quarta-feira, 9 de agosto de 2023

A morte da influenciadora russa vegana e a agenda 2030

 

Foto – Famosa frase do pensador e ensaísta inglês G. K. Chesteton (1874 – 1936), sobre a relação entre adoração a animais e sacrifícios humanos.

No último dia 21 de julho faleceu na Tailândia aos 39 anos de idade a influenciadora vegana russa radicada na Malásia Žanna Samsonova. Também conhecida nas redes sociais como Žanna D’Art, ela adotou uma dieta restritiva baseada em frutas exóticas e cruas da Malásia. Sua dieta consistia de apenas vegetais crus, frutas, sementes de girassol e sucos. Ainda de acordo com o tabloide inglês Daily Mail, ela não bebia água há mais de seis anos, visto que se hidratava com os sucos das frutas. A fraqueza dela é visível em fotos da influenciadora digital, que mostram seu corpo em um estado esquelético, fraco e bem debilitado.

Segundo palavras de amigos dela, nos últimos meses de vida dela os hábitos alimentares da influenciadora começaram a preocupar, e veio a óbito por conta de uma “infecção de cólera” agravada por “esgotamento do organismo em decorrência da dieta vegana”, informou a mãe dela Vera Samsonova. Uma amiga dela contou que a viu faz alguns meses no Sri Lanka “com aspecto abatido”.

Não há como não observar o triste e o lamentável falecimento dela e não se lembrar da seguinte frase de Chesterton em um trecho de sua obra “Os usos da diversidade” (1920): “onde quer que haja adoração a animais, ali haverá sacrifício humano”.

No caso em questão a vítima foi a própria Žanna Samsonova. Ela foi vítima da presente adoração aos animais que vemos nos dias de hoje ao sacrificar a si mesma ao entrar em uma dieta extremamente restrita na qual praticamente só comia frutas, sementes de girassol e vegetais crus, além de se hidratar apenas com sucos. Uma vítima cujo corpo foi levado ao altar de sacrifícios em holocausto, em um sacrifício bem ao estilo dos sangrentos rituais de sacrifícios humanos astecas ou dos sacrifícios de crianças feitos em Cartago dedicados ao deus Ba’al Hammon.

Foto – Žanna Samsonova (1984 – 2023).

Ao observar fotos da recém-finada Samsonova, percebe-se o aspecto esquelético, anoréxico, praticamente que cadavérico, dela. Até parece que ela teve sua força vital drenada pelo Šang Tsung, um dos principais vilões da famosa série de jogos de luta Mortal Kombat, e sua habilidade de absorver almas alheias, restando apenas o bagaço dela depois que o feiticeiro maligno tirou tudo o que queria tirar dela (e com direito à icônica frase “sua alma é minha!”). Ou que ela foi picada pelo ferrão do Cell (ainda na primeira forma) e reduzida a um cadáver vivo (ou se preferirem a uma casca vazia e oca). Ou talvez que ela saiu de algum campo de concentração nazista ou de algum lugar bem pobre e famélico da África que vive sob uma severa situação de privação alimentar (seja ela causada por fatores naturais ou humanos).

Mas não. É uma influenciadora digital russa radicada na Malásia que padecia de um distúrbio alimentar chamado ortorexia (transtorno que causa na pessoa uma preocupação excessiva com alimentação saudável, de modo que ela consuma apenas alimentos puros e de baixo índice glicêmico, de gordura e açúcar) e que se submeteu por vontade própria a uma dieta extrema, feita sem acompanhamento médico. E o que é pior: ela em vida tinha vários seguidores e como tal influenciou muita gente a adotar esse tipo de dieta.

E é a mesma Žanna Samsonova (que pesava 41 quilos pouco antes de vir a óbito) que quando mais nova, ainda na faixa dos 20 anos e antes de embarcar nessa dieta extremamente restrita, era uma jovem garota linda, sorridente e saudável que aspirava a ser uma modelo de sucesso.

Foto – Žanna Samsonova mais nova, em Moscou. Reparem como ela era linda à época.

Algo digno de nota é que no You Tube veganos como o Fábio Chaves vieram tirar a dieta vegana da reta e culpar apenas os transtornos alimentares dela pela morte dela. Como se a dieta vegana, uma dieta que por si só priva a pessoa de uma série de nutrientes essenciais à pessoa, não tivesse agravado e exacerbado a já precária situação de saúde dela.

