quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Considerações sobre o Dia Internacional de Orações pelos Cristãos perseguidos no Oriente Médio.




Foto – Cartaz da Campanha “Oração pelos Cristãos perseguidos no Oriente Médio” de 2016.
No dia 6 de agosto de 2016 se completaram dois anos da fuga de milhares de cristãos do norte do Iraque ante a ofensiva de grupos radicais islâmicos como o Estado Islâmico. Tal fuga aconteceu durante à noite, com milhares de pessoas caminhando pelas estradas em direção às cidades curdas de Erbil e Dohuk. Tal como foi feito no ano passado, a AIS (Ajuda à Igreja que sofre), com o apoio da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promoveu o Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos no Oriente Médio, o qual teve início ainda no dia 5 de agosto com uma celebração na Catedral da Sé em São Paulo presidida por Dom Odilo Scherer.
Quanto a essa iniciativa da AIS e da CNBB, a achei muito oportuna tendo em vista a situação em que se encontram os cristãos de alguns lugares do Oriente Médio e do norte da África. Situação essa que, diga-se de passagem, nada mais é que uma repetição do sofrimento que os cristãos sérvios sofreram na década retrasada durante o processo de desintegração da Iugoslávia nas mãos dos mujaheddins liderados por Alija Izetbegović[1] na Bósnia e em Kosovo nas mãos do Exército de Libertação de Kosovo e os cristãos russos nas mãos de grupos terroristas como o Emirado do Cáucaso em locais como as Repúblicas da Chechênia, da Ossétia do Norte e do Daguestão no norte do Cáucaso (vide incidentes como o dos reféns da escola de Beslan em 2004) e mesmo em grandes centros como Moscou (vide a crise dos reféns no teatro Dubrovka em 2002 e o ataque ao metrô da capital russa em 2010).
E o que todos esses casos têm em comum? Além de prestar aqui minha solidariedade para com os cristãos do Oriente Médio diante da situação em que se encontram, quero aqui também tocar em uma ferida. Uma ferida que a grande mídia corporativa ocidental não ousa em tocar, que costuma esconder por debaixo do tapete e da qual o martírio dos cristãos da região está ligado de forma umbilical e da qual penso eu que esses movimentos em solidariedade aos cristãos do Oriente Médio e do Norte da África deveriam também fazer. Muitos ocidentais médios ficam horrorizados com a atual situação dos cristãos sírios, iraquianos e líbios nas mãos desses grupos islâmicos radicais, mas muitas vezes se esquecem de que seu martírio (assim como o martírio dos cristãos sérvios e russos anteriormente) é fruto (tanto direta quanto indiretamente) de políticas irresponsáveis de países como os Estados Unidos, a Inglaterra e a França (em outras palavras, do dito “mundo livre e democrático” que muitos elementos reacionários da direita brasileira e latino-americana [tanto da ala neoconservadora quanto da ala socialdemocrata] olham como exemplos de desenvolvimento político e econômico a serem seguidos e ao qual a política externa do país deveria se focar. Alguns elementos dessa mesma direita como o colunista da Revista Veja Ricardo Setti, o político Jair Bolsonaro e os pastores evangélicos Silas Malafaia e Marcos Feliciano, entre outros, chegaram a acusar do alto de sua tacanhice costumeira a presidente Dilma de defender o Estado Islâmico em seu discurso na 69ª assembleia da ONU [que em minha opinião não passou de um discurso fraco que não toca na raiz do problema] quando os EUA atacaram instalações do grupo radical islâmico em setembro do ano passado) não só no Oriente Médio como também na Europa Oriental e outras partes do globo desde no mínimo a década de 1980. Haja vista, por exemplo, que durante invasão soviética ao Afeganistão (1979 – 1989) os Estados Unidos (através da CIA) armaram, treinaram e financiaram os mujaheddins[2], e desse núcleo nasceu a Al Qaeda e seu líder Osama Bin Laden, assim como o Taliban que governaria o Afeganistão anos mais tarde.

