quinta-feira, 25 de julho de 2024

10 anos do 7 a 1, 30 anos do tetra - reflexões

 

Foto – Brasil x Uruguai, quartas-de-final da Copa América 2024.

Na Copa América do presente ano (2024), a seleção brasileira, comandada pelo experiente técnico Dorival Júnior, foi eliminada nas quartas-de-final pelo selecionado uruguaio após empatar sem gols no tempo normal e perder nos pênaltis por 4 a 2.

Além disso, no presente oito de julho, completaram-se 10 anos da derrota por 7 a 1 que a seleção brasileira sofreu diante da seleção alemã, em partida válida pelas semifinais da Copa do Mundo de 2014, no jogo que entrou para a história como o “Mineiraço”.

Foto – Brasil x Alemanha, semifinais da Copa do Mundo 2014.

E não obstante isso se completou no presente ano 30 anos tanto do falecimento de Ayrton Senna no 1º de maio quanto do quarta conquista da seleção brasileira em Copas do Mundo, ocorrida em 17 de julho de 1994 após empatar no tempo normal com a Itália e vencer nos pênaltis por 3 a 2. No final do presente ano, mais precisamente no dia 13 de novembro, também irá se completar 30 anos do primeiro título de Michael Schumacher pela Fórmula 1, que o piloto alemão, correndo pela finada escuderia Benetton, faturou após se chocar com a Williams de Damon Hill no Grande Prêmio da Austrália, ocorrido no circuito de Adelaide.

Falando em Schumacher, também irá se completar no presente ano 20 anos do sétimo e último título dele pela Fórmula 1, conquistado já sob a escuderia Ferrari e no Grande Prêmio da Bélgica, ocorrido no autódromo de Spa Francorchamps no dia 29 de agosto de 2004, no qual terminou em segundo lugar. O mesmo autódromo de Spa Francorchamps no qual o piloto alemão, nativo da cidade de Hürth (estado da Renânia do Norte-Vestefália), deu seus primeiros passos na categoria máxima do automobilismo mundial, ainda no distante ano de 1991.

Foto - Brasil x Itália, final da Copa do Mundo 1994.

Três longos decênios se passaram desde que o Brasil conquistou o tetracampeonato na Copa dos Estados Unidos.

A Copa do Mundo de 1994 foi a primeira que vi em minha vida, quando tinha entre 9 e 10 anos de idade. Foi uma verdadeira apoteose, o Brasil foi ao Mundial dos EUA desacreditado (para ter ideia da situação, até a Colômbia entrou na Copa com mais moral que o Brasil – e no fim não passou nem da primeira fase), tendo garantido a classificação apenas no último jogo das eliminatórias sul-americanas a vitória contra o Uruguai, e no fim faturou a quarta conquista em Copas do Mundo após um jejum de 24 anos, a primeira conquista brasileira em Copas do Mundo após o fim da era Pelé.

E ainda por cima dois meses após a morte de Ayrton Senna, ídolo máximo do esporte brasileiro na Fórmula 1, morto em maio do mesmo ano em decorrência do acidente de sua Williams na curva Tamburello, durante o Grande Premio de San Marino. Tanto que após a conquista do tetra homenagens a Senna foram feitas, com faixas e tudo, e ainda por cima com a execução do tema da vitória (concebida pelo compositor e maestro Eduardo Souto Neto, executada pela primeira vez em 1983 com a vitória de Nelson Piquet no Grande Premio do Brasil. Depois embalou a vitória de Alain Prost no Grande Premio do Brasil de 1984 e tornou-se comumente associada a Ayrton Senna) logo após a conquista do tetra. O tema da vitória também foi tocado em 2002, ano do pentacampeonato, assim como nas vitórias de Rubens Barrichello e Felipe Massa na Fórmula 1.

Foto – Os jogadores tetracampeões em 1994.

Depois da Copa de 1994, o Brasil foi vice-campeão em 1998 e pentacampeão em 2002. Ou seja, foi finalista de três Copas do Mundo seguidas, algo que nem a geração de Garrincha e Pelé logrou conquistar. Além do Brasil, apenas a Alemanha nas copas de 1982, 1986 e 1990 logrou atingir este feito na história das Copas do Mundo.

Mas depois de 2002, o Brasil nunca mais foi finalista em Copas do Mundo, embora sempre chegue as quartas-de-final e tenha sido semifinalista em 2014 (a última vez em que o escrete canarinho foi eliminado nas duas primeiras fases da Copa do Mundo foi em 1990, após ser vencido pela Argentina por 2 a 1 nas oitavas-de-final).

Foto – Homenagem a Ayrton Senna após a conquista do tetracampeonato.

Pois bem. Em 2006 e 2010, a seleção canarinho, sob o comando de Carlos Alberto Parreira (o técnico do tetra) e Dunga (o mesmo Dunga que ergueu a Taça do Mundo em 1994), respectivamente, avançou até à terceira fase da Copa do Mundo, sendo eliminada pela França em 2006 por 1 a 0 e pelos Países Baixos por 2 a 1. Eliminação nas quartas-de-final, para dois selecionados de primeiro escalão que eliminaram o Brasil em Copas anteriores e por diferença de apenas um gol. Até ai tudo bem. Coisas típicas do futebol.

