o ex-juiz paranaense esteve à frente da Operação Lava Jato.
A respeito desse texto, senti falta de algumas palavras a respeito de outro que fez negócios com os nazistas na época, Prescott Bush, ninguém menos que o pai de Bush I e o avô paterno de Bush II e que após a guerra tornou-se senador pelo estado de Connecticut. Tendo em vista tal antecedente, não é de surpreender que posteriormente a família Bush veio a se envolver com as famílias Bin Laden e Al Saud no Oriente Médio. Os nazistas ontem, os wahhabitas hoje: essa é a sina da família Bush – envolver-se com gente da pesada. Pode-se dizer inclusive que Bush pai continuou os negócios de Bush vô com os nazistas por meio dos negócios com os Bin Laden e os al Saud. Como também a respeito de Fred Koch, o pai dos irmãos Koch, que construiu uma refinaria de petróleo para abastecer aeronaves alemãs na guerra.
Interessante também notar que a ITT esteve envolvida em negócios com os nazistas no período entre 1933 a 1945. A mesma ITT que, como todos nós sabemos, juntamente com a Bond and Share teve sua filial gaúcha nacionalizada por Leonel Brizola quando o cunhado de Jango foi governador do estado do Rio Grande do Sul (1959 – 1963) e que depois desempenhou ativo papel na derrubada de Salvador Allende no Chile.
Muitos anos mais tarde, já nos tempos de FHC (provavelmente nos idos de 1997 e 1998), Brizola, a respeito das medidas que ele tomou à época, disse que quis defender o interesse público acima de tudo. Tentou um entendimento com a Bond & Share, e vendo que isso era impossível, resolveu aplicar a lei nacional da época, a ela pagando o preço simbólico de um cruzeiro. Disse quando era governador do RS não sabia da extensão do problema e não tinha ideia do que ia acontecer. “eu fui vendo que tocando nas coisas internas nossas nós estamos tocando nos interesses internacionais, eu fui aprendendo tudo isso”, disse Brizola, que também disse que repetiria o mesmo de novo, pelo fato de que a medida ele que tomou na época resolveu o problema energético em seu Estado natal. Também conta que depois que estatizou as duas empresas em questão passou a ser apresentado por adjetivos como bruto, atropelador, primário e outros afins.
Sobre a ITT em específico, Brizola a descreve como “um polvo monstro que tem pelo mundo” e que quando a expropriou já tinha uma maior noção da profundidade do problema. Foi uma expropriação feita com base na legislação nacional da época, após um estudo sobre os lucros indevidos da empresa em solo gaúcho e as remessas para o exterior. Depois disso, o presidente Kennedy chegou a dizer que Brizola era inimigo dos EUA e que passou a ser apresentado na imprensa por adjetivos como bruto, atropelador, primário e outros afins.
Parafraseando Brizola, a ITT e todos esses polvos monstruosos de atuação planetária como a Standard Oil, a General Motors e a Ford não tiveram o menor pudor em apoiar a Alemanha nazista, talvez com vistas ao confronto com a União Soviética. Depois, a família Bush veio a se imiscuir com as famílias Bin Laden e Al Saud no Oriente Médio e a mesma ITT apoiou o golpe que levou ao estabelecimento da ditadura sanguinária de Pinochet no Chile. Quantos Madžin Buus mais essa gente não terá o menor pudor de alimentar em nome de seus negócios, não ligando de forma alguma para as consequências disso? É nada pessoal, apenas negócios, dizem eles.
Fontes:
Brizola – desmascara a farsa das privatizações. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IxH5fR7KsS8

Kniga vojna na uničtoženija/Книга война на уничтожения (em russo). Disponível em: https://opershop.ru/book_voina
How American racismo influencied Hitler (em inglês). Disponível em: https://www.newyorker.com/magazine/2018/04/30/how-american-racism-influenced-hitler
The Holocaust and the Bush Family fortune (em inglês). Disponível em: https://www.wsws.org/en/articles/2003/06/bush-j05.html
The Koch family’s Nazi ties are more entrenched than you think (em inglês). Disponível em: https://timeline.com/the-koch-family-s-nazi-ties-are-more-entrenched-than-you-think-37c645012da0

quarta-feira, 6 de maio de 2020

É por esses pecados que mataram Kaddafi... (texto traduzido do russo)



Foto – Muammar Kaddafi: meio ano antes da eliminação PELOS INTERVENCIONISTAS OCIDENTAIS sob a liderança dos EUA, a avaliação dele entre o povo era maior que 90%...