Foto – “Estes cavalheiros são os equivalentes morais dos Pais Fundadores da América”. Assim Ronald Reagan descreveu os mujaheddins afegãos com os quais se encontrou na Casa Branca em 1985.
Na década seguinte, o mesmo Ocidente também apoiou a escalada de fundamentalismo islâmico na Bósnia e em Kosovo (incluindo o famigerado bombardeio à Sérvia por parte da OTAN entre março a junho de 1999, do qual Bill Clinton usou para desviar a atenção do povo estadunidense quanto ao escândalo Monica Lewinsky, que quase o levou a impeachment na mesma época) e o separatismo checheno no norte do Cáucaso contra a Rússia. Mais recentemente, dentro do contexto da “Guerra ao Terrorismo” (guerra essa que, a despeito de seu slogan, a meu ver não quer de forma alguma resolver com o problema do qual se propõe combater, pois com o fim do terrorismo o Ocidente não teria mais justificativa alguma para continuar mantendo forças de ocupação em países como o Iraque e o Afeganistão) promovida pelo Ocidente, houve as invasões ao Iraque e a Líbia que derrubaram os governos de Saddam Hussein e Muammar al-Kadaffi e a tentativa de se derrubar Bashar al-Assad na Síria que se arrasta desde 2011.

 Foto – Osama Bin Laden segundo o jornal estadunidense The Independent em 1993.
E o pior de tudo é a dupla moral do Ocidente no tocante a questão do terrorismo de matiz salafista-wahhabita-takfirista[3]: enquanto eles atacam os inimigos do Ocidente, esses elementos são vistos como “lutadores pela liberdade” (ou em inglês “freedom fighters”), “gente do bem” e discursos similares. Mas, quando a cobra resolve picar seu criador, as coisas mudam completamente de figura. Eles passam a ser vistos como “bárbaros”, “terroristas”, “pessoas que odeiam a democracia e os valores ocidentais” e discursos similares. Haja vista, por exemplo, a repercussão dos atentados ao World Trade Center e ao Pentágono em 11 de setembro de 2001 e mais recentemente os ataques à redação da revista satírica Charlie Hebdo em janeiro de 2015 e a boate Le Bataclan em novembro de 2015 em Paris.
 Foto – E o mesmo Bin Laden segundo o jornal The Examiner, na época de seu falecimento (2011).
Muitos ocidentais médios que vivem do senso comum que a grande mídia corporativa vende erroneamente pensam que esses grupos radicais islâmicos que matam cristãos e outros grupos não-islâmicos (e até mesmo grupos islâmicos que não comungam com sua agenda político-ideológica) e destroem monumentos antigos (a exemplo da destruição da estátua do leão de Alat em Palmira por parte do Estado Islâmico no ano passado) que a grande mídia corporativa mundial tanto enche a bola surgem do nada, como se fosse de geração espontânea. Quando na verdade essa narrativa que é vendida ao mundo é falsa e mentirosa (já que o Estado Islâmico, assim como a Al Qaeda, é uma cria do Ocidente “livre e democrático” em conluio com as monarquias do Golfo Pérsico).