Os problemas mesmo viriam depois, a partir do mundial de 2014, sediado no próprio Brasil. O Brasil chegou às semifinais e enfrentou a Alemanha, a mesma Alemanha que 12 anos antes disso foi derrotada pelo mesmo Brasil na final do mundial do Japão e da Coréia do Sul. E mais um detalhe: o técnico do escrete canarinho era Luís Felipe Scolari, o mesmo Scolari que em 2002 foi pentacampeão com o mesmo escrete canarinho e quarto colocado com a seleção portuguesa na Copa do Mundo de 2006.

Sem Neymar em campo por conta de contusão no jogo anterior com a Colômbia e desnorteado em campo, o Brasil tomou uma surra de 7 a 1 na própria casa, seguido de derrota por 3 a 0 para a Holanda na disputa do terceiro lugar.

Em 2018, com Tite no comando do escrete canarinho, o mesmo Tite que seis anos antes foi campeão com o Corinthians pela Taça Libertadores da América e pelo Mundial de Clubes da FIFA, o Brasil é mais uma vez eliminado nas quartas-de-final e dessa vez por um escrete europeu de segundo escalão, a Bélgica. Quatro anos mais tarde, também com Tite à frente do escrete canarinho, o Brasil cai mais uma vez para um europeu de segundo escalão, a Croácia, nas quartas-de-final após empate por 1 a 1 no tempo normal e derrota por 3 a 2 nas cobranças de pênaltis. E de brinde, derrota para Camarões no terceiro e último jogo da primeira fase, a primeira derrota do escrete canarinho em Copas do Mundo para times africanos. A primeira derrota em Copas do Mundo sem ser para times europeus e sul-americanos.

A vitória sobre a Alemanha na final da Copa de 2002 foi a última vitória da seleção brasileira sobre times europeus na fase eliminatória em Copas do Mundo. A título de comparação, a Argentina venceu a Suíça, a Bélgica e os Países Baixos em 2014 e os Países Baixos, a Croácia e a França em 2022. Até mesmo o Uruguai logrou vencer times europeus na fase eliminatória de Copas do Mundo de 2006 em diante, visto que venceu Portugal por 2 a 1 nas oitavas-de-final da Copa de 2018.

E, para não ficarmos presos apenas à Copa do Mundo, falemos também do Mundial de Clubes da FIFA. A última conquista de times sul-americanos no Mundial de Clubes da FIFA foi a conquista do Corinthians no mundial de 2012, após vencer o Chelsea na final por 1 a 0. Desde então apenas times europeus é que têm vencido a competição máxima do futebol mundial de clubes. E não é só isso: não foram poucas as vezes em que times sul-americanos, após vencerem a Taça Libertadores da América, foram eliminados no Mundial de Clubes da FIFA não pelo time europeu na final, e sim na semifinal por times árabes, mexicanos, japoneses e africanos.

A primeira dessas derrotas teve lugar em 2010, na qual o Internacional de Porto Alegre perdeu para o congolês Mazembe por 2 a 0. Depois disso tivemos a derrota do Atlético Mineiro para o marroquino Raja Casablanca por 3 a 1 no Mundial de 2013, a derrota do colombiano Atlético Nacional para o japonês Kashima Antlers (time no qual Zico jogou nos anos 1990) por 3 a 0, a derrota do tradicional time argentino River Plate para o Al-Ain (Emirados Árabes Unidos) no Mundial de 2018 após empate em 2 a 2 no tempo normal e derrota nos pênaltis por 5 a 4, as derrotas do Palmeiras no Mundial de 2020/2021 para o mexicano Tigres nas semifinais por 1 a 0 e para o egípcio Al-Ahly nos pênaltis por 3 a 2 após empate sem gols no tempo normal e do Flamengo para o Al-Hilal no mundial de 2022/2023 por 3 a 2.

Foto – Flamengo x Al-Hilal, semifinal do Mundial de Clubes da FIFA 2022/2023.

Talvez, não por acaso, isso também tenha coincidido com o fato de que a CBF, a partir de 2003, abandonou o velho sistema de fase classificatória seguida de partidas eliminatórias e adotou o sistema de pontos corridos (por meio do qual todos os times jogam contra todos em dois turnos) para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Tal adoção implicou, entre outras coisas, em um inchaço cada vez maior do calendário do futebol brasileiro. Visto que no tempo do sistema misto (que ainda tem nas séries C e D) havia um ou dois meses de recesso entre o fim dos campeonatos estaduais e o início do campeonato nacional. Com a adoção do sistema de pontos corridos, mal o campeonato estadual acaba e o campeonato nacional começa.