É fato que muitos embarcam nessa história de veganismo por compaixão ou por solidariedade aos animais. Ou talvez como uma mera sinalização de virtude perante as pessoas (algo comum entre famosos, diga-se de passagem – vide casos como o do piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton e do chef de cozinha britânico Jamie Oliver, que pessoalmente nem é vegano, mas aderiu à tendência e incluiu opções de pratos veganos nos restaurantes dele. O que não impediu um dos restaurantes italianos dele em Brighton ser atacado por fanáticos animalistas em 2019). Uma compaixão, diga-se de passagem, bem hipócrita e falsa. Mal sabem eles, por exemplo, que a agricultura que produz as verduras e as frutas que eles consomem não só causa considerável destruição ambiental, como também mata animais (ainda que por meios indiretos – imaginem só o tanto de animais como esquilos e outros que são mortos para manter os campos agrícolas intactos, o tanto de insetos que não são mortos por defensivos agrícolas).

E a coisa não para por isso: não obstante isso há também donos de animais veganos que chegam ao ponto de impor uma alimentação vegana a animais como cachorros e gatos (exemplo disso é o já citado piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton). E, para piorar ainda mais as coisas, existe o caso de um santuário brasileiro administrado por um grupo de veganos chamado Rancho dos Gnomos. Esse rancho chega ao ponto de alimentar leões e tigres com comida vegetal. Se eles fazem tanta questão de os animais deles também serem vegetarianos, não faz mais sentido eles criarem animais herbívoros tais como coelhos, porquinhos-da-índia, iguanas, hamsters e chinchilas ao invés de animais carnívoros como cães e gatos?

Uma coisa é certa: se dependesse dessas pessoas que chegam ao ponto de alimentar até mesmo animais como leões e tigres, animais carnívoros do topo da cadeia alimentar que nos lugares onde naturalmente ocorrem exercem um papel muito importante de controlar as populações de animais herbívoros, o mundo seria um grande deserto.

Para ter noção do que estou falando é só lembrar o que era, por exemplo, o parque nacional de Yellowstone nos Estados Unidos antes de os lobos lá serem reintroduzidos, em 1995 – nas sete décadas em que os lobos estiveram ausentes de Yellowstone, por conta da sobrepastoreio de cervos e outros animais herbívoros a paisagem do parque virou uma verdadeira terra arrasada, e foi precisamente após a reintrodução dos lobos que em questão de anos a paisagem do parque ganhou uma cara nova, visto que eles não só matavam certo número de cervos, como também faziam com que eles evitassem certas áreas para não serem atacados. No fim das contas, essa gente vegana coloca a ideologia deles acima de tudo. Até parece uma seita, na qual os animais são tratados como entidades que estão acima dos homens e sendo vistos como se fossem bons selvagens dos dias de hoje. Ou talvez até como deuses que de tempos em tempos precisam de oferendas e sacrifícios (de preferência humanos) para ser apaziguados.

Foto – O antes e o depois da reintrodução dos lobos no parque nacional de Yellowstone em 1995.

Que fique bem claro uma coisa: não estou aqui para discutir a fundo e nem entrar no mérito das opções individuais das pessoas quanto à dieta que segue ou deixa de seguir. Até porque esse não é o foco principal desse ensaio. Quero aproveitar o recente ocorrido não só para refletir, como também para discutir algo que está muito acima do que as vãs mentes dessa gente podem supor. Estou aqui para falar de engenharia social dos donos do poder mundial. Em outras palavras, de agenda 2030 e de Grande Reset e como que a promoção do veganismo  nos últimos anos está inserida dentro desse esquema todo.

Hoje em dia, há algo que venho reparando no setor de carnes de vários supermercados por ai: que já podem ser vistas as famigeradas carnes vegetais. É isso mesmo que vocês estão lendo. Carnes vegetais, que emulam o sabor e a textura da carne de origem animal, mas que são feitas de ingredientes vegetais. Obviamente, feitas para o público que se recusa a comer alimentos de origem animal.

Vocês se lembram daquele episódio do Chaves (mais precisamente, um episódio duplo da temporada 1977 do seriado humorístico mexicano) no qual ele tinha uma banca de venda de sucos e que ele vendia refrescos tais como o suco de limão que parece tamarindo mas que tinha gosto de groselha? Pois essas ditas carnes vegetais funcionam de maneira análoga (para não dizer idêntica).