Foto – Estátua do leão de Alat antes de ser destruída pelo Estado Islâmico. Na Bíblia Sagrada, o livro sagrado do cristianismo, o leão é citado cerca de 130 vezes, incluindo episódios como o de Daniel na cova dos leões. E junto com a destruição desse monumento histórico que remonta ao primeiro século antes de Cristo, também foi destruído um testemunho da presença do leão no Oriente Médio. Hoje em dia fora da África subsaariana o único lugar onde ainda existem leões selvagens é na floresta de Gir[4] no noroeste da Índia. Em tempos antigos e medievais estes elusivos animais viviam também na Península Balcânica (incluindo Grécia, Macedônia e Bulgária), norte da África, Oriente Médio (Turquia, Síria e Palestina inclusos), Iraque, Irã, Cáucaso e norte do subcontinente indiano. Também existiram na Hungria e no sul da antiga União Soviética no Neolítico.
E igualmente mentirosa é a narrativa vendida ao mundo de que há uma luta civilizacional entre Ocidente x Oriente dentro dos conflitos no Mundo Islâmico (uma retórica bem ao estilo do “choque de civilizações” de Samuel Huntington), aonde dá-se a dar a impressão de que o conflito em questão é dos “árabes e persas islâmicos malvados, fundamentalistas e bárbaros x Israel e o Ocidente livre, democrático e civilizado”, quando na verdade as monarquias do Golfo Pérsico como a Arábia Saudita, o Kuwait, os Emirados Árabes Unidos e o Qatar são aliados do Ocidente e até mesmo de Israel. E isso para não falar da hipocrisia do mesmo Ocidente no que tange a regimes como o Irã e a Síria de um lado e de outro as monarquias do Golfo Pérsico e os interesses do mundo corporativo ocidental (que é o real governo em países como Estados Unidos e Europa) na exploração das matérias primas e no petróleo da região por trás dos conflitos.

Foto – A dupla moral de países como a França e os EUA na questão do terrorismo.
O que muitos não entendem é que governos como os de Saddam Hussein, de Muammar al-Kadaffi e de Bashar al-Assad protegiam os cristãos e até mesmo os deixavam participar de seus respectivos governos (haja vista que Tariq Aziz, falecido no ano passado e ministro das relações exteriores de Saddam Hussein, era cristão caldeu). Assim como o fato de os três colocavam essa gente em seu devido lugar e eram fatores de estabilidade dentro do Mundo Islâmico. E que grupos como o Estado Islâmico no Iraque conseguiram o poder e a projeção que tem graças ao fato de que Saddam Hussein foi derrubado do poder e agora não há mais um poder central no país para controla-los e colocá-los em seu devido lugar. Em outras palavras, o Ocidente derrubar Saddam e Kadaffi em seus respectivos países foi como na mitologia grega Pandora abrir a caixa que continha todos os males do mundo. E me pergunto às vezes se essa situação de anarquia e instabilidade política na região é o que as pessoas por trás dessas políticas do Ocidente no Mundo Islâmico almejam. Até porque fica muito mais fácil para o Ocidente explorar o petróleo e outras riquezas minerais da região em uma situação de anarquia ou com governos fracos e pusilânimes do que com governos fortes, centralizadores e que usem suas riquezas para seu próprio desenvolvimento e não para alimentar as indústrias dos países centrais do capitalismo. Em outras palavras, que não façam de seus povos um proletário externo das nações capitalistas centrais, parafraseando Darcy Ribeiro.