1 – A gasolina custa mais barato que a água. 1 litro de gasolina: 0,14 $.
2 – É dado aos recém-casados 64 000 $ para a compra de um apartamento.
3 – Educação e saúde completamente grátis.
4 – Para cada família o Estado paga ao ano 1 000 $ de subsídios.
5 – Auxílio desemprego: 730 $.
6 – Fechou bases militares da OTAN
7 – Salário de enfermeira: 1 000 $.
8 – Para cada recém-nascido é pago 7 000 $.
9 – Ajuda material de vez única para abertura de um negócio pessoal: 20 000 $.
10 – Grandes impostos e requisições proibidos.
11 – PIB per capita: 14 192 $
12 – Educação e estágio no exterior: por conta do Estado.
13 – Rede de lojas para famílias de muitos filhos com preços simbólicos para produtos básicos de alimentação.
14 – Pela venda de produtos com prazo de validade: grandes multas e detenção por subdivisões da polícia especial.
15 – Parte das farmácias: com venda livre de medicamentos.
16 – Pena de morte para falsificação de remédios.
17 – Aluguel de apartamento: ausente.
18 – Conta de luz para a população não há.
19 – Venda e consumo de álcool proibida: “lei seca”.
20 – Créditos na compra de um automóvel e apartamento: sem juros.
21 – Proibidos serviços de corretagem imobiliária.
22 – O Estado paga a compra de um automóvel em até 50%, a guerreiros da milícia popular: 65%.
23 –  Chegando ao poder, ele expulsou do país as corporações internacionais.
Apenas sob Muammar os negros do sul da Líbia adquiriram direitos humanos.
Em quarenta anos de governo dele a população da Líbia cresceu em três vezes.
A mortalidade infantil reduziu-se em nove vezes.
A duração de vida no país elevou-se de 51,5 a 74,5 anos.
Kadaffi tomou a decisão de retirar a Líbia do sistema bancário mundial e quiseram seguir a seu exemplo outros 12 países árabes.
E também quis criar o dinar dourado... Então sair do dólar. Mas os donos ocidentais “civilizados” de grandes bancos não permitiram a ele fazer isso. Simplesmente mataram. Como eles adoram dizer – nada pessoal, apenas negócios.
Gostou do artigo inscreva-se no grupo “Velikaja Rus’”, onde não há falsa propaganda ocidental, apenas fatos históricos autênticos, notícias recentes, cultura e tradições de nossos ancestrais.
Fonte: https://vk.com/@russ_great-vot-za-eti-grehi-ubili-kadaffi  (texto postado em 20 de setembro de 2018 no grupo do VK Velikaja Rus’/Великая Русь)
Meus comentários:
Nos 42 anos em que foi governada por Muammar al-Kaddafi, a Líbia saltou de um país paupérrimo do norte da África para o país com o maior IDH de todo o continente africano. Era a joia da África até ser destruído pela coalização internacional encabeçada pela OTAN em 2011, que reduziu o país a uma verdadeira terra de ninguém e que desde 2014 vivencia uma sangrenta guerra civil sem perspectiva de fim em curto prazo. E não apenas isso: a Líbia, desde que foi arrasada, tem sido um ninho que exporta terrorismo para o resto do mundo, onde grupos como o Estado Islâmico e a Al Qaeda (algo que não existia nos tempos de Kaddafi) proliferam como ervas daninhas. Haja vista, por exemplo, que o terrorista que perpetrou o atentado ao show da Ariana Grande em Manchester há três anos, Salman Abedi, veio de uma família de opositores a Kaddafi que queriam instaurar na Líbia um estado teocrático ao estilo saudita e que após a queda de Kaddafi voltaram a seu país natal. Além do fato de que nos últimos anos leilões de venda de escravos foram notados em território líbio.