O calendário do futebol brasileiro (em especial para os grandes times que por vezes jogam mais de 70 ou 80 jogos ao ano e participam de torneios internacionais como a Copa Libertadores e até mesmo o Mundial de Clubes da FIFA) inchou-se de tal modo que após a adoção do sistema de pontos corridos há jogos do Campeonato Brasileiro até mesmo em datas FIFA. No que invariavelmente implica em desfalques para os clubes nas datas em questão. O Campeonato Brasileiro não foi interrompido durante a Copa América, no qual a CBF chegou ao ponto de rejeitar um pedido de interrupção do torneio nacional feito por nove clubes. E eu não vejo nenhum dos comentaristas esportivos que tanto defendem o sistema de pontos corridos falarem sobre isso (o único comentarista da imprensa esportiva que vejo defender a volta do sistema misto é o Milton Neves).

Na outra ponta, vários times passam cerca de meio ano inativos tão logo o campeonato estadual chega ao fim. Até como forma de desinchar o calendário do futebol brasileiro que eu defendo o fim do sistema de pontos corridos, como também defendo que da série C para baixo deve haver uma divisão por grupos regionais de cerca de 20 times cada, tal qual há nas ligas europeias, e a criação de uma série E e até de uma série F, como forma de manter tais times ativos por mais tempo (lembrando que historicamente muitos dos grandes craques da história do Brasil começaram nesses times pequenos).

Eu lembro que tanto em 1994 quanto em 1998 na escola saíamos da aula mais cedo para assistir aos jogos da seleção brasileira (à época estudava à tarde). E em 2002, quando eu estava no terceiro colegial e estudando de manhã, as aulas por vezes começavam mais tarde para poder ver o jogo da seleção, no dia do jogo contra a China nem aula teve (e eu aproveitei essas oportunidades para poder dormir mais, visto que naquele ano tinha aula até de sábado).

Em época de Copa do Mundo, as ruas das cidades brasileiras se enfeitavam de verde e amarelo, com motivos e decorações relacionadas à seleção canarinho. Bandeiras brasileiras podiam ser vistas de casas e edifícios. E quando a seleção brasileira vencia algum jogo ou mesmo fazia gol, havia comemorações nas quais fogos de artifício eram lançados ao ar (algo que também ocorria, por exemplo, no auge de Ayrton Senna na Fórmula 1 quando este vencia corridas e se sagrava campeão). Alguns até se queixavam que o brasileiro era patriota apenas em época de Copa do Mundo. Ou seja, apenas de quatro em quatro anos. E hoje, passados 22 anos desde o pentacampeonato não vejo o mesmo entusiasmo pela mesma seleção brasileira.

Uma seleção que em um passado não muito distante teve nomes como Romário, Bebeto, Leonardo, Dunga, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Cafu, Rivaldo, Kaká, entre tantos outros. E se recuarmos ainda mais no tempo, Sócrates, Zico, Júnior, Careca, Falcão, Rivelino, Carlos Alberto Torres e o rei Pelé. E antes mesmo do rei, nomes como Leônidas da Silva, o diamante negro, e Arthur Friedenreich, o tigre.

Quando comparamos a geração hodierna e a comparamos com gerações anteriores, algo salta aos olhos. Desde no mínimo a última Copa do Mundo alguns comentaristas esportivos, entre eles o ex-jogador Walter Casagrande, têm chamado a atenção quanto ao fato de que o jogador brasileiro que hoje veste o manto da seleção canarinho já não tem a mesma identificação com o torcedor brasileiro que nem tinha outrora.


Começa pelo fato de que o jogador brasileiro tem ido jogar nos grandes times europeus em tenra idade. Vide o recente caso do jogador Endrick, do Palmeiras, de 17 anos, que já foi vendido ao Real Madrid. No tempo de jogadores como o Zico, o Sócrates e o próprio Casagrande (ou seja, antes de lei Pelé no Brasil e lei de Bosman na Europa), o jogador brasileiro geralmente ia jogar no exterior em fim de carreira e não raro em times de segundo escalão para baixo. O Doutor da bola foi jogar na Fiorentina com 30 anos de idade, em 1984. Também com 30 anos Zico foi jogar na Udinese, após 12 anos de Flamengo. Toninho Cerezo foi jogar no Roma aos 31 anos de idade. Assim como Careca no Napoli, Falcão no Roma, Casagrande no Torino e no Ascoli, entre tantos outros exemplos que podem ser listados.

Mas há outro lado da questão não muito falado por comentaristas esportivos, e que vocês nunca verão o Juca Simonard falar um único piu a respeito. Há tempos os clubes brasileiros vêm comprando jogadores de países vizinhos tais como Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru e Venezuela. De tal modo que até mesmo times da série D já tem seus jogadores gringos.

E ai chega-se a seguinte situação: observa-se um predomínio de clubes brasileiros na Copa Libertadores. Basta lembrar que a última vez em que times não-brasileiros venceram a Libertadores foi a conquista do River Plate em 2018. De lá para cá já são cinco temporadas seguidas em que times brasileiros venceram a competição máxima do futebol sul-americano.  E ai chega ao Mundial de Clubes e o time brasileiro por vezes não passa nem da semifinal contra times africanos, asiáticos e mexicanos.