Foto – Dois pesos e duas medidas: de um lado, o atual ministro das relações exteriores da França Laurent Fabius elogiando a ação da Frente Al-Nusra na Síria em 2012. Nunca foi punido por isso. E de outro o comediante franco-camaronês Dieudonné[5] M’Bala M’Bala, que foi condenado a dois meses de prisão após dizer “Je me sens Charlie Coulibaly[6]” (em português “Eu me sinto Charlie Coulibaly”) em sua conta no Twitter logo após o atentado de falsa bandeira ao Charlie Hebdo.
Por isso que nós, que vivemos em um país majoritariamente cristão, na questão síria devemos se posicionar a favor do presidente Assad ante a ofensiva das milícias de fundamentalistas islâmicos e seus patronos ocidentais. E se na Líbia (país esse que hoje está sendo assolado por uma crise humanitária que tem levado muitas pessoas a procurarem asilo na Europa, não raro atravessando o Mediterrâneo em embarcações precárias para isso) Kadaffi estivesse até hoje resistindo contra esses elementos também deveríamos posicionar-se de seu lado pelos mesmos motivos. Se Assad cai na Síria o país sucumbirá a mesma situação de anarquia se abateu sobre a Líbia e o Iraque e consequentemente não haverá nenhuma autoridade central para controlar o Estado Islâmico, a Frente al-Nusra e outros grupelhos radicais islâmicos, e estes farão uma chacina a todo e qualquer grupo não-islâmico sunita (e nisso incluindo cristãos, muçulmanos xiitas, drusos, judeus e outros tantos). Chacina essa em que nada será diferente da que foi feita contra os sérvios pelo Exército de Libertação de Kosovo a partir de 1999 (Kosovo que desde então teve sua população sérvia dizimada por tais elementos sob os auspícios da OTAN) e do que o Exército Ucraniano e os batalhões de Extrema Direita financiados pelos oligarcas corruptos fazem com os cristãos ortodoxos russos que vivem no sul e do leste da Ucrânia. E o pior de tudo é que quem apoia e financia esses grupos que chacinam os cristãos do Oriente Médio são países cristãos (ao menos em teoria) em conluio com as monarquias do Golfo Pérsico.
De acordo com o professor Ramez Maalouf em artigo publicado no jornal Correio da Cidadania, essa comunhão de interesses entre o Ocidente (primeiro a aliança com a Inglaterra no século XIX, e depois com os EUA a partir de 1945) e as monarquias do Golfo Pérsico (em especial a Arábia Saudita) seria uma forma de controle da região da parte do poder anglo-americano através do extremismo religioso em detrimento do nascente nacionalismo árabe, assim como um ataque às tradições de convivência, coexistência e sincretismo do Islã tradicional. Tal aliança e comunhão de interesses entre anglo-saxões e sauditas, principalmente entre suas respectivas elites governantes, repousa sobre uma série de afinidades e semelhanças culturais entre os dois blocos, que inclui, entre outras coisas, o culto às armas e às mitologias da liberdade dos cowboys e dos beduínos, o puritanismo religioso, individualismo, apreço pelos negócios, segregacionismo e exclusivismo étnico-religioso, assim como o culto ao luxo, ao consumismo e hedonismo. Ou seja, tanto o protestantismo anglo-saxão de matiz calvinista quanto o wahabismo saudita advogam aquilo que eu, parafraseando Alain Soral, chamo de a “direita dos valores sem a esquerda do trabalho”. Ataca os sintomas do problema da decadência moral dos dias de hoje, mas não a doença em si, que atende pelo nome de capitalismo.

Foto – O senador republicano pelo Arizona John McCain (o mesmo John McCain que foi o candidato republicano na eleição presidencial dos EUA de 2008, tendo sido vencido pelo atual presidente Barack Obama) ao lado de integrantes do ISIS na Síria. Muitos elementos da direita reacionária brasileira de matiz neocon como Jair Bolsonaro e outros como também da direita socialdemocrata como José Serra volta e meia se queixam das relações do Brasil com países como Cuba, Venezuela, Irã e Rússia, taxando os países em questão de “regimes ditatoriais” e achando que o país deveria focar e priorizar suas relações exteriores com o dito “mundo livre e democrático” (ou seja, países como os Estados Unidos, União Europeia e Japão). Só que esses mesmos países ao longo de sua história nunca tiveram o menor pudor em se relacionar com regimes ditatoriais e grupos fundamentalistas islâmicos dos mais abjetos e retrógrados, a exemplo do ISIS e da Al Qaeda, entre tantos outros.
Por fim, o próprio presidente Assad disse em entrevista a um jornal alemão em 2013 que um dia a Europa pagará muito caro se continuar a armar os rebeldes sírios, pois isso acarretará futuramente em uma expansão do terrorismo de matiz salafista em solo europeu, na medida em que chegarão a Europa terroristas com experiência de combate e ideologias extremistas que fatalmente vão tirar proveito da situação de marginalização social que as populações islâmicas da Europa se encontram (marginalização essa que é feita para criar um foco permanente de tensão com a população nativa e criar mais e mais divisões na classe trabalhadora europeia, e assim a bomba acaba não explodindo nas mãos das mesmas elites [que são as que menos querem a integração deles na sociedade europeia] que trazem esses mesmos muçulmanos para a Europa). Assim sendo, o martírio dos cristãos sérvios, russos, sírios, iraquianos, líbios e de outras tantas nacionalidades nas mãos de grupos como o Exército de Libertação de Kosovo, o Emirado do Cáucaso, o Exército Livre Sírio, o Conselho Nacional de Transição, a Frente al-Nusra e o Estado Islâmico vai se repetir e desta vez não será no Oriente Médio, no norte da África ou em algum rincão periférico da Europa, e sim em grandes metrópoles do coração da Europa como Berlim, Paris, Hamburgo, Hannover, Londres, Copenhagen, Amsterdã, Oslo, Turim, Milão, Berna, Zurique, Estocolmo, Helsinque, Trondheim, Viena, Munique, Nice, Manchester, Eindhoven, Dortmund, Estrasburgo, Liverpool, Barcelona, Marselha e outras tantas. E isso fatalmente será o fim da Europa cristã como a conhecemos. Tudo por causa dessas políticas irresponsáveis das elites político-econômicas ocidentais no Mundo Islâmico (a exemplo do envolvimento de países europeus como a França e a Inglaterra em guerras a reboque dos EUA na região), da qual a recente crise de refugiados é consequência direta. E diante dessa saia-justa eu quero ver como que os governos ocidentais vão se sentir tendo que lidar em seu próprio solo com os monstros que eles criaram e armaram no passado.