Mas não foram os feitos na área social citados do regime líbio que vigorou entre 1969 a 2011 que mais me chamam a atenção a respeito do texto acima traduzido, e sim o seguinte trecho: “Kaddafi tomou a decisão de retirar a Líbia do sistema bancário mundial e quiseram seguir a seu exemplo outros 12 países árabes”. É evidente que no fim de sua vida, Kaddafi, mexeu em um alto vespeiro, ao resolver sair do sistema dólar e criar o dinar dourado. Mexeu com interesses de pessoas poderosíssimas, pessoas essas que mandam na política mundial e que determinam os rumos da política das principais nações do globo. Assim como nos interesses das grandes potências hegemônicas como a França, a Inglaterra e os EUA, já que o que sustenta o poder norte-americano enquanto potência hegemônica global é o dólar enquanto moeda de troca internacional. Não apenas ele, como também Saddam Hussein 11 anos antes de Kaddafi ao parar de negociar o petróleo iraquiano em dólar. Ou seja, tanto o Iraque em 2003 quanto a Líbia em 2011 foram usados como exemplos do que acontece a um país caso resolva sair do sistema dólar, de forma a que tal exemplo não contagie outros países futuramente.
E levando em conta que no mesmo ano em que a Líbia foi invadida pela OTAN estourou a primavera árabe em várias partes do norte da África e do Oriente Médio (incluindo Síria, Egito, Argélia, Jordânia, Mauritânia e Tunísia), será que não armaram a primavera árabe (vulgo pesadelo árabe) através do mesmo esquema usado para promover revoluções coloridas mundo afora em ocasiões anteriores (o tipo da revolução que partidos como o PSOL e o PSTU adoram, diga-se de passagem) a partir de 2011 com o intuito justamente de, ao mesmo tempo em que faziam a Líbia de exemplo para o resto do mundo sobre o que acontece a todo e qualquer país que sai do sistema dólar, dar uma advertência aos outros países árabes que quiseram seguir ao exemplo de Kaddafi de sair dos grilhões do sistema bancário mundial (exemplo esse que poderia muito bem contagiar outras partes do globo em futuro não muito distante, diga-se de passagem)? E que o tal jovem tunisiano que em dezembro de 2010 ateou em seu próprio corpo, Mohamed Bouazizi, na verdade foi um mero peão nessa história toda, uma cobertura conveniente ao sistema para ocultar a verdade dos fatos: de que a primavera árabe e suas várias ramificações na verdade foi uma medida tomada por aqueles que mandam nos destinos da política mundial de forma a impedir que a Líbia e os países árabes transmitissem um exemplo perigoso ao resto do mundo em uma situação em que seus interesses estavam em jogo?
Kaddafi literalmente cruzou o Rubicão ao querer criar o dinar dourado, uma moeda pan-africana com lastro no ouro que serviria de alternativa não apenas ao dólar como também ao franco CFA, essencial na manutenção da situação colonial dos países africanos que outrora eram colônias da França. Entretanto, cometeu o erro de cruzar o Rubicão nos últimos anos de vida sem ter o poder bélico para conter as investidas internacionais que fatalmente viriam contra ele, quer seja na forma de ações militares de larga escala contra ele, quer seja através de sabotagens de menor escala, confisco de dinheiro e bens líbios no exterior e/ou de sanções e bloqueios econômicos, de forma a destruir sua iniciativa ainda no nascedouro. Sem ter armas atômicas que possam servir de barganha na hora de negociar com as grandes potências, e nem outras armas de destruição em massa (a Líbia abandonou tal programa em novembro de 2003, depois da queda de Saddam Hussein e a subsequente abertura do país ao Ocidente), e ainda diante de agitações internas em várias partes do país contra ele, não é de surpreender que Kaddafi tenha tido o destino que teve nas mãos do Ocidente “livre e democrático”.

sábado, 2 de maio de 2020

Mentira sobre "gênero" mutila crianças (texto traduzido do russo).


Foto - Sodoma não passará! Nossa pátria, nossas regras! - Logo da página Volk Gomofob/Волк Гомофоб.
Em 21 de março de 2016 no site oficial dos pediatras americanos foram publicados os resultados de uma pesquisa médica, que provam que a mentira sobre o “terceiro” sexo – é uma construção ideológica, que não tem nenhuma conexão nem com a ciência, nem com a medicina.
O mito sobre gêneros e sobre a possibilidade de mudança de sexo já mutilou física e mentalmente milhares de crianças. Os médicos constam que 41% das crianças enganadas já cometeram suicídio. Os médicos batem no sino da desgraça. Os médicos exortam a dizer a verdade – qualquer violação da identidade sexual é uma doença e patologia que é preciso curar.