Foto – Esquemática dos refrescos do Chaves no episódio duplo da temporada 1977 “Nem todos os bons negócios são negócios da China” (originalmente “la tienda del Chavo”).

Se voltássemos ao passado uns 20 ou 30 anos e fossemos a um supermercado qualquer, uma coisa é certa: essas carnes vegetais dos dias de hoje não estariam lá nas prateleiras dos mesmos. Seria inclusive algo impensável para a época. O que nos leva ao seguinte ponto: quem acha que por trás de toda a promoção do veganismo ao longo desses anos não houve um grande e massivo esquema de engenharia social por trás é no mínimo muito ingênuo e tapado (assim como, por exemplo, no caso da tauromaquia em Portugal e nos países de língua espanhola – que vem perdendo cada vez mais popularidade nos últimos anos, principalmente entre as gerações mais novas).

Para essa engenharia social ser promovida e levada adiante, histórias com alguns pequenos grãos de verdade, mas recheadas de muitas mentiras no meio, tais como a de que o peido da vaca aquece o planeta por meio da emissão de gases como o metano são ventiladas e repetidas em todo lugar. E de tanto serem repetidas são tomadas como verdades. E o povão acredita nessas histórias, sem se dar conta do que há por trás desses contos da carochinha.

E isso me faz pensar no seguinte: será que essa história de veganismo na verdade é um balão de ensaio para que lá na frente os arautos do Grande Reset e da Agenda 2030 não imponham algo ainda mais draconiano e terrível a nós em matéria de alimentação? Em outras palavras, de o veganismo ser um estágio intermediário para que lá na frente nos seja imposto uma espécie de ração de humana, como aquela que o Dória tentou introduzir em São Paulo recentemente? E quem até sabe comidas sintéticas feitas em laboratório não entrem na jogada?

Foto – Ração humana do Dória.

Para ver como a corda estica e não para mais: em um primeiro momento, sob o pretexto da solidariedade e da compaixão para com o sofrimento dos animais e da proteção ao meio ambiente, as pessoas abdicam do consumo de carne. E junto à renúncia ao consumo da carne você está abdicando do consumo de proteínas e outros nutrientes que são encontrados apenas no alimento de origem animal. Depois disso a corda irá esticar também aos alimentos de origem vegetal, sejam eles legumes, frutas ou verduras. Inexoravelmente. Sob a alegação de que os vegetais também são seres vivos e têm até consciência, além de eventuais danos que a agricultura também causa ao meio ambiente. Pronto. Ai está aberto os portões do inferno para que os donos do poder mundial nos entupam com a comida sintética feita nos laboratórios deles.

Em outras palavras, de que o veganismo é na verdade um teste, um balão de ensaio para que lá na frente a corda seja esticada ainda mais e os donos do poder do mundial dobrem ou tripliquem as apostas deles. Entenderam, ou precisa desenhar? E será que por trás dessas histórias de que “o pum da vaca aquece o planeta” não está um ataque à atividade pecuária global e um grande esquema de acaparamento de terras?

A propósito, faz algum tempo que soube de uma notícia de 2018 na qual diz que a Holanda quer se tornar o primeiro país vegano até 2030. Ao ler a notícia em questão, cheguei à conclusão de que a Holanda (a mesma Holanda que nos últimos anos vem se mostrando muito liberal quanto a questões como liberação de prostituição e narcóticos) deixou de ser um país para se tornar um laboratório de engenharia social a serviço dos donos do poder mundial. A cidade de Haarlem, a capital da província da Holanda do Norte, foi a primeira cidade no mundo a proibir a propaganda relacionada à carne. A proibição entrará em vigor no ano que vem. Se isso não é um balão de ensaio para mais adiante o consumo de carne entre a população também ser proscrito, não sei mais o que é.

E é a mesma Holanda que no ano passado foi o epicentro de protestos de agricultores insatisfeitos com certas medidas que vêm sendo tomadas por lá. Eles estavam insatisfeitos por conta de uma política ambiental para toda a União Europeia sobre redução da emissão de gases como dióxido de nitrogênio. Nessa brincadeira toda, o país teria de reduzir pela metade as emissões do gás, no que implicaria em redução no uso de fertilizantes que usam nitrogênio, o que afeta o setor pecuário local. Além disso, o país tem um plano de transformar 25% da agricultura do país em agricultura orgânico, no que elevaria ainda mais os custos para os produtores batavos.