O fato é que o futebol, para o Brasil, tem sido há várias décadas, um dos principais meios por meio do qual o país se projeta no exterior junto com as novelas (a título de curiosidade, na Wikipédia há artigos em russo, alemão e italiano sobre o finado ator e dublador Isaac Bardavid, notório por ter emprestado sua icônica e inconfundível voz a personagens como o Esqueleto em He-Man, o Tigrão em Ursinho Pooh e o Wolverine em X-Men tanto no desenho noventista quanto nos filmes live-action) e a MPB. Em outras palavras, o grande motor do soft power brasileiro pelo mundo. Tal qual, por exemplo, as novelas e programas humorísticos em relação ao México, a moda e a literatura em relação à França, o k-pop e os doramas em relação à Coreia do Sul, os animes e os mangás em relação ao Japão e os filmes de artes marciais estrelados por figuras tais como Bruce Lee, Jackie Chan, Donnie Yen e Jet Li em relação a Hong Kong (tanto que se vocês assistirem ao primeiro Dragon Ball encontrarão várias referencias a tais filmes, geralmente produzidos pela produtora Golden Harvest).

E algo que também salta aos nossos olhos, assim como em outras oportunidades, é que o brasileiro lida mal com derrotas, ainda mais no futebol. E paradigmático disso é a maneira como o PCO (vulgo Partido dos Bajuladores do Neymar) lidou com as derrotas do escrete canarinho nas duas últimas Copas do Mundo. O PCO inclusive chegou ao ponto de desmerecer a conquista da Argentina na Copa do Qatar, ao mesmo tempo em que exaltou a campanha do Marrocos. Se isso não é dor de cotovelo pelo macho deles, o Neymar, não sei mais o que é. E no próprio site do PCO, o DCO (Diário da Causa Operária) há um artigo que compara o fim da era Pelé na seleção brasileira com a Nakba, a tragédia do povo palestino iniciada em 1948.

Eles falam de um jeito como se no intervalo temporal de 1970 a 1994 o esporte brasileiro não tivesse tido várias conquistas em outras modalidades, tais como os oito títulos na Fórmula 1 (os dois títulos de Emerson Fittipaldi, os três de Nelson Piquet e os três de Ayrton Senna), o título de Emerson Fittipaldi na Fórmula Indy em 1989 (Fittipaldi também venceu as 500 milhas de Indianápolis em 1989 e 1993), o título olímpico da seleção masculina de vôlei em 1992 e da liga mundial no ano seguinte, e mesmo no futebol títulos de times brasileiros na Copa Libertadores da América e na Copa Interclubes Toyota, como as conquistas do Cruzeiro em 1976, do Flamengo em 1981, do Grêmio em 1983 e do São Paulo em 1992 e 1993. E mesmo a seleção brasileira no futebol venceu a Copa América em 1989. Parece que para o PCO o Brasil tem a obrigação de ganhar Copa do Mundo, e Copa boa é Copa com Brasil campeão.

O PCO também claramente lida muito mal com críticas de comentaristas esportivos ao escrete canarinho. O partido de orientação trotskista chega ao ponto de dizer que qualquer crítica que se faça a seleção brasileira ou ao Neymar é “ataque da imprensa burguesa” e conversas do tipo, sendo jornalistas como Juca Kfouri e Walter Casagrande alguns dos alvos de críticas mais comuns deles.

E isso não se resume apenas ao esporte bretão: em outras modalidades esportivas como a Fórmula 1 esse padrão de comportamento também é  visível, por exemplo, quando vemos a maneira como muitos brasileiros comparam Senna com Schumacher. Com a comparação sendo feita sempre no sentido de exaltar o brasileiro e rebaixar e até denegrir o alemão. Ao ponto de dizerem que Schumacher não teve adversários na Fórmula 1 e até de chama-lo de Dick Vigarista (sendo que até mesmo o próprio Senna aprontou das suas nas pistas). Acham que Senna morreu e Schumacher, tão logo faturou os dois primeiros títulos ainda pela Benetton e foi para a Ferrari (escuderia que não vencia o campeonato de pilotos da Fórmula 1 desde 1979, com o título do sul-africano Jody Scheckter, e que após o fim da era Schumacher só obteve mais um único título de pilotos, em 2007 com o finlandês Kimi Räikkönen) passou a papar títulos na Fórmula 1 um atrás do outro, algo bem distante da realidade. Visto que entre o segundo e o terceiro título Schumacher teve de esperar cinco longos anos, e só em 2000, no quinto ano de Ferrari, é que o alemão iniciou a sequência de cinco títulos seguidos que ajudaram a torná-lo o maior campeão da história da Fórmula 1.

Em outras palavras, eles desmerecem todo o trabalho de longo prazo que Schumacher desenvolveu na Ferrari junto com o engenheiro e projetista Ross Brown, que só começou a dar frutos em 2000, no quinto ano de Ferrari (ou 1999 se levarmos em consideração o título de construtores da Ferrari naquele ano). E eu, particularmente, tenho sérias dúvidas se Senna, em caso de eventual ida à Ferrari, toparia fazer o mesmo trabalho de longo prazo que Schumacher desenvolveu a partir de 1996.

Foto – Senna e Schumacher, temporada 1994.