Um relatório curto dos pediatras dos Estados Unidos sobre a letalidade da ideologia sobre a pluralidade de sexos foi publicado em 21 de março de 2016. Relatório completo sobre a nocividade da mentira sobre a variabilidade de sexo será publicado no verão de 2016.
O colégio americano de pediatras exorta aos pais, educadores, pedagogos escolares e legisladores a rejeitar todas as teorias políticas e ideológicas sobre a variabilidade do sexo junto às crianças, que forçam a criança a renunciar a uma vida normal saudável e impõe à criança um envenenamento químico por meio de drogas ou mutilação cirúrgica irreversível.
Pediatras americanos insistem na recusa da mentira ideológica sobre a suposta ausência de identidade sexual. Os médicos propõem basear-se nos fatos médicos e científicos objetivos e na realidade.
Em defesa das crianças do embuste ideológico os pediatras apresentam oito argumentos:
1. O sexo do homem é a essência biológica objetiva e ele é binário: o sexo pode ser ou “masculino” ou “feminino”. O sexo do homem depende da característica objetiva – da combinação de cromossomos “XY” e “XX”. O conjunto cromossômico na extensão de toda uma vida humana é inalterável, ele ou é feminino, ou é masculino, é um dado, é genética. Nossos cromossomos femininos ou masculinos são os nossos marcadores genéticos de uma pessoa saudável. Este conjunto genético de cromossomos – tanto masculino, quanto feminino – ninguém tem o direito de denominar “injusto”, “ruim” ou mais (como sugerem engenheiros sociais, que nada tem em comum nem com a ciência, nem com a medicina) certa alegada “disfunção social”.
A norma para a criação humana saudável é a existência particular, quer seja no corpo masculino, quer seja no corpo feminino. O sexo humano é exclusivamente uma construção binária, que é criada pela natureza com um único fim natural – para a reprodução saudável de meninos e meninas, para a continuação da espécie humana. Este princípio é básico e evidente por si mesmo. Na sociedade humana bem raramente acontece uma falha da estrutura sexual do homem. Entretanto essa falha os cientistas de todo o mundo nunca consideraram como algum “terceiro sexo”, e sempre consideraram e consideram até hoje como um desvio da norma do sexo “masculino” ou “feminino”. Terceiro sexo na sociedade humana nunca houve, não tem e nunca vai haver.
2. Na sociedade humana ninguém nunca nasceu sem sexo. Cada homem nasce com um sexo biológico: menino ou menina. Qualquer outra noção de “sexo”, além do físico, - não existe na ciência, como nunca existiu na natureza. A teoria falsa sobre supostos “substitutos” sociais do sexo – “gêneros” – não pode ser reconhecida, uma vez que ela de modo algum é ligada à objetividade: cada criança nasce ou como menino, ou como menina.
A realidade é independente do “desejo” do homem. O sexo não pode ser abstrato, que independe da fisiologia por um conceito supostamente “psicológico”. Ninguém nasce com a consciência de si mesmo como homem ou mulher. Esta consciência se desenvolve naturalmente, gradativamente, com o passar do tempo e, como todos os processos no desenvolvimento da criança, pode ser intencionalmente deturpado por adultos.
As pessoas que alegadamente se identificam com o sexo oposto não são seres do sexo oposto, e, além disso, não se tornam um “terceiro” sexo. Na extensão de toda a vida a pessoa permanece como homem biológico ou mulher biológica. O sexo não depende de “sentimentos” ou “opiniões”. O sexo é uma constante biológica e objetiva. O sexo do homem é inalterável.
3. A crença do homem de que ele (ou ela) é o que ele (ou ela) na verdade não é, na melhor das hipóteses, é um sinal de pensamento confuso. Quando um homem fisicamente saudável acha que ele é uma mulher, ou ao contrário, uma mulher fisicamente saudável acha que ela é um homem, então isso diz respeito sobre a existência junto à pessoa de um problema psicológico e objetivo sério. Estas pessoas sofrem de desordem sexual. A desordem sexual ou “desordem da identidade sexual” é desordem psíquica séria, que foi provado na última publicação da “Direção diagnóstica e estatística da Associação americana psiquiátrica”, e ninguém provou o contrário.