Foto – Mapa do Oriente Médio com a Síria e o Iraque em destaque.
Fontes:
A lion’s share of attention: archaeozoology and the historical record (em Inglês). Disponível em:
A postura de Dilma diante do terror bárbaro do chamado Estado Islâmico é uma vergonha para os brasileiros de bem. Disponível em:
AIS promove dia de oração pelos cristãos perseguidos. Disponível em: http://noticias.cancaonova.com/mundo/ais-promove-dia-de-oracao-pelos-cristaos-perseguidos/
American newspaper interviews Osama Bin Laden a decade before 9/11 (em Inglês). Disponível em:
Assad diz que Europa vai pagar caro se armar rebeldes. Disponível em:
Como o Ocidente está manufaturando o terrorismo islâmico. Disponível em:
Daniel James Spaudling – A Fraude sem fim: ISIS. Disponível em:
Dieudo condamné pour “apologie du terrorisme”. Trop c’est trop! (em francês). Disponível em:
Dilma e Estado Islâmico. Disponível em:
Dilma insensata vai a ONU para defender terroristas do Estado Islâmico. Disponível em:
Kosovo, limpeza étnica. Disponível em:
O Brasil como problema. Disponível em: http://www.casadobruxo.com.br/ilustres/darcy_prob.htm
O que é o Wahabismo (ideologia da Arábia Saudita e do ISIS). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6YbGsa1NJwE
Ocidente é cúmplice do fundamentalismo no Médio Oriente. Disponível em:
Osama Bin Laden dead: newspaper covers from around the world (em Inglês). Disponível em:
Pr. Silas Malafaia denuncia, Dilma apoia terroristas do Estado Islâmico. Disponível em:
Takfirismo, Salafismo e Wahabismo. Mas o que é isso? Disponível em:
http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=5822&id_coluna=25


[1] Leia-se Aliia Izetbegovitch, pois no bósnio, assim como no servo-croata, no esloveno e tantos outros idiomas da Europa centro-oriental, a partícula j tem valor de i e a partícula ć tem valor de tch.
[2] Leia-se Mudjarredin, pois no árabe a partícula j tem valor de dj.
[3] Termos que designam correntes político-ideológicas dentro do Mundo Islâmico.
[4] Leia-se “Guir”, pois na língua indiana, assim como em idiomas como o alemão e o russo, o g não muda seu som independente da vogal que a segue.
[5] Leia-se Diodonnê, pois no francês a partícula eu tem valor de o e o é tem o mesmo valor do ê no português.
[6] Leia-se Culibaly, pois no francês a partícula ou tem valor de u.

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