Penso eu o seguinte: muito do ranço que se tem em relação ao Schumacher no Brasil se deve a uma série de infelizes coincidências. Schumacher estreou na Fórmula 1 em 1991, mesmo ano em que Senna faturou o tricampeonato. Então em 1994 Senna morre no Grande Premio de San Marino e termina o campeonato sem marcar um único e mísero ponto, como também Schumacher não apenas venceu a corrida na qual Senna morreu, como também ao final do mesmo ano faturou seu primeiro título e anos mais tarde tornou-se o maior campeão da história da Fórmula 1, com dois títulos conquistados pela Benetton (1994 e 1995) e cinco pela Ferrari (2000, 2001, 2002, 2003 e 2004).

Resumindo a ópera, o ranço que muitos brasileiros têm para com Schumacher, cuja situação é desconhecida desde o acidente de esqui nos Alpes franceses em 2013, a meu ver se deve ao fato de que a ascensão dele coincidiu com o ocaso de Senna (que colocou um fim prematuro àquela que poderia ter sido a grande rivalidade da Fórmula 1 na segunda metade dos anos 1990). E o resto é história.

Fontes:

A defesa insana da Argentina e o antirracismo por conveniência. Disponível em: https://causaoperaria.org.br/2022/a-defesa-insana-da-argentina-e-o-antirracismo-por-conveniencia/

A Nakba do futebol. Disponível em: https://causaoperaria.org.br/2023/a-nakba-do-futebol/

CBF nega pedido de paralisação do Brasileirão durante a Copa América. Disponível em: https://ge.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2024/02/29/cbf-nega-pedido-de-paralisacao-do-brasileirao-durante-a-copa-america.ghtml

Como o imperialismo usa a Argentina para sabotar o Brasil. Disponível em: https://causaoperaria.org.br/2022/como-o-imperialismo-usa-a-argentina-para-sabotar-o-brasil/

Expatriação dos craques brasileiros é ataque à cultura nacional. Disponível em: https://causaoperaria.org.br/2024/expatriacao-dos-craques-brasileiros-e-ataque-a-cultura-nacional/

Kfouri e Casagrande contra o Brasil. Disponível em: https://causaoperaria.org.br/2023/kfouri-e-casagrande-contra-o-brasil/

Mais uma vez, Casagrande declara seu ódio ao Brasil. Disponível em: https://causaoperaria.org.br/2024/mais-uma-vez-casagrande-declara-seu-odio-ao-brasil/

Seleção do Marrocos é recebida com festa no país. Disponível em: https://causaoperaria.org.br/2022/selecao-do-marrocos-e-recebida-com-festa-no-pais/

Tema da vitória. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tema_da_Vit%C3%B3ria

segunda-feira, 15 de julho de 2024

A eugenia do bem da esquerda brasileira e a questão do aborto

 

Foto – Sóstenes Cavalcante (PL/RJ), autor do PL 1904/24.

A política brasileira caminha a passos largos para se tornar um grande manicômio, e a repercussão que o PL 1904/24 teve e a guerrinha ideológica dela resultante entre direita bolsonarista de um lado e partidos de esquerda como o PT e o PSOL de outro é sintomática disso.

No meio artístico, também houve troca de farpas entre aqueles favoráveis e contra o aborto, como foi o caso da troca de farpas entre os atores globais Juliano Cazarré (sobrinho-neto dos finados atores e dubladores Older e Olney Cazarré) e José de Abreu. José de Abreu acusou Juliano Cazarré de estar cego pela religião após Cazarré se posicionar a favor do PL 1904/24. E, como não poderia deixar de ser, Cazarré também recebeu cancelamento e ofensas em redes sociais.

Do lado daqueles que se opõe ao projeto, há aqueles que acham que se trata de uma questão de saúde pública e evocando mulheres pobres sexualmente violentadas que não tem acesso a tal tratamento. Mas eu ai a mim lhes pergunto: será que isso na verdade é um balão de ensaio para lá frente eles também liberarem o aborto para a guria que engravidou por meio de relação sexual consensual com um desconhecido em um baile funk ou em uma balada?

Em meu humilde entendimento, ambos os lados que no presente momento se digladiam são bem problemáticos. De um lado, a esquerda pós-moderna defende toda sorte de pauta desagregadora e que no fim das contas só serve de munição para o outro lado vir com o discurso demagógico dele.

E a direita neocon, por seu turno, se por um lado se posiciona contra o aborto (até ai tudo bem), na outra ponta defende na economia toda sorte de políticas neoliberais que não apenas destroem a estrutura produtiva de um país, como também precarizam a vida de amplos setores da população e as jogam na miséria. E nisso ajuda a criar na paisagem das cidades flagelos como cracolândias, favelas, cortiços e outros locais miseráveis. Ou seja, na prática essa gente é pró-vida até o momento em que a criança nasce.