4. O período de puberdade do adolescente não é uma “doença”. É um período de amadurecimento sexual natural. Os hormônios bloqueados nesse período podem ser perigosos para a vida da criança. Quaisquer drogas hormonais, impostas nesse período à criança, não curam, mas causam uma doença concreta – “ausência de amadurecimento sexual”. Drogas químicas nesse período transformam uma criança antes saudável em um inválido doente.
5. Os cientistas provaram que 98% dos meninos e 88% das meninas daqueles que supostamente se sentiram “em corpo alheio” (no sexo oposto), no fim das contas aceitaram por completo seu sexo biológico natural depois que passaram pelo período da puberdade.
6. As crianças que tomaram bloqueadores de amadurecimento sexual para se passar por um representante do sexo oposto na idade da adolescência tardia, precisam beber hormônios sexuais cruzados – verdadeiros “venenos” para as crianças. Estes “venenos” –  hormônios sexuais cruzados (testosterona e estrógeno) levam a violações irreversíveis da saúde da criança, incluindo: alta pressão sanguínea, coágulos sanguíneos, derrame e câncer.
7. Os médicos constam que na Suécia um crescimento de suicídios 20 vezes maior entre aquelas crianças que tomaram hormônios sexuais cruzados e solicitam a operação de mudança de sexo. Foi provado que 41% das que mudaram de sexo cometem suicídio.
8. A motivação das crianças à mudança química e cirúrgica de sexo é anormal, desumana e um tratamento muito cruel com as crianças, em essência, nada mais é que uma violência sobre uma criança saudável. A aprovação da teoria falsa sobre a pluralidade de sexos (gêneros), introdução em escolas e jardins de infância da mentira sobre a possibilidade de mudança de sexo – induz as crianças e os pais ao engano.
Por trás dessas teorias falsas estão companhias farmacêuticas transnacionais, produtores de drogas hormonais e cirurgiões desempregados, que com a mentira literalmente “conduzem” as crianças em “clínicas de gênero” e lá as deformam sem razão. Lá, nessas clínicas bloqueiam o amadurecimento sexual às crianças e transformam cidadãos saudáveis em inválidos. As drogas químicas são cancerígenas e tóxicas, eles trazem câncer às crianças. E as deformações químicas, forçadas a inocentes crianças saudáveis, mutilam irreversivelmente gerações inteiras.
Fonte 1: Relatório https://www.acpeds.org/the-college-speaks/position-st..
Fonte 2: Artigo no jornal “Lifesitenews” de 21 de março de 2016.
Fonte do texto: postagem no grupo do VK Volk Gomofob/Волк Гомофоб, feita em 15 de abril de 2020.
MEUS COMENTÁRIOS:
Já se passaram quatro anos desde que o artigo acima traduzido foi escrito. E nele vemos nesse exemplo bem ilustrativo do quão a ideologia de gênero é perigosa, venal e nefasta, a despeito de embalagem retórica sobre tolerância, respeito à diversidade e outras afins. Além é claro de anti-científica. Diga-se de passagem, que moral será que pessoas que acham bonito ideologia de gênero e ver o Tiffany jogar na liga feminina de vôlei em dizer que os partidários do Bolsonaro que acreditam em terra plana, design inteligente (que nada mais é que o velho criacionismo cristão com um verniz científico) e outras bizarrices são contra a ciência? Em minha opinião, nenhuma. É o sujo falando do mal lavado.
E onde está o perigo da ideologia de gênero? A ideologia de gênero promove aquilo que o professor José Paulo Netto chama de “semiologização da realidade”. Ela parte do princípio de que o que importa para o indivíduo não é o que ele é, mas o que ele acha que é com base na opinião subjetiva dele. Ou seja, que a fantasia subjetiva do indivíduo é mais importante que a realidade dos fatos.