Da Holanda, as revoltas se espalharam para outros países europeus. Uma das principais ONGs ambientalistas da atualidade, o Greenpeace, tem a sua sede no país que em Copas do Mundo sempre nada, nada, nada e no fim morre ao chegar à praia (e já repararam que a Holanda na competição máxima do futebol mundial quase sempre é despachada por times latinos? – vide Suíça em 1934, Argentina em 1978, 2014 e 2022, Brasil em 1994 e 1998, Portugal em 2006 e Espanha em 2010). Coincidência pura, ou nesse angu tem algum caroço bem grande?

Foto – Protesto agrícola na Holanda, 2022.

E o que é pior, esses que embarcam nessa história de veganismo em nome dos animais e do meio ambiente (isso para não falar dos famosos que embarcam nessa para sinalizar virtude ao público) não se dão conta de que o abatedouro é logo ali.

No fim das contas, nós, plebeus, teremos de nos contentar com as rações sintéticas feitas em laboratório que os donos do poder mundial, encarnados em pessoas como Bill Gates e Klaus Schwab, irão nos oferecer. Ao passo que eles comerão do bom e do melhor dos alimentos de origem animal e vegetal e todos os nutrientes essenciais à saúde humana que eles oferecem.


Foto – “Você não terá nada e será feliz sobre isso”, assim disse Klaus Schwab, um dos profetas da Agenda 2030 e do Grande Reset.

Fontes:

‘Agressive’ animal rights activists removed by police after storming Jamie Oliver restaurant (em inglês). Disponível em: 'Aggressive' animal rights activists removed by police after storming Jamie Oliver restaurant | London Evening Standard | Evening Standard

A confusão do veganismo. Disponível em: A confusão do veganismo – por Claudio Bertonatti (beefpoint.com.br)

Holanda quer se tornar o primeiro país vegano do mundo até 2030. Disponível em: Holanda quer se tornar primeiro país vegano do mundo até 2030 (beefpoint.com.br)

Cidade holandesa é a primeira do mundo a proibir propaganda de carne. Disponível em: Cidade holandesa é a primeira do mundo a proibir propaganda de carne - BBC News Brasil

Influenciadora que morreu de ‘fome’ não bebia água há mais de seis anos, diz jornal. Disponível em: Influenciadora que morreu de 'fome' não bebia água há mais de seis anos, diz jornal - Mundo - Diário do Nordeste (verdesmares.com.br)

‘Journey of death’ – How tragic Žanna Samsonova went from aspiring model to vegan influencer who ‘starved to death’ (em inglês). Disponível em: How tragic Zhanna Samsonova went from aspiring model to Vegan influencer who ‘starved to death’ | The Sun

Morre, aos 39 anos, influenciadora russa conhecida por dieta radical. Disponível em: Morre, aos 39 anos, influenciadora russa conhecida por dieta radical | Donna (clicrbs.com.br)

Ortorexia: o que é, sintomas e tratamento. Disponível em: Ortorexia: o que é, sintomas e tratamento (tuasaude.com)

Protestos de agricultores na Europa podem ter reflexos no Brasil. Disponível em: Protestos De Agricultores Na Europa Podem Refletir No Brasil (planetacampo.com.br)

Rancho tenta alimentar leões com ração vegetariana. Disponível em: Rancho tenta alimentar leões com ração vegetariana | Jusbrasil

Весила 41 кг: российская блогер-сыроед умерла от истощения после экстремальной диеты (фото) (em russo). Disponível em: Весила 41 кг: российская блогер-сыроед умерла от истощения после экстремальной диеты (фото) (focus.ua)

Um comentário:

  1. De fato, essa história de veganismo não passa de pura hipocrisia. Eu sempre comi carne, e continuo a comer até hoje, embora tenha reduzido o consumo de certas carnes, nos últimos tempos, depois que eu descobri que as minhas taxas de colesterol estavam altas. Mas diminuir o consumo é diferente de parar. No mais, concordo, essa história toda de veganismo imposta pelo sistema é balão de ensaio pra coisa pior ainda.

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