Para colocar ainda mais lenha na fogueira, essa direita de matiz ideológica neocon, em termos de política internacional, é favorável a Israel. Geralmente eles apresentam o estado de Israel como se fosse um baluarte de defesa dos valores daquilo que eles chamam de a civilização judaico-cristã junto com países como os Estados Unidos (geralmente quando é governado por políticos do Partido Republicano) e a Polônia (sob o governo do partido direitista Lei e Justiça, ao qual pertence o atual Presidente da nação eslava, Andrzej Duda). Israel defende tanto tais valores que, entre outras coisas, a maior parada gay do Oriente Médio é em Tel-Aviv, como também lá o aborto e a maconha são liberados. A Polônia, a despeito da retórica oficial do partido Lei e Justiça, também andou liberando certos narcóticos, e paradas do orgulho LGBT também ocorrem periodicamente em cidades como Varsóvia.

Como reação à truculência retórica da direita neocon, a esquerda pós-moderna tem a justificativa perfeita para sua existência ao posar-se como a defensora de certos grupos minoritários da sociedade (que eles mesmos tratam como se fossem bons selvagens dos dias hodiernos, verdadeiros intocáveis que não podem ser criticados em hipótese alguma sob a pena de sumário cancelamento), e assim obtém dividendos eleitorais ante os setores mais liberais da sociedade. A receita perfeita para transformar um país em um manicômio a céu aberto.

No fim das contas, como já dito em outras oportunidades, a esquerda pós-moderna e a direita neocon são como o yin e o yang do taoísmo, as faces do deus Janus na mitologia romana ou os personagens Piccolo Daimaō e Kami Sama de Dragon Ball. Elementos opostos entre si, mas que na verdade são parte de uma unidade contraditória. De tal modo que um justifica a existência do outro e vice-versa. E, para piorar ainda mais as coisas, enquanto que a primeira veste o figurino do Partido Democrata vindo da Califórnia e de Nova York, a segunda veste o figurino do Partido Republicano vindo do Bible Belt (área do sudeste dos Estados Unidos na qual uma dos aspectos culturais básicos é a prática da religiosidade evangélica protestante). É aquilo que o professor Nildo Ouriques chama de o “figurino gringo”. Ambos os figurinos from United States.

Foto – Bolsowyllys: as duas faces de Janus contrapostas entre si.

Mas, a respeito da questão do aborto, o que mais me preocupa não é nem tanto a questão por si mesma, e sim quem promove esse tipo de pauta. É sabido que grupos eugenistas internacionais tais como Planned Parenthood (organização que foi fundada por Margaret Sanger, que intentava eliminar por meio de práticas eugenistas a população afro-americana), Fundação Ford, Fundação Rockefeller, Fundação McArthur e outras promovem esse tipo de pauta. Claro, com claro e óbvio interesse de promoção de engenharia e controle social.

Mas, muito embora a direita neocon seja bem problemática do ponto de vista político-ideológico, a esquerda pós-moderna é tão ou mais problemática. Visto que na questão do aborto ela não parece ter pudor algum em cerrar fileira com tais grupos eugenistas internacionais.

E toda essa militância em favor do aborto nada mais é que o culto a divindades antigas como Moloch (deus dos amonitas ao qual eram oferecidas crianças recém-nascidas como sacrifício. Geralmente era retratado em estátuas de bronze como um touro antropomórfico), só que com uma roupagem mais moderna.

As mães que queriam se livrar de seus filhos jogavam-nos em uma fornalha posicionada no ventre da estátua, e estas eram devoradas pelo fogo. E para abafar o grito das crianças agonizantes, sacerdotes tocavam trombetas e tambores.

Foto – Estátua do deus Moloch em Roma.

Em Cartago, no norte da África, crianças também eram sacrificadas aos deuses Baal Amon e Tanit. Em algumas cidades da civilização cartaginesa tais túmulos, conhecidos como tophets, foram encontrados por meio de escavações arqueológicas (entre eles o de Salammbo). Historiadores gregos e romanos tais como Plutarco e Tertuliano relatam sobre essas práticas em Cartago.

Foto – Tophet de Cartago. Sacrifícios de crianças e animais dedicados às divindades fenícias Tanit e Baal Amon.

No filme Nefarious (2023) há um diálogo bem interessante a respeito da questão do aborto, em que é feito um elo entre o culto a Moloch na Canaã antiga e as clínicas de aborto hodiernas.

Em Cavaleiros do Zodíaco, na saga de Asgard (exclusiva da animação), somos apresentados à história dos irmãos gêmeos Shido de Mizar (dublado no Japão por Yū Midzušima e no Brasil por Sidney “The Processator” Lilla nas duas dublagens do anime e por Renan Gonçalves no jogo Alma dos Soldados, lançado para as plataformas Playstation 3, Playstation 4 e PC) e Bado de Alkor (dublado no Japão por Yū Midzušima e no Brasil por Armando Tiraboschi na dublagem feita na finada Gota Mágica nos anos 1990 e no jogo Alma dos Soldados e por Luiz Antônio Lobue na redublagem feita na também finada Álamo nos anos 2000).

Shido e Bado nasceram no seio de uma distinta família de Asgard (provavelmente da alta nobreza local), mas como no reino nórdico há uma superstição segundo a qual os gêmeos trazem desgraça as famílias e as destroem, a família teve que escolher entre uma das crianças. Shido foi o escolhido, enquanto que Bado foi o rejeitado e dessa forma abandonado no meio de uma floresta.