Em palestra de 2016, José Paulo Netto, discorrendo sobre a “semiologização da realidade” de que certas correntes filosóficas promovem (em especial os pós-modernos), diz o seguinte: “embarca nessa para ver aonde é que a gente vai”. Acho que seria mais correto dizer aonde é que nós já estamos indo, tendo em vista certos fenômenos que vemos por ai. Exemplos disso não faltam. Entre eles casos como o da garota norueguesa Nano (que acha que é um gato preso num corpo humano), da mulher francesa Karen (que originalmente era um homem e que passou a se achar um cavalo), do finado Dennis Avner (que fez tantas modificações em seu corpo que seu rosto ficou parecendo um tigre para lá de caricato) ou da mulher transgênera Eva Tiamat Medusa (originalmente Richard Hernandez; fez uma série de modificações em seu corpo que lhe deram a aparência de um dragão conceitual), entre tantos outros. E com isso serão tratados como normais os chamados “Napoleões de hospício”. Algo que aparece na primeira parte de um episódio de Chaves de 1974 (antecede ao episódio do calo do Senhor Barriga). Posteriormente, outras versões desse mesmo episódio nos seriados de Chespirito foram veiculadas em anos posteriores, que geralmente acabam com Josefina (interpretada nesses esquetes por Florinda Meza e dublada no Brasil por Marta Volpiani) dizendo que não é à toa que os loucos pensam que são Napoleão (interpretado nesses episódios por Roberto Gómez Bolaños e dublado no Brasil pelo finado Marcelo Gastaldi). Tais episódios apresentam alguns erros históricos, como Josefina em Waterloo sendo que a batalha de Waterloo aconteceu em 1815 e ela faleceu um ano antes e o general Blücher sendo apresentado como austríaco, sendo que ele era prussiano.

Vivemos em um mundo de crescente individualismo. É o mundo da obsolência programada, regido pela filosofia imediatista do fast-food, onde se descarta como lixo tudo que apresenta o menor defeito e no qual vem surgindo o chamado transhumanismo (que segundo Dugin é o resultado dos últimos séculos a partir do momento em que a humanidade passou a acreditar seriamente no mito do progresso e da evolução e a conclusão final da era moderna). Se o teu corpo apresenta algum defeito, ou se você não está satisfeito com ele, ou quem sabe acha que é um animal preso em corpo humano, então a solução para o problema é...

TROCA!!!!!!!!!!
Lembram que em Dragon Ball, mais precisamente na saga de Freeza, há o personagem Capitão Ginyu, o líder das forças especiais Ginyu, que tem uma habilidade na qual ele troca de corpo com o adversário? E que ele chega a trocar de corpo com o Goku e depois tenta trocar de corpo com o Vegeta, até que no fim das contas acaba trocando de corpo com um sapo? Pois bem, estamos chegando a esse ponto. Você é um homem, mas afirma se sentir por dentro uma mulher? Basta fazer uma cirurgia de mudança de sexo que você vira uma mulher (quando na verdade você vira uma bolacha Oreo em forma humana – você continua sendo um homem por dentro). Você é um ser humano, e acha que é um tigre, um leão ou um lobo. Então faça o que o Dennis Avner fez em vida e brinque de licantropia: vire uma versão caricata do animal que você quer ser (e que de forma alguma emule a graça, a elegância e o poder do animal em questão). Entre tantos outros exemplos. E isso vem dando um precedente perigoso para que desse ponto, dados os recentes avanços em áreas como a robótica, a inteligência artificial e a engenharia genética, pulemos para ciborgues e outras formas de vidas artificiais. Assim, tornar-se-ão realidade personagens como a Frost e os outros ciborgues do clã Lin Kuei vistos em Mortal Kombat, as máquinas assassinas do Exterminador do Futuro, os androides do Dragon Ball (desde o número 8 até o Cell e o Super 17), os soldados genéticos do Bison vistos no filme Street Fighter – A batalha final, as criações do Doutor Keflen vistas em Flashman, entre tantos outros exemplos que podem aqui serem citados. E dai para uma realidade similar à vista em produções como o Exterminador do Futuro e os futuros de Cell e Trunks na saga de Cell em Dragon Ball Z (saga essa que teve seu enredo inspirado no próprio Exterminador), basta mais um pulo.
E ai você muda tanto que uma hora já não se sente satisfeito consigo mesmo e chega ao ponto de tirar a tua própria vida, como aconteceu com muitas das crianças que tiraram suas vidas, assim como com Dennis Avner (segundo pessoas próximas, ele mesmo sentia-se insatisfeito e incomodado com o fato de ainda se parecer com um ser humano). Mas o pior de tudo é que tem pessoas que aplaudem esse tipo de coisa e até embarcam nessa moda, mal sabendo a caixa de Pandora que estão abrindo.
Fontes:
Morre Dennis Avner, o homem gato. Disponível em: https://noticias.r7.com/hora-7/morre-dennis-avner-o-homem-gato-16062018
Os pós-modernos e a semiologização da realidade – Prof. José Paulo Netto. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jmAv65ilwwE