A julgar pela fala de Siegfried à Hilda antes de ir enfrentar os santos guerreiros de bronze no final do episódio 94, gêmeos rejeitados por seus pais não só eram indesejados como também objetos de preconceito e discriminação na sociedade asgardiana. Não passavam de sombras, no fim das contas.

Tudo levava a crer que Bado morreria de fome e inanição no meio da floresta, ou talvez fosse a janta do dia de predadores como ursos, lobos e carcajus. Mas quis o destino que ele sobrevivesse. Por sorte, Bado foi salvo por um aldeão e por ele criado e adotado como se fosse seu próprio filho.

Os anos se passaram e Bado, ao saber que ele foi abandonado por seus pais em um encontro fortuito com os mesmos, passa a odiar o irmão e a treinar para que se tornasse mais poderoso que ele.

Até que certo dia o destino o agracia com uma das Robes Divinas de Asgard, a armadura branca de Alkor. Só que Bado continuou sendo a sombra de Shido (por sua vez agraciado com a armadura verde de Mizar). No que para ele foi como se a vida tivesse lhe jogado um grande balde de água fria e esfregado na cara dele que por mais que ele tentasse e se esforçasse ele jamais deixaria de ser a sombra do irmão gêmeo dele. Afinal, Shido foi desde o berço o escolhido e Bado o rejeitado. Uma vez sombra, para sombra.

Foto – Shido de Mizar (esquerda) e Bado de Alkor (direita), os tigres gêmeos de Asgard.

Depois que se tornaram Guerreiros Deuses, Shido de Mizar e Bado de Alkor passaram a atacar juntos, mas só o primeiro é que aparecia não só perante os adversários, como também perante os demais Guerreiros Deuses. Apenas Hilda é quem sabia da existência de Bado, e dela não só recebia ordens diretas, como também ela mesma, já sob o feitiço do anel de Nibelungos, se aproveitava do ódio de Bado pelo irmão gêmeo para manipulá-lo a seu bel prazer. E assim impedindo que ele se tornasse uma espécie de Coringa asgardiano.

Como um guerreiro das sombras, Bado era uma espécie de ninja dentro da ordem dos guerreiros asgardianos, ao qual lhe eram confiadas missões tais como espionagem, infiltração e assassinatos de traidores. Sem que ninguém o notasse, ele viu a luta entre Ikki e Mime, e é possível que ele também tenha visto as outras lutas em Asgard.

Em termos de personalidade, Bado era uma espécie de retrato do Ikki do começo de Cavaleiros do Zodíaco, e talvez por conta disso o santo guerreiro de Fênix teve que recorrer a uma abordagem não muito ortodoxa da parte dele para poder derrotar o tigre das sombras. Apenas no fim é que os dois irmãos deixaram as diferenças de lado e se reconciliaram. Bado descobre qual que era o seu verdadeiro sentimento em relação ao irmão gêmeo e o resto é história.

Acredita-se que a história dos irmãos gêmeos Shido e Bado tenha sido inspirada em uma história da mitologia nórdica, a dos irmãos gêmeos Balder e Hodr, filhos dos deuses Odin e Frigga. Balder era o filho preferido de Odin, e a predileção de Odin por Balder era tamanha que isso deixou o cego Hodr enciumado. No fim das contas, Hodr, ludibriado por Loki, o deus da trapaça e da enganação, matou o irmão gêmeo ao atirar um visgo nele.

Mas eu, particularmente, também suspeito que a história de Shido e Bado possa ter sido inspirada em uma questão social do Japão da época, a dos filhos de japoneses criados durante muitos anos na China e que ao votarem já adultos ao Japão passaram a sofrer toda sorte de discriminações e preconceitos por parte dos japoneses natos (que também serviu de inspiração para a trama de Comando Estelar Flashman, o seriado Super Sentai de 1986). Como também em uma questão contemporânea da Noruega (país do qual Asgard se encontra bem próximo geograficamente), na qual os filhos nascidos de mães que tiveram relações com soldados alemães por meio do programa Lebensborn, durante os anos em que a Noruega foi ocupada pela Alemanha hitlerista na Segunda Guerra Mundial, passaram por situações similares após o término da guerra (tanto que uma integrante da banda sueca ABBA, a Frida, nasceu por meio desse programa e só descobriu quem é o pai dela depois que se tornou famosa).

Aonde você quer chegar com essa história toda vinda de um anime muito famoso e que fez muito sucesso no Brasil e em outras partes do globo nos anos 1980 e 1990, alguns me perguntarão? Muito simples.

Sacrifícios de crianças a deuses como Moloch e Baal Amon em tempos antigos, em locais como a antiga Canaã e Cartago por pais alimentados por desejos de prosperidade financeira. Na Asgard retratada na versão animada de Cavaleiros do Zodíaco, crianças gêmeas rejeitadas por seus pais eram colocadas para morrer no meio da floresta por conta de superstições que atribuem aos gêmeos toda sorte de desgraça às famílias. E nos dias hodiernos crianças são sacrificadas em clínicas de aborto em nome da carreira profissional, dos direitos reprodutivos e da livre escolha das gestantes.

Não tenham dúvidas a esse respeito: o sonho molhado dessas militâncias abortistas é que o aborto seja liberado até os nove meses de gestação. E que a mulher possa abortar como bem quiser, e por qualquer motivo que seja. E depois disso, o que mais vão querer esticar a corda e militar pela legalização do abandono de crianças já nascidas? Em outras palavras, legalizar o aborto DEPOIS que a criança nasce?

Em minha opinião, o que mais me estarrece nessa história toda do aborto que o PL 1904/24 levantou é que estes partidos de esquerda que dizem defender os interesses da maioria da população no fim das contas estão no mesmo lado da barricada dos grandes eugenistas nacionais e internacionais. Nessa e em tantas outras questões tais como a liberação de narcóticos. E estes são muito piores e muito mais perigosos que a direita que temos aqui ou em outras partes do globo, diga-se de passagem.

E é isso. Enquanto direita e esquerda mais uma vez se digladiam e ajudam a polarizar ainda mais o país, os grandes eugenistas nacionais e internacionais tais como as já citadas fundações ligadas aos donos do poder mundial estão lá, rindo das nossas caras e se divertindo vendo como somos idiotas. Além de lucrarem horrores por meio de negócios como o das clínicas de aborto.

Uma pergunta para fechar: será que estes mesmos eugenistas internacionais, por trás das cortinas, também não estão ajudando a financiar a guerra ideológica entre a direita do figurino texano e a esquerda do figurino californiano que hoje vemos no nosso país? E ainda por cima apoiando ambos os lados da contenda, como se fosse a rinha de galo particular deles? E mais: será que por trás dessa história toda de aborto não há também aa atuação de seitas satanistas, que periodicamente promovem sequestros de crianças para seus rituais macabros (vide o caso ocorrido no Rio Grande do Sul em 2018)?

Em tempo: surgiu recentemente uma notícia de que a atriz e cantora Karin Hils, ex-membra do finado grupo musical feminino Rouge, fez um aborto em 2002 com vistas a priorizar a carreira musical dela. Curiosamente, é a mesma Karin Hils que anos mais tarde interpretou uma noviça (que mais para o final da novela vira freira) na versão brasileira da novela Carinha de Anjo, originalmente veiculada pelo SBT entre 2016 a 2018. Uma freira do convento no qual a protagonista da novela estudava. Ah, o mundo e suas voltas...

Foto – Karin Hils como a Irmã Fabiana na Carinha de Anjo brasileira.

Em tempo, parte II: Recentemente, surgiu uma notícia vinda do Japão segundo a qual o dublador Toru Furuya, voz de personagens como o Seiya de Pégasus em Cavaleiros do Zodíaco, o Yamča em Dragon Ball, Mamoru Čiba/Tuxedo Mask em Sailor Moon, entre outros. Furuya teve um caso extraconjugal com uma fã bem mais nova que ele por quatro anos, e certa vez agrediu a moça durante uma discussão e a obrigou a fazer um aborto. Após o escândalo estourar, o veterano ator de voz renunciou a seus papéis em produções como One Piece e Detetive Conan.

Foto – Toru Furuya e alguns de seus trabalhos.

Fontes:

Em Israel aborto e maconha são admitidos por lei. Disponível em: https://www.aparecidanet.com.br/em-israel-aborto-e-maconha-sao-admitidos-por-lei/

Ex-Rouge Karin Hils revela que fez aborto para priorizar carreira: “Loucura”. Disponível em: https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/celebridades/ex-rouge-karin-hils-revela-que-fez-aborto-para-priorizar-carreira-loucura-122118

Lebensborn: as vítimas pouco conhecidas da loucura de Hitler. Disponível em: https://revistaplaneta.com.br/lebensborn-as-vitimas-pouco-conhecidas-da-loucura-nazista/

Nº 17: Órfãos de terceira geração deixados para trás na China estão confusos sobre suas origens. Disponível em: https://discovernikkei.org/pt/journal/2022/10/28/nikkei-wo-megutte-17/

PL 1904/24 – Projeto de Lei.  Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2434493

[Reacenda o seu cosmo] Os Cavaleiros do Zodíaco: saga de Asgard. Disponível em: https://www.santuariodomestreryu.com.br/2014/09/reacenda-o-seu-cosmo-capitulo-4-os.html

Tofet de Cartago (em espanhol). Disponível em: https://es.wikipedia.org/wiki/Tofet_de_Cartago

Toru  Furuya, voz original de Seiya de Pégaso, admite agressão e caso extraconjugal em nota oficial. Disponível em:  https://www.jbox.com.br/2024/05/22/toru-furuya-voz-original-de-seiya-de-pegaso-admite-agressao-e-caso-extraconjugal-em-nota-oficial/

Zé de Abreu detona Cazarré por apoio a PL do aborto: “Reacionário e burro”. Disponível em:   https://www.uol.com.br/splash/noticias/2024/06/16/jose-de-abreu-detona-juliano-cazarre-por-apoio-a-pl-do-aborto-burro